Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região

sexta-feira, novembro 30, 2007

Intriga, "suspense": o mistério dos licenciados desempregados

"A quem possa interessar,
O Mistério dos Licenciados Desempregados I a IX
Atenciosamente,

Virgilio A. P. Machado
(vam@fct.unl.pt)"
*
(cortesia de Virgílio Machado, o próprio)

quinta-feira, novembro 29, 2007

"Há felizes coincidências!"

O carrasco, o seu riso e a reprodução revolucionária
(título de mensagem, datada de 07/11/28, disponível em Empreender)

As funções do Conselho Geral

"As funções do Conselho Geral são muito importantes e não se esgotam com a eleição do Reitor ou Presidente e com a aprovação rápida de algumas propostas que lhe sejam apresentadas. A sua função de supervisão tem de ser bem desenhada para ser eficaz sem interferir nas competências executivas dos outros órgãos. No desenho deste equilíbrio delicado, a experiência da governação das empresas, especialmente das empresas cotadas poderá ser usada naquilo que é relevante.
1. Compete ao Conselho Geral assumir como sua a missão da instituição e construir uma estratégia de longo prazo da instituição que seja compatível com a legislação nacional e os anseios dos portugueses.
2. [...]"
José Ferreira Gomes

quarta-feira, novembro 28, 2007

Afinal, Aveiro também é uma festa

Publicidade Institucional - ASSEMBLEIA -

(título de mensagem, datada de 07/11/26, disponível em Co-Labor)

Eleições na UMinho: vícios privados, virtudes públicas

«Caras e Caros Colegas,
A Lista A – Plataforma Eleitoral, candidata às eleições para a Assembleia Estatutária da Universidade do Minho, vem por este meio esclarecer a comunidade de docentes e investigadores que o Prof. Moisés Martins nunca foi convidado por esta Lista para nela participar.
A mensagem que o Prof. Moisés Martins enviou à comunidade académica exprime ausência de tolerância e de sentido democrático, referindo-se aos seus pares em tom censório e depreciativo.
A plataforma é constituída por colegas no pleno uso dos seus direitos que, com seriedade e abertura, se disponibilizaram para este desígnio.
A Plataforma desenvolveu um ideário e um plano concreto que detalha as linhas mestras com que se apresenta a este processo eleitoral, promovendo o esclarecimento e o debate.
A Plataforma considera que a visão de “personagens iluminadas” não serve a Academia, nem lhe oferece garantias.
A Plataforma sabe que a Academia exige mais do que isso.
Saudações académicas,

A Lista A – Plataforma Eleitoral
»
*
«Caros colegas de Academia,
O professor Moisés Martins difundiu hoje (já ontem) uma mensagem que intitulou de “Razões”. Essa mensagem agrediu-me. Pela deselegância. Cinco palavras apenas, “...para que todavia fui convidado...” (sic), marcam e mancham todo o texto. Elas quebram valores basilares no relacionamento humano, de confidencialidade, de confiança, de intimidade. São impróprias para um académico. Tratou-se, estou certo, de um momento infeliz, de que, também estou certo, o Professor Moisés Martins se redimirá, com hombridade, reconhecendo a deselegância.
Saudações académicas
Jaime C L Ferreira da Silva
Escola de Engenharia
Departamento de Engenharia Mecânica»
*
(reprodução integral de mensagens, de distribuição universal na rede da UMinho, que me cairam na caixa de correio electrónico esta manhã, bem cedinho)
-
Comentário: as mensagens que reproduzo acima parecem-me bem esclarecedoras: i) "o Prof. Moisés Martins nunca foi convidado por esta Lista", isto é, os membros da lista não tiveram nada a dizer na sua constituição; ii) "A mensagem que o Prof. Moisés Martins enviou à comunidade académica exprime ausência de tolerância e de sentido democrático", isto é, se querem ter uma noção elevada do que é a democracia e a tolerância então têm que olhar atentamente para o exercício de poder na UMinho nos últimos 6 anos; e iii) «Cinco palavras apenas, “...para que todavia fui convidado...” (sic), marcam e mancham todo o texto. Elas quebram valores basilares no relacionamento humano, de confidencialidade, de confiança, de intimidade", isto é, aplica-se à Universidade, com o mesmo rigor que a qualquer outro contexo da vida social nacional, a regra popular que distingue "vicíos privados de virtudes públicas".
Síntese final: o editor deste jornal de parede é um herege. A sua alma não tem redenção possível.
A festa continua!

terça-feira, novembro 27, 2007

Lista A: um programa oculto

"A lista A disfarça mal um programa oculto. Tem os Estatutos já elaborados, ponto por ponto, que homologam o actual funcionamento da Universidade e a sua actual prática de governo. Esperam os seus inspiradores que o período de campanha eleitoral passe depressa, sem darem muito nas vistas e sem terem que se explicar muito. O ideal seria passarem mesmo despercebidos, sem dizerem sequer ao que vêm, uma vez que já estão ao leme da Universidade. Que chatice ser preciso jogar o jogo da democracia em oito dias de campanha! Mas esse mal necessário passará depressa. E mais depressa passará com umas espertezas regimentais, mais umas esquivas ao confronto, umas manobras dilatórias, e com os habituais ruído, morosidade e bloqueamento da rede interna de informação. Sem dúvida, para a lista A, o calado é o melhor. E estarão calados o mais que puderem."
Moisés de Lemos Martins
(extracto de mensagem, com distribuição universal na rede electrónica da UMinho, que me caiu na caixa de correio hoje, ao raiar do dia)
-
Comentário: até que enfim que leio algo escrito pela lista B em que me reconheço, isto é, em que as nossas as análises de situação (a da lista B e a minha) coincidem.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Reforma universitária e joguinhos politiqueiros

"Afinal, sempre há jovens universitários que pensam sobre as circunstâncias, com qualidade e esperança. Os outros transformam a reforma universitária em joguinhos politiqueiros ..."

José Adelino Maltez

(extracto de mensagem, datada de 07/11/26 e intitulada «Patos bravos, soares, cavalheiros da indústria e "rankings"», disponível em Sobre o tempo que passa)
-
Comentário: o dia de hoje foi fértil na rede electrónica da UMinho em mensagens alusivas à campanha eleitoral em curso: foram os representantes das listas a anunciar os debates programados - uma mão-cheia deles; foi o moderador de um desses debates a convidar "o povo" para a festa; foi o reitor a anunciar que antes de tudo o mais está a festa - que ninguém falte, pois; foram as listas a apresentar os respectivos "portal" (lista A) e blogue (lista B), percebendo-se daqui (ou parecendo) que os favores da proximidade ao poder permitem umas flores mais que ser-se oposição, mesmo cordata.
É o que dá a mingua de sinais de campanha de várias semanas, desde que as listas estão, de facto, no terreno. Alguns, já acreditavamos que lhes tivessem cortado a lingua ou coisa do género. Mas não, estavam só a amadurecer ideias e a ganhar coragem para sair à rua, de andor às costas.
Confrontado com tal torrente de mensagens e apelos, não admira que eu tivesse estacionado na frase que retenho acima, pela diferença que faz daquilo que comento nos parágrafos que aparecem depois.
Viva a festa!

