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quinta-feira, maio 31, 2012

"Cinco alunos suspensos durante quatro períodos de praxe por práticas violentas"

«O Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra decidiu, esta quarta-feira, suspender cinco alunos do exercício da praxe durante os próximos quatro períodos de praxe, com início no próximo ano letivo, após queixas de práticas violentas sobre caloiros.
Em termos práticos, a suspensão dura durante todo o próximo ano letivo (que inclui quatro períodos de praxe) e significa que os alunos punidos "deixam de poder participar em tudo o que é praxe", explicou hoje o 'dux veteranorum", João Luís Jesus.
Uma das alunas a quem esta sanção foi aplicada regrediu também dois graus na hierarquia da praxe, passando de 'bacharel' para 'puto'.
O Conselho de Veteranos, que aplicou sanções a um total de sete alunas e um aluno, determinou também suspender duas jovens do exercício da praxe nos próximos três períodos de praxe.
Uma outra jovem foi suspensa do exercício da praxe durante o próximo período, que vai de setembro até ao Natal.
No final de março foram apresentadas três queixas de "agressões gratuitas" ao Conselho de Veteranos por seis alunas, relativas a factos acontecidos em novembro, e este órgão remeteu duas das participações, que diziam respeito a "agressões gratuitas", para o Ministério Público, explicou o 'dux veteranorum', responsável máximo do Conselho.
A análise da queixa que agora determinou a aplicação de sanções a estes oito alunos concluiu pela violação de vários artigos do Código da Praxe da Universidade de Coimbra, com a prática de infrações como a privação de direitos dos caloiros e a comunicação de informações erradas, induzindo os visados em erro, adiantou João Luís Jesus.
"Foram também ultrapassados alguns princípios, com o exagero das brincadeiras, e algumas das pessoas assumiram graus que não tinham", acrescentou.
Ao referir que as sanções agora aplicadas, depois de ouvidos todos os queixosos e acusados, são de gravidade média, o 'dux veteranorum' afirmou que "a praxe é para as pessoas se conhecerem e divertirem e não para o exercício de frustrações pessoais que nada têm a ver com a praxe e com o espírito de Coimbra".
Durante o período da sanção, aos alunos punidos é apenas permitido "usar capa e batina, considerado um direito individual", acrescentou.
O Conselho de Veteranos decidiu ainda "tomar medidas tendo em vista uma melhor fiscalização e limitação do exercício da praxe académica da UC", lê-se num comunicado divulgado hoje por este órgão.»

(reprodução de notícia Jornal de Notícia online, de 30 de Maio de 2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

terça-feira, maio 29, 2012

"Conheça os melhores créditos para estudar"

