Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região

sexta-feira, junho 29, 2012

"Universidade Nova: Mais de 90% de empregabilidade entre ex-alunos"

«Mais de 90 por cento dos alunos formados na Universidade Nova de Lisboa conseguiram emprego na área dos seus cursos antes da crise económica, de acordo com um estudo que vai ser divulgado hoje pela instituição.

Segundo o reitor da Universidade, António Rendas, o resultado do estudo é "muito positivo", com uma percentagem "acima de 90 %" de empregabilidade entre os alunos de licenciatura, mestrado e doutoramento.
A amostra compreende "75 por cento" dos formados nos anos letivos de 2004/2005, antes da entrada em vigor do acordo de Bolonha, que uniformizou os cursos na Europa, e 2008/2009, no período pós-Bolonha.
António Rendas afirmou num encontro com jornalistas que "não há diferença significativa" entre a empregabilidade dos alunos pré e pós-Bolonha.
O reitor acrescentou que entre os inquiridos por entrevista telefónica há uma distribuição semelhante de colocação no setor público e privado nos licenciados e uma maior colocação dos doutorados no setor público, responsável por muita da investigação científica feita em Portugal.
Na versão completa do relatório, que vai ser divulgada hoje à tarde numa conferência na Reitoria da Universidade Nova, são ainda analisados os dados relativos aos salários que os ex-alunos recebem e a avaliação que estes fazem da instituição onde estudaram.
A este respeito, António Rendas adiantou que o grau de satisfação dos ex-alunos é elevado e que na generalidade, declararam que recomendariam a Nova e voltariam aquela universidade para conseguir mais graus académicos.»
(reprodução de notícia Diário Digital/Lusa, de 29 de junho de 2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

Don't let…

"Don't let your ego get too close to your position, so that if your position gets shot down, your ego doesn't go with it."
Colin Powell


(citação extraída de SBANC Newsletter, June 26, Issue 722 - 2012, http://www.sbaer.uca.edu)

quarta-feira, junho 27, 2012

"XXI Meeting of the Economics of Education Association"

«Ex. mo(a) Senhor (a),

Temos o grato prazer de o(a) convidar para assistir à prestigiada Conferência do XXI Meeting of the Economics of Education Association, que se realiza em 5 de Julho próximo, na sala Ipanema, do Hotel Ipanema Park, sito à Rua de Serralves, 124, no Porto (a cerca de 300 metros do ISAG), entre as 12h e as 13.30h.

Esta conferência é co-organizada pelo NIDISAG - Núcleo de Investigação do ISAG e pela AEDE - Asóciacion de Economia de la Educación, sendo os temas a abordar os seguintes: 
- Investigation and Regional Policy – Travel Mates, por José Antonio Ruiz de Casas – Programme Manager (EGTC), Unit Territorial Co-operation, DG REGIO – European Commission;
- Life Long Learning, por Pedro Silva Martins - Secretário de Estado do Emprego.
Para inscrição e mais informações sobre a conferência, queira, por favor, aceder a www.isag.pt

Maria Rita Ferreira

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: _isag_logo.jpg
Rua do Campo Alegre, 1376
4150-175 Porto Portugal
Tel. +351 220 303 239

(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidada identificada)

segunda-feira, junho 25, 2012

Regulamento de bolsas de investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia

«Diário da República, 2ª série - Nº 121 - 25 de junho de 2012
Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I. P.
Regulamento nº 234/2012
Aprova o regulamento de bolsas de investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I. P., revogando os anteriores regulamentos para a Formação Avançada e Qualificação de Recursos Humanos


(cortesia de Nuno Soares da Silva)

Os Pontos de Matemática, a Gávea e a Barca do Inferno (ou o martírio dos exames de Matemática elaborados na Gávea)

