Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região

segunda-feira, dezembro 31, 2007

Adeus tristeza!

Adeus tristeza. Viva 1997!

“É habitual nesta ocasião proceder-se ao balanço do ano findo. Não querendo ir contra a tradição, também eu me proponho, nesta edição, proceder à eleição dos mais e dos menos de 1996, quer dizer, dos acontecimentos e dos personagens que mais cativaram a minha atenção, se bem que nem sempre pelas melhores razões.
A listagem é comprida, pelo que a economia de esforço e a gestão criteriosa de espaço no jornal obrigam-me a ser parco na justificação dos destaques.
Seguindo o velho princípio, cultivado no cinema e nas telenovelas, de reservar para o último episódio as boas novas, isto é, o casamento do herói com a princesa e a reconciliação das famílias desavindas, começarei pela nomeação dos destaques de sinal menos. A esse título retenho:
i) a prestação medíocre do Partido Socialista e do Eng.º Guterres no seu primeiro ano de governo; em razão disso, temo o pior pelo que se reporta ao segundo;
ii) a postura do eleitorado que votou Guterres que, colocado perante a evidência de um governo sem arte nem saber, se recusa a admitir que só as moscas mudaram (pelo menos, a atentar nas sondagens eleitorais);
iii) o comportamento desbocado e deslocado do Dr. Mário Soares, permanentemente disponível para falar do que não sabe e fazer corpo com amigos da onça, chame-se ela como se chamar;
iv) o despudor do Prof. Cavaco Silva que, de cima do seu altar de pretensão, descorre sobre a regionalização e sobre o mundo com o mesmo à-vontade com que no passado afirmou que nunca se enganava. Assemelha-se nisso muito ao seu conviva dos velhos tempos de governo, o Dr. Mário Soares;
v) a desventura de Diana de Inglaterra, que não vai descalça mas nem por isso vai mais segura (pelo que se afigura, o tempo não vai de feição para príncipes e princesas, daí talvez a afirmação de que a tradição já não é o que era);
vi) a prestação miserável do PSD de Braga, ao falhar mais uma vez a oportunidade de concorrer à Câmara Municipal de Braga; depois vão admirar-se que alguém diga que mantêm um pacto secreto com o Engº Mesquita Machado para a perpetuação deste no poder;
vii) a desvergonha de um PIDDAC para 1997 que esconde o eleitoralismo rasteiro sob o manto diáfano da ausência de estratégia para o país (contra a força da ideia de que «mama quem berra», que vi proposta num jornal de Leiria, o que marca presença mesmo é a bajulação miudinha dos votos dos eleitores de Lisboa e Porto);
viii) a navegação à vista do Presidente da Câmara Municipal de Braga, bem evidenciada no caos em que se transformou o trânsito citadino e na procura de resolução sobre pressão dos acontecimentos e da peleja que se aproxima; obviamente que o Eng.º Mesquita Machado sempre poderá queixar-se da falta de civismo dos habitantes da urbe, mas estou em crer que os demais portugueses não serão menos bárbaros que os bracarenses;
ix) a infelicidade da Rute, que se deixou levar pela cantiga do bandido e se vê agora obrigada a vender por boa a paixão de António Guterres pela educação.
Os destaques mais, como seria de prever, são bem menos. Não fora assim e as novas seitas e religiões teriam muito menos cultores; presumo que o mesmo sucederia com as mais antigas. Seja como for, assinale-se a esse título:
i) o razoável comportamento do ano económico, pese embora o governo socialista tudo tenha feito para que a dinâmica económica não fosse além da prestação do próprio governo; fica-se na dúvida, nas presentes circunstâncias, se não seria mais benéfico para a evolução do PIB a ausência de gestão administrativa pública;
ii) o descrédito em que caíram alguns dos «senhores do Norte»: Fernando Gomes, Narciso Miranda, Ludgero Marques; tal qual como acontece com as senhoras quando se baixam, também neste caso tudo ficou mais à vista quando, para se fazerem ouvir, tiveram que passar a usar os bicos dos pés;
iii) o alvorecer de um novo ano, que sempre permite recriar a ideia, ingénua, que neste ano tudo vai ser diferente; quer dizer, desta vez é que é para valer: adeus tristeza!”

J. C.

(reprodução integral de texto do autor identificado, publicado no jornal Notícias do Minho, em 97/01/10, em coluna regular intitulada “Crónicas de Maldizer”)
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Comentário: memória de um tempo triste, para que não julguemos tristes apenas os tempos que atravessamos; não torna os nossos dias menos tristes. É verdade!

sábado, dezembro 29, 2007

Bolonha, ainda


(título de mensagem, datada de 07/12/28, disponível em Colina Sagrada)

sexta-feira, dezembro 28, 2007

A importância de uma universidade pode ser aferida pela capacidade de criar e transmitir conhecimento útil à sociedade

Empresas e universidades
*
(título de mensagem, da autoria de Vasco Eiriz e datada de 07/12/28, disponível em Empreender)

quinta-feira, dezembro 27, 2007

A frase do dia - V

"[...] se a gestão de topo for suficientemente inconsciente, pode até decidir que financiamentos de projectos nacionais ou internacionais concessionados servem bem para pagar remunerações certas e permanentes, ou coisas sortidas que o valham..."
(extracto de mensagem, datada de 07/12/27 e intitulada "Canja de galinha para o farnel do pescador", disponível em Polikê ?)
-
Comentário: por qualquer associação estranha, lendo a frase que reproduzo acima, lembrei-me imediatamente da reitoria da UMinho. Será por o pai natal ter andado por aí nestes dias?

"I think, therefore I earn"

«Agora que quase todos os cursos universitários à bolonhesa lipo-aspiraram as disciplinas histórico-críticas e se converteram em licenciaturas meramente técnicas, e agora que o Ministério da Educação português decidiu, não por razões, mas por equívocos de natureza puramente administrativa, liquidar a Filosofia dos currículos pré-universitários chega-nos esta inspiradora notícia da velha Albion.