«As universidades mostram-se atentas às dificuldades financeiras dos alunos e há sempre a hipótese do financiamento bancário.
Estudar é um investimento para o futuro. Disso ninguém duvida. Mas também pode ser uma grande dor de cabeça para muitos pais, que querem ver os seus filhos tirar um curso superior, mas que se confrontam com o dilema de não terem posses suficientes para os pagar. Se numa universidade pública, o investimento maior é feito no início do ano, com o pagamento de uma propina, que ronda, em média, os mil euros, nas universidades privadas, as mensalidades podem ultrapassar os 300 euros.
De facto, os valores assustam. No entanto, as universidades mostram-se atentas às dificuldades financeiras dos alunos, apresentando soluções de pagamento mais flexíveis. Por outro lado, há sempre a possibilidade de se poder recorrer ao financiamento bancário para pagar as licenciaturas. A maioria dos bancos disponibiliza o crédito bancário com garantia mútua, um programa que consiste num crédito - com o Estado como fiador - e as suas próprias linhas de financiamento, que são vantajosas pelas condições que oferecem, como taxas de juro baixas, ‘spreads' que baixam de acordo com as médias finais obtidas pelos estudantes, entre outros. Além disso, o crédito pode ser concedido faseadamente, se isso for o que mais convier a quem o solicitar.
Há características comuns a todos os bancos, mas também algumas diferenças que podem ser dicisivas na altura de escolher. Passemos a apresentar caso a caso: No BES, o crédito com garantia mútua oferece um spread de 1%, 0,65% e 0,2%, consoante a média. O empréstimo, que vai dos mil aos 25 mil euros, é utilizado ao longo do curso e entregue em parcelas mensais. O prazo varia entre os 30 e os 204 meses, ou os 21 e os 48 meses para programas internacionais. Já a Linha BESUp Futuro financia até 30 mil euros, até 120 meses, com taxa de juro fixa. O aluno que vier de instituições com protocolo com o BES beneficiam de uma bonificação de 2%.
Já o Santander Totta, e no que se refere ao crédito ensino superior com garantia mútua, oferece um ‘spread' que varia entre 0,2% e 1%, consoante a média. As tranches são mensais de igual valor, num máximo de cinco mil euros por ano. O prazo de carência é de um ano e o de reembolso de dez.
Já o "crédito universitário plus" financia até 30 mil euros em Portugal e 75 mil euros no estrangeiro. O ‘spread' é de 3% e a taxa de juro variável indexada à Euribor a seis meses. O prazo máximo é de 60 meses, podendo ir até aos 24 meses.
Também a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BPI disponibilizam soluções de financiamento com condições vantajosas. Na CGD, o crediformação financia licenciaturas em Portugal até 30 mil euros, ou no estrangeiro até 50 mil euros, num prazo máximo de 14 anos, com taxa de juro indexada à Euribor a três meses, e um ‘spread' que diminui quanto mais alta for a média. Para escolas com protocolos com a CGD, há desconto de 25%. Já quem optar pelo crédito com garantia mútua, o financiamento vai até aos cinco mil euros, por ano, num máximo de 25 mil euros, até 16 anos, com ‘spread' de 1%.
No caso do BPI, o crédito formação permite solicitar montantes de mil até 75 mil euros, a pagar de 24 a 120 meses. São possíveis amortizações totais ou parciais, sem penalizações. A taxa de juro é indexada à Euribor a três meses e o ‘spread' de 3,5%. A utilização do crédito pode ser faseada, se optar por carência, com mobilização de tranches mínimas de 1.250 euros. Pode optar por um período de carência de capital de 12 meses ou múltiplo de 12 meses, num máximo até 60 meses.
Pode ainda recorrer ao Millenniumbcp que, através do crédito universitário financia até 15 mil euros em Portugal e 30 mil euros no estrangeiro, com reembolso até 60 meses e utilização até 36 meses. A taxa de juro é indexada à Euribor a três meses e o ‘spread' de 4%. As tranches podem ser mensais, trimestrais, semestrais ou anuais. O crédito com garantia mútua financia até 25 mil euros, em tranches mensais, com o ‘spread' a variar entre 1% e 0,2%, em função da classificação. Na página ao lado, pode consultar simulações que permitem antever o que poderá ficar a pagar.
Procura crescente por financiamento
Apesar do clima económico que se vive não ser muito favorável a grandes investimentos, os bancos têm registado uma procura constante pelos vários produtos e serviços relacionados com o crédito a estudantes. No BPI, por exemplo, em 2011, "o crédito formação registou um crescimento de 45% face a 2010", diz fonte oficial do banco. Já no BES, "a procura tem sido constante", garante fonte do banco, que frisa que a oferta "vai-se ajustando à evolução do mercado e às necessidades dos clientes". Também no Santander Totta, apesar da crise, verifica-se, no presente ano lectivo, "um aumento da procura do crédito ao ensino superior, face ao período homólogo do ano anterior", informa fonte oficial, sublinhando a grande vantagem associada à possibilidade de se pagar apenas depois de terminado o curso: "o facto do pagamento da dívida se iniciar apenas um ano após o final do curso, o que dá aos alunos a possibilidade de entrarem no mercado de trabalho já formados". O Santander Totta acredita, por isso, que estes financiamentos são o "apoio necessário para se iniciar a vida activa".
Santander Totta
Um aluno que opte pelo Crédito Ensino Superior do Santander Totta ficará a pagar 57,54 euros mensais, após o período de carência de 12 meses, para financiar a sua licenciatura, e tendo em conta um pedido de financiamento de seis mil euros, num prazo total de 168 meses, com período de reembolso de 120 meses. O período de libertação da bolsa é de 36 meses, sendo que, por ano, o aluno recebe um total de dois mil euros.
A taxa anual é de 2,7% e o TAEG de 3,6%, sendo importante referir que o pedido de financiamento terá associado um imposto de selo, com um custo total de 36 euros, a que se somam encargos no mesmo valor, bem como comissão de gestão de 1,65 euros por mês.
Já quem optar por um financiamento de 15 mil euros, também por 168 meses e no mesmo período de carência e reembolso, ficará com uma prestação mensal de 153,85 euros, com taxa de juro de 2,7% e TAEG de 9,232. Por ano, o crédito será de cinco mil euros no total, tendo o pedido de crédito um encargo de 90 euros, o mesmo valor do Imposto de Selo pela sua utilização. O ‘spread' varia entre 0,2% e 1% consoante a média final.
Millenniumbcp 
Quem recorrer ao Crédito Universitário Millenniumbcp para um financiamento de seis mil euros, com entrega de três tranches anuais de dois mil euros, a pagar a 60 meses, durante os três anos de duração do curso, apenas paga juros, no valor de 11,37 euros por mês, no primeiro ano, 22,73 euros, no segundo, e 34,10 euros, no terceiro, começando a amortizar o empréstimo no ano seguinte, numa prestação de 118,30 euros, durante 96 meses. O ‘spread' é de 5,7%, o valor indexante de 0,858% e a taxa nominal de 6.558%, com TAEG de 7,3%. Com as mesmas características, mas num financiamento de 15 mil euros, com tranches anuais de cinco mil euros, a pagar em 60 meses, durante três anos, o cliente apenas paga juros, no valor de 28,42 euros, no primeiro ano, 56,84 euros, no segundo, e 85,22 euros no terceiro ano. No período de amortização a prestação é de 295,75 euros.
Se o crédito de seis mil euros for através de garantia mútua, com entrega de 36 tranches mensais de 166.67 euros, durante esse período, o cliente apenas paga 16,73 euros de juros. No período de amortização, que é de 72 meses, a prestação fica em 92,30 euros, pressupondo um ‘spread' de 1%, uma taxa de juro de 3,217 e um TAEG de 3,266%.
Optando pelo crédito Universitário com Garantia Mútua do Millenniumbcp, para um financiamento de 15 mil euros, o cliente receberá durante 36 meses, tranches mensais de 416.67 euros, a pagar em 72 meses. Durante esse período, é debitado apenas o valor dos juros, que é de 41,82 euros.
De seguida existe um período de carência de 12 meses. Chegado ao período de amortização, a prestação fica em 230,97 euros, tendo em conta a mesma taxa de juro, indexante e TAEG, bem como o ‘spread' de 1%.»

(reprodução de notícia ECONÓMICO online, de  29/05/12 -  Raquel Carvalho)   


[cortesia de Nuno Soares da Silva]

segunda-feira, maio 28, 2012

"MIT Portugal, um programa que nos últimos cinco anos custou 150 milhões de euros aos cofres do Estado"

Notícia JN
Governo corta financiamento ao programa MIT Portugal:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2550764

Comunicado SNESup: "há pelo menos três tipos de professores auxiliares nas fundações"

«Carreira docente universitária: há pelo menos três tipos de professores auxiliares nas fundações