Introdução
Pelo ME continuam a pairar uns “Loucos à Solta”, há muito conhecidos por “ÊDUQUÊS” que continuam a traumatizar gerações e gerações de alunos, os quais saem do Secundário com verdadeiro Horror à Matemática, afinal uma disciplina simples, bela e extremamente útil na vida prática. Este facto leva a que os alunos que entram no Ensino Superior em Ciências, Engenharias e Economia e Gestão mantenham esse horror durante o seu curso e tentem “ultrapassar” por todos os meios esse “Obstáculo Horroroso” que são as disciplinas de Matemática e logo que se vêem livres delas, não mais querem ouvir falar de Matemática…Os professores do Ensino Superior sabem isso muito bem e o Ministro actual, como distinto Professor que é e como ex-Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática que foi, está bem por dentro deste assunto. Por isso, é muito estranho que ainda não tenha conseguido “varrer” do Ministério esse conjunto de verdadeiros “criminosos pedagógicos” que desde há tantos anos vêm produzindo tanto dano a gerações sucessivas de alunos. Já nos debruçámos várias vezes sobre este assunto, na sequência do acompanhamento que temos feito das matérias que são ministradas aos nossos netos. Por isso nos vamos cingir aos últimos pontos de exame que saíram, um para o 4º ano (ponto de avaliação de cada “Escola”, não de avaliação do Aluno, o que começa por ser uma mentira, visto que os pontos foram classificados e as classificações foram transmitidas aos alunos. Portanto, os alunos, especialmente os bons alunos, foram mesmo traumatizados pelo ponto, só porque o dito ponto é um verdadeiro crime pedagógico, cheio de “brincadeiras perigosas” que pouco ou nada avalia do real conhecimento dos alunos e pouco ou nada tem a ver com os princípios da Matemática Elementar que um aluno do 4º ano deve ter assimilados. Anexamos cópia exacta do ponto para que os leitores, por ventura professores ou pais interessados, possam medir o verdadeiro alcance do dano causado. Fazemos o mesmo em relação ao ponto de Matemática do 12º, em boa parte um conjunto de “charadas” de probabilidades, estatística e teoria dos conjuntos.

Breve análise da prova de Matemática para o 4º ano
(Ver prova de Matemática, 4º ano, em  http://www.gave.min-edu.pt/np3/447.html)
O ponto reflecte bem o pensamento dos “ÊDUQUÊS” que pontificam no ME : a Matemática é uma “brincadeira” não é uma disciplina séria, que deve ser estudada cuidadosamente, e que muito interessa na vida prática. Depois, para “facilitar a correcção de cada prova” grande parte das perguntas (em todos os exames) são do tipo “TótóBola” ou “Vermelhinha”, convidando o aluno, não a raciocinar, mas a jogar uma moeda ao ar para ver como responder…
As perguntas 1.1, 1.2 e 2. aceitam-se, embora, para saber se o aluno sabe fazer contas de somar e subtrair, incluve com uma (só !) decimal fosse de preferível indicar números sem alusão a objectos (na Matemática sempre tem de haver algum grau de abstracção). Nas perguntas 3., em 3.1 a inclusão da afirmação” Os números pintados são múltiplos do nº 1” só serve para a atrapalhar o aluno, uma vez que o que está em causa é o aluno saber a forma como se identificam nºs inteiros que são divisíveis por 3 (múltiplos de 3). Em 3.3 a inclusão da afirmação” pensou num nº menor que 100” é desnecessária visto que o quadro apresentado só tem nºs naturais até 100. A bonecada que consta da pergunta 5. e perfeitamente inútil e insere-se no pensamento dos “ÊDUQUÊS” acima referido.
A pergunta 6., aparentemente dirigida ao “raciocínio” do aluno, é ratoeira traumatizante e desnecessária para se saber se aluno sabe dividir números inteiros por números decimais. O mesmo se pode dizer da pergunta 7. Para se avaliar se aluno sabe distinguir ângulos agudos, ângulos rectos e ângulos obtusos, não é necessária a bonecada posta no ponto.  Por acaso o aluno até pode acertar, mas não saber que um ângulo recto tem 90º…  (Melhor era terem no programa o ensino da redução de “complexos” (graus, minutos e segundos) a “incomplexos” (segundos ou minutos), etc.). A pergunta 8, e suas “alíneas”, 8.1 e 8.2, é uma trapalhada, geradora de confusão e traumatismo  na cabeça do aluno. É uma pergunta típica do “ÊDUQUÊS” que mete “Estatística” em tudo quanto é sítio nos programas do 1º ao 12º anos… A pergunta 9, é outra trapalhada, geradora de confusão e traumatismo na cabeça do aluno. É uma pergunta típica do “ÊDUQUÊS” que inclui “Planificação” no 1º ciclo, matéria complexa, imprópria para quem não sabe, nem pode saber, algo de geometria plana e geometria tridimensional. A pergunta 10., também aparentemente dirigida ao “raciocínio” do aluno, é ratoeira traumatizante e desnecessária para se avaliar se aluno sabe calcular o perímetro e a área de um rectângulo ou mesmo, se, dada a área e o perímetro, o aluno sabe como obter as medidas dos lados… .… Na pergunta 11, a trapalhada continua: Incluir “Simetrias de translação; de rotação; de  reflexão, etc.” no 1º ciclo, para quem não sabe, nem pode saber, ainda geometria plana, é um absurdo, como absurda é a maneira como a pergunta é formulada. A pergunta 12 volta a ser típica do “ÊDUQUÊS” que tem a “mania” da “Estatística”, em tudo quanto é sítio nos programas do 1º ao 12º anos. A maneira como a pergunta é formulada também é típica da forma “brincalhona” que, segundo o “ÊDUQUÊS” se deve usar para ensinar Matemática desde o 1º ao 12º anos. Bem, a pergunta 13. é de bom senso, (talvez por ser a nº 13…). A pergunta 14., aparentemente dirigida ao “raciocínio” do aluno, é ratoeira traumatizante e desnecessária para se saber se aluno sabe fazer contas simples sucessivas: contas de multiplicar dígitos, seguidas de soma dos resultados. A pergunta 15. (15.1 15.2 15.3) é, talvez, a única bem formulada, excepto em continuar a bater na tecla de que a Matemática deve ser ensinada de forma “brincalhona” e, bem assim, a maneira de avaliar os conhecimentos dos alunos… A pergunta 15. É de todas a mais absurda: nem um “catedrático” consegue entendê-la…E volta a revelar a “mania”  do “ÊDUQUÊS” de meter “Probabilidades” e “Estatística”, em tudo quanto é sítio nos programas do 1º ao 12º anos. Qual a finalidade da pergunta 17. ? verificar se o aluno sabe contar até 8?. Verificar se o aluno sabe obter ¾ de 8? Nesta última hipótese, será preciso o aluno pintar uma figura?.. A pergunta 18 revela outra “qualidade” do “ÊDUQUÊS” de Matemática: “A Matemática é um conjunto de “charadas” e deve ser ensinada como tal. Compete ao aluno, nas provas, saber “matar a charada”… Não será um desprimor tratar assim uma disciplina tão nobre, como é a Matemática? A pergunta 19 revela mais ainda a grande “qualidade” do “ÊDUQUÊS”: Ensinar e fazer provas de avaliação saltando das questões mais complicadas para as mais simples!... A pergunta 19 será para verificar se o aluno do 4º ano saber ler? A pergunta 20 é, além do mais, estúpida, porque nos mercados e hipermercados os vendedores não põem preços estúpidos, em blocos de peças da mesma natureza e tamanho. (Nunca o preço da unidade é maior no bloco que tem mais unidades…). A pergunta 21, além de antipedagógica é anti-social porque convida o aluno a jogar na roleta (do Casino ou outra)…E mais uma vez põe em evidência a “loucura” do  “ÊDUQUÊS” pelas  “Probabilidades” e  “Estatística”. FIM (da tortura) =>“Laus Deo”