domingo, novembro 25, 2007

Notícias de Mª da Graça Carvalho e de outras coisas

Jornal on-line da Universidade de Évora:
http://www.ueline.uevora.pt/default.asp
O financiamento para o Ensino Superior em Portugal está na média Europeia
"A convite do Reitor da Universidade, Maria da Graça Carvalho falou para uma plateia, maioritariamente de docentes e investigadores, sobre os desafios que se colocam actualmente às universidades, ao nível da investigação e da formação.
Maria da Graça Carvalho considera que se exige muito das universidades a vários níveis, nomeadamente formação, investigação, ligação à sociedade, apoio às políticas públicas e desenvolvimento da região. O problema, considera a Professora, é o facto de as Universidades Europeias não estarem dotadas de meios para desempenhar estas tarefas. Financiamento e demasiada burocracia são alguns dos problemas colocados às universidades europeias."
*
(extracto de notícia com o título identificado, disponível no sítio que se referencia acima)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sábado, novembro 24, 2007

Quebra-cabeças para um dia frio de fim-de-semana

As mensagens que reproduzo de seguida, sob a figura de estilo da carta aberta, circularam na rede interna de uma Escola perto de si, na UMinho, na semana que agora finda, sob a epígrafe “Comemoração de uma data”, e parecem-me bastante expressivas, sob diversos pontos de vista. Concordarão ou não.
Antes de ir mais longe, vejamos o seu conteúdo:

«Caros(as) colegas,
Comemorando-se nesta ocasião 15 (quinze) dias desde que, sem explicação nem aviso*, foram encerradas as casas de banho masculinas existentes no piso do Departamento de […], em razão do elevado simbolismo da data, não posso deixar de lembrá-la e convidar-vos, a todos, a que se associem a esta comemoração.
Com saúde, talvez possamos comemorar os primeiros 30 dias de encerramento e, depois, os seis meses e assim sucessivamente.
Tenham um bom dia!

[…]

* ao que consta, o "Conselho de Gestão" da […] irá reunir num futuro próximo, talvez daqui por 15 dias, para se debruçar sobre a oportunidade de prestar o esclarecimento em falta e repor o bom-senso
»
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«terça-feira, 20 de Novembro de 2007 10:55
Assunto: Comemoração de uma data

Caros(as) colegas,
Comemorando-se nesta ocasião 13 (treze) dias desde que, sem explicação nem aviso, foram encerradas as casas de banho masculinas existentes no piso do Departamento de […], em razão do elevado simbolismo da data, não posso deixar de lembrá-la e convidar-vos, a todos, a que se associem a esta comemoração.
Com saúde, talvez possamos comemorar os primeiros 30 dias de encerramento e, depois, os seis meses e assim sucessivamente.
Tenham um bom dia!

[…]
»

As mensagens tinham destinarário óbvio, que não era explicitado, por manifesta redundância, naquele contexto.
Num dia frio como o que está, em vésperas de natal, com as compras já todas feitas, ocorreu-me lançar-vos o desafio de identificarem o(a) destinatário(a) das mensagens, ao estilo de quebra-cabeças de tempos idos. Haverá alguém que queira habilitar-se a deslindar este enigma?
Consciente do seu elevado grau de dificuldade, a título de ajuda aos corajosos, deixo as dicas seguintes:
i) a pessoa em causa andou a negociar a respectiva inclusão na lista do Moisés Martins/Licínio Lima ao longo de várias semanas, tendo roído a corda na véspera do fecho da lista; e
ii) “surpreendentemente”, acabou por cair na lista do reitor, em lugar elegível.

Vou ficar a aguardar a vossa perspicácia. Não me desiludam!

J. Cadima Ribeiro

Pasmem !!!

«[...]
A Universidade é um centro de pensamento e de debate. Deve constituir um exemplo para a sociedade em geral, na sua abertura, na preservação dos valores e na sua capacidade de inovação.
[...]

O Reitor

A. Guimarães Rodrigues
»

(extractos de mensagem distribuída universalmente na rede electrónica da UMinho na tarde de 23 de Novembro pp., com a autoria e a proveniência identificadas)
-
Comentário: pasmem!!! Por onde é que andou nos últimos seis anos o autor de tão elevadas considerações?

sexta-feira, novembro 23, 2007

Notícia de uma campanha triste

Realizou-se na última 4ª feira uma reunião do conselho científico (plenário) da EEG que, na dimensão “gestão das coisas caseiras”, não dispensou alguns episódios tristes, protagonizados por pessoas que, fora de portas, têm por uso passar imagem de santas imaculadas. É quase sempre assim e daí não veio novidade que justificasse esta crónica de costumes.
Interessante mesmo foi termos “beneficiado” de um cheirinho a campanha eleitoral, num claro afrontamento da regra da equidade de tratamento das listas em contenda, sem que o Presidente da Comissão Eleitoral, presente na reunião, tivesse lavrado o seu protesto e exercido o seu magistério, fazendo repor a normalidade formal das coisas. Note-se que o direito de resposta que era devido estava em perfeitas condições de ser exercido, já que na sala se encontrava pelo menos um elemento da lista concorrente da do reitor, agente da infracção.
Enfim, um caso lamentável mais, para empalidecer uma campanha que, de tão triste, se pode afirmar que, da comédia, resvalou já para a farsa.
Novos capítulos se anunciam para a próxima semana.

J. Cadima Ribeiro
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quinta-feira, novembro 22, 2007

"Processo de Bolonha"

A UNIÃO – Jornal online - http://www.auniao.com/
Quinta-Feira, dia 22 de Novembro de 2007
Processo de Bolonha
«Numa pequena conversa de boas vindas contou-nos que um seu colega da Universidade de Lausane vai emigrar para uma Universidade do Canada. A razão é simples. Não se sente bem no sistema de ensino superior europeu. Bem sei que a Suíça não é, propriamente, a Europa e também não parece defensável basear o argumento apenas num facto longínquo e porventura único. No entanto há muitos outros sinais de que o ensino superior europeu não anda bem, pelo menos não anda ao ritmo necessário para responder às necessidades de investigação e de ensino que o mundo parece precisar. Não anda bem quando comparamos com as universidades americanas e canadianas. Lá onde as instituições de ensino superior são empresas competitivas. Lá onde o financiamento das melhores universidades é feito por entidades privadas. Não anda bem quando muitos dos licenciados não têm emprego e muitos departamentos universitários têm dificuldade em conseguir projectos públicos e privados de investigação. Não anda bem quando muitas das instituições europeias de ensino superior têm dificuldades financeiras e não conseguem atrair os docentes e investigadores mais capacitados.
É neste ambiente de algum desalento que surge o Processo de Bolonha com alguns objectivos claros e outros mais obscuros. É claro que se trata de uma tentativa de uniformizar os graus europeus de ensino superior conferidos pelas universidades dos vários países. De facto, como é possível dinamizar o mercado único do trabalho quando o reconhecimento dos graus dos vários países não é imediato? O que é mais ou menos assente é que resulta numa diminuição das horas de aulas e no aumento das horas de trabalho dos alunos. Aliás só dessa forma é possível dar mais tempo aos professores para a investigação e reduzir o custo por aluno para responder às limitações orçamentais. É também adquirido que a orientação do ensino deixará de estar focada na aquisição de conhecimentos para passar a estar orientada para a aquisição de competências. Se bem entendo trata-se de ensinar mais investigação operacional e menos matemática, mais gestão e menos economia, mais engenharia e menos física. Ou, talvez melhor, dar a matemática na investigação operacional, a economia na gestão e a física na engenharia.
Isto serão os objectivos. Todavia, a forma como esses objectivos são implementados depende dos recursos humanos, materiais e financeiros que podem ser mobilizados e também do nível de consumação desses objectivos.
Se formos para o Norte da Europa pouco ou nada se está a fazer sobre o Processo de Bolonha porque de alguma forma se entende que os objectivos já estão atingidos. Ao fim e ao cabo o Processo de Bolonha é aproximar as Universidades do Sul aos modelos do Norte. Pelo contrário, se formos para o Sul verificamos uma total alienação da maior parte dos docentes havendo no entanto algumas mudanças grandes na forma de ensino. Os cursos passam para três anos, os mestrados passam a ser enquadrados pelo Ministério, e os doutoramentos passarão a ter programas lectivos muito semelhantes ao modelo americano. Vai melhorar? Não sei! O que sei é que a uniformização das regras vai levar naturalmente a uma hierarquização das universidades a nível europeu. E tudo começa pelos alunos. Quando muitos alunos portugueses procuram universidades inglesas, francesas, espanholas e italianas, alguma coisa vai mal no ensino em Portugal. Será que temos de começar a ensinar em inglês como fazem os holandeses?»
Tomaz Dentinho
(artigo de opinião publicado na data e no jornal identificados acima)
*
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