I think, therefore I earn
Philosophy graduates are suddenly all the rage with employers. What can they possibly have to offer?
Jessica Shepherd
Tuesday November 20, 2007
Guardian
"A degree in philosophy? What are you going to do with that then?"
Philosophy students will tell you they've been asked this question more times than they care to remember.
"The response people seem to want is a cheery shrug and a jokey 'don't know'," says Joe Cunningham, 20, a final-year philosophy undergraduate at Heythrop College, University of London.
A more accurate comeback, according to the latest statistics, is "just about anything I want".
Figures from the Higher Education Statistics Agency show philosophy graduates, once derided as unemployable layabouts, are in growing demand from employers. The number of all graduates in full-time and part-time work six months after graduation has risen by 9% between 2002-03 and 2005-06; for philosophy graduates it has gone up by 13%.
It is in the fields of finance, property development, health, social work and the nebulous category of "business" that those versed in Plato and Kant are most sought after. In "business", property development, renting and research, 76% more philosophy graduates were employed in 2005-06 than in 2002-03. In health and social work, 9% more.
The Higher Education Careers Services Unit (Hecsu), which also collates data of this kind, agrees philosophers are finding it easier to secure work. Its figures show that, in 2001, 9.9% of philosophy graduates were unemployed six months after graduation. In 2006, just 6.7% were. On average, 6% of all graduates were unemployed six months after graduation.
[...]
The popular philosopher Simon Blackburn, a professor at Cambridge University, sees the improving career prospects of philosophy graduates as part of a wider change of public perception. "I guess the public image of a philosopher has tended to concentrate on an ancient Greek in a toga, or some unwashed hippy lying around not doing very much," he says. "I do detect a change in the way the public sees philosophers. I have been pleasantly surprised by the number of people who come to philosophy events nowadays."
[...]
News that employers and the public hold philosophers in higher regard should presumably be cause for celebration? Not entirely, says Blackburn. "It is also slightly worrying, because people turn to philosophers when they feel less confident and more insecure."
EducationGuardian.co.uk © Guardian News and Media Limited 2007»
*
(reprodução parcial de extractos de mensagem, com distribuição universal na rede da UMinho, que me caiu na caixa de correio electrónico esta tarde, proveniente de João Carlos Mendes)

O peso de mulheres licenciadas na sociedade portuguesa

Notícia DN (DN_ONLINE)
Mulheres licenciadas aumentam 60 vezes em meio século: http://dn.sapo.pt/2007/12/26/sociedade/mulheres_licenciadas_aumentam_vezes_.html
*
(cortesia de Nuno Soares da Silva)

terça-feira, dezembro 25, 2007

“Este Minho é uma festa”

1. Só quem alguma vez viveu no Minho pode entender quanto a gente se diverte: são as festas; são as romarias; são as excursões ao S. Bentinho e ao Corte Inglês, em Vigo; são, enfim, as declarações dos nossos políticos a respeito da construção da ponte do Prado, anunciada para ocorrer a curto-prazo. É o sentido da festa, da romaria que aí pulula e que encontra maneira de se exprimir em gestos tão simples como a promessa de disponibilização de 100.000 contos do PIDDAC do próximo ano para a construção da dita ponte, solenemente veiculada pelo Dr. Martinho Gonçalves.
2. Este espírito que refiro é tão intrínseco é tão contagioso que atinge mesmo os estudantes de passagem pela Universidade do Minho, oriundos das mais distintas parcelas do território nacional. É vê-los, daí, na semana de recepção ao caloiro ou por ocasião do enterro da gata – e, tirando estas datas, todo o restante ano – a trautear os últimos êxitos do Quim Barreiros ou a canção do bandido, em versão livre.
Deste estilo musical, retenho como expressão suprema uma canção que usa no refrão uma frase que reclama a melhoria da qualidade do ensino ministrado, e uma outra, entoada ao jeito de palavra de ordem, que exige o alargamento da época de exames a um total de três meses.
Desta forma, deduz-se, do semestre lectivo ficaria ainda uma semana, período mais que suficiente para a apresentação das matérias que é importante que os estudantes aprendam.
3. Como nota dissonante deste culto oferece-se o esfriamento que atravessa a «noite bracarense» que, como é bem conhecido, chegou a ser a mais badalada do país. Ficaram, deste modo, os estudantes com um problema mais a tolher-lhes as vidas (o preenchimento das noites), já que, por obstinação do reitor da U.M., não são viabilizadas actividades nocturnas nos complexos pedagógicos existentes. Reduz-se assim, consideravelmente, a possibilidade de multiplicar as chamadas dos exames de fim de época e, portanto, o sucesso escolar.
4. Posto que, mesmo sem querer, acabei por desembocar na questão da política educativa, deixem que exprima o meu apreço pelo Secretário de Estado do Ensino Superior, visto que será o único ser na terra capaz de viver uma paixão a frio, conforme exprimiu recentemente a propósito da sua (e do governo, no seu conjunto) paixão pela educação. Num tempo em que a inovação tem importância tão estratégica, nunca é demais sublinhar esta singularidade. Será caso para dizer, doravante, que as grandes paixões servem-se frias.”

J. C.

(reprodução integral de crónica do autor identificado, publicada no jornal Notícias do Minho, em 96/12/20, em coluna regular intitulada “Crónicas de Maldizer”)

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Há tarefas de curto-prazo que têm que ser executadas

Actualidades I.13. Medidas

(título de mensagem, datada de 19 de Dezembro de 2007, disponível em Por Educar)
-
Comentário: há tarefas de curto-prazo que têm que ser executadas, que não são, apenas, a aquisição de prendas de última hora, a feitura de mais uns doces e o atravancar centros comerciais, mas quem quer saber disso nesta altura? Afinal, a vida não é uma festa?!

domingo, dezembro 23, 2007

Vagueando, em tempo de festas: "Sou aquilo que sou"

“Não sou um anjo,
nem sou um querido”,
descontadas as vezes em que, de mão dada,
vagueamos, sem tempo contado,
entre nuvens de algodão.
Sou apenas aquilo que sou.
Sou a verdade,
a tristeza, a dor que sinto.
Sou a esperança que teima
em não desistir,
morrendo de saudade do tempo
em que o sonho ainda era possível.
Sou aquilo que sou.

José Cadima

sexta-feira, dezembro 21, 2007

O Conselho Geral: um ponto de vista

Perguntas dos outros
[…]
José Cadima Ribeiro, docente da Universidade do Minho:
O novo regime jurídico das instituições de ensino superior aponta para uma maior interacção destas com a envolvente. A presença de elementos externos no Conselho Geral é uma das vertentes. Qual a sua expectativa sobre o papel desses elementos?

