Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região

sábado, setembro 30, 2006

O grande problema não é a entrada na universidade

"O grande problema não se prende com a entrada na Universidade, pois actualmente quase que só é preciso ter média positiva para entrar. O cerne da questão está na falta de aposta em cursos que realmente valham a pena e que sirvam as necessidades do país. E aí as Universidades têm que assumir um papel mais activo, facultando informação sobre as taxas de empregabilidade dos jovens licenciados, etc., por forma a que aqueles que se candidatam às universidades possam ter uma ideia mais concreta do que o país realmente precisa..."

Nuno Afonso

(extracto de comentário disponível no "fórum" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Set. 2006)

O secundário não prepara os jovens para o patamar seguinte

"O sistema de ensino não está organizado de forma homogénea. O ensino universitário é incomparavelmente mais exigente que o secundário: o método de ensino, o método de estudo, o método de avaliação. O ensino secundário não prepara os jovens para o patamar seguinte, e há estudantes que não se adaptam facilmente. Agora, com a introdução do processo de Bolonha, esta situação é ainda mais flagrante: como se pode exigir aos estudantes universitários que sigam um método de auto-aprendizagem quando estiveram pelo menos 12 anos num sistema de ensino em que tal nunca lhes foi exigido?"
Patrícia Fernandes
(extracto de comentário disponível no "fórum" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Set. de 2006)

sexta-feira, setembro 29, 2006

Um balanço positivo ?

"Quase 63% das escolas que encerraram em todo o país - 1420 - situam-se na região Norte. Em 86 municípios, fecharam 884 estabelecimentos do 1.º Ciclo, movimentando 6480 alunos. Em média, cada unidade encerrada tinha, portanto, pouco mais de sete alunos. Ontem, Margarida Moreira, responsável máxima pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), fez um balanço positivo das duas primeiras semanas decorridas desde o início do ano lectivo."

(extracto de notícia, intitulada "Encerraram 884 escolas no Norte", publicada no Jornal de Notícias, em 2006-09-29)

quinta-feira, setembro 28, 2006

“Latin American universities and the third mission : trends, challenges, and policy options”

“Universities in Latin America are increasingly considered instruments of social and economic development and face rising expectations in regard to supplying relevant skills, undertaking applied research, and engaging in commercial activity. The paper discusses trends and challenges within Latin American universities, as well as policy options available for strengthening their contributions to social and economic development. The so-called third mission of universities is often equated with knowledge transfer narrowly defined as licensing and commercialization of research. The paper adopts a broader approach and explores how the new role of universities affects all aspects of academic practice in Latin America, including advanced education and research. It concludes that policymakers and university managers in Latin America face an important challenge of defining a legal framework, sound management procedures, and notably, incentive systems that stimulate outreach and entrepreneurship among students and staff while recognizing and preserving the distinct roles of universities.”

Thorn, Kristian;
Soo, Maarja.
Keywords: Tertiary Education, Agricultural Knowledge & Information Systems, Rural Development Knowledge & Information Systems, ICT Policy and Strategies, Secondary Education
Date: 2006-08-01
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:wbk:wbrwps:4002&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

Retirar o dinheiro para alimentação

"Cortar no financiamento é como retirar a alguém o dinheiro para alimentação, com o argumento de que a dieta está errada. A solução tem que ser outra."

Pedro Lourtie

(extracto de artigo, intitulado "O novo ano lectivo", publicado no Diário Económico, em 06/09/26)

quarta-feira, setembro 27, 2006

"Chamadas de atenção"

Na entrada Apontamentos, do seu blogue, Reformar a Educação Superior, sob o título "Chamadas de atenção", João Vasconcelos Costa inseriu hoje uma mensagem de que retenho o extracto que deixo abaixo, e cuja leitura recomendo vivamente, no seu todo.

"Chamada de atenção também para um artigo de Pedro Lourtie, ontem, no Diário Económico: “O novo ano lectivo”. Também fala do orçamento, mas de mais coisas importantes, como a adequação burocrática a Bolonha e as incertezas quanto ao futuro de algumas instituições."

Como diria o "outro", assim vai o ensino superior!

J. Cadima Ribeiro

terça-feira, setembro 26, 2006

"A aprendizagem exige dedicação”

«“A aprendizagem exige dedicação”, avisou o reitor, acrescentando que a Universidade do Minho conta com a juventude e expectativas dos caloiros para se renovar a ela própria.»

(extracto de artigo, intitulado ‘Aprendam, divirtam-se, evoluam ... na melhor academia do país’, do Correio do Minho, de 2006-09-26 )

Comentário: proferidas no contexto da cerimónia de "recepção ao caloiro", não consideram serem as palavras do reitor despropositadas, isto é, não deveria aquele, antes, incitar os estudantes a fazerem da sua vida académica uma festa permanente? Adicionalmente, não será falta de gosto falar de trabalho no meio de uma festa? E que dizer da referência à renovação da Universidade? Não soa isso a heresia na boca de quem tão afanosamente tem combatido qualquer esboço de renovação da Instituição?

Investimentos em capital humano

“No que respeita à formação do 1º ciclo - vulgo, licenciaturas - , mais do que um problema de numerus clausus, temos um problema de apostas ou investimentos em capital humano mal direccionados, isto é, os jovens continuam a fazer muito curso que não responde às exigências de qualificação do nosso tecido produtivo. Esta é uma dimensão do problema. Outra é a falta de ousadia de parte do nosso empresariado. O estado também terá a sua quota de responsabilidade, umas vezes por acção, outras por falta dela.”

“Considero o problema central que coloca um do tipo «pescadinha de rabo na boca». Quero eu dizer que enquanto a economia portuguesa não apostar mais em sectores sofisticados e inovadores dificilmente arranjará lugar para activos mais qualificados (na dimensão actual da oferta). Por outro lado, quanto mais tempo levar a integrá-los, menos apta estará para explorar sectores e negócios mais exigentes em qualificações tecnológicas e organizacionais. É esse o círculo vicioso que urge superar.”

