«O ministro da Inovação e do Ensino Superior, Mariano Gago, admitiu hoje que existem maus gestores nas universidades públicas, mas disse manter total confiança na gestão autónoma destas instituições de ensino superior.
"Hoje, eu tenho confiança na universidade e na sua capacidade mesmo quando ela tem dificuldades de gestão. Esses dirigentes [maus gestores], eles próprios corrigirão essa atitude ou serão substituídos", disse Mariano Gago à agência Lusa, acrescentando que o Ministério do Ensino Superior "não deve" intervir directamente na gestão das universidades públicas.»
(excerto de notícia da LUSA, de 09 de Novembro pp., intitulada "Ensino Superior: Mariano Gago admite existência de maus gestores, mas mantém confiança na gestão das universidades")
Comentário: olha quem fala! O qualificativo também se aplica à gestão política do Ensino Superior nacional?
(cortesia de Nuno Soares da Silva)
"Hoje, eu tenho confiança na universidade e na sua capacidade mesmo quando ela tem dificuldades de gestão. Esses dirigentes [maus gestores], eles próprios corrigirão essa atitude ou serão substituídos", disse Mariano Gago à agência Lusa, acrescentando que o Ministério do Ensino Superior "não deve" intervir directamente na gestão das universidades públicas.»
(excerto de notícia da LUSA, de 09 de Novembro pp., intitulada "Ensino Superior: Mariano Gago admite existência de maus gestores, mas mantém confiança na gestão das universidades")
Comentário: olha quem fala! O qualificativo também se aplica à gestão política do Ensino Superior nacional?
(cortesia de Nuno Soares da Silva)
2 comentários:
É caso para dizer que se o homem ainda mantém a confiança nas universidades, provavelemntes estas já não confiam nele... Ou estarei enganado? Haverá ainda quem confie nele?
Comentei hoje no Blasfémias, a propósito desta questão, algo que se encaixa perfeitamente aqui, até porque faço alusão a algumas situações da UM:
«O Ministro até poderá não ter o moral high ground, como em resumo, o CAA o diz, mas compreendo as suas palavras.
CAA, pegue no exemplo da Universidade do Minho. Temos um reitor que se queixa, há anos, de não ter dinheiro; de quase só ter dinheiro para pagar salários. No entanto, a Universidade está em plena expansão: vários novos edifícios todos os anos (só no campus de Braga têm sido pelo menos 2 por ano); as cozinhas dos bares, foram completamente renovadas, pelo segundo ano consecutivo; em Guimarães, construíram um driving range de golfe.
E não é só nessa esquizofrenia que se detecta má gestão. É também na prioridade de investimentos. Por exemplo: por que é que durante anos e anos (e provavelmente ainda é assim) os alunos de Medicina tiveram melhores computadores do que os dos cursos ligados à informática? É quase cómico… sobretudo quando as prioridades caiem em renovação de bares.
Ou então compare a UMinho com Coimbra, duma perspectiva de um aluno, quanto à quantidade de locais de estudo, não só durante o dia, mas também durante a noite (coisa que nem existe em Braga). Estava prometido que, quando a escola de psicologia se mudasse para o seu enorme novo edifício, o edifício antigo seria transformado, expandindo-se a biblioteca. Já passou um ano e continua vazio, trancado, sem ninguém.
Dirá agora que alguns destes investimentos não são da competência do(s) reitores. E concordarei consigo, pois alguns destes são da competência dos Serviços de Acção Social e do seu “gestor”. Gestores, gestores, gestores.»
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