-Resposta (de Joaquim Borges Gouveia):
Não acredito que pessoas de elevada qualidade tenham tempo para se inteirarem do que se passa nas organizações académicas. Acredito pouco que tenham disponibilidade para trabalharem arduamente naquele órgão. E se forem pessoas com disponibilidade não serão aquelas com quem se gostaria de trabalhar. Há formas bem mais simples de fazer a ligação dos docentes universitários às empresas e avaliar o seu mérito.”

(extracto de entrevista do Jornal de Leiria a Joaquim Borges Gouveia, da Universidade de Aveiro, disponível no seu número de 07/12/20)

Notícias de "Bolonha"

Notícia JN
(cortesia de Nuno Soares da Silva)
-
Comentário: Minho lidera o quê?

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Necessita a sociedade das universidades?

O título que escolhi para este texto foi retirado de um artigo (de Nelson Santos António e António Teixeira), publicado no nº1 de 2007 da revista Economia Global e Gestão, onde os autores reflectem sobre a evolução dos paradigmas científico-pedagógicos das universidades ocidentais, da “universidade escolástica” à “universidade do século XXI”, passando pela “universidade clássica”. Já a isso me referi nas páginas deste jornal, em artigo datado de 07/08/23 e intitulado “Universidade e desenvolvimento regional”, onde, a dado passo, me reporto ao “advento de um novo modelo (de universidade) cujos traços essenciais se podem já reconhecer […]: i) o conhecimento cria-se através da acção e uma nova partilha de tarefas institui-se entre investigação fundamental e aplicada, investigação e desenvolvimento, inovação e transferência; ii) a formação não está mais a montante da investigação, mas insere-se no próprio processo de criação de conhecimento; e iii) a procura social de formação ultrapassa a oferta, daí o deslocamento do acento da selecção para o sucesso”.
Este novo modelo é ainda uma realidade em construção na Europa e no mundo, e muito mais em Portugal. Os Estados Unidos da América serão, porventura, quem estará na frente deste processo de mudança, mas é sobretudo de um caminho a percorrer que se fala quando aproximamos vivências concretas. Por assim ser, mais se justifica a oportunidade e a insistência na reflexão sobre esta matéria.
É uma reflexão que não deverá ser desligada das alterações em curso, de ordem normativa e técnico-pedagógica, que atravessam o ensino superior nacional, se bem que, pela determinação que as problemáticas de curto-prazo têm na vida das pessoas, sejam estas dimensões que tendam a polarizar as atenções. E tanto mais assim será quanto a acção legislativa e as práticas da tutela apareçam desenquadradas das questões de fundo, titubeantes e pouco explicadas aos agentes do processo e à sociedade em geral, eventualmente, em razão de patente falta de jeito para um exercício político pedagógico.
Por isso, a escolha que fiz do tema deste texto e a recomendação (implícita) da leitura do artigo que identifico acima não seriam opções inevitáveis de quem procure tema para uma breve crónica sobre o ensino superior nacional. Por isso, digo, trazendo a discussão para o terreno dos debates de curto-prazo, quando se invoca o “novo modelo” de governação das instituições de ensino superior determinado pelo RJIES (Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior), recentemente entrado em vigor, entendo que faz todo o sentido defender que “é preciso uma verdadeira reforma da Universidade e de que, para isso, não basta acomodar as suas estruturas e o seu modelo de governo ao RJIES”, e, relativamente ao papel que nela (reforma da governação das instituições de ensino superior) devem tomar os “Conselhos Gerais”, faz sentido prosseguir a defesa do “entendimento de que o Conselho Geral é uma peça essencial para o sucesso da reforma, devendo consagrar-se medidas que lhe assegurem uma relevância estratégica e um funcionamento ágil”.
Obviamente, com esta afirmação do papel estratégico do Conselho Geral não fica tudo resolvido em matéria de ligação da Instituições ao meio mas será um passo que se crê necessário no sentido da concretização da “ideia de que a Universidade deve reforçar a sua acção social, nas distintas dimensões que configuram a sua missão - oferta formativa, produção de conhecimento, extensão universitária -, o que não se fará sem o estabelecimento de uma relação renovada com a envolvente externa, empresas e outras organizações sociais.”
Contrariando argumentos usados no debate sobre a implementação do RJIES, ainda assim, acreditamos (eu e alguns colegas que subscreveram comigo este pensamento) “que uma gestão financeira e patrimonial competente não é contraditória com a vigência de princípios de funcionamento interno democrático e participado”. Até porque o projecto de universidade que mais próximo estará do sucesso será aquele que melhor souber conciliar pertinência de acção, rigor de gestão e mobilização dos seus intérpretes.
Necessita a sociedade da universidade (e do politécnico)? Claro que sim, na medida em que esta(e) se saiba revelar incontornável no caminho para a obtenção de mais progresso económico e de maior bem-estar social! Claro que sim, na medida em que esta(e) “convide o futuro e também o visite” (António e Teixeira, 2007).
J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Jornal de Leiria)

Serviço público - tolerância de ponto a 24 e 31 de Dezembro de 2007

«Presidência do Conselho de Ministros
Despacho
Considerando que é tradicional a deslocação de muitas pessoas para fora dos seus locais de residência, no período natalício, tendo em vista a realização de reuniões familiares;
[...]
Determino o seguinte:
1– É concedida tolerância de ponto aos funcionários e agentes do Estado, dos institutos públicos e dos serviços desconcentrados da administração central nos próximos dias 24 e 31 de Dezembro.
2– Exceptuam-se do disposto no número anterior os serviços e organismos que, por razões de interesse público, devam manter-se em funcionamento naquele período, em termos a definir pelo membro do Governo competente.
[...]
O Primeiro-Ministro,
José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa
Governo da República Portuguesa - http://www.portugal.gov.pt/»
*
(reprodução parcial de Despacho do Governo, de 2007-12-19)

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Energia começa a chegar às Instituições de Ensino Superior: o caso do IPBragança

Notícia JN
Instituto Politécnico avança para produção de energia:
http://jn.sapo.pt/2007/12/19/norte/instituto_politecnico_avancapara_pro.html
(cortesia de Nuno Soares da Silva)

Aumento de descontos vai chegar em 2009

Artigo Aeiou
Função Pública: Mais descontos para direito a subsídio de desemprego
http://q3.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ae.stories/7776

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

Em vésperas da tomada de posse da Assembleia Estatutária da UMinho

"Foi mantida uma breve troca de impressões sobre os resultados eleitorais para a Assembleia Estatutária, tendo os presentes convergido no sublinhado: i) dos números de abstenções e votos em branco registados; ii) da derrota da lista sitacionista; e iii) da natureza contestatária e conservadora da lista vencedora.
[...]
Algumas reacções que nos chegaram também parecem ir no mesmo sentido."
*
(extracto, editado, de mensagem de correio electrónico recebida)

terça-feira, dezembro 18, 2007

Em tempo de festas, serve-se vinho português, de qualidade

(título de artigo, datado de Terça-feira, 18 de Dezembro de 2007, disponível em Economia Portuguesa)

Nada impede que...