J. Cadima Ribeiro

(comentários extraídos do “fórum” da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Setembro de 2006)

segunda-feira, setembro 25, 2006

“Fields of study and graduates` occupational outcomes in Italy during the 90s. Who won and who lost?”

«Research on the transition from school to work is increasingly focusing on the horizontal stratification of educational systems, that is on how different educational tracks have an effect on students` occupational chances. In the case of tertiary education, this means analyzing how different fields of study (faculties) make a difference in this transition, and how this difference varies in time. This paper studies how recent economic and social changes affected the role of undergraduate field of study in Italy. Two contrasting hypotheses are considered. The first one comes from the economic literature on “skill-biased technological change” and suggests that contemporary societies should give a premium to scientific and technical degrees, because of increasing competition in technological innovation. The second one, based on sociological theories of the “information economy”, suggests that contemporary societies should give a premium to academic degrees because of the increasing economic role of general, social and relational skills. Data come from four surveys of university graduates` occupational careers that the Italian National Statistical Institute (Istat) has conducted from 1995 to 2004. By means of multivariate analyses of the quality of the occupational transitions, the paper will state how the effect of different fields of study on the transition has changed, and which one of the two contrasting hypotheses is better suited to account for this change.»

Gabriele BALLARINO
Massimiliano BRATTI

Keywords: Employment; Field of Study; Graduates; Graduates; Italy
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:mil:wpdepa:2006-17&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

domingo, setembro 24, 2006

“U.S. Universities' Net Returns from Patenting and Licensing: A Quantile Regression Analysis”

"In line with the rights and incentives provided by the Bayh-Dole Act of 1980, U.S. universities have increased their involvement in patenting and licensing activities through their own technology transfer offices. Only a few U.S. universities are obtaining large returns, however, whereas others are continuing with these activities despite negligible or negative returns. We assess the U.S. universities' potential to generate returns from licensing activities by modeling and estimating quantiles of the distribution of net licensing returns conditional on some of their structural characteristics. We find limited prospects for public universities without a medical school everywhere in their distribution. Other groups of universities (private, and public with a medical school) can expect significant but still fairly modest returns only beyond the 0.9th quantile. These findings call into question the appropriateness of the revenue-generating motive for the aggressive rate of patenting and licensing by U.S. universities."

Harun Bulut;
GianCarlo Moschini
(Center for Agricultural and Rural Development - CARD)
Keywords: Bayh-Dole Act, quantile regression, returns to innovation, skewed distributions, technology transfer, university patents.
Date: 2006-09
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:ias:cpaper:06-wp432&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sábado, setembro 23, 2006

Extinguir o CRUP. Ter reitores nomeados

Em mensagem datada de hoje e intitulada "Sem papas na língua", João Vasconcelos Costa invoca no seu blogue - Reformar a Educação Superior - notícia da TSF, de 20.9.2006, que se reporta a declarações de Marçal Grilo; concretamente:

“Marçal Grilo defendeu, esta quarta-feira, uma maior concorrência entre as universidades, sugerindo, nesse, sentido a extinção do Conselho de Reitores. À margem de um debate promovido pelo Conselho Nacional de Educação, o ex-ministro da Educação disse que este conselho não passa de um órgão de «lobby» que vai contra a autonomia dos estabelecimentos do ensino superior. Na sua intervenção, Marçal Grilo sugeriu também que os reitores das universidades deixassem de ser eleitos e passassem a ser nomeados de forma a reforçar as lideranças. «Isto só se consegue se, quem lidera a universidade, tiver uma designação por um órgão interno da universidade, mas composto fundamentalmente por pessoas vindas de fora do estabelecimento», defendeu. O antigo ministro apelou ainda ao reforço da formação dos professores, acusando os novos docentes de «falta de maturidade».”

Concordando com muito do que diz e do que subscreve das declarações do ex-Ministro da Educação e do Ensino Superior, atrevo-me, não obstante, a formular as duas questões seguintes:
i) questionando-se o papel de "grupo de pressão" do CRUP, será que, neste papel, esta estrutura foi eficiente, pelo menos?
ii) sendo Marçal Grilo dotado de tanta clarividência estratégica, porque não a evidenciou na sua passagem por funções governamentais (não considerando já as múltiplas outras atribuições que teve em matéria de gestão do ensino superior)?

Devo confessar que continuo a surpreender-me como pessoas inteligentes, que julgo bem preparadas em termos técnicos e científicos, em funções de gestão pública ou à frente dos orgãos de gestão das universidades e outros organismos, não conseguem ir além de desempenhos medíocres.

J. Cadima Ribeiro

sexta-feira, setembro 22, 2006

A praxe deve repudiar qualquer forma de violência física ou simbólica - 2ª via

«Significa que há uma consciencialização, que nos parece ser crescente, por parte dos estudantes de Coimbra de que há qualquer coisa a alterar relativamente aos rituais da praxe académica. Não estou a dizer que seja maioritária mas parece-me haver uma percepção nesse sentido. Quando 67% das pessoas respondem que "a praxe deve repudiar qualquer forma de violência física ou simbólica" eu penso que têm presente que existem contornos na praxe actual que encerram esse tipo de elementos. E parecem mostrar aqui que são renitentes relativamente a isso. Depois, 51% dos inquiridos dizem que "a praxe deve ser revista de forma a receber melhor os novos alunos". Também aqui me parece haver uma percepção de que há uma necessidade de que os mais velhos ponham em prática, na recepção aos mais novos, aspectos mais informativos e pedagógicos que os ajudem a integrar-se.
[…]
Houve alterações muito profundas, a Universidade massificou-se, os cursos têm muito mais gente, o contacto com o professor é muito mais complicado, há insucesso e o estudante está preocupado com isso. E como perante a família, mesmo que seja ele o culpado, não quer assumir o insucesso, como há tanto chumbo e tanto abandono é porque os professores são maus. E pode ser até que tenha alguma razão, mas também se caiu numa certa onda de facilitismo. E eu falo por experiência própria.»