Colegas

1. Aquando da apreciação parlamentar do ECDU em 2010 o SNESup conseguiu fazer incluir uma norma que permitia às universidades fundações continuarem a contratar pessoal docente em regime de contrato de trabalho em funções públicas.
Evitava-se desse modo criar uma dualidade de situações entre "antigos" - contratados em regime de contrato de trabalho em funções públicas - e "modernos" - contratados ao abrigo do Código de Trabalho, com regimes diferentes, criando evidentes disfunções.
Até há alguns meses a Universidade do Porto, embora tendo criado um regulamento de contratação de professores em regime de direito privado, contratava os seus professores de carreira em regime de contrato de trabalho em funções públicas, tal como o fazia o ISCTE, que no princípio reservou o regime do Código do Trabalho para o pessoal especialmente contratado.
2. Posteriormente algumas Faculdades da Universidade do Porto começaram a publicar anúncios de "concursos" para professor auxiliar que não passavam pelo Diário da República e, mais grave, não oferecem qualquer meio prático de reação contra os resultados.
Registe-se que no Regulamento se fala de "processos de recrutamento", mas aparentemente achou-se preferível chamar-lhes "concurso", tendo-nos sido explicado
"A qualificação do procedimento como concurso, não se nos afigura enganosa, na medida em que, também no âmbito do direito privado se podem realizar concursos, sendo estes, no entanto, atos de direito privado e como tal sujeitos às regras de direito e sindicáveis, pelos tribunais competentes em matéria civil".
Para os colegas interessados: bem podem procurar na legislação, designadamente no código do trabalho, como impugnar estes pseudo-concursos, que não encontrarão.
3. As Universidades fundações reúnem já ou reunirão a breve trecho três categorias de professores auxiliares:
· os professores auxiliares de carreira contratados ao abrigo do ECDU;
· os professores auxiliares pagos como assistentes por deliberação do Conselho de Gestão;
· os professores auxiliares do código de trabalho que, podem até ganhar mais do que os restantes.
4. Entretanto, o Conselho de Ministros anunciou ter resolvido sujeitar as universidades fundações ao código da contratação pública, destruindo mais uma vantagem comparativa de que gozavam.
É uma limitação adicional. Mas se a reuniformização legislativa corresponde a uma opção governamental, atue-se então sobre o fator de confusão que se tornou o recurso ao regime do Código de Trabalho para admitir pessoal docente.
Saudações académicas e sindicais
A Direção do SNESup

22-5-2012»
(reprodução de comunicado SNESup; cortesia de MFTF)

domingo, maio 27, 2012

"Portugal foi o país que mais cortou no superior"

«Estudo da Associação Europeia das Universidades mostra Portugal no grupo de países que cortou 20% no financiamento público do superior.

Portugal está no grupo de países que mais cortou no financiamento do ensino superior na sequência da crise económica. A conclusão foi apresentada por Thomas Estermann, responsável pela Unidade de Governo, Autonomia e Financiamento da Associação Europeia das Universidades (EUA) no seminário a "Autonomia Universitária na Europa", que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian segunda-feira passada. Um corte de 20% no financiamento das instituições que afectou também Grécia, Hungria, Itália, Letónia e Espanha.
O estudo revela que Inglaterra, Estónia, Islândia, Irlanda e Holanda aplicaram reduções de 15% nas verbas para as universidades. A maioria dos países europeus cortou cerca de 10% no financiamento. Áustria, Bélgica e França, por exemplo, cancelaram o reforço dos investimentos que estavam previstos. Apenas a Noruega e a Alemanha continuam a aumentar as verbas que colocam nas instituições de ensino superior.
Com maior ou menor impacto, os cortes que estão a afectar a maioria das universidades europeias poderão ter consequências graves.
"A Europa está a criar cicatrizes irrecuperáveis. Os efeitos de subfinanciamento podem demorar anos a recuperar" afirmou António Barreto, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, durante a sessão.
Mas como compensaram as instituições estes cortes? Algumas conseguiram "substituir os cortes com receitas próprias", mas em quase todas, esse dinheiro não foi substituído, afirmou Thomas Estermann.
O drama é que está a ser pedido às universidades que respondem a três desafios que são incompatíveis, afirmou Howard Newby, vice-chaceller da Universidade de Liverpool. Que assegurem a" massificação" de frequência do ensino superior recebendo mais alunos, que mantenham a "garantia de qualidade" e que "custem menos dinheiro aos contribuintes".
Mas a redução de fundos públicos teve um maior impacto em Portugal se contarmos com os cortes salariais. Nos últimos seis anos as instituições tiveram uma redução de quase 45% no financiamento público, afirmou durante o encontro Cruz Serra, reitor da Universidade Técnica de Lisboa. O mais grave é que " sem utilizar os saldos de gerência as universidades não "conseguem continuar abertas", acrescentou. Para António Cruz Serra a crise "está a afectar catastroficamente a autonomia universitária".
Durante a sessão Thomas Estermann da EUA referiu casos de países em que uma das soluções utilizadas foi permitir às instituições que "contraíssem dívidas à banca". Uma medida que, no entender do reitor da UTL não serve para as universidades portuguesas. "Em Espanha já há uma instituição que deve quase cem milhões de euros à banca" e não sabe como vai pagar.
Para o responsável pela unidade de financiamento da EUA "há países em que os empréstimos são uma forma de financiar projectos, mas nunca poderão ser utilizados para substituir financiamento público".
As tendências do financiamento
Para este especialista da Associação Europeia de universidades está assistir-se em toda a Europa a "mudanças do modelo de financiamento". Uma das tendências é a criação de fundos competitivos, que exigem co-financiamento e em que a taxa de sucesso é um dos critérios na fórmula ", sublinhou. Depois há cada vez mais fundos que são atribuídos com um determinado objectivo. Nos critérios de atribuição de verbas pesam cada vez mais a performance e os ‘outputs' das instituições de ensino superior.
No final do encontro Helena Nazaré, presidente da EUA, afirmou que está a ser pedido cada vez mais às instituições. "Se no passado as universidades eram consideradas torres de marfim, hoje são vistas como poços de petróleo. Os governos pensam que podem encontrar nas universidades o remédio para todos os seus problemas". Para Marçal Grilo a solução passa por criar um modelo em que as instituições tenham dois orçamentos: o que provêm do OE, sobre o qual prestaram contas ao Ministério das Finanças; um outro orçamento em que as verbas são arrecadadas pelas instituições e não podem ser cativadas pelas Finanças. No encerramento, o administrador da Fundação Calouste Gulbenkian alertou que "temos que nos preparar para tempos mais difíceis".»
(reprodução de notícia Económico online de 27 de Maio de 2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sexta-feira, maio 25, 2012

"Bolseiros da FCT com pagamentos em atraso"

«Metade dos 2216 bolseiros da Fundação para a Ciência e Tecnologia com projectos aprovados no ano passado ainda está à espera que lhes sejam feitos os primeiros pagamentos.