«Nada impede que, aprovados os novos estatutos segundo o regime geral e constituído o conselho geral, este venha a propor em qualquer momento, mais serena e ponderadamente, uma eventual passagem ao regime de fundação, como se diz no artº 129º: "Mediante proposta fundamentada do reitor, aprovada pelo conselho geral, por maioria absoluta dos seus membros, as universidades e institutos universitários públicos podem requerer ao Governo a sua transformação em fundações públicas com regime de direito privado."»
JVC
(extracto de mensagem, datada de 18 de Dezembro de 2007 e intitulada "Universidades fundações", disponível em Bloco de Notas)

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Imprensa virtual

"Olá!
Já está online O maior jornal académico online. Notícias, informações sobre o tempo, taxas de câmbios, estágios, bolsas de estudo, televisão e rádio em directo, formações, voluntariado, emprego, agenda cultural, agenda completa de conferências e palestras e muito mais. Acompanhe de perto os trabalhos e teses desenvolvido nos principais centros de investigação em Portugal. Não procure mais. Vem ao sitio certo!
A sua visita conta e contamos consigo!
[...]
Cumprimentos
A redacção do Jornal ID"
*
(reprodução parcial de mensagem que me caiu na caixa de correio electrónico esta tarde)

"Coimbra: dois professores universitários condenados por abuso de poder e falsificação de documentos"

Notícia PÚBLICO - Última Hora

Faculdade de Ciências do Desporto e Educação
Coimbra: dois professores universitários condenados por abuso de poder e falsificação de documentos
2007-12-17 14:51:00 Lusa
«Dois professores da Universidade de Coimbra (UC) foram condenados hoje em tribunal a diferentes penas de prisão por crimes de abuso de poder e falsificação de documentos.
Francisco José dos Santos Sobral Leal, antigo presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação da UC, foi condenado a uma pena de dois anos e meio de prisão e ao pagamento de 250 dias de multa à taxa diária de 13 euros.
O tribunal colectivo da Vara Mista do Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra decidiu suspender por dois anos a execução da pena de prisão aplicada a Francisco Sobral.
Em relação a este arguido, o tribunal julgou parcialmente procedente a acusação assumida por três queixosas, Zélia Pinto, Susana Guerra e Maria Inês, que eram todas docentes daquela faculdade no período em que ocorreram os crimes, de finais da década de 90 até 2001.
As penas de prisão e multa aplicadas em cúmulo jurídico a Francisco Sobral punem três crimes de abuso de poder e três de falsificação de documentos que o tribunal deu como provados.
Este professor catedrático, que entretanto se aposentou da actividade académica, liderou na década de 90 a comissão instaladora da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação e, mais tarde, os seus Conselhos Directivo e Científico.
A docente Ana Maria Medeiros de Abreu Faro, que chegou a integrar também o Conselho Directivo, foi condenada a um ano de prisão, como co-autora de um crime de abuso de poder, pena que é substituída pelo pagamento de 360 dias de multa à taxa diária de 10 euros.»
*
(reprodução de notícia do Público com as referências indicadas acima)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

domingo, dezembro 16, 2007

Provérbio japonês

"[...] no Japão esta mentalidade gera uma eficiência mecânica e obsessiva, em Portugal gera-se o resultado oposto, com o predomínio da incompetência e do imobilismo. Por outro lado, diria que em ambos prevalece a mentalidade burocrática, cinzenta e medíocre."
Daniela Kato
(extracto de mensagem, datada de 07/12/15 e intitulada "Provérbio", disponível em A destreza das dúvidas)
*
Comentário: garanto-vos que não conheço a autora do texto de que reproduzo acima breve passagem; agora que a realidade a que ela se reporta é algo que me diz muito, disso não há dúvida - podia estar a falar da EEG, da UMinho, em geral, de tantas outras realidades com que, penosamente, lido no meu dia-a-dia. Ser, fazer diferente é uma coisa muito complicada!

"As políticas deste governo não mobilizaram o País"

(título de mensagem, datada de hoje, disponível em Outro Olhar)

“Entrepreneurial potential in Business and Engineering courses … why worry now?”

“Research on entrepreneurship potential targeting university students is emerging. However, it is in general focused on one school-one course. Few studies analyze the differences in entrepreneurial propensity between students of different subjects. In this paper we analyze the magnitude of this propensity in engineering and economics/business courses. The reason for such focus is that traditionally these courses are viewed as the ones concentrating individuals that are more likely to create new ventures. The empirical results, based on a large-scale survey of 2430 final-year students, reveal that no statistical difference exists in entrepreneurial potential of economics/business and engineering students, and that these two latter groups have lower entrepreneurial potential than students from other courses. This result proves to be quite unfortunate given the focus that previous studies have placed on these two majors, and the fact that a substantial part of entrepreneurial education is undertaken in business and engineering schools.”
Aurora A.C. Teixeira (INESC Porto; CEMPRE, Faculdade de Economia, Universidade do Porto)
Keywords: Entrepreneurship; Students; Business; Engineering
Date: 2007-12
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:por:fepwps:256&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Serviço público: acordão do Tribunal Central Administrativo Sul

«Sindicato dos Professores do Norte informa:

TCAS reconhece em acórdão: "O disposto no art. 5º do Dec. Lei nº 204/98 é aplicável aos concursos da carreira docente universitária, designadamente no tocante à divulgação atempada dos métodos de selecção e à existência de critérios objectivos de avaliação. "