Elísio Estanque

(extracto de entrevista, intitulada “Estudantes são pressionados para acabarem curso rapidamente” e conduzida por Paula Alexandra Almeida, concedida por Elísio Estanque ao jornal Campeão das Províncias - 2006/09/07; disponível no blogue BoaSociedade - ligação activa ao lado)

Comentário: como se anuncia que o circo está a chegar à cidade, recupero aqui o destaque de há alguns dias. A ver vamos se se justificará dar notícia de foguetes e estrelas coloridas a cortarem os céus e, também, das vivas ao magnífico.

Marketing institucional

IPCA preencheu 85 por cento das vagas
O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave – IPCA preencheu 85 por cento das vagas disponíveis para o ano lectivo 2006/2007, o que representa uma subida de 11 por cento em relação ao ano transacto. Desta forma, a instituição de ensino superior conseguiu alcançar o primeiro lugar no ranking dos politécnicos, nesta primeira fase de candidatura de acesso ao Ensino Superior, tendo ficado em terceiro lugar no que respeita à taxa de ocupação das universidades e politécnicos, atrás da Universidade do Porto com 94 por cento e, imediatamente, a seguir ao Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa com 92 por cento.
O IPCA afirma que ficou acima da média da taxa de ocupação no Ensino Superior público universitário em cinco por cento (80 por cento) e 16 por cento acima da média da taxa de ocupação no ensino Superior Público Politécnico (69 por cento).
A instituição de ensino superior realça que os candidatos ao ensino superior, principalmente os da região norte, têm demonstrado um interesse crescente pelos cursos do IPCA. A prova disso, é que a Escola Superior de Gestão preencheu todas as suas vagas nesta primeira fase, o que representa uma taxa de ocupação de cem por cento em todos os seus cursos superiores, facto que se repete há vários anos consecutivos.
A Escola Superior de Tecnologia também apresenta valores animadores com dois dos seus cursos superiores a preencherem cem por cento das vagas, o que representa no geral 70 por cento de ocupação total. De acordo com a instituição, para 326 vagas apresentaram-se, na primeira fase 1431 candidatos, contra 958 candidatos em 2005.”
(notícia extraída do Diário do Minho, de 2006-09-22)

Comentário: isto é o que eu chamo bom marketing; a UMinho devia ser capaz de aprender alguma coisa com o que o IPCA vem fazendo em matéria de auto-promoção!

quinta-feira, setembro 21, 2006

"Licença para pensar"

Num ´dia` rico de contributos, recomendo também a visita ao blogue "A destreza das dúvidas", de Luis Aguiar Conraria e Cristóvão de Aguiar; em concreto, não deixem de ler o destaque que assinalo adiante e o debate que se lhe sucedeu.

"Licença para pensar
Tiago Mendes, no Diário Económico, aponta-nos o que pode ser um ensino rigoroso, autónomo e exigente. Deixa um sabor amargo na boca. Estaremos nós, docentes e alunos, preparados para este ensino?"

Universidades de classe mundial

"»Humor negro
Portugal tem que ter universidades de classe mundial (Jornal de Negócios online)
Ah! Deve ser por isso que vai haver uma redução da ordem dos 6% nos orçamentos das IES no próximo ano!"

(mensagem de MJMatos, no seu blogue, "Que Universidade ? ", com data de hoje; ligação activa ao lado)

“Emerging Institutions: Pyramids or Anthills?”

“In the present text, an institution is understood to be an (observable) pattern of collective action, justified by a corresponding social norm. By this definition, an institution emerges slowly, although it may be helped or hindered by various specific acts. From this perspective, an institutional entrepreneur is an oxymoron, at least in principle. In practice, however, there are and always have been people trying to create institutions. This paper describes the emergence of London School of Economics and Political Science as an institution and analyzes its founders and its supporters during crises as institutional entrepreneurs. A tentative theory of the phenomenon of institutional entrepreneurship inspired by an actor-network theory is then tested on two other cases described in brief.”

Czarniawska, Barbara (Gothenburg Research Institute)
Keywords: higher education; institutions; entrepreneurs; actor- network theory
Date: 2006-08-22
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:hhb:gungri:2006_007&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

quarta-feira, setembro 20, 2006

Personal computers

"I think it's fair to say that personal computers have become the most empowering tool we've ever created. They're tools of communication, they're tools of creativity, and they can be shaped by their user."

Bill Gates

(citação extraída de SBANC Newsletter, September 19, 2006, Issue 439-2006, http://www.sbaer.uca.edu)

terça-feira, setembro 19, 2006

Há jovens licenciados no desemprego

“É verdade que há jovens licenciados no desemprego. Mas todos os estudos mostram que quanto maior é a qualificação e a escolarização e quanto mais ela é adaptada às realidades das regiões, menor é o tempo de desemprego e menor é a probabilidade de se ficar no desemprego”

Vieira da Silva
(Ministro da Solidariedade e do Trabalho)

(Declarações à comunicação social a 06/09/15, na EEG/UMinho, Braga; retidas em artigo do Diário do Minho, assinado por Francisco de Assis, publicado em 06/09/18; artigo disponível na integra em http://www.plataformaminho.pt/index.php?id_categoria=5&id_item=1239)

segunda-feira, setembro 18, 2006

“Socioeconomic status or noise? Tradeoffs in the generation of school quality information”

“This paper calculates a time series of simple, standard measures of schools` relative performance. These are drawn from a 1997-2004 panel of Chilean schools, using individual-level information on test scores and student characteristics for each year. The results suggest there is a stark tradeoff in the extent to which rankings generated using these measures: i) can be shown to be very similar to rankings based purely on students` socioeconomic status, and ii) are very volatile from year to year. At least in Chile, therefore, producing a meaningful ranking of schools that may inform parents and policymakers may be harder than is commonly assumed.”