Em causa estão estudantes de doutoramento e pós-doutoramento e os valores situam-se entre os 980 e os 1490 euros. O Ministério da Educação e Ciência (MEC) diz que os atrasos são normais e justificam-se por não estar ainda concluído o processo de atribuição.
O MEC confirma “que aproximadamente 50% já começou a receber o seu subsídio” mas recusa a ideia de que a situação seja anormal. “Não se pode dizer que existam atrasos no pagamento aos bolseiros de investigação da FCT”, garante o gabinete do ministro Nuno Crato numa nota escrita enviada ao PÚBLICO, acrescentando que “situações desta natureza ocorrem todos os anos, devido às exigências processuais”. Segundo a tutela, o que existe são processos relativos ao concurso de bolsas de 2011 cuja execução ainda não se iniciou por não estar terminado o respectivo processo de atribuição. O ministério garante, por isso, que se “inicia o pagamento aos novos bolseiros logo que o seu processo esteja completo”.
O atraso no pagamento das bolsas de investigação tem causado várias queixas dos estudantes, especialmente através da Associação de Bolseiros de Investigação Científica. Um desses casos foi contado ao PÚBLICO por uma estudante que está a iniciar o pós-doutoramento em História, partilhado pelas universidades do Porto e Évora. O seu projecto foi aceite no concurso de 2011 e o contrato com a FCT devia ter começado a 1 de Abril, mas desde então ainda não recebeu qualquer pagamento.
 “As dificuldades começam a acentuar-se e o meu senhorio começa a perder a paciência, porque há vários meses que não tenho condições de pagar a renda”, conta a investigadora, que pediu anonimato. Como ela, há outros colegas “com filhos ou com créditos à habitação para pagar” que estão a sentir dificuldades.
As queixas dos estudantes estendem-se também ao atraso na aprovação das bolsas suplementares para os períodos de mobilidade no estrangeiro. O tempo médio para resposta nestes casos é de cerca de um mês e meio, segundo o MEC. “Os pedidos ainda não respondidos deram entrada nos serviços da FCT a partir do mês de Abril, pelo que ainda se encontram compreendidos no tempo médio de resposta”, garante.
Mas não é isso que acontece com pelo menos uma estudante da Universidade do Minho que iniciou o seu processo em Março e que ainda não teve resposta: “Apenas me informaram por e-mail que o processo ainda estava em análise”.»
(reprodução de notícia Público online, de 24.05.2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

terça-feira, maio 22, 2012

"Há demasiados cursos sem saídas profissionais"

«A acreditação dos cursos superiores já levou ao encerramento de mais de mil formações e permitiu por fim a casos como um doutoramento de Física que não tinha nenhum professor doutorado.

O caso foi referido pelo presidente da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior(A3ES) para exemplificar o que considera ser "uma falta de exigência" que existem em alguns casos. Alberto Amaral denunciou ainda a existência de um número excessivo de cursos sem saídas profissionais.»

(reprodução de notícia Diário de Notícias online, de 21 de maio de 2012)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sábado, maio 19, 2012

"LIVROS EM PDF - GRÁTIS"

«LIVROS EM PDF - GRÁTIS - (URGENTE VER E DIVULGAR)
Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desactivada por falta de acessos. Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:
·Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;
·Escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
·Ler poesia de Fernando Pessoa
·Ler obras de Machado de Assis ou a Divina Comédia;
·Ter acesso às melhores historias infantis e vídeos da TV ESCOLA
·E muito mais...
Esse lugar existe!
O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso, bastando acessar o sitewww.dominiopublico.gov.br
Só de literatura portuguesa são 732 obras!
Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desactivar o projecto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.
Divulgue para o máximo de pessoas!»
(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente de Antonio Cardoso - amfc2008@gmail.com)

"A Academia está pronta: Nuno Crato quer ser ´fundido`?"

«1. A crise portuguesa é transversal - afecta todos os sectores da nossa vida social. O Ensino Superior não é excepção: as Universidades confrontam-se, actualmente, com inúmeras dificuldades de financiamento, carecendo já de verbas para renovar o corpo docente, apoiar projectos de investigação ou tão somente para pagar o papel higiénico das casas de banho (não, este não é um exemplo hiperbólico para provar o meu ponto: é verídico e foi-me dito por um Professor que exerce funções dirigentes numa instituição de Ensino Superior). Chocado, caro leitor? Pois bem, não é caso para menos: o estado a que deixaram chegar o Ensino Superior português é altamente censurável. O poder político prefere assumir, perante as Universidades, um comportamento dúplice: por um lado, acusa as Universidades de esbanjarem dinheiro, de contraírem despesas supérfluas e acima das suas possibilidades; por outro lado, recusa atribuir-lhe maior autonomia às Universidades, porquanto receia que estas se convertam em "pólos de contestação" do poder vigente. É uma constatação histórica e intemporal: o poder político não gosta (tem medo!) de formar elites. Daí que as Universidades portuguesas não consigam atingir uma dimensão internacional: o poder político prefere desafiar constantemente a autonomia universitária, em vez de potenciar as suas mais valias, o seu conhecimento, o seu capital humano. Felizmente que quando o poder político falha, erra, se perde por visões exclusivamente conjunturais descurando o futuro, eis que criatividade empreendedora, o dinamismo crítico e criador, o voluntarismo cívico da Academia se revelam. Numa altura tenebrosa da nossa existência colectiva, em que todos (parece) trabalhamos para os mercados e para as agências de rating, a Universidade Clássica de Lisboa e a Universidade Técnica de Lisboa estão prestes a fazer História: os respectivos Conselhos Gerais já aprovaram o projecto de fusão de ambas as Universidades. O que é isso da "fusão"? A Universidade de Lisboa e a Universidade Técnica congregam as suas valências, passando a constituir uma única Universidade - a maior de Portugal. Será um marco histórico: Lisboa, capital de Portugal, há muito que reclamava uma Universidade de dimensão europeia e até internacional.
2.Para além da dimensão histórica e simbólica, a fusão entre a Universidade de Lisboa e a Universidade Técnica apresenta as seguintes vantagens:
a) Permitirá valorizar o conhecimento e a investigação académica e tecnológica, promovendo uma ligação mais intensa entre a Universidade e a sociedade, com o intuito de promover o desenvolvimento económico de Portugal (em geral) e de Lisboa (em particular);
b) Possibilitará uma maior racionalidade na gestão de recursos, criando sinergias entre os vários pólos e coordenando prioridades e estratégias;
c) Facilitará a constituição de uma "economia de escala"com a vantagem de reduzir custos e dispor de vias para aumentar as receitas;
d) Um maior número de projectos de investigação científica será apoiado, colocando Portugal a par dos seus parceiros europeus no que toca à investigação e produção científica;
e) Portugal terá uma Universidade respeitada e estimada exteriormente, celebrando diversos protocolos de cooperação com as melhores Universidades a nível mundial;
f) O tecido empresarial terá um novo aliado com dimensão para o apoiar na sua modernização, no lançamento de novos métodos de produção e produtos com o objectivo de aumentar a competitividade nacional.
Em conclusão, Portugal só terá a ganhar com a fusão da Universidade de Lisboa com a Técnica: o espírito irreverente, inquieto e dinâmico da Técnica aliar-se-á à sabedoria e alma humanista da Clássica. Esta fusão só pode dar certo.