Notícias do Minho e do Laboratório de Nanotecnologia

«Braga acolhe Cimeira Ibérica a 17 e 18 de Janeiro

LABORATÓRIO DE NANOTECNOLOGIA:
“PRIMEIRA PEDRA” EM JANEIRO

O Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia, um projecto conjunto dos governos de Portugal e Espanha, inicia em Janeiro de 2008 a construção das suas instalações em Braga, foi agora anunciado pelo ministro português da Ciência e Tecnologia.

Mariano Gago, que participava na “Conferência de Alto Nível sobre Nanotecnologias” a decorrer na Universidade do Minho, adiantou que o “lançamento da primeira pedra” vai acontecer durante a próxima Cimeira Ibérica, a realizar igualmente em Braga a 17 e 18 de Janeiro de 2008, sendo assim apadrinhada pelo Primeiro-Ministro de Portugal, José Sócrates, e pelo Presidente do Governo de Espanha, Jose Luis Zapatero.
Conforme é público, esta unidade internacional de investigação em nanotecnologia vai situar-se junto do Complexo Desportivo da Rodovia, a escassos metros da Universidade do Minho, em terrenos cedidos pelo Município de Braga.
O Ministro da Ciência e Tecnologia reafirmou, na oportunidade, a calendarização definida para esta unidade ibérica de “i&d”, confirmando o ano de 2009 para a sua entrada em funcionamento.
Neste momento – disse – decorre a análise das propostas para a construção do laboratório, a que se candidataram duas empresas.
O Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia, que visa o reforço da colaboração científica e tecnológica entre Portugal e Espanha, está, contudo, aberto à adesão de outros países e à participação de instituições e de especialistas de todo o mundo, visando constituir-se como pólo de investigação internacional de excelência, desenvolvendo parcerias com instituições do ensino superior e com o sector económico, a promoção da transferência de conhecimento de valor acrescentado e gerador de emprego e a formação de profissionais especializados.

Mais informação:
http://www.umic.pt/index.php?option=com_content%26task=view%26id=2795%26Itemid=212
Câmara Municipal de Braga, 21 de Novembro de 2007
P’ O Gabinete de Comunicação,

(João Paulo Mesquita)»
*
[reprodução integral de mensagem recebida por correio electrónico, com a proveniência e a temática identificadas]

quarta-feira, novembro 21, 2007

"Ninguém parece querer saber um chavo que seja sobre as eleições"

Os agitadores
"[...] no meio destas mensagens de repúdio surgem umas outras com cartitas abertas: da lista B para a lista A e depois, claro, da lista A para a lista B. É certo que estas cartas nada dizem de substancial, mas curiosamente, às cartas das listas ninguém responde. Mais, ninguém parece querer saber um chavo que seja sobre as eleições que decorrerão no início de Dezembro para eleger uma assembleia que cozinhará os novos estatutos da universidade."
Vasco Eiriz
(título e extracto de mensagem, datada de 20 de Novembro de 2007, disponível em Empreender)

The vision must be followed by the venture

"The vision must be followed by the venture. It is not enough to stare up the steps - we must step up the stairs."

Vance Havne

(citação extraída de SBANC Newsletter, November 20, Issue 497-2007, http://www.sbaer.uca.edu)

Que os Hunos façam tudo o que lhes apetece

«Eu diria o seguinte: quandos os padres não sabem da missa, todos os santos servem para adiar a prédica. Depois de ler, com "incontido" entusiasmo, tudinho da notável troca de mails sobre as praxes, fico convencido que até à 6ooª posição do ranking é tudo "mentes brilhantes". Assim sendo, não supreende que os Hunos façam tudo o que lhes apetece.
(sic transit gloria uminho)»
*
(reprodução de comentário de autor anónimo produzido a propósito da mensagem precedente, intitulada "Jogos de campanha")

terça-feira, novembro 20, 2007

Jogos de campanha

Há dias, o 1º nome da lista B de candidatura à Assembleia Estatutária da UMinho, em carta aberta endereçada à oponente lista A, desafiando os seus membros para debates, escrevia o seguinte:
“[…] decidimos tomar a iniciativa de convidar a Lista A para duas sessões de debate, a realizar em Braga e em Guimarães, em datas e segundo modelo a definir, em conjunto, pelos mandatários das duas candidaturas”. Com grande candura, embora o dito colega não se chame Cândido, concluía depois com a frase:
Convictos de que esta será a melhor forma de dar sentido e conteúdo substantivo ao período de campanha eleitoral formalmente previsto, aguardamos a aquiescência dos colegas”.
Alguns dias após, hoje precisamente, teve a resposta, que não sei se esperava ou não, nem sei dizer se era a resposta que esperava, onde o também nº 1 da lista A, com idêntica candura, diz o seguinte:
“A Plataforma (lista A) está disponível com debates com a lista B, nos termos a definir pela Comissão Eleitoral. No entanto, entende que esses debates devem ocorrer após a difusão institucional das posições e propostas de ambas as candidaturas”. Mais acrescenta que “A lista A aguarda permissão da Comissão Eleitoral para a difusão das suas posições pelos meios institucionais”.
Não são mesmo uns santos estes colegas? Por contraponto, esta ditadura da Comissão Eleitoral (seguramente, por influência do seu presidente), aqui cortesmente denunciada pelo nº 1 da lista A, não é uma coisa abjecta, mesmo monstruosa?
E os eleitores, coitados, privados que estão da informação sobre as posições e propostas das listas, em que posição ficam? Seguramente, mais indignados ainda que os candidatos, que só estão nisto por puro altruísmo.
Enfim, fica provado que, nestas coisas, a candura e a vontade de servir não bastam.
Aqui chegados, procurando contribuir para a qualidade dos debates que estão sobre a mesa, com risco de apreciação severa da Comissão Eleitoral (assumindo que esta se condoa da carência de esclarecimento dos eleitores), entendo deixar a seguinte proposta:
que os debates a realizar tenham como intervenientes os lideres de ambas as listas, ao invés de segundas figuras!
E mais não proponho nesta ocasião porque, por pouco que tenha dito, disse já muito mais que tudo o que disseram ambas as listas deste prelo.