Alejandra Mizala;
Pilar Romaguera;
Miguel Urquiola.
Date: 2006
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:edj:ceauch:225&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

domingo, setembro 17, 2006

Passagem à clandestinidade

Recebida nesta data, via um-net - [Assunto: Despachos/Circulares] Divulgação Institucional (25/2006) -, a informação da publicação da "Circular PRT-LA-01/2006 - Define como Plataforma de e-learning, na Universidade do Minho, a BlackBoard Learning System. ", só me resta mesmo passar à clandestinidade.
Agora entendo bem o dito: "professor foi feito para sofrer !".

J. Cadima Ribeiro

sábado, setembro 16, 2006

Acesso ao ensino superior 2006/07

«A DGES está mesmo de PARABÉNS!
- Publicou o ficheiro "online"como disseram à hora exacta (8:00 horas), neste endereço:
http://www.acessoensinosuperior.pt/coloc2006/index.asp.
- O Ficheiro é "MESMO AMIGÃO DO PEITO".
- E ainda fizeram um pré-tratamento, muito interessante, aos resultados.»


(extracto de mensagem publicada por Regina Nabais no seu blogue, "Polikê?", em 06/09/16 - ligação activa ao lado)

“Opportunities of University Business Incubation in the Less Favoured Regions of Transition Countries”

“The idea of setting up university business incubators (UBIs) has recently gained attention in the less favoured regions of the new entrants of the European Union. But the foreign best practices almost always derive from highly developed regions, which make them difficult to adapt. In the lagging behind regions universities are unable to accomplish such a project without local government support and EU subsidies. Thus university business incubation can and must be interpreted as a local economic development tool.
The main objective of present paper is to answer the question whether a UBI programme can be successful in a less favoured region of a transition country or not, and which are the main peculiarities that have to be considered when adapting the patterns of more developed regions. Raising the question is underlain by the observation that the international literature of business incubation pays little attention to the problem of the necessity and feasibility of incubation. First we review the most important findings of literature on UBI's contribution to the enhancement of local university-industry relations with a special emphasis on the service providing function and the spin-off process. Second we interpret the results of an empirical analysis carried out in the Szeged sub-region, Hungary. We examined the expectations of local SMEs towards university-related incubation on a sample of 170. We supplemented this by analysing the entrepreneurial motivations of the students and, as a new feature, PhD students of the University of Szeged on samples of 286 and 134. Moreover we examined the sparse process of spin-off formation with interviews.
The attitudes of local SMEs towards incubation are rather heterogeneous but some characteristic patterns can be identified. The analysis of students and PhD students and the interviews reinforced the hypothesis that incubation can only be the second step in enhancing the local knowledge commercialization, a well-developed pre-incubation strategy must be implemented prior to that.
In the concluding part on the basis of the literature review and the empirical analysis we point out the factors which are necessary to consider in our opinion when planning and managing a UBI project in a less favoured region.”

Zoltan Bajmocy
Theme: Young scientist session - Location
http://www.prd.uth.gr/ersa2006/

[resumo de “paper (190)”, apresentado no 46th Congress of the Regional Science Association, Volos, Grécia, 2006, disponível no sítio referenciado]

sexta-feira, setembro 15, 2006

Novo presidente do IPCA

"O professor de nomeação definitiva da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho João Baptista da Costa Carvalho é empossado hoje, às 12h00, no Ministério da Ciência e Tecnologia, em Lisboa, como novo presidente do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA).
João Carvalho é doutorado em Finanças e Contabilidade pela Universidade de Saragoça. A sua grande especialidade é a contabilidade pública, sendo autor de diversas publicações nesta área.
O académico já tinha estado ligado ao IPCA, tendo sido director da Escola de Gestão daquele estabelecimento de 1997 a 2000 e presidente do Conselho Científico da mesma Escola."


(extracto de notícia, intitulada "João Carvalho preside ao IPCA", pubicada no Diário do Minho, em 2006-09-15)

"Smoke signals: adolescent smoking and school continuation"

“This paper presents an exploratory analysis using NLSY97 data of the relationship between the likelihood of school continuation and the choices of whether to smoke or drink. We demonstrate that in the United States as of the late 1990s, smoking in 11th grade was a uniquely powerful predictor of whether the student finished high school, and if so whether the student matriculated in a four- year college. For economists the likely explanation for this empirical link would be based on interpersonal differences in time preference, but that account is called in question by our second finding - that drinking does not predict school continuation. We speculate that the demand for tobacco by high school students is influenced by the signal conveyed by smoking (of being off track in school), one that is especially powerful for high-aptitude students. To further develop this view, we present estimates of the likelihood of smoking as a function of school commitment and other, more traditional variables. There are no direct implications from this analysis for whether smoking is in some sense a cause of school dropout. We offer some speculations on this matter in the conclusion.”

Philip J. Cook;
Rebecca Hutchinson.

Date: 2006-08
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:nbr:nberwo:12472&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

quinta-feira, setembro 14, 2006

Ethics

"If ethics are poor at the top, that behavior is copied down through the organization."

Robert Noyce

(citação extraída de SBANC Newsletter, September 12, 2006, Issue 438-2006, http://www.sbaer.uca.edu )

quarta-feira, setembro 13, 2006

Em Portugal, cerca de 20% das pessoas...