Nuno Crato não tem escolha!


3.Falta, porém, ultrapassar um obstáculo: chama-se poder político (mais rigorosamente, Governo). Nuno Crato ainda não confirmou se apoiará a fusão entre as duas Universidades lisboetas. Na nossa opinião, Nuno Crato não tem margem política para outra decisão: ele vai aprovar a fusão UL/UTL. Porquê? Por três razões, essencialmente:
1) O Ministro da Educação - com outros colegas de Governo - anda a asfixiar financeiramente a Universidades, alegando não haver dinheiro para as financiar. Ora, a fusão vai precisamente eliminar custos, sobretudo, custos sobrepostos - cumpre-se, assim, a vontade do Ministro Crato;
2) A retórica do Governo Passos Coelho centra-se sempre nas reformas estruturais e no desenvolvimento económico do País. Se é certo que ainda não vimos (nem sentimos) para já qualquer alteração quanto ao essencial do nosso modelo económico - as reformas estruturais do Governo são meras intenções -, seria contraditório um Governo incapaz de mudar o País, impedir que as Universidades se fortaleçam e aproveitem a crise para se reorganizarem;
3) Nuno Crato, caso inviabilizasse a fusão perderia todo o seu capital político e ficaria , para sempre, como o autor do maior erro da nossa História recente: seria o Ministro que se pôs à renovação do Ensino Superior e o levou à mediocridade por falta de dinheiro.
Posto isto, Professor Nuno Crato, é o futuro do ensino e da investigação científica em Portugal que está em causa: Estados sem Universidades fortes, coesas, é um Estado sem futuro. A nova Universidade de Lisboa vai ajudar Portugal e encontrar uma "luz ao fundo do túnel" na lugubridade dos tempos que vivemos
João Lemos Esteves 

(reprodução de artigo Expresso - www.expresso.pt - de Sexta-feira, 18 de Maio de 2012)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sexta-feira, maio 18, 2012

"Maiores universidades privadas cortam salários"

«Os estudantes estão com dificuldades em pagar propinas, levando as maiores universidades a reduzir salários dos professores.
A Lusófona e a Lusíada, as duas maiores universidades privadas do País, estão a reduzir salários dos seus professores. A crise económica e os atrasos no pagamento de propinas por parte dos alunos são as razões avançadas pelos responsáveis das instituições.
Na Lusófona, com cerca de 12 mil alunos, aplicou-se este mês um corte de 10% ao valor dos salários de todos os professores. Uma medida justificada com um "ajustamentos nos custos" decorrente da situação económica, revelou ao Diário Económico Manuel Damásio, presidente do Conselho de Administração da entidade instituidora daquela universidade. Também a Lusíada, com oito mil alunos, admite estar a fazer"ajustamentos" para "manter a instituição estável e equilibrada, eficaz e eficiente no seu funcionamento", como revela João Redondo, vice-presidente da Fundação Minerva.
No ano passado, a Católica do Porto já tinha procedido a um corte semelhante de salários, na ordem dos 5%. Mas esta medida de redução dos salários poderá estender-se a outras instituições. A Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) ainda não o fez, mas isso não implica que "essa medida não se venha a impor", admite Reginaldo Almeida, director da administração escolar da instituição.
Uma redução de salários que é possível porque os vínculos contratuais com os docentes no privado são frágeis. O Regime Jurídica das Instituições de Ensino Superior (RJIES) prevê a regulamentação um regime do pessoal docente deste subsistema de ensino que, quatro anos depois da publicação da lei ainda não foi regulamentado.

(reprodução de notícia Económico online, de 2012/05/16 - Madalena Queirós)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quinta-feira, maio 17, 2012

A passion for learning

"Develop a passion for learning. If you do, you will never cease to grow."
Anthony J. D'Angelo

(citação extraída de SBANC Newsletter, May 15, Issue 716 - 2012, http://www.sbaer.uca.edu)

"APESPE distingue melhor trabalho académico"

«Estão abertas as candidaturas à 2ª edição do prémio APESPE para Melhor Trabalho Académico, o qual se destina a premiar trabalhos desenvolvidos por alunos do ensino superior, nomeadamente trabalhos de investigação, teses de mestrado ou de doutoramento, cujo objecto de estudo no âmbito do Trabalho Temporário se enquadre em áreas como Economia, Direito, Gestão de Recursos Humanos, Psicologia do Trabalho, Qualidade de Serviço, Organização e Gestão ou Gestão da Marca.
A candidatura deverá ser formalizada em ficha própria, a enviar à APESPE, conjuntamente com o trabalho efectuado, até 31 de Agosto de 2012. O vencedor receberá um prémio de € 750,00 com data prevista de entrega em Novembro de 2012. Consulta do regulamento no site da APESPE em http://www.apespe.pt/»
(reprodução de notícia sobre a matéria em epígrafe, disponível no sítio identificado)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, maio 16, 2012

"Reitores prevêem que fatia orçamental do Estado não suba até 2022"

«António Rendas disse que em contexto de crise e de contenção orçamental as universidades não podem “perder as suas capacidades de gerar receitas”.
Este ano, a dotação orçamental para as universidades sofreu um corte de 8,5%.
O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas, prevê que a fatia do Orçamento do Estado para as universidades não vai subir nos próximos dez anos, ou seja, até 2022. Um cenário que não é animador para as instituições de ensino superior que sofreram, este ano, um corte de 8,5% na sua dotação orçamental.
Por isso mesmo, a "grande exigência orçamental" que a actual crise financeira e económica trouxe implica que as universidades não possam perder as suas capacidades de gerar receitas", sublinha António Rendas. O também reitor da Universidade Nova falou durante o encerramento do seminário sobre a autonomia universitária portuguesa no contexto europeu, organizado pelo CRUP e pela Associação de Universidades Europeias (EUA), que decorreu ontem em Lisboa.