J. Cadima Ribeiro

Em tempo de eleição de assembleias estatutárias

"[...] a propaganda para ser eficaz não pode parecer que é propaganda."
José Adelino Maltez
(extracto de mensagem, datada de 07/11/20 e intitulada "O hábito, se não faz o monge, sempre consegue disfarçá-lo", disponível em Sobre o tempo que passa)
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Comentário: garanto-vos que a frase que deixo acima é mesmo do autor identificado e não de nenhum reitor de uma Universidade portuguesa, em trabalho de promoção da respectiva lista, em tempo de eleição de assembleias estatutárias.

Alguma coisa está em mudança

"Alguma coisa está mesmo em grandes mudanças no pensamento nacional e, pelos vistos, não é só a engenharia...Ufa!! Que descanso! AINDA BEM!"

Regina Nabais

(extracto de mensagem, datada de Segunda-feira, Novembro 19, 2007, e intitulada "Engenheirando o futuro da engenharia", disponível em Polikê ?)

segunda-feira, novembro 19, 2007

Os bons exemplos que nos vêm da Madeira

(título de mensagem, datada de 07/11/19, disponível em Bloco de Notas)
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Comentário: afinal, da Madeira também nos vêm bons exemplos, não é só da UMinho, da UAlgarve, da UPorto, da ...

domingo, novembro 18, 2007

Um convidado ComUM, em tempo incomum

Que propósitos podem presidir à edição de um jornal de parede electrónico?
Provavelmente, as respostas serão tantas quantos os blogues que se editam. Porventura serão mais, ainda. No caso particular deste, foram: agitar consciências; dizer publicamente que o “rei” ia(vai) nu; escrever "cartas abertas" aos dirigentes da UMinho e à academia todos os dias; trazer para a vida da academia minhota, e não só, um pouco mais de transparência e de liberdade; dar um modesto contributo para o debate sobre as vias do futuro da UMinho, que devia fazer-se diariamente e nem em períodos eleitorais se faz, para mal dos nossos pecados.
Que têm em comum os blogues Avenida Central, Colina Sagrada, Mesa da Ciência, e Universidade Alternativa?
Verosivelmente, pouca coisa, ou talvez muita! Entre o que têm em comum, estará: serem projectos de cidadania; serem editados no Minho, realidade subjectiva (no sentido de comunidade sedeada num território) existente, por contraponto doutras diariamente proclamadas e, mesmo assim, inexistentes (tome-se como exemplo paradigmático “o norte”); eventualmente, diversas outras coisas que a diferença de objectos temáticos não deixa transparecer:
Que têm em comum os blogues listados no parágrafo anterior?
Pois, desde esta data, têm em comum o ComUM, jornal “online”, isto é, são os quatro “Blogues convidados”, do ComUM.
Foi sensato aceitar o convite?
Não sei. Só o tempo o dirá! Mas que convites é que podem e devem recusar-se?
E o Sr. reitor?
Pois que se dane o Sr. reitor. A UMinho há-de ter futuro, apesar dele.

J. Cadima Ribeiro

sexta-feira, novembro 16, 2007

Manifestando-me

O que pode entender-se por autonomia orgânica das escolas? É de rejeitar a possibilidade do director da faculdade ser um professor de fora da universidade?
Eu responderia: com a reclamação da autonomia das Escolas que faço, quero deixar claro que, sem estruturas universitárias de base leves, com definição clara de missões e capacidade de decisão, suportadas por recursos financeiros e humanos próprios adequados, não será possível ter instituições competitivas e ágeis. Isto é o rigoroso contraponto de modelos, chamem-lhe matriciais ou outra coisa qualquer, mastodônticos e hipercentralizados, em que tudo fica dependente da clarividência de burocracias (e eventuais lideranças) centrais.
Por princípio, não recuso que o director da faculdade venha de fora. Não acho é que estejamos em condições de dar esse passo agora. Mesmo o que proponho já levantará muitas resistências dentro das academias. Veja-se o que se passou com a designação dos reitores, no contexto da aprovação da lei 62/2007. Como me dizia um colega há não muito tempo, esta lei vai necessitar de ser revista a curto-prazo, para ultrapassar inconsistências decorrentes da negociação a que, apesar de tudo, esteve sujeita e para se adequar à realidade (universitária e social) que é a nossa.
Repito a(s) pergunta(s) [deixada(s) por colega que teve a simpatia de ma(s) endereçar a título de comentária à minha mensagem precedente]: o que pode entender-se por autonomia orgânica das escolas? É de rejeitar a possibilidade do director da faculdade ser um professor de fora da universidade?
J. Cadima Ribeiro

quinta-feira, novembro 15, 2007

Um projecto de manifesto alternativo em tempo de reforma estatutária do Ensino Superior

Os tempos de mudança (económica, tecnológica, institucional) são tempos de desafio, e como tal devem ser percebidos por aqueles que, em cada caso, são mais directamente interpelados. Ser capaz de transformar ameaças em oportunidades é o que faz a diferença entre perdedores e ganhadores. É a esta luz que deve ser equacionada a reforma da Ensino Superior Português, precipitada pela implementação da Declaração de Bolonha e pelo novo enquadramento legal ditado pela Lei nº 62/2007 (Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior).
Tirar partido da Lei nº 62/2007 significa dotar cada instituição de Ensino Superior de um modelo de organização e de governo, com expressão em novo Estatuto, que a torne mais ágil, mais inovadora, mais eficaz na prossecução da sua missão, que importa também reequacionar. Reequacionar a missão, significa instituir novos mecanismos de inter-acção com o território e assumir a gestão estratégica como princípio basilar de acção, na oferta de ensino, no desenvolvimento da investigação, na prestação de serviços à sociedade.
Liderança estratégica, agilidade de decisão, responsabilização de decisores não têm que significar alheamento e desmobilização da comunidade académica, antes pelo contrário. O envolvimento, a mobilização da comunidade académica, por sua vez, reclamam a institucionalização de mecanismos lubrificados de diálogo e de concertação interna.
Sabido que as Universidade e os Institutos Politécnicos são muito mais e mesmo, sobretudo, as suas Escolas, Unidades de Investigação, e Unidades Culturais e de Serviço, a necessidade da redefinição estratégica e organizacional estende-se a estas, tal qual a exigência de culturas de diálogo e de responsabilidade.
Não há que pressupor que todos partilharão os mesmos conceitos e valores, nem isso seria saudável em termos de capacidade das instituições de se recriarem e afirmarem face às Escolas e Unidades de Investigação congéneres. A coesão das instituições tem que fazer-se através da assumpção de princípios comuns e da concertação e coordenação activamente promovidas, dentro de quadros referenciais que serão os das Escolas e Unidades Científicas singulares, dotadas de autonomia orgânica e de meios, humanos, físicos e financeiros adequados ao desenvolvimento das respectivas missões. Tendo-se caminhado muito pouco nesta dimensão nos derradeiros anos, o exercício afigura-se mais exigente e necessário.
A revisão estatutária que agora se avizinha não deve, assim, ser entendida apenas como um exercício de acomodação dos Estatutos à lei mas, antes, como uma oportunidade para realizar o debate sobre o Ensino Superior que queremos ter, com expressão na produção de conhecimento, na formação de técnicos e de cidadãos e na sua afirmação como espaço de liberdade e de invenção social. Dizendo de outro modo, o desafio que temos pela frente reside em trabalhar para que a nossa Universidade e o nosso Politécnico tenham futuro.
Avançando brevemente na explicitação dos princípios defendidos, como contributo para os manifestos que vão emergir ou para a revisão dos que foram produzidos, enumeram-se de seguida algumas linhas programáticas:
i) constituição de um Conselho Geral que se assuma como órgão estratégico da Instituição, em detrimento da sua configuração como pequeno parlamento;
ii) concessão de autonomia orgânica às Escolas;
iii) instituição do princípio da co-optação dos Presidentes das Escolas pelo Reitor/Presidente ou pelo Conselho Geral, de entre um número limitado de professores daquelas proposto pelo seu corpo de doutores;
iv) criação de um Senado Académico, como órgão consultivo, com representação paritária das Escolas;
v) lançamento de uma reflexão sobre a racionalidade da organização científica/departamental das Escolas, avaliando a oportunidade de promover a criação de estruturas orgânicas cientificamente mais consistentes e melhor dimensionadas;
vi) lançamento de uma reflexão sobre a adequação da oferta educativa da Instituição às necessidades sociais e aos recursos disponíveis nas Escolas/Departamentos;
vii) lançamento de uma reflexão sobre os canais/estruturas existentes de interacção com o meio e de prestação de serviços à comunidade, e respectiva eficácia.
São princípios que se me oferecem basilares na construção de um Ensino Superior nacional com futuro. Obviamente, carecem de ser interpretados à luz da realidade de cada instituição.
J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado em 07/11/15 no Jornal de Leiria)