«De acordo com o relatório "Panorama da Educação de 2006", da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal surge no fim da lista sobre o tempo que a população entre os 25 e os 64 anos passou em estabelecimentos de ensino.
No topo da escala surge a Noruega, onde a população permanece em média quase 14 anos no sistema educativo, seguida da Alemanha, Dinamarca e Estados Unidos, todos acima dos 13 anos.
[…]
Quanto ao Ensino Superior, o relatório indica que em Portugal cerca de 20% das pessoas entre os 25 e os 34 anos possuem um diploma universitário, mas que aquele valor cai para 10% quando analisada a faixa etária entre os 45 e os 54 anos.»

(extractos de artigo, intitulado “Portugal é o país com menos tempo no ensino”, publicado no Jornal de Notícias, em 2006-09-13)

Os mestrados integrados

“Volto às engenharias, em geral, e aos seus mestrados integrados. Como é sempre bonito apresentar números, aqui vão. Foram já registados, em todas as universidades, 57 cursos de engenharia adequados a Bolonha. Destes, 33 (58 %) são mestrados integrados. Para o ano, Portugal vai ter de fazer o seu relatório para a reunião de Londres dos ministros de Bolonha. Como é que vai justificar esta anomalia? Vai confessar que é, principalmente, uma cedência aos interesses de financiamento do lóbi das engenharias (os outros ministros sabem qual é o peso governamental das engenharias) e uma cedência à Ordem dos Engenheiros, cedência estranha porque a Ordem até admite os dois ciclos?

Nota – Estou à espera do que se vai passar com outro lóbi universitário e corporativo poderosíssimo, o do direito. Até agora, só foram registados um curso público (Minho) e cinco privados. Com excepção de um caso, são licenciaturas de oito semestres, perfeitamente admissíveis em termos dos padrões bolonheses. Mas palpita-me que as faculdades públicas tradicionais vão propor mestrados integrados.”

João Vasconcelos Costa

[extracto de mensagem intitulada “Os mestrados integrados (IV)”, datada de 06/09/13, disponível no blogue do autor (Reformar a Educação Superior) – ligação activa ao lado]

Um espaço de liberdade

Recebi há poucos dias uma mensagem de correio electrónico de alguém cujo trabalho realizado muito aprecio. Tinha tido acesso a um texto que eu tinha divulgado neste “jornal de parede” e manifestava-me o seu desconforto pelo seu teor. Diga-se que o texto, a dado passo, o invocava. Agradeci o contacto e procurei esclarecer as dúvidas que me colocava. Até aí, tudo normal.
O que é interessante notar é que o texto lhe tinha chegado “por mão amiga” (o qualificativo é meu), tendo-se - o mensageiro, digo - esquecido de imprimir a fonte, a data e outros “detalhes” que permitiriam enquadrar no tempo e no respectivo contexto o artigo citado. Era de uma citação que se tratava. É daqui que resulta o meu desconforto.
Perante tal circunstância, não pude deixar de lhe dizer que não havia inocência no gesto, que isso não era fortuito e que só me ficava a dúvida se o tinha recebido de forma anónima, como eu recebo tantos.
Disse-lhe também que, ao editar este blogue, não era minha intenção veicular exclusivamente a minha opinião ou, se se quiser, forma alternativa de “pensamento único”. Daí a publicitação de materiais de diversos autores e visões das coisas da Universidade e de tudo aquilo que com ela se relaciona.Dizendo de outro modo, este”jornal de parede” é um espaço de liberdade que, como tal, é para continuar.
Nestas dimensões, a “conversa” perdia a vertente pessoal e, por isso, a invoco aqui.

J. Cadima Ribeiro

terça-feira, setembro 12, 2006

"Knowledge acessibility and regional economic growth"

“This paper analyzes the role of knowledge accessibility in regional economic growth. The research question is the following: can the variation in knowledge accessibility between regions in a given period explain the variation in their growth performance in subsequent periods? As knowledge measures, we use company R&D, university R&D and patents. A main assumption in the paper is that knowledge accessibilities as a measure of knowledge potentials transform into potential knowledge flows. Our regression results indicate that the intra-municipal and intra-regional knowledge accessibilities of municipalities are significant and capable of explaining a significant share of the variation in growth of value added per employee between Swedish municipalities. However, the inter-regional knowledge accessibility of municipalities turned out to be insignificant. This is interpreted as a clear indication of spatial dependence in the sense that the knowledge resources in a given municipality tend to have a positive effect on the growth of another municipality, conditional on that the municipalities belongs to the same functional region. Thus, the results of the analysis indicate that knowledge flows transcend municipal borders, but that they tend to be bounded within functional regions. Also, the analysis shows that there is no remaining spatial correlation among the residuals of the spatial units (municipalities) when using accessibility measures in the model, which confirms that the spatial dependence is captured by the accessibility variables.”

Charlie Karlsson ;
Martin Andersson ;
Urban Grasjo .

Theme: Regional economic growth and development
http://www.prd.uth.gr/ersa2006/

[resumo de “paper (93)”, apresentado no 46th Congress of the European Regional Science Association, Volos, Grécia, 2006, disponível no sítio referenciado]

Mensagens subversivas na um-net

Sinal dos tempos, a um-net passou a divulgar mensagens subversivas do tipo da que reproduzimos de seguida, recebida hoje. É caso para perguntar: onde é que isto vai parar?
"Bom dia
O Núcleo de Estudantes de Biologia Aplicada da Universidade do Minho, com o apoio do Departamento de Biologia, está a organizar um curso de mergulho amador dirigido principalmente aos estudantes mas aberto a toda a comunidade académica. Seria possível a divulgação deste evento, cujo flyer segue em anexo?
cumprimentos
Pedro Gomes"

segunda-feira, setembro 11, 2006

Oportunidade para acelerar a adopção das plataformas de "e-learning"

“As profundas alterações nas estruturas curriculares e a adopção de novos modelos de funcionamento dos cursos a que o processo de Bolonha obriga, vai fazer com que este ano lectivo, que agora se inicia, seja uma excelente oportunidade para acelerar a adopção das plataformas de e-learning no suporte dos processos de ensino-aprendizagem e da informação administrativa que lhes está associada, prevendo-se um aumento considerável dos interessados na utilização destas ferramentas.
Procurando-se criar condições para aproveitar esta oportunidade de uma forma plena, decidiu-se adoptar a plataforma de e-learning comercial de maior divulgação mundial, a BlackBoard. A disponibilização desta plataforma, bem como de um programa de formação e de um serviço de apoio à sua utilização pretende reforçar de uma forma rápida e sólida a qualidade de serviço prestado neste domínio do e-learning na UM.”