"Ora, o artigo 5º do Dec. Lei nº 204/98 determina o respeito pelos princípios de liberdade de candidatura, da igualdade de condições e da igualdade de oportunidades, garantindo a neutralidade de composição do júri, a divulgação atempada dos métodos de selecção a utilizar, do programa das provas de conhecimento e do sistema de classificação final, bem como a aplicação de métodos e critérios objectivos de avaliação.
Trata-se de uma regra de concretização dos princípios constitucionais da igualdade e da imparcialidade, em ordem a garantir a transparência dos concursos"
[...]
"Não foram, em suma, definidos quaisquer critérios, nem prévia nem posteriormente ao conhecimento dos candidatos, verificando-se que cada membro do júri apreciou os currículos de acordo com o que reputava como mais importante para a avaliação, o que constitui inequívoca violação das exigências contidas no artigo 5º do Dec. Lei nº 204/98. Igualmente se verifica o vício de forma por falta de fundamentação, visto que, na ausência de critérios uniformes de avaliação cada membro do Júri densificou à sua maneira e de acordo com a sua perspectiva os conceitos de mérito da obra científica, capacidade de investigação e valor de actividade pedagógica, excedendo manifestamente os limites de liberdade de avaliação conferidos pela "discricionariedade técnica" (...)

Mário Carvalho
Departamento de Ensino Superior do Sindicato dos Professores do Norte
mail to: mario.carvalho@spn.pt»
*
(reprodução integral de mensagem, com a epígrafe "Acórdão TCAS - concurso prof univ: divulgação prévia de critérios", que me caiu na caixa de correio electrónico a meia da tarde do dia de hoje, com a proveniência que se identifica)

"Bolonha tende a ser uma mera operação de cosmética"

"As universidades precisam de ser recriadas de uma forma radical. Não basta a reforma das estruturas e dos processos, é necessária uma reforma de mentalidades, e pressentimos que Bolonha passará ao lado deste objectivo. A nosso ver, Bolonha tende a ser uma mera operação de cosmética. A recriação das universidades passa pelo questionamento do seu próprio propósito, expandido a ideia clássica de universidade - «unidade de pesquisa e de ensino» de Humboldt e construindo os requisitos de uma nova base - «unidade de praxis, pesquisa e ensino»."
Nelson Santos António e António Teixeira (2007), "Necessita a sociedade das universidades?", Economia Global e Gestão, nº1, Abril, pp. 35-49.

quinta-feira, dezembro 13, 2007

"Não se ouviu uma única vez as palavras: rigor, credibilidade, exigência"


(título de mensagem, datada de 07/12/12, disponível em Livre Circulação)

Notícias do MIT: a surpesa de ler coisas acertadas

«As instituições académicas portuguesas "não são o número 1", sublinhou o professor, apesar de as considerar "muito boas e com uma sólida base científica", embora marcadas por "conservadorismo, demasiada concentração na publicação dos 'papers' (ensaios) e pouca predisposição para a mudança". "Precisamente por não serem o número 1, podem mudar, há uma razão para fazer algo de diferente. Têm de começar a trabalhar em conjunto com a indústria, a criar especialistas em engenharia, incluindo mais e mais investigação", avisou Yossi Sheffi, que não minimiza as "dificuldades" inerentes.»
*
(reprodução de extracto de notícia do Jornal de Negócios, de 10 de Dezembro de 2007, intitulada "Director do MIT critica separação entre ensino superior e indústria em Portugal")
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Notícia de coisas tristes

*
(título de mensagem, datada de Quarta-feira, Dezembro 05, 2007, disponível em http://move-aberto.blogspot.com/)

If we keep doing what we're doing …

"If we keep doing what we're doing, we're going to keep getting what we're getting."

Stephen R. Covey

(citação extraída de SBANC Newsletter, December 11, Issue 500-2007, http://www.sbaer.uca.edu)

terça-feira, dezembro 11, 2007

"Conselho Directivo do Instituto Superior Técnico demitiu-se em bloco"

Notícia PÚBLICO - Última Hora

«Antes o presidente da instituição pôs lugar à disposição
Conselho Directivo do Instituto Superior Técnico demitiu-se em bloco
2007-12-11 15:24:00 Lusa
O Conselho Directivo do Instituto Superior Técnico demitiu-se ontem em bloco depois de o presidente da instituição, Carlos Matos Ferreira, ter posto o cargo à disposição, alegadamente devido às derrotas eleitorais que sofreu no âmbito da aplicação do novo regime jurídico e que geraram um clima de instabilidade na escola.
De acordo com o presidente da Associação de Estudantes (AE) do Instituto Superior Técnico (IST), Bruno Barracosa, durante a reunião da Assembleia de Representantes, que decorreu ontem à tarde, Carlos Matos Ferreira colocou o lugar à disposição, pedindo a votação de uma moção de confiança.
"Na assembleia de representantes, o presidente do Técnico disse que não tinha condições para continuar a não ser que fosse votada uma moção de confiança, e que se não obtivesse pelo menos um terço dos elementos de cada corpo se demitia", afirmou o representante da AE.
Na sequência desta decisão, toda a equipa do Conselho Directivo apresentou efectivamente a demissão, considerando não ter condições para trabalhar, explicou Bruno Barracosa, adiantando que de momento se vive uma situação de "grande instabilidade" na escola.
"A atitude do presidente é a de ameaça: se não me reforçam a posição e a liderança, demito-me. Isto numa altura em que se espera de um presidente que leve até ao fim a sua missão", afirmou Bruno Barracosa.
As demissões de ontem foram o culminar de um processo que se vinha a adensar desde o início da discussão do novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES), altura em que o presidente do técnico "se colou à posição do ministro” adiantando que o IST poderia passar a Fundação de direito privado, sem ter previamente ouvido a escola, disse o representante dos estudantes.
"O papel de um presidente não é defender os seus próprios ideais. É auscultar os órgãos das escolas e decidir com base nisso, porque um presidente é um representante de pessoas e não de si próprio", afirmou Bruno Barracosa.
Em Outubro, o Conselho Científico chumbou a criação de uma assembleia ad hoc para apresentar uma proposta de criação de um modelo fundacional, uma decisão que o presidente do IST desvalorizou na altura, afirmando que a passagem a fundação poderia ainda ocorrer, assim que estivessem reunidas as condições.
Mas a 29 de Novembro, Carlos Matos Ferreira sofreu novo revés, quando a lista por ele liderada perdeu as eleições para a Assembleia Estatutária.
[...]
Os alunos estão preocupados com o clima de instabilidade que se vive na escola e com a "falta de legitimidade" da instituição em escolher agora um novo presidente por seis meses, até às próximas eleições, se Carlos Matos Ferreira efectivamente se demitir.
Bruno Barracosa afirma não ter a mínima dúvida de que a demissão se vai consumar, porque o presidente do IST "está isolado", e assegura que da parte dos estudantes não terá qualquer apoio.
[...]
A moção de confiança será votada em urna fechada e a data da votação será determinada pela mesa da assembleia, mas os alunos acreditam que a mesma decorrerá ainda antes do Natal.»
*
(extractos de notícia do Público, com o título e a data identificados)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Quando a esmola é grande ...