Mandaria o bom senso e alguma elegância que...

"Mandaria o bom senso e alguma elegância que, nestas circunstâncias, o reitor se mantivesse apenas como o garante da regularidade e eficácia do processo de revisão estatutária. Não é o que se está a ver em algumas universidades, em que as listas para a tal assembleia estatutária aparecem claramente promovidas por reitores."
João Vasconcelos Costa
(extracto de mensagem, datada de 07/11/15 e intitulada "As listas dos reitores", disponível em Bloco de Notas)
-
Comentário: sem comentários adicionais (A lista do reitor)!!!

quarta-feira, novembro 14, 2007

If people believe in themselves …

"Outstanding leaders go out of their way to boost the self-esteem of their personnel. If people believe in themselves, it's amazing what they can accomplish."

Sam Walton

(citação extraída de SBANC Newsletter, November 13, Issue 496-2007, http://www.sbaer.uca.edu)

Pergunta chata de se fazer à 4ª feira de manhã

«Conseguirão os defensores do "status quo" abortar a reforma em curso em nome de concepções discutíveis mas populares de democracia?»
Miguel B. Araujo
(extracto de mensagem, datada de 14 Novembro de 2007 e intitulada " A impossível reforma das universidades Portuguesas?", disponível em Bloco de Notas)
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Comentário: pensando na situação da UMinho, uma formulação alternativa para a questão enunciada será: conseguirão os defensores do "status quo" abortar a reforma em curso em nome da preservação da "tradição" e das supostas boas práticas de governação instituídas na Organização, aproveitando as inconsistências e mal-entendidos de uma lei que deveria, desde logo, apeá-los do poder?
É curioso como aproximações aparentemente muito antagónicas podem resultar no mesmo.

terça-feira, novembro 13, 2007

Poder sem autoridade

"O poder sem autoridade não é poder que convém à universidade. Aproveitemos a ocasião para uma espécie de epigénese, aproveitando os ventos da mudança para abrirmos as portas e as janelas, deixando que as correntes de ar livre acabem com as viroses da endogamia e as bactérias do mandarinato."
José Adelino Maltez
(extracto de mensagem, datada de 07/11/13 e intitulada "Contra as sucessivas brigadas do reumático mandarinal que endogamizam a universidade!", disponível em Sobre o tempo que passa)
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Comentário: é incrível como um professor do ISCSP/UTL fala com tanta propriedade do que vai pela UMinho; mais surpreendente será, apenas, haver na UMinho tanta gente que parece ignorar as tais teias que tecem o poder vigente a que Adelino Maltez se refere.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Saudação a um reaparecido

"A toda a comunidade académica

http://universidadeplural.blogspot.com/ Recomecei neste espaço o debate sobre a vida universitária e a condição académica.
Com as minhas melhores saudaçoes,
Moisés de Lemos Martins"


(reprodução integral de mensagem, distribuída universalmente na rede da UMinho, que me caiu na caixa de correio electrónico no início desta tarde)
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Comentário: em nome do debate sobre as vias de construção do futuro da UMinho e da liberdade de expressão, que defendo, saudo o regresso à vida, depois de longa ausência (travessia do deserto?), do colega Moisés Martins. Esperemos que o entusiasmo lhe assista para além das semanas que se avizinham.

Perguntas chatas para ler à 2ª feira

«Será esta a única universidade e o único reitor com razões de queixa sobre a forma como tem sido governado o sector? Não haverá outros reitores e presidentes de politécnicos com razões de queixa pelo menos idênticas às de Nóvoa? O que é feito deles? Será que se satisfazem com "contrapartidas reduzidas"? Ou, neste momento que têm que ajustar-se a uma nova lei, será que as suas preocupações não passam do claustro?»
Vasco Eiriz
(extracto de mensagem, datada de 07/11/10 e intitulada "Nóvoa bate na nódoa", disponível em Empreender)
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Comentário: caro Vasco Eiriz,
mas que raio de perguntas chatas estas de que se lembrou. Imagine que, por qualquer razão que nos escapa, o reitor da UMinho ou os seus pupilos tropeçam nas ditas questões. Que irão pensar? Eles que, dando expressão de imbatível altruismo, tudo têm feito em nome do progresso da UMinho, incluindo a constituição desta "enorme" lista que se apresenta às eleições para a Asssembleia Estatutária. Não acha que já lhes basta estarem confrontados com a ingratidão configurada pela existência de uma lista de oposição, por mais que o respectivo ideário se aproxime daquele que (não) enunciam? É chato, caro colega!

Leituras de 2ª feira

"Aconselho vivamente, agora que temos novas (?!) equipas dirigentes nos rumos da nossa educação superior, a que os novos (?!) estrategas se tirem das suas tamanquinhas e vão até à feira, ver o que há de novo, sem se remeterem àquela parola situação tradicional, de que já viram tudo, em que só sábios, continuam a ser os mesmos dez!"
Alexandre Sousa
(extracto de mensagem, datada de 07/11/12 e intitulada "Podia ter sido uma grande notícia…", disponível em Co-Labor)

domingo, novembro 11, 2007

Que funções para a educação superior?

Funções da Educação Superior 2
(título de mensagem, datada de 07/11/11, disponível em Que Universidade ?)
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Comentário: caro MJMatos,
mas será que, nesta altura, quando "toda a gente" está entretida com o processo eleitoral para as respectivas assembleias estatutárias, alguém se vai preocupar com as funções da educação superior ou, o que vai dar ao mesmo, com a missão das Universidades e Politécnicos?