(extracto de mensagem de correio electrónico, via um-net, recebida em 11 de Setembro de 2006, assinada por Luis Amaral – pró-reitor da UMinho)

Comentário: esta parece-me mais uma boa ilustração da qualidade do planeamento subsistente na Instituição.
Entretanto, fica-me atravessada uma singela pergunta: o que se andou a fazer nos últimos 2 anos e meio? Não havia por aí plataformas de “e-learning” magníficas?

Governo assina acordo com o MIT (II)

Sobre o assunto em causa, ler também artigo do Jornal de Notícias, de 06/09/11, sob o título “Parceria com o MIT em Outubro”, embora não acrescente grande coisa ao que enuncia Regina Nabais no seu comentário, para que remetemos na inserção anterior, sob o mesmo epígrafe.
O artigo pode ser acedido através do endereço que deixo de seguida:
http://www.observatorios.plataformaminho.pt/index.php?id_categoria=6&id_item=3991

J. Cadima Ribeiro

domingo, setembro 10, 2006

Governo assina acordo com o MIT

«É assim:
Fatal, como o fado e o destino, na comunicação social, entre ontem e hoje veio à liça a notícia: "Governo assina acordo com o MIT a 11 de Outubro. 09.09.2006 - 00h39 Lusa, PUBLICO.PT".
À primeira vista, seria caso para todos ficarmos muito contentes, porque a verdade é que Portugal está mesmo de parabéns!
Mas... para mim.... há "uns senãos", assim, para já, não vou aplaudir coisíssima nenhuma!»

Regina Nabais

(extracto de artigo de opinião divulgado pela autora no seu blogue [Polikê ?], datado de 06/09/09, intitulado "Genes de Bigorna? .... Tenho sim, senhores!" - ligação ao lado)

“Rationalizing the E-Rate: The Effects of Subsidizing IT in Education”

“Starting in 1998, the E-Rate program has provided $2.25 billion to subsidize Internet access in schools and libraries serving low income populations in the US. I analyze the effect of E-Rate subsidies on educational outcomes for Texas high schools over the 1994-2003 time period. Consistent with previous economic analyses, I find few, if any, improvements in student achievements. I do find evidence that experienced teachers are reallocated within districts toward schools receiving E-Rate grants. I also find evidence that the pool of college entrance exam takers is affected by E-Rate grants such that relying on average scores could lead to incorrect conclusions.”

Michael R. Ward (University of Texas at Arlington)
Keywords: Education, Internet, Subsidy
Date: 2005-10
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:net:wpaper:0525&r=edu

(resumo de “paper” disponível no sítio referenciado)

sexta-feira, setembro 08, 2006

A praxe deve repudiar qualquer forma de violência física ou simbólica

«Significa que há uma consciencialização, que nos parece ser crescente, por parte dos estudantes de Coimbra de que há qualquer coisa a alterar relativamente aos rituais da praxe académica. Não estou a dizer que seja maioritária mas parece-me haver uma percepção nesse sentido. Quando 67% das pessoas respondem que "a praxe deve repudiar qualquer forma de violência física ou simbólica" eu penso que têm presente que existem contornos na praxe actual que encerram esse tipo de elementos. E parecem mostrar aqui que são renitentes relativamente a isso. Depois, 51% dos inquiridos dizem que "a praxe deve ser revista de forma a receber melhor os novos alunos". Também aqui me parece haver uma percepção de que há uma necessidade de que os mais velhos ponham em prática, na recepção aos mais novos, aspectos mais informativos e pedagógicos que os ajudem a integrar-se.
[…]
Houve alterações muito profundas, a Universidade massificou-se, os cursos têm muito mais gente, o contacto com o professor é muito mais complicado, há insucesso e o estudante está preocupado com isso. E como perante a família, mesmo que seja ele o culpado, não quer assumir o insucesso, como há tanto chumbo e tanto abandono é porque os professores são maus. E pode ser até que tenha alguma razão, mas também se caiu numa certa onda de facilitismo. E eu falo por experiência própria.»

Elísio Estanque

(extracto de entrevista, intitulada “Estudantes são pressionados para acabarem curso rapidamente” e conduzida por Paula Alexandra Almeida, concedida por Elísio Estanque ao jornal Campeão das Províncias - 2006/09/07; disponível em http://www.ces.uc.pt)

You can`t overestimate the need to plan

"You can't overestimate the need to plan and prepare. In most of the mistakes I've made, there has been this common theme of inadequate planning beforehand. You really can't over-prepare in business!"

Chris Corrigan

(citação extraída de SBANC Newsletter, August 29, 2006, Issue 436-2006, http://www.sbaer.uca.edu/ )


Comentário: garanto que esta citação não foi inspirada no facto do calendário escolar da UMinho indicar a próxima 2ª feira como data de início do ano lectivo e na hora em que divulgo esta mensagem ainda não ter sido publicitado o horário das aulas a que estou obrigado.

quinta-feira, setembro 07, 2006

"Creating 21st century learning environments"

“What is involved in creating learning environments for the 21st century? How can school facilities serve as tools for teaching and meet the needs of students in the future? What components are required to design effective schools, and how does architecture relate to the purposes of schooling? These are some of the questions addressed at the seminar on organized by the United Kingdom’s Department for Education and Skills and the OECD Programme on Educational Building (PEB). The answers provided by four people with first-hand experience in building schools are summarized here. A development and management professional explains how the school building can serve as a three-dimensional learning tool. A school principal describes how his recently-built public school in New Zealand was designed to meet the learning needs of 21st century students. A building planner presents what he considers the essential components for developing effective facilities for tomorrow, supported by his own experience in planning schools. Finally, the director of an architectural firm defines the common purposes of secondary schooling and their relation to design.”