"Lanche de Natal - Convite

Convido todos os funcionários e colegas que exercem funções nos Serviços Centrais, situados nos edifícios do Largo do Paço e Senhora do Leite, para um lanche de Natal, a ter lugar na Sala de Reuniões da Reitoria no próximo dia 20 de Dezembro, pelas 16h30.

Esperando a sua presença, apresento os melhores cumprimentos.

O Reitor,
[...]"
(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico)
*
Comentário: porque será que o reitor oferece um lanche de Natal ao pessoal do Larço do Paço? Será que esta atitude é extensiva aos dois pólos (Braga/Guimarães) e às suas Escolas? "Quando a esmola é grande o pobre desconfia", e faz bem!

Por falar em bruxas...Perdão! Por falar em Bolonha...

Negócio nocturno com estudantes
Bolonha matou Noites Académicas
«[...] Na sua opinião, a transição dos cursos da Universidade do Minho para Bolonha veio retirar aos estudantes a sua disponibilidade para saírem à noite: “Eu penso que fizeram bem em adoptar o modelo de Bolonha mas ele está mal estruturado, porque é em demasia. Por aquilo que eu tenho conhecimento, há cursos que numa semana têm uma data de trabalhos, frequências e exames para fazer. É tudo muito esgotante", refere o gerente que confessa nunca ter conhecido tal estado na noite [...]»
CRISTIANA MAIA
DANIELA PEREIRA
(título de notícia/reportagem e extracto de texto, datado de 07.12.2007, disponível em http://academico.rum.pt/node/301)
-
PS: porque, muitas vezes, as dúvidas revelam mais destreza que as certezas, a propósito deste mesmo assunto permito-me chamar a vossa atenção para a mensagem de um meu colega de Departamento, Luis Aguiar Conraria, em A destreza das dúvidas, sob a epígrafe "Bolonha vista pelos bares e discotecas de Braga")

domingo, dezembro 09, 2007

A Implementação do Processo de Bolonha em Direito tem sofrido duras críticas por parte dos alunos

Bolonha não funciona Direito
Alunos criticam implementação do modelo no curso

(título e sub-título de notícia/reportagem, datada de 07/12/08, disponível em ComUM)

sábado, dezembro 08, 2007

"Que quem já é professor sofra tormentos, enfim! Mas aos bolseiros, ó Zé,..."

(título de artigo, da autoria de Virgílio Machado, datado de Quarta-feira, 5 de Dezembro de 2007, publicado por Jornal de Negócios e disponível em Blog de Campus)

"É necessário que a universidade se organize"

"É urgente avisar toda a gente que precisamos reflectir sobre a necessidade de que os recursos que se espalham sobre o tabuleiro e ficam à disposição e uso para o desenvolvimento técnico-científico produzam os melhores rendimentos. É necessário que a Universidade se organize de tal forma que mereça a máxima confiança para empreender essas iniciativas e consiga levá-las a cabo com eficácia. Aqui está uma das chaves para esse debate, quase permanente, sobre a Universidade que queremos e necessitamos."

Alexandre Sousa

(extracto de mensagem do autor identificado, datada de 07/12/07 e intitulada "Universidade do futuro = Universidade marginalizada", disponível em Co-Labor)

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Eleições na UMinho: o momento da apanha das canas

«De: Joaquim Gomes Sá [...]
Enviada: quarta-feira, 5 de Dezembro de 2007 12:25
[...]
Assunto: RE: Mensagem - Representantes dos Funcionários nos Órgãos de Governo da Universidade
Caros funcionários não docentes,
Do meu ponto de vista é muito bem vinda esta vossa participação a este debate que também vos diz inteiramente respeito. Saúdo com satisfação esta iniciativa de afirmação de direitos e aspirações legítimas, que é certamente um contributo para uma visão de Universidade em que todos os sujeitos tenham voz, logo, mais democrática. Solidarizo-me com e apoio a justa aspiração de um representação dos funcionários não docentes no Conselho Geral e no Senado Académico. A palavra cabe agora à Assembleia Estatutária que, conforme já defendi, deverá encontrar formas de funcionamento em regime aberto, em termos de poder acolher e ponderar ideias e propostas de pessoas-grupos que não sejam membros da referida Assembleia.
Cordiais saudações académicas.
Joaquim Sá
*
De: Amaro António Magalhães Rodrigues
Enviada: ter 04-12-2007 17:00
[...]
Assunto: Mensagem - Representantes dos Funcionários nos Órgãos de Governo da Universidade
Mensagem