(reprodução de notícia DIÁRIO ECONÓMICO online, de 15/05/2012-Ana Petronilho)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

segunda-feira, maio 14, 2012

"Universidades e Hospitais podem contratar sem luz verde das finanças"

«Decreto-lei à espera de promulgação abre excepção as pagamentos de situações “urgente e inadiáveis”.
As despesas com pessoal de universidades, hospitais e autarquias deixarão de estar limitadas pela Lei dos Compromissos. Segundo a versão inicial do decreto-regulamentar da lei qualquer contratação teria que ser autorizada pelo ministro das Finanças. A versão final recua. O diploma que está para promulgação do Presidente da República, a que o Diário Económico teve acesso, exclui, no artigo 3º da aplicação da lei, "a assunção de compromissos relativos a despesas com pessoal independentemente da natureza do vínculo". O que significa que, entre outras, a contratação de pessoal deixa de necessitar de uma autorização das Finanças, ficando apenas limitada às restricções da lei do Orçamento do Estado (OE) 2012. Mas as novidades não ficam por aqui.
A versão final do diploma resolve os principais problemas das universidades que estavam em risco de parar se as regras não fossem alteradas. No número 4 do artigo 11º pode ler-se que a "competência para a assunção de compromissos plurianuais que apenas envolvam receitas próprias é do respectivo órgão de direcção". As universidades, institutos públicos de regime especial e entidades públicas empresariais deixam de ter de pedir autorização às Finanças para fazer despesas.
Para as autarquias, uma novidade promete fazer respirar de alívio os autarcas, ficando excluído de culpa quem tiver infringido as regras desde a entrada em vigor da lei - 22 de Fevereiro - até à aprovação do diploma ainda em Belém. Os autarcas poderão também recorrer a planos de liquidação de pagamentos em atraso com períodos de cinco ou de dez anos, sendo que em caso de ser com o acordo do credor esses deixarão de contar como dívida vencida. Uma possibilidade relevante visto que quem não tiver pagamentos em atraso passará a estar dispensado de prestar informações ao Ministério das Finanças. Por outro lado, as instituições abrangidas pela lei ficam proibidas de deixar aumentar os pagamentos em atraso de um mês para o seguinte.»
(reprodução de notícia Económico online, de 2012/05/14 - Filipe Garcia, Madalena Queirós e Luís Reis Pires)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"Escolas portuguesas sobem no ‘ranking’ do FT"

«Universidades Católica, Nova e do Porto mantêm-se no ‘ranking’ da formação de executivos do jornal britânico.
Já o ano passado tinha acontecido e o feito repetiu-se em 2012: três escolas portuguesas aparecem nos ‘rankings' da formação de executivos do Financial Times que o jornal britânico publica hoje. Universidades Católica, Nova e do Porto firmam, assim, posições entre as melhores escolas de negócios de todo o mundo, fazendo a marca Portugal marcar pontos internacionalmente na área do ensino.
Enquanto a Católica-Lisbon School of Business and Economics surge na confortável posição de se ver no ‘ranking' pelo sexto ano consecutivo - tendo sido a primeira portuguesa a chegar lá -, no 46º lugar, a Nova School of Business and Economics , que entrou o ano passado, sobe 11 lugares, para a 47ª posição. Já a EGP-University of Porto Business School repete, igualmente, este ano o feito, depois da estreia, em 2011, no ‘ranking' dos cursos à medida das empresas (64º lugar).
Para Fátima Barros, directora da Católica-Lisbon SBE, estar no ‘ranking' do FT, pelo sexto ano consecutivo, prova "a consistência" do trabalho da escola. A responsável destaca a boa classificação da escola - que comemora, em 2012, 40 anos de existência e 20 anos de formação de executivos - nas parcerias internacionais
anos de formação de executivos - nas parcerias internacionais. E não tem dúvidas que é o reconhecimento de um trabalho que tem vindo a ser feito de parcerias na Europa, África, Ásia e Estados Unidos "para os portugueses terem contacto com outros mercados ". "O nosso objectivo é que Lisboa seja um centro de formação para executivos em todo o mundo, em particular europeus e de países lusófonos, como Angola", sublinha.
A Nova Business School of Business and Economics estreou-se, o ano passado, no ‘ranking' da formação de executivos do FT e, de 2011 para 2012, subiu 11 lugares, chegando à 53ª posição. Nadim Habib, responsável pela formação de executivos desta escola, destaca a boa classificação obtida pela Nova no critério de localização internacional. "Foi reconhecida a capacidade da Nova de estar em várias localizações internacionais. A nossa âncora é a Angola Business School, mas tivemos programas relevantes no Brasil, em Itália e Bruxelas. Esta postura mais global dá-nos uma grande vantagem competitiva", diz.
Embora estando já no ‘ranking' do FT, o ano passado, a Nova SBE não estava na lista dos melhores nos cursos à medida das empresas. Eeste ano entrou directamente para a 48ª posição. "Mudámos a lógica dos cursos customizados. Procurámos alinhar os programas com as necessidades das organizações", frisa o responsável, acrescentando que o seu objectivo é estar nas 25 primeiras escolas do FT"nos próximos três anos".
No caso da EGP-UPBS, a escola está, pelo segundo ano consecutivo, nos cursos à medida e isso, para Nuno Sousa Pereira, o director, deve-se a "uma estratégia de especialização da escola neste tipo de formação". O responsável explica que a EGP se posiciona numa postura de "muita flexibilidade" perante as necessidades das empresas, com uma formação à medida "muito direccionada para as suas necessidades estratégicas". Eadianta que cerca de um terço da facturação da EGP-UPBS já vem destes cursos à medida. Garante que as empresas continuam a procurar a escola, embora estejam a reduzir o montante que afectam à formação.
As melhores escolas do mundo
A melhor escola do mundo para formação de executivos, segundo o FT, é a espanhola IESE ( Associada da AESE em Portugal) que subiu da 3ª posição, o ano passado, destronando do primeiro lugar a HECParis, que foi relegada para 2º lugar. Na terceira posição surge a suíça IMD, que estava em 4º, em 2011. Oterceiro lugar, do ano passado, pertencia à norte-americana Harvard Business School, que desceu para o 4º.
Assim, a Europa consegue, em 2012, dominar os três primeiros lugares do ‘ranking' do FT . Aliás, nas dez primeiras posições, seis escolas são europeias (duas espanholas, duas francesas, uma suíça e uma britânica), três são norte-americanas, e uma é brasileira, a Fundação Dom Cabral, em 8º, que tem vindo a ganhar terreno nos últimos anos.
Algumas destas escolas de topo têm vindo a alargar a sua actuação à Ásia, mais concretamente a Singapura, fazendo com que este mercado ganhe peso. É o caso da francesa INSEAD (10º lugar), da norte-americana Center for Creative Leadership (6º), da Universidade de Chicago e da francesa Essec, que abriram portas neste país. Odestaque que a Ásia está a ganhar na economia, está a reflectir-se na área do ensino, concretamente na formação dos executivos.
[...]»
(reprodução parcial de notícia Económico online, de 2012/05/14)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sexta-feira, maio 11, 2012