Phan Pit Li;
John Locke;
Prakash Nair; and
Andrew Bunting.
Keywords: environment, Australia, United States, New Zealand, design, planning, management, Singapore
Date: 2005-06
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:oec:eduaaa:2005/10-en&r=edu

(resumo de “paper” disponível no sítio referenciado)

quarta-feira, setembro 06, 2006

Estou pasmado!

Caros(as) colegas,
Pasmem como eu pasmei ao ler a notícia do Jornal de Notícias, de 06/09/05, que vos apresento de seguida, na íntegra.
É caso para questionar se a reitoria deixou de acreditar na eficácia, “comprovada”, da semana de recepção ao caloiro que tão zelosamente tem cultivado e estimulado. Correremos agora o risco de ter os alunos nas aulas antes de passados um mês ou mais sobre o início oficialmente estabelecido? Vamos – os docentes e, particularmente, os estudantes recém-chegados – ser privados de tão alegres cantorias e desinibidas palavras-de-ordem como tem sido habitual? E onde vão os estudantes recém-chegados obter a cartilha de palavrões e gestos obscenos que os seus colegas mais maduros têm feito questão de lhes ensinar - a eles e a todos os que frequentam o campus? E que dizer da atitude “colaboracionista” da associação de estudantes da UMinho? Irá abandonar a sua vocação consolidada para ser uma comissão de festas?
Estou pasmado!

UM forma alunos para receber colegas
Está a decorrer na Universidade do Minho, em Braga, um projecto de intervenção cujo objectivo geral é contribuir para a diminuição do abandono e o insucesso escolar. Este projecto baseia-se no entendimento de que uma integração bem sucedida do estudante na Universidade, à luz dos desafios colocados pelo Processo de Bolonha, encontra-se correlacionada com o desenvolvimento de competências transversais no quadro de uma educação não formal.
Assim, a Associação Académica, em parceria com o Gabinete de Avaliação e Qualidade do Ensino da UM, levou a cabo durante dois dias, em regime residencial, uma acção de formação de mais de duas dezenas de alunos.
Os alunos agora formados são considerados multiplicadores em termos de utilização de metodologias que permitirão atingir uma melhor qualidade do acolhimento dos 2000 novos alunos que chegarão brevemente à Universidade do Minho.
A equipa de formadores integrou dois elementos externos que têm uma vasta experiência de formação em Educação Não Formal e dois elementos membros da Associação Académica que recentemente concluíram o 1.º curso de formação de formadores em educação não formal realizado pelo Conselho Nacional de Juventude.
Estão previstas várias outras iniciativas de carácter formativo e sobre temáticas orientadas para o desenvolvimento de competências transversais dos estudantes, visando não só contribuir para o desenvolvimento de experiências de educação não formal na UM, como sobretudo para alcançar o objectivo de diminuir o abandono e o insucesso escolar.” (Jornal de Notícias, de 06/09/05)

One secret of sucess

"If there is any one secret of success, it lies in the ability to get the other person's point of view and see things from that person's angle as well as from your own."

Henry Ford

(citação extraída de SBANC Newsletter, September 5, 2006, Issue 437-2006, http://www.sbaer.uca.edu )

Thousands of students unprepared for college-level work

“As the new school year begins, the nation’s 1,200 community colleges are being deluged with hundreds of thousands of students unprepared for college-level work.
Though higher education is now a near-universal aspiration, researchers suggest that close to half the students who enter college need remedial courses.
The shortfalls persist despite high-profile efforts by public universities to crack down on ill-prepared students.
[…]
Michael W. Kirst, a Stanford professor who was a co-author of a report on the gap between aspirations and college attainment, said that 73 percent of students entering community colleges hoped to earn four-year degrees, but that only 22 percent had done so after six years.
[…]
Nearly half the 14.7 million undergraduates at two- and four-year institutions never receive degrees. The deficiencies turn up not just in math, science and engineering, areas in which a growing chorus warns of difficulties in the face of global competition, but also in the basics of reading and writing.”

Diana Jean Schemo

http://www.nytimes.com/2006/09/02/education/02college.html?_r=1&th=&adxnnl=1&oref=login&emc=th&adxnnlx=1157192077-G+yk/k+dY3we4tD

(extractos de artigo intitulado “At 2-Year Colleges, Students Eager but Unready”, publicado em The New York Times, em 2 de Setembro de 2006, consultável na integra no endereço indicado)

Comentário: apresentasse-se o texto acima em português, retirados os nomes, poder-se-ia pensar que se referiria à realidade portuguesa. Reporta-se, contudo, aos EUA. Não nos traz conforto algum essa circunstância. Poderemos, talvez, procurar aí possíveis orientações para procedimentos de combate ao problema, a implementar. Importará, entretanto, irmo-nos fazendo ao caminho.
A este propósito, será também interessante a leitura sugerida pelo blogue «Que Universidade?» sobre a Escola Russa em Lisboa (Setembro 04) - ligação activa ao lado.