A frase do dia - IV

«Querem os meus caros e raros leitores apostar comigo em como, seguramente, iremos ler, lá para 2008, excertos devidamente orientados, de mais um relatório, daqueles "estrategicamente" encomendado [...]»
Regina Nabais
(extracto de mensagem, datada de 07/11/09 e intitulada "No prato de ovos e bacon, somos a galinha ou o porco?", disponível em Polikê ?)

sexta-feira, novembro 09, 2007

Portugal foi o único país da Europa que reduziu o investimento no ensino superior

Reitor acusa Governo de financiar mais instituições norte-americanas do que portuguesas
«O reitor da Universidade de Lisboa (UL), António Sampaio da Nóvoa, acusou hoje o Governo de cortar no financiamento do ensino superior público, transferindo para universidades norte-americanas, a troco de "contrapartidas reduzidas", verbas superiores às atribuídas a algumas instituições nacionais.
No discurso de abertura do ano académico 2007-2008 da UL, António Sampaio da Nóvoa falou na necessidade de mudança, mas apontou o dedo ao Governo enquanto responsável por alguns entraves a essa mudança, como a "falta de modelos claros e transparentes de financiamento".
O reitor referiu que nos últimos dois anos Portugal foi o único país da Europa que reduziu o investimento no ensino superior, "remetendo as instituições para uma lógica de pura sobrevivência", apesar de estas terem cumprido as suas obrigações, nomeadamente no que respeita ao aumento do número de estudantes e à melhoria da qualidade da formação.
"Mas, ao mesmo tempo, o Governo transfere anualmente para universidades norte-americanas, ao abrigo de acordos interessantes, mas com contrapartidas reduzidas, verbas superiores às que transfere para algumas universidades portuguesas", acusou o reitor da UL.
António Nóvoa criticou também a proliferação de escolas por todo o país, considerando que, com o novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, o Governo está a contribuir para essa situação.
"Faz-nos falta uma política corajosa de reordenamento da rede do ensino superior, pondo fim à proliferação de escolas que se criaram por todo o país, com a cumplicidade de poderes nacionais, regionais e locais", afirmou o reitor, acrescentando que "sobre isto, até agora, o Governo nada disse, tendo mesmo aprovado uma lei que convida, estranhamente, a uma maior fragmentação das instituições".
Ainda a propósito do regime jurídico, António Nóvoa reconheceu, contudo, que era necessário um novo modelo de governação das universidades e que esta lei contém inúmeros aspectos positivos, mas considerou que, ao mesmo tempo, "corre o risco de se transformar numa mera reforma orgânico-burocrática".
Para o reitor, só as universidades podem resolver os seus próprios problemas, o que não será possível se lhes for retirada "vida própria" e se forem descapitalizadas e incapacitadas de recrutar recursos humanos qualificados.
"Ao não favorecer a iniciativa, ao valer-se de argumentos de autoridade, ao debilitar as instituições, este Governo cria o desânimo entre todos aqueles que, genuinamente, se batem pelo progresso e pela inovação", disse o reitor da UL, sublinhando que "nada é pior do que a ilusão da mudança que deixa tudo na mesma".
Outra das críticas do reitor da UL prende-se com a falta de revisão do Estatuto da Carreira Docente Universitária, que considera "a mais urgente de todas as mudanças".
O responsável lamenta que, até agora, o Governo nada tenha dito sobre o assunto. "Sem um estatuto que permita recrutar e promover os melhores, pondo fim à mediania e à endogamia, estabelecendo uma ligação forte entre ensino e investigação, é impossível reformar a universidade".
A adopção de novas regras de avaliação e acreditação das instituições de ensino superior é outro aspecto que António Nóvoa considera fundamental para as universidades e nessa matéria deixa um elogio aos governantes.
"Faz-nos falta a adopção de normas exigentes de avaliação e de acreditação, acabando com a multiplicação de cursos que, com a conivência de governos e instituições, tem contribuído para degradar a qualidade do ensino superior. Sobre isto, merece aplauso a iniciativa do Governo: mais e melhor avaliação, feita com critérios internacionais", disse ainda o reitor.
Quanto às medidas que a UL pretende desde já adoptar, no âmbito da sua renovação, o reitor destaca a criação de massa crítica na universidade, o início da revisão dos estatutos (já foi eleita a assembleia estatutária), a junção com outras escolas no sentido de congregar esforços e a atribuição de maior peso às estruturas de investigação.»
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(reprodução integral de notícia do jornal Público - Notícia PÚBLICO - Última Hora - datada de 07/11/08, com o título identificado)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]
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Comentário: «António Nóvoa reconheceu [...] que era necessário um novo modelo de governação das universidades e que esta lei contém inúmeros aspectos positivos, mas considerou que, ao mesmo tempo, "corre o risco de se transformar numa mera reforma orgânico-burocrática".». Bruxo!

"Conheça os cursos com emprego garantido"

Artigo Diário Económico
Conheça os cursos com emprego garantido
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/politica/pt/desarrollo/1055665.html
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(cortesia de Nuno Soares da Silva)

quarta-feira, novembro 07, 2007

Também me irrito ...

"Também me irrito quando vejo o ensino público comandado por sábios e distante das necessidades do mundo que devia servir."
Pedro Lomba
(extracto de artigo de opinião, intitulado "O Fracasso da Escola Pública?", publicado no Diário de Notícias/DN online, em 07/11/01)
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Comentário: também eu me irrito quando vejo gente profundamente desqualificada em matéria de princípios básicos de gestão e de organização e olimpicamente alheada do que vai fora dos muros dos campi a decidir sobre a vida das Instituções de Ensino Superior, a começar por aquela onde trabalho. Ainda mais me incomodo quando lhes oiço o discurso hipócrita e bolorento. É esta gente que vai operar a grande reforma do Ensino Superior nacional? ... Temos ministro que é Gago!

Ouvir a comunidade académica?

"[...] desafio esses elementos [...] a ouvir os docentes durante a sua campanha e adaptar as suas linhas programáticas aos anseios da generalidade dos docentes. A Democracia só ganha porque afinal os estatutos não são só para servir os 12 docentes que vão ser eleitos mas pelo contrário esses 12 docentes devem [...] servir a Comunidade no seu todo."

Jaime Rocha Gomes

(extracto de mensagem, datada de 07/11/05 e intitulada "A Responsabilidade duma lista", disponível em Prálem D`Azurém)
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Comentário: ouvir a comunidade académica? Mas isso significaria que as listas apresentadas seriam porta-vozes da comunidade académica e não de certos "donos", e os projectos que enunciavam (se os anunciassem) seriam expressão das aspirações dessa mesma comunidade. Ainda haverá espaço para utopias no tempo (académico) presente?