"Bolseiros vão continuar isentos de IRS, diz Nuno Crato"

«Os bolseiros de investigação com estatuto de trabalhador independente vão continuar a não estar sujeitos a tributação em sede de IRS, anunciou esta quinta-feira o ministro da Educação e Ciência, no Parlamento.

Nuno Crato revelou, no âmbito da interpelação do PS sobre políticas de educação, que, na sequência das reuniões entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Autoridade Tributária, foi decidido que os bolseiros com estatuto de trabalhador dependente vão ser tributados.
No final de Abril, o PS questionou o Governo, através da Assembleia da República, sobre a situação dos bolseiros de investigação científica que, apesar de não terem contrato de trabalho, estavam a ser instados a declarar IRS. "Hoje [ontem] é o último dia para entrega do IRS e a divergência entre o Ministério da Educação e Ciência e o Ministério das Finanças continua
por esclarecer", lamentou a deputada Elza Pais.
No mês passado, o Ministério das Finanças avançou que os bolseiros de investigação começariam a pagar IRS. Actualmente, os investigadores não são obrigados a declarar o valor que recebem de bolsa, ou seja, são isentos de IRS. Mas, as Finanças estavam a pedir aos bolseiros a declaração do valor da bolsa como rendimentos de trabalho dependente. Na altura o Ministério da Educação e Ciência disse esperar uma resposta da secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais.»
(reprodução de notícia PÚBLICO online, de 10.05.2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, maio 09, 2012

"Estudantes universitários contraem 1437 empréstimos desde janeiro"

«Os estudantes do Ensino Superior contraíram 1.437 empréstimos com recurso a garantia mútua entre janeiro e março, num valor médio 2,6% acima do ano letivo anterior, indica esta terça-feira, uma sociedade de investimento.
Segundo um comunicado da sociedade de investimento SPGM, uma 'holding' do sistema de garantia mútua nacional, o valor total dos novos contratos firmados desde 12 de janeiro até 31 de março ascende a 16,9 milhões de euros, tendo sido utilizados 2,24 milhões.
O valor médio dos empréstimos passou de 11,4 para 11,7 mil euros este ano.
"Em menos de cinco anos letivos, o sistema nacional de garantia mútua viabilizou a concessão de crédito a 17.236 estudantes portugueses do ensino superior. Em valor, o montante global dos contratos firmados por estudantes de licenciaturas, mestrados, pós-graduações ou de especialização tecnológica, ao abrigo deste tipo de empréstimos, chegava aos 196,8 milhões de euros no final de março", acrescenta a nota.
O recurso a este tipo de crédito por parte dos estudantes do ensino superior tem vindo a crescer, passando de 3.954 empréstimos concedidos no ano letivo de 2009/2010 para 4.466 no ano seguinte.
Os créditos em incumprimento situam-se nos 1,49%, o que equivale a pouco mais de dois milhões de euros, segundo o mesmo comunicado.
A questão do incumprimento é decisiva "para a banca e para o sistema de garantia mútua continuarem a trabalhar este produto", considera o presidente da SPGM, José Fernando Figueiredo, já que as margens trabalhadas "são negativas".
O crédito com garantia mútua para universitários regressou no começo de janeiro, depois de ter sido suspenso no começo do ano letivo.
As sociedades de garantia mútua são instituições de crédito privadas, mutualistas, detidas por mais de 55 mil Pequenas e Médias Empresas (PME) nacionais, e que emitem garantias aos bancos e outras entidades, em favor das empresas ou de pessoas individuais, como é o caso dos estudantes do ensino superior, no sentido de facilitar o seu acesso ao crédito.»
(reprodução de notícia JORNAL DE NOTICIAS online, de 8 de Maio de 2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

terça-feira, maio 08, 2012

Notícias da UÉvora: "Estudantes de Évora em vigília contra aumento de propinas"

«Acção termina amanhã, em Lisboa
A Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE) promove hoje uma vigília nocturna para protestar contra o aumento das propinas para o próximo ano lectivo, cujo valor máximo foi fixado em 1037 euros.
O aumento de 37 euros das propinas para o próximo ano lectivo foi aprovado, por maioria, na reunião de 18 de Abril do conselho geral da Universidade de Évora.
A vigília começa às 22h00 com a concentração dos alunos na Praça do Giraldo, considerada a “sala de visitas” de Évora, seguindo-se, às 22h37, 300 segundos de silêncio pelos cerca de 300 estudantes que abandonaram aquela instituição por motivos económicos e financeiros, nos últimos dois anos. Os números são da AAUE.
Os estudantes dirigem-se depois em cortejo para o Colégio do Espírito Santo, o principal edifício da academia alentejana, onde promovem durante a noite várias actividades, sempre ao minuto 37 de cada hora, como tertúlias e largada de balões negros.
 “As iniciativas começam sempre ao minuto 37 para simbolizar os 37 euros de aumento das propinas”, explicou o presidente da AAUE, Paulo Figueira.
Amanhã, de manhã, os estudantes entregam na reitoria um “cheque gigante” com o valor da propina, um documento reivindicativo e viajam para Lisboa para entregarem os mesmos documentos ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e à tutela.
Carlos Braumann, reitor da Universidade de Évora, frisou que “não se trata de um aumento” das propinas, mas sim da “actualização anual, de acordo com o Índice de Preços no Consumidor, como está previsto na lei”. “Em vez de aplicarmos este aumento noutras actividades, vamos aplicá-lo num fundo para apoiar alunos em dificuldades financeiras”, tal como o CRUP tinha recomendado às instituições de ensino superior, realçou.
(reprodução de notícia PÚBLICO online, de 08.05.2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

segunda-feira, maio 07, 2012

"Urgente: Audiência com o Provedor de Justiça, pedido de informação"