terça-feira, setembro 05, 2006

Um sistema que penaliza os docentes pelas falhas dos alunos

“Neste começo de novo ano lectivo, a leitura do artigo do New York Times que lhe envio em anexo (c.f. referência e URL abaixo) deu-me vontade de, a seu propósito, escrever alguma coisa. [...].
Devo desde já dizer que nunca tive problemas de relacionamento com alunos, e penso ser um docente de que, habitualmente, gostam, embora considerem demasiado «exigente». Mas o facto é que me custa imenso ter de alinhar em toda uma onda de facilitismo em que os docentes parecem dever sentir-se e ser responsabilizados pelas más prestações dos alunos. Até parece que devemos ser responsabilizados pelas inoperâncias de 12 anos de ensino que trazem consigo quando entram na Universidade. A lógica, agora (desde há bastantes anos...), é passar o aluno, a não ser que se trate de um caso clamoroso. Pelo menos, é o que verifico nas áreas que me são mais próximas.
Tenho tido alunos que mal sabem escrever português e obtêm 16 noutras disciplinas. E julgam-se os «maiores», com muito jeito para o português. Obviamente, num sistema que penaliza os docentes pelas falhas dos alunos, os docentes inflacionam as notas para não terem chatices. Os alunos aparecem-nos com poucos conhecimentos e sobretudo motivados para o lazer (praxes, etc., etc.). Depois, temos de ser nós, docentes, a fazer cursos para os «animar», incentivar e «acompanhar» no estudo, quando precisávamos nós de frequentar cursos que aumentassem a nossa auto-estima como docentes da Universidade do Minho.
Teremos nós de resgatar as inoperâncias de 12 anos de escolaridade?... De um modo mais directo: teremos nós de pagar pelos erros de outros ou de um sistema de ensino que funciona mal? Temos de passar os alunos só por causa das estatísticas? E temos de «acompanhá-los» como se fossem criancinhas desprotegidas no mundo? Muitas vezes, quando dou aulas suplementares de esclarecimento de dúvidas com vista aos exames, não me colocam grandes dúvidas, querem simplesmente uma revisão da matéria toda em duas horas para não terem de estudar em casa...“

Daniel Castro

Anexo:
“At 2-Year Colleges, Students Eager but Unready”,
By DIANA JEAN SCHEMO,
The New York Times,
September 2, 2006.
http://www.nytimes.com/2006/09/02/education/02college.html?_r=1&th=&adxnnl=1&oref=login&emc=th&adxnnlx=1157192077-G+yk/k+dY3we4tD

(reprodução parcial de mensagem electrónica recebida em 06/09/02)

segunda-feira, setembro 04, 2006

"Este Minho é uma festa"

“1. Só quem alguma vez viveu no Minho pode entender quanto a gente se diverte: são as festas; são as romarias, são as excursões ao S. Bentinho e ao Corte Inglês, em Vigo; são, enfim, as declarações dos nossos políticos a respeito da construção da ponte do Prado, anunciada para ocorrer a curto prazo. […].
2. Este espírito que refiro é tão intrínseco e tão contagioso que atinge mesmo os estudantes de passagem pela Universidade do Minho, oriundos das mais distintas partes do território nacional. É vê-los, daí, na semana de recepção ao caloiro ou por ocasião do enterro da gata – e, tirando estas datas, todo o restante ano – a trautear os últimos êxitos do Quim Barreiros ou a canção do bandido, em versão livre.
Deste estilo musical, retenho como expressão suprema uma canção que usa no refrão uma frase que reclama a melhoria da qualidade do ensino ministrado, e uma outra, entoada ao jeito de palavra de ordem, que exige o alongamento da época de exames a um total de três meses. Desta forma, deduz-se, do semestre lectivo ficaria ainda uma semana, período mais que suficiente para a apresentação das matérias que é importante que os estudantes aprendam.
3. Como nota dissonante deste culto oferece-se o esfriamento que atravessa a «noite bracarense» que, como é bem conhecido, chegou a ser a mais badalada do país. Ficaram, deste modo, os estudantes com um problema mais a tolher-lhes as vidas (o preenchimento das noites), já que, por obstinação do reitor da U.M., não são viabilizadas actividades nocturnas nos complexos pedagógicos existentes. Reduz-se assim, consideravelmente, a possibilidade de multiplicar as chamadas dos exames de fim de época e, portanto, o sucesso escolar.
4. Posto que, mesmo sem querer, acabei por desembocar na questão da política educativa, deixem que exprima o meu apreço pelo Secretário de Estado do Ensino Superior, visto que será o único ser na Terra capaz de viver uma paixão a frio, conforme o exprimiu recentemente a propósito da sua (e do governo, no seu conjunto) paixão pela educação. Num tempo em que a inovação tem importância tão estratégica, nunca é demais sublinhar esta singularidade. Será caso para dizer, doravante, que as grandes paixões servem-se frias.”

J.C.

(reprodução parcial de artigo publicado no extinto Notícias do Minho, em 1996/10/11)

sábado, setembro 02, 2006

"O financiamento de base da investigação"

“[...] as universidades não estão preparadas para gerir este financiamento com base numa política científica coerente. É verdade, mas é isto que tem de ser corrigido com uma nova organização departamental, coisa consagradíssima em toda a parte, é só estudarmos. Departamentos e centros, já ouviram esta discussão?”

João Vasconcelos Costa

(extracto de artigo disponível no blogue do autor, Reformar a Educação Superior - ligação ao lado)

sexta-feira, setembro 01, 2006

"The impact of royalty sharing incentives on technology licensing in universities"

“Using data on U.S. universities, we show that universities that give higher royalty shares to faculty scientists generate greater license income, controlling for other factors including university size, quality, research funding, and local demand conditions. We use pre-sample data on university patenting to control for the endogeneity of royalty shares. The incentive effects are larger in private universities than in public ones, and we provide survey evidence on performance-based pay, government constraints and objectives of Technology License Offices that helps explain this finding. Royalty incentives work through two channels - raising faculty effort and sorting scientists across universities. The effect of incentives is mainly to increase the quality rather than the quantity of inventions.”

Saul Lach; and
Mark Schankerman.
Keywords: royalty incentives, invention, technology licensing
Date: 2006-06
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:cep:cepdps:dp0729&r=edu

(resumo de “paper” disponível no sítio referenciado)