terça-feira, novembro 06, 2007

Manifestando-me

Há quem entenda que uma lista promovida pelo reitor, como acontece na UMinho, é uma lista ganhadora (ou de elevada probabilidade de vitória). Concorda com este ponto de vista? Mais: também subscreve o ponto de vista que a maior parte da comunidade universitária é avessa ao risco, pelo que é de esperar que as pessoas votem numa lista que lhes assegure que o status quo irá manter-se?
Eu responderia: são questões complexas as que são colocadas, com leituras que podem ser desencontradas. Brevemente, direi o seguinte:
i) [sobre a lista do reitor ser ganhadora] – Uma lista ser ganhadora ou não depende da alternativa que se lhe contrapõe, da postura dos eleitores e da composição da própria lista. Estas dimensões são elas próprias a chave da resposta para a segunda questão enunciada.
Adiantando algo mais em relação à primeira temática, sublinharia que a natureza desta eleição é completamente diferente da das precedentes, que levaram à eleição do reitor em funções, desde logo porque quem pode votar é o universo dos membros da Academia (no caso que nos interessa, o universo dos professores) e não um colégio eleitoral restrito, facilmente aliciável. Por esta razão, o argumento está truncado, mesmo que quem esteja no poder possa usá-lo para influenciar o resultado.
Este dado de partida pode, entretanto, ter uma leitura oposta, materializável na ideia que a má gestão e as malfeitorias praticadas durante o exercício de funções, que indirectamente estão em escrutínio, podem levar os eleitores a terem uma atitude de rejeição da lista que configura a continuidade. Há boas e fortes razões para que os professores da UMinho sigam este princípio. A inconsistência da lista, aparte o vazio de ideias que emergiu para a comunidade académica, compreensível em função da manta de retalhos que a composição configura, deveria ir no mesmo sentido de rejeição antes sublinhado.
Falando das personalidades da lista, não quero sequer pôr em destaque as deslealdades pessoais que a integração de alguns elementos representa, mesmo face a membros (e lutas passadas de elementos) da lista oponente, dando argumentos adicionais à ideia de que não estamos perante uma lista baseada em princípios.
Ora, é nestas duas dimensões, o ideário e a consistência do projecto da lista oponente, que o problema se põe, igualmente. No seu conservadorismo, na luta por protagonismos pessoais, na falta de dimensão técnica e estratégica das propostas em confronto, há pouco por onde escolher. Nestas dimensões, quem desafia o poder instalado deveria fazer a diferença, ser mais ousado.
ii) [sobre a comunidade universitária ser avessa ao risco] – Com tristeza, sou levado a admitir que os sinais que tenho vão nesse sentido, embora haja que juntar aversão ao risco com o sentido individualista e defensivo que se foi instalando. Doutra forma, as coisas não se deveriam ter passado nos derradeiros anos como se passaram. Doutra forma, deveríamos estar perante não duas listas concorrentes à Assembleia Estatutária mas três ou mais e, sobretudo, com projecto e estratégia, fazendo nisso a grande diferença. Talvez a dita comunidade precise de mais esta prova para despertar. Talvez!
Fico com esperança que daqui a alguns meses, quando esteja em causa a eleição do Conselho Geral, o ânimo já seja outro.
O meu desconforto resulta de a Universidade, sobretudo a Universidade do presente, estar confrontada com a necessidade de antecipar o futuro, enquanto vai dando resposta às exigências do presente, e de ser o grande alfobre de capital humano que a sociedade portuguesa dispõe. Para ser Universidade tem pois que ser criativa, de acolher e cultivar o espírito empreendedor, de acreditar que é capaz de construir o futuro, e fazê-lo.
Repito a pergunta: acha que a lista promovida pelo reitor da UMinho é uma lista ganhadora? Subscreve o ponto de vista que a maior parte da comunidade universitária é avessa ao risco, pelo que é de esperar que as pessoas votem numa lista que lhes assegure que o status quo irá manter-se?

J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, novembro 05, 2007

Olha a wikiiiiiiiiiiiii !

Nem todas as surpresas com que somos confrontados às 2ªs feiras pela manhã são necessariamente más. Algumas há que nos deixam sem saber como reagir. Foi o que me aconteceu hoje quando, ao abrir o correio electrónico, tive a notícia que um colega universitário e amigo destas andanças da edição de jornais de parede electrónicos (editor do blogue Por Educar, entre outros) tinha resolvido "fazer uma lista de ligações para a «Universidadealternativa»", no quadro de uma sua nova iniciativa que ganhou expressão substantiva em: http://scratchpad.wikia.com/wiki/Estatutos_da_Universidade_do_Minho
Adicionalmente, convidava-me para que participasse como melhor entendesse; convite que me atrevo a endereçar aos meus "caros e raros leitores".
Mais acrestava que
«O começo está aqui:
Por ter gostado muito, aproveitei, também, um texto que transcreveu e que ficou assim:
Abrçs,V. M.»

Sem jeito, limitei-me a exprimir-lhe a minha surpresa, tanto mais que pensava que ele não apreciasse particularmente "o meu estílo muito directo de intervenção", e a agradecer-lhe a atenção. Imagino entretanto o desconforto que esta iniciativa benévola do colega VM possa provocar na nomenclatura da UMinho, na reinante e na que está em curso de se instalar, por herança directa.
Coisas das 2ªs feiras!

J. Cadima Ribeiro

Há muitas curvas no caminho...

"Esta co-criação de homens livres raramente segue os manuais planeamentistas do pensamento único e dos livros únicos do politicamente correcto. [...]. Há muitas curvas no caminho, para quem prefere as peregrinações dos carreiros do pé descalço que desde sempre trilhamos."
José Adelino Maltez
(extracto de mensagem, datada de 07/11/05 e intitulada "Reflexões heréticas em noites de olhar as estrelas com os pés nas pedras do caminho", disponível em Sobre o tempo que passa)
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Comentário: garanto-vos que esta citação não me foi sugerida pela conjuntura vivida na UMinho, embora talvez o pudesse ter sido; exprime antes uma comunhão de filosofia de pensamento, que dificilmente poderia ser enunciada de forma mais feliz.

domingo, novembro 04, 2007

Leitura para desenfastiar

Vão passar anos até que eu me perdoe
“Pois é verdade: há dias levantei-me às quatro e meia da noite! Vá lá, censurem-me o mau gosto, que bem mereço.
Seria bastante mais razoável que me tivesse deitado a essa hora, salvaguardado que isso se ficasse a dever a uma noite bem passada. A vida, todavia, tem destas coisas, e não é por acaso que o prémio Nobel da Economia foi atribuído a autores de contribuições teóricas que enfatizam a racionalidade limitada dos agentes económicos; o que é paradoxal, por seu turno. Consistente seria mesmo que o ponto de partida fosse a irracionalidade com que os homens conduzem as suas vidas, incluindo a vertente económica destas. Mas não; entendeu-se partir do princípio oposto e foram precisos cerca de dois séculos desde que a Economia adquiriu estatuto científico para ver o óbvio.
É bem apropriado neste caso o dito que afirma que «o que está à vista é o mais difícil de ver». Nesta situação, nem a circunstância do gato ter o rabo de fora ajudou. Não nos desviemos entretanto do que importa.
Na ocasião, o que verdadeiramente é relevante é que me levantei a meio da noite, isto é, a horas que só deveriam ser usadas para o sono ou para outros prazeres da vida. Daí que seja bem feito que me censurem, como eu me censuro. Pensando bem no assunto, julgo que vão passar alguns anos até que eu me perdoe”

J.C.