«Caro Colega
Na sequência do pedido feito pela FENPROF, foi marcada audiência com a Provedoria de Justiça para o dia 11 de maio, sexta-feira, às 10:30.
No sentido de reforçar a documentação a fornecer à Provedoria, solicitamos a todos os colegas que se encontrem numa das situações seguintes que entrem em contacto connosco (para o endereço sup@fenprof.pt), descrevendo a sua situação e facultando a informação que entendam relevante.
1. Ter sido aprovado em provas de doutoramento ou de título de especialista e não ter sido colocado no 1º escalão remuneratório da respetiva escala indiciária de professor auxiliar ou de professores adjunto.
2. Ter-lhe sido exigido o pagamento de propinas de doutoramento.
3. Ter sido denunciado unilateralmente o contrato de bolsas de doutoramento, tanto pela FCT, como, no caso do PROTEC, por instituições do Ensino Superior Politécnico.
4. Ter obtido a agregação e não estar a ser remunerado de acordo com a escala indiciária correspondente.
Saudações académicas e sindicais
Departamento de Ensino Superior e Investigação da FENPROF


(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com origem na entidade identificada)

"Universidades apostam nas competências para o emprego"

«Várias faculdades introduziram nas licenciaturas cadeiras obrigatórias, com aulas mais práticas, de competências sociais e comportamentais.
Preparar os alunos para o mercado de trabalho passa por muito mais do que o que se aprende na sala de aula. Bagagem académica e notas excelentes já não são porta de entrada garantida num bom emprego. As chamadas ‘soft skills' -que passam por competências sociais e comportamentais - são cada vez mais importantes para os empregadores na hora de recrutar. Conscientes disso, várias faculdades começaram a introduzir cadeiras obrigatórias de ‘soft skills', de âmbito mais prático, e de línguas estrangeiras nas licenciaturas. Além disso, actividades extra-curriculares - como estágios, projectos de voluntariado, de empreendedorismo, etc - contam já créditos em algumas delas para a avaliação final do ano.
A importância que os empregadores dão a este tipo de competências é destacada pelos responsáveis das escolas contactadas pelo Diário Económico. As ‘soft skills' "são determinantes para a empregabilidade", resume Ana Canhoto, directora académica das licenciaturas da Católica-Lisbon School of Business & Economics. São "genericamente muito valorizadas pelos empregadores", corrobora Daniel Traça, subdirector da Nova School of Business & Economics. Permitem aos alunos ganhar ferramentas "que complementam a sua formação base" e são "diferenciadoras no mercado de trabalho", diz António Caetano,vice-reitor do ISCTE.
A Católica tem no plano de estudo das licenciaturas de Economia e Gestão o "Programa Learn in Action", que se divide em dois módulos obrigatórios: Comunicação Oral e Escrita e Desenvolvimento de Carreira. As empresas procuram evidências desse tipo de competências no currículo dos alunos,sublinha Ana Canhoto, "privilegiando aqueles que apresentam diferentes experiências profissionais, experiência internacional (Erasmus, Summer Schools, etc.), domínio de línguas estrangeiras, experiências de voluntariado/responsabilidade social, desportos de equipa e outras actividades extra-académicas ou experiências de vida relevantes".
A Nova está a lançar duas cadeiras obrigatórias: Desenvolvimento Pessoal e Competências Interpessoais, numa óptica de ‘experiencial learning'. "O mercado de trabalho actual exige profissionais "que sabem gerir as relações com as pessoas com quem se cruzam e têm estrutura mental para correr riscos, falhar, ultrapassar dificuldades, vencer", reforça Daniel Traça.
António Caetano justifica a criação, há três anos, do Laboratório de Línguas e Competências Transversais no ISCTE: é fundamental desenvolver nos alunos competências "que lhes permitam incrementar a sua capacidade de adaptação à mudança e a novas situações e aumentar o seu potencial de criação de valor no futuro posto de trabalho".
Reconhecida a sua forte formação técnica, os candidatos a engenheiros do Instituto Superior Técnico têm também já cadeiras obrigatórias de ‘soft skills' "para responder às exigências da sua vida profissional", diz Raquel Aires Barros, presidente do Conselho Pedagógico desta escola. Chama-se ‘portfolio pessoal' e passa pela realização de actividades extra-curriculares e de reflexão escrita sobre as mesmas, através de relatórios e projectos.
São competências que têm a ver com o percurso pessoal do aluno e dos seus gostos. Podem ser actividades de índole cultural ou social e é fundamental a colaboração entre os alunos.
FEP e ISEG lançam novas disciplinas no próximo ano lectivo
A Faculdade de Economia da Universidade do Porto ainda não tem, mas vai já lançar, no próximo ano lectivo, duas disciplinas de Competências Pessoais e Sociais, no 2º ano, e está a preparar o módulo extra-curricular ‘Working soft skills'. "Pretendemos, assim, responder às exigências dos principais empregadores de diplomados da FEP, ao nível das competências transversais", justifia o director, João Proença.
Também o ISEG está a equacionar a reformulação do actual plano de estudos no sentido de reforçar a presença das ‘soft skills', incluindo unidades curriculares específicas com carácter obrigatório. Esta escola tem já unidades curriculares, embora ainda não obrigatórias, "que têm verificado uma crescente adesão por parte dos jovens que procuram preparar-sede melhor forma para a vida profissional", diz Jorge Gomes, coordenador da licen ciatura de Gestão. No próximo ano, vai lançar o ‘Student Support Program', que dará grande destaque às ‘soft skills'.

(reprodução de notícia ECONÓMICO ONLINE, DE 06/05/12)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]