Representantes dos Funcionários nos Órgãos de Governo da Universidade

Decorreram hoje as eleições para a constituição da assembleia estatutária que irá proceder à revisão dos Estatutos da Universidade do Minho, de modo a conformá-los com o novo regime legal.
Esta eleição visa apenas, como é sabido, a representação dos Professores (e Investigadores) e dos Estudantes, estando os Funcionários Não Docentes arredados deste processo. É facto que a Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro, não prevê a inclusão de todos os corpos universitários no órgão que vai aprovar as normas fundamentais da organização interna e do funcionamento da Universidade, tendo postergado os Funcionários destas decisões.
Esta situação, que vivamente repudiamos, afronta os mais elementares princípios da democracia representativa, fazendo reviver conceitos e arquétipos ultrapassados e constitui um retrocesso à participação dos Funcionários, enquanto interessados, na formação de decisões que lhes dizem directamente respeito.
Sabemos, porém, que existem mecanismos de correcção desta visão fechada e unilateral da Universidade, em sede dos futuros Estatutos, num quadro de conformação com o novo regime jurídico.
Na composição do Conselho Geral é permitida, tecnicamente, a inclusão de dois membros eleitos pelo Pessoal Não Docente; o Senado Académico, a constituir como órgão de consulta obrigatória do Reitor, nas matérias a definir nos estatutos, que entendemos dever ser o mais possível alargadas, pode integrar representantes de todas as unidades orgânicas (entendidas estas em sentido lato, não circunscrito àquelas que dispõem de órgãos e de pessoal próprios), abrangendo assim os Funcionários das Escolas e dos Serviços; os órgãos das Escolas podem incluir Representantes dos Funcionários nos seus órgãos de gestão.
De algum modo, nas diferentes Universidades, tem sido acentuada a necessidade de integração de todos os corpos constituintes nas futuras estruturas de governo e de gestão, como se pode ver através dos comentários, propostas e pareceres enviados para foruns institucionais, abertos com o intuito de receber os contributos da comunidade universitária para os seus novos modelos organizativos (em anexo, extracto de mensagem do Reitor da Universidade de Lisboa e Comentários no forum).
Os Representantes dos Funcionários da Universidade do Minho na Assembleia da Universidade e no Senado Universitário acompanharam a campanha desenvolvida pelas Listas em presença, no acto eleitoral que agora decorre, tendo analisado os respectivos ideários, assistido aos debates e formulado as suas opiniões.
Entendemos ser imprópria qualquer tomada de posição até ao termo da eleição, mas que o devíamos fazer agora, antes de apurados os resultados.
Esperamos que os eleitos - e posteriores elementos cooptados na assembleia estatutária - tenham em conta que os funcionários da Universidade do Minho, com o seu saber, empenho e labor quotidianos, são um suporte e um garante do bom funcionamento da Instituição. E que cientes desta realidade, seja colmatada a falta de equidade que resulta da nossa ausência naquele órgão.
Confiámos ainda que no processo de elaboração dos estatutos prevaleça um espírito construtivo, de diálogo na diversidade, em busca dos equilíbrios e consensos necessários à feitura do Instrumento normativo fundamental que irá reger a Universidade.

Braga, 4 de Dezembro de 2007 (17h.00m.)

Os Representantes dos Funcionários nos Órgãos de Governo da Universidade»
*
(reprodução de mensagens distribuídas na rede electrónica da UMinho, datadas de 4 e 5 de Dezembro pp., que me cairam na caixa de correio)
-
Comentário: simpática que se nos ofereça a mensagem dos funcionários não-docentes da UMinho, ela peca por confundir democraticidade, legitimidade e participação com a presença multiplicada em orgãos de governo da universidade; isto não tem nada que ver com os valores que são enunciados e não assegura a eficácia do governo da instituição; envolvimento, mobilização, democracidade são outra coisa; foi uma pena que se tivesse perdido a oportunidade de ter uma discussão séria sobre esta e outras matérias na campanha eleitoral agora finda.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Notícias da UMinho

Notícia JN
IDEIAS EM CONFRONTO PARA DOCUMENTO FINAL
Opositores do reitor vencem para a comissão estatutária da UM:
http://jn.sapo.pt/2007/12/06/norte/opositores_reitor_vencem_para_a_comi.html
*
(cortesia de Nuno Soares da Silva)

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Relação universidade/empresas

Notícia Expresso
Mariano Gago destaca "enorme progresso" registado em Portugal na relação universidade/empresas:
http://expresso.clix.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/184303
*
(título de notícia, datada de 07/12/04, disponível no jornal identificado acima)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

Episódios trági-cómicos

«Prezado Professor:

- O documento parece-me tão absurdo que se me põe a questão da contra-informação: para além de ser um projecto eventualmente produzido por um desses deputados que só fazem número e disparates, será mesmo genuíno?

- Não o ouvi mais falar da reunião sobre o Ensino. Vai para a frente?

- Sobre os Centros de Investigação tivemos uns episódios tragi-cómicos na nossa FCT/MCTES, onde tivemos de ir, onde não descobriram a password dos PCs que tinham na sala para fazer a apresentação, onde não tinham meio (ou não o foram capaz de operacionalizar) de ligar os nossos portáteis ao écran XPTO da sala e tive que falar à moda antiga. Onde, ainda, decidiram começar a sessão 30 minutos mais cedo do que marcado (ainda faltavam 5 colegas) para a acabar 2h antes do previsto porque dois avaliadores (com as malas na sala) não podiam perder o avião.
Depois acham que tenho mau feitio quando comento que estes procedimentos nunca seriam acreditados por nenhuma agência internacional, nacional ou simplesmente estrangeira. E que não respeitam equidade de tratamento. Cela va sans dire.

Enfim, amanhã há-de ser um novo dia.

Abraço e bom Natal se não nos comunicarmos até lá.»
*
(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa)
-
Comentário: ?!

terça-feira, dezembro 04, 2007

Serviço público: resultados das eleições na UMinho

Ainda fresquinhos, divulgo nesta sede os resultados da

Eleição dos Representantes dos Professores e Investigadores na Assembleia Estatutária

Foram eles os seguintes:

- Número total de eleitores inscritos:794
- Número total de votantes: 512 (64,48%)
- Número de votos em branco: 44 (8,59%)
- Número de votos nulos: 1 (0,20%)
- Número de votos obtidos pela “Lista A”: 224 (43,75%)
- Número de votos obtidos pela “Lista B”: 243 (47,46%)

Os candidatos eleitos por cada uma das listas segundo o método de Hondt, por ordem de apuramento, foram os seguintes:

- Licínio Carlos Viana da Silva Lima (Lista B) / Instituto de Educação e Psicologia;
- António Augusto Magalhães Cunha (Lista A) / Escola de Engenharia;
- Pedro Nuno Ferreira Pinto Oliveira (Lista B) / Escola de Engenharia;
- Graciete Tavares Dias (Lista A) / Escola de Ciências;
- Manuel Rosa Gonçalves Gama (Lista B) / Instituto de Letras e Ciências Humanas;
- Rui Manuel Costa Vieira Castro (Lista A) / Instituto de Educação e Psicologia;
- Miguel Sopas de Melo Bandeira (Lista B) / Instituto de Ciências Sociais;
- Maria Margarida Santos Proença Almeida (Lista A) / Escola de Economia e Gestão;
- Pedro Alexandre Faria Fernandes Teixeira Gomes (Lista B) / (...);
- Maria Augusta Abreu Lima Cruz (Lista A) / (...);
- Lúcia Maria Portela de Lima Rodrigues (Lista B) / Escola de Economia e Gestão;
- Acílio Silva Estanqueiro Rocha (Lista A) / Instituto de Letras e Ciências Humanas/vice-reitor.