(reprodução parcial de crónica do autor identificado publicada no jornal Notícias do Minho de 96/11/01, em coluna regular genericamente intitulada “Crónicas de Maldizer”)

sábado, novembro 03, 2007

A lista do reitor: frases soltas de um debate mantido nos bastidores

i) «A minha posição em relação a essa lista está disponível no meu blogue, “clicando” na etiqueta lateral "Reforma do Ensino Superior; Situação na UMinho"»

ii) «O projecto é fraco e foi por isso e por algumas deslealdades pessoais que dele me demarquei há algum tempo»
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iii) «Os grandes princípios orientadores da visão alternativa a que me reporto encontra-os no meu blogue, sob a epígrafe "Manifestando-me". São princípios abertos a discussão»
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iv) «As circunstâncias em que a lista apareceu já não indiciavam nada de bom mas o discurso enunciado e as adesões que se seguiram só pioraram as coisas»
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v) «esta campanha eleitoral é só o princípio de um processo muito mais longo»
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vi) «a estrutura da lista do reitor era conhecida há várias semanas e um projecto sólido vive das respectivas ideias e consistência da equipa e não de golpes de rins de última hora»
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vii) «estamos perante mais um episódio lamentável de desperdício de uma oportunidade de construir um projecto credível, participado, para a UMinho»
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viii) «A prova de que a minha leitura da situação era correcta tive-a há uma hora e meia atrás»
*
ix) «Muitos não perceberam o que se estava a passar e reagiram tarde»
*
x) «As preocupações que enuncia já me tinham ocorrido, sendo que hesito sobre a estratégia mais defensável»
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xi) «Trabalharei para que, pelo menos, haja debate durante o período que se aproxima»

J. Cadima Ribeiro

A lista do reitor: as primeiras reacções

i) «Caro […],
À luz de uma nossa conversa recente e da listagem que aparece abaixo, sou obrigado a felicitar-me por teres tido o bom-senso de não dar a cara pela lista do reitor. Embora seja um gesto já algo tardio, mais vale tarde que nunca.
Se tiveres curiosidade em ler uma minha primeira tomada de posição, podes encontrá-la em [...]. Haverá outras e noutras sedes.
Desejo-te um bom fim-de-semana.
Um abraço,»
*
ii) «...»
*
iii) «Caros(as) colegas,
No meu blogue, podem encontrar já uma primeira reacção à lista do reitor […].
Surpresa foi só ter sido anunciada tão cedo.
O manifesto, aparte as expressões de boa-vontade - nalguns casos, arredias das práticas dos seus proponentes - encontram generalidades e, sobretudo, a afirmação da vontade de não se comprometerem. Voltarei a isso durante o fim-de-semana.
[…].
Cordiais cumprimentos,

J. Cadima Ribeiro»
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(reprodução parcial das primeiras mensagens trocadas na sequência da divulgação da lista em título)

sexta-feira, novembro 02, 2007

A lista do reitor

«Caras e Caros Colegas,

A Plataforma Eleitoral para a Assembleia Estatutária da Universidade do Minho candidatou-se formalmente às eleições do próximo dia 5 de Dezembro, submetendo hoje a respectiva lista à Comissão Eleitoral.

Essa lista engloba os elementos signatários desta mensagem. A sua apresentação à comunidade dos professores e investigadores da Universidade é efectuada através do documento anexo.

Oportunamente, e nos termos do estipulado no calendário eleitoral, divulgaremos outros documentos para explicitar em maior detalhe a nossa visão da Universidade e o seu modelo de governação, bem como propostas concretas que os nossos elementos defenderão em sede de elaboração dos Novos Estatutos da Universidade do Minho.


Saudações académicas,

António M. Cunha (Escola de Engenharia)
Graciete Dias (Escola de Ciências)
Rui Vieira de Castro (Instituto de Educação e Psicologia)
Margarida Proença (Escola de Economia e Gestão)
Maria Augusta Lima Cruz (Instituto de Ciências Sociais)
Acílio Rocha (Instituto de Letras e Ciências Humanas)
Luisa Alonso (Instituto de Estudos da Criança)
Cecília Leão (Escola de Ciências da Saúde)
Wladimir Brito (Escola de Direito)
Beatriz Araújo (Escola Superior de Enfermagem)
Paulo Cruz (Departamento Autónomo de Arquitectura)
Madalena Araújo (Escola de Engenharia)
Rui Ralha (Escola de Ciências)
José Keating (Instituto de Educação e Psicologia)
Pedro Camões (Escola de Economia e Gestão)
João Sarmento (Instituto de Ciências Sociais)
Sérgio Sousa (Instituto de Letras e Ciências Humanas)
Fernanda Leopoldina Viana (Instituto de Estudos da Criança)
Joana Palha (Escola de Ciências da Saúde)
Mário Monte (Escola de Direito)
Higino Correia (Escola de Engenharia)
Célia Pais (Escola de Ciências)
Maria Alfredo Moreira (Instituto de Educação e Psicologia)
Fernando Alexandre (Escola de Economia e Gestão)»
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(reprodução integral de mensagem, distribuída universalmente na rede da UMinho, que me caiu na caixa de correio electrónico no final desta tarde)
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Comentário (o primeiro, antes que a notícia arrefeça): não se pode dizer que a lista traga surpresas; nem surpresa é o cabeça de lista formal, se bem que pudessem ter sido um pouco mais ousados, deixando a sugestão que não eram os números de eleitores potenciais nem a afinidade pessoal com o cabeça de lista de facto a ditar a escolha; nas contas que fizeram, quais são as Escolas que não vão caber na Assembleia Estatutária? A arrumação avançada não deixa transparecer confiança. Aliás, esta divulgação tardia de uma lista cujos contornos já eram conhecidos há muitas semanas, podendo ser lida de outros modos, também pode ser interpretada como expressão do receio que assiste aos seus intérpretes, pese embora a fragilidade equivalente da lista oponente entretanto anunciada. Que última nota deixar (para já)?
- Que rico saco de gatos!

quinta-feira, novembro 01, 2007

Manifestando-me

Se o questionassem sobre a necessidade do lançamento, no quadro da revisão estatutária que está em vias de ser desencadeada na UMinho, de uma reflexão sobre os canais/estruturas existentes de interacção com o meio e de prestação de serviços à comunidade, e respectiva eficácia, que diria?
Eu responderia: é algo que, a fazer-se, só peca por tardio e que seria válido em qualquer contexto estatutário. Na verdade, uma Universidade cujos dirigentes, no discurso público quotidiano, defendem uma mais estreita conjugação de esforços em matéria de produção de conhecimento e da sua potenciação económica entre a Instituição e as empresas e outras organizações sociais e políticas sedeadas no território envolvente, e não só, não pode manter canais de comunicação com esses agentes externos tão opacos como se oferecem os que mantém. E não pode, bem assim, alimentar sistemas internos de validação dos projectos de extensão universitária tão burocráticos e tão pouco lubrificados. Muitas vezes, a tramitação burocrática é de tal modo pesada e os “timings” de aprovação tão longos que desincentivam essa interacção, quando não a inviabilizam.
Situações ainda recentes de confiscação de receitas próprias das Escolas e Departamentos por parte da reitoria vão também no mesmo sentido de questionar o dito discurso da cúpula dirigente e, logo, de desincentivar posturas mais empreeendedoras dos investigadores e suas estruturas de enquadramento a nível de captação de receitas associadas ao desenvolvimento de projectos com valia social mais imediata e à prestação de serviços à comunidade, de um modo geral.
Repito a pergunta: concorda com a necessidade do lançamento de uma reflexão sobre os canais/estruturas existentes de interacção com o meio e de prestação de serviços à comunidade, e respectiva eficácia? (Adicionalmente, considera ou não essencial, também nesse domínio, a existência de regras enquadradoras internas estáveis e transparentes?)
J. Cadima Ribeiro