Dois breves comentários:
i) confesso a minha surpresa perante estes resultados - os resultados da lista B vão muito para além do que admiti; imaginem agora se o seu lider ausente e a lista, no seu todo, não tivessem feito tanta burrice quais os resultados que poderia ter alcançado; bastar-lhes-ia terem capitalizado a rejeição subsistente na academia em relação à nomenclatura reinante (agora, em fim de festa);
ii) conforme era óbvio, dentro do modelo de listas definido (particularmente, pela lista do reitor), metade das Escolas/Institutos ficaria de fora; confiram quais foram!

Porque quem desafia o poder tem a minha simpatia, em princípio, e sendo sabido que a luta era particularmente dura (porque não equitativa e muito menos transparente), aqui ficam os meus parabéns para os vencedores, em geral, e para a minha colega da EEG, Lúcia Lima Rodrigues, em particular, que nunca acreditei que viesse a ser eleita.

J. Cadima Ribeiro

Não nos revemos nas linhas programáticas das listas!

Em dia de eleições na UMinho, a palavra de ordem só pode ser:
Não nos revemos nas linhas programáticas de nenhuma das listas !



segunda-feira, dezembro 03, 2007

Um certo entendimento do que é a cultura da liberdade

(título de mensagem, datada de 07/12/03, disponível em Avenida Central)

*

Comentário: onde será que a direcção da biblioteca se foi inspirar para adoptar tais práticas? É um entendimento curioso do que é a cultura da liberdade, não é?

Lutas doutros tempos e de sempre

Burocratismo
"Para os meus companheiros da Web e do ciberespaço, com um abraço de solidariedade numa luta que já foi dos nossos maiores e que nos esforçamos para que não esmoreça.
Virgilio A. P. Machado
vam@fct.unl.pt"
*
(cortesia de Virgílio Machado)

“Higher Education Reform and the Renewed Lisbon Strategy: Role of Member States and the European Commission”

«Discussions on problems in higher education in Europe typically focus on rising enrolment rates, access, governance, underperformance in research and teaching, lack of internationalisation, the lack of private and public funding. Our proposals for reform are based on more autonomy for universities, higher tuition fees, more private funding, introduction of income-contingent loans, better governance, more competition and internationalisation. Taking a subsidiarity perspective, the role of the EU in reforming the higher education sector in Europe is providing mutual policy learning opportunities on higher education reforms across Member States and supporting the building of higher education infrastructure in Member States (through the Structural and FP Funds). But beyond the support to Member States policies, the EU should further develop the European dimension, through furthering the goals of the Bologna reforms, cross recognition of qualifications, funding and promoting intra-EU mobility of students, researchers and teachers. The EU should take more initiatives to facilitate global mobility and cooperation. Finally, consistent with the subsidiarity principle, the EU can develop "flagships" initiatives.»

Frederick van der Ploeg
Reinhilde Veugelers

Keywords: higher education, enrolment, access, governance, research, teaching, funding, tuition fees, income-contingent loans, open market for the EU, Bologna reforms, mobility, competition, subsidiarity, flagships.
Date: 2007
http://d.repec.org/n?u=RePEc:eui:euiwps:eco2007/33&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

domingo, dezembro 02, 2007

Eleições na UMinho: fórum

(título de mensagem, datada de 07/12/01, disponível em Ideias livres)
-
Comentário: embora não pareça, na EEG/UMinho há um esboço de debate. Digo isto olhando para os jornais de parede editados por gente da casa. É pouco? Pois é! Sempre é um bocadinho mais que em algumas outras Escolas da dita Universidade. E olhem que não é porque o poder instalado se sinta particularmente confortável com a existência de ideias e de debate.

The measure of success

"The measure of success is not whether you have a tough problem to deal with, but whether it's the same problem you had last year."

John Foster Dulles

(citação extraída de SBANC Newsletter, November 27, Issue 498-2007, http://www.sbaer.uca.edu)

sábado, dezembro 01, 2007

"Há quem garanta que este escabichar nada tem a ver com as eleições"

Um campus barulhento
(título de mensagem, datada de Novembro 30, 2007, disponível em Empreender)

Não nos revemos nas linhas programáticas de nenhuma das listas

"Caros(as) colegas,

A elaboração dos estatutos é um momento de capital importância na história da Universidade do Minho. A implicação dos membros da academia no processo de reforma é condição básica do sucesso da organização.
Tendo acompanhado o processo, desde o primeiro momento, e estando empenhados em contribuir para ele, vimos manifestar a nossa preocupação quanto aos termos do debate sobre o que deverá ser consagrado, em sede estatutária, como modelo de governação da nossa Universidade.

Não nos revemos nas linhas programáticas de nenhuma das duas listas candidatas à Assembleia Estatutária que estão no terreno. Move-nos, nesta afirmação de diferença, desde logo:
i) a convicção, ditada pelas vivências pessoais e pela reflexão mantida, de que é preciso uma verdadeira reforma da Universidade e de que, para isso, não basta acomodar as suas estruturas e o seu modelo de governo ao RJIES;
ii) o entendimento de que o Conselho Geral é uma peça essencial para o sucesso da reforma, devendo consagrar-se medidas que lhe assegurem uma relevância estratégica e um funcionamento ágil; e
iii) a ideia de que a Universidade deve reforçar a sua acção social, nas distintas dimensões que configuram a sua missão - oferta formativa, produção de conhecimento, extensão universitária -, o que não se fará sem o estabelecimento de uma relação renovada com a envolvente externa, empresas e outras organizações sociais.
Acreditamos, por outro lado, que uma gestão financeira e patrimonial competente não é contraditória com a vigência de princípios de funcionamento interno democrático e participado.

Em face disto, queremos anunciar-vos a nossa intenção de, no momento devido, virmos a apresentar uma lista alternativa para as eleições do Conselho Geral.

Pelo Grupo de Reflexão sobre a Universidade do Minho,

J. Cadima Ribeiro
Catarina Serra
Carlos Couto
Eduarda Coquet
Fernando Castro
Jaime Rocha Gomes
Nuno Neves"
*
(reprodução integral de mensagem distribuída universalmente na rede de correio electrónico da UMinho, em 07/11/30, sob a epígrafe "RJIES - Assembleia Estatutária - tomada de posição")