Breve análise da prova de Matemática para o 12º ano
O ponto revela de forma semelhante ao anterior o pensamento “ÊDUQUÊS”: a Matemática não é uma disciplina, indispensável para prosseguir estudos superiores e com grande interesse na vida prática de engenheiros, economistas, etc. Também, para facilitar a correcção de cada prova grande parte das perguntas são do tipo “TótóBola”. Depois, quem elaborou a prova não teve as preocupações mínimas que, na circunstância, deve ter um bom professor de qualquer nível de ensino: elaborar a prova de forma a cobrir equilibradamente todas as partes das matérias do programa; formular cada questão sobre uma fracção da matéria de forma a avaliar se o examinando estudou e assimilou essa fracção da matéria de forma mais ou menos profunda ou nada sabe dessa questão. Estes são os objectivos fundamentais para que a classificação final de cada aluno, reflicta os conhecimentos reais que o examinando tem das matérias do programa e não se cometerem injustiças, por vezes gritantes. O ponto em causa não satisfaz qualquer dos requisitos fundamentais referidos, havendo que acrescentar o uso reforçado de perguntas do tipo “Vermelhinha” . Começa com três perguntas sobre “Teoria dos Conjuntos” e suas aplicações a problemas de Probabilidades. No Grupo II, volta a bater-se na mesma tecla nas questões 2 e 3. Como de costume, as perguntas são formuladas de forma “brincalhona” e sem qualquer relação com problemas práticos.
No Grupo I há 3 questões sobre “Teoria das funções” e no Grupo II, há outras há 3 questões sobre a mesma “Teoria das funções”. Sobre “Números Complexos” há 2 questões no Grupo I e há 2 questões no Grupo II. Assim, fica de fora muita matéria de Matemática dada no 12º ano, além de que os “Números Complexos” sendo sido dados no fim do ano escolar, são sempre dados em todas as escolas a “grande velocidade”. Neste ponto de Matemática 2012, como noutros, mantém-se o estilo “charadístico” em boa parte das questões. Confundem-se a nobre MATEMÁTICA com charadas matemáticas, com grave prejuízo para os bons alunos que sabem Matemática mas, não têm jeito para charadas matemáticas, que nada interessam para a sua vida seguinte de alunos de Engenharia ou Ciências ou Economia e também nada interessam para a sua vida futura de engenheiros ou cientistas ou economistas. A título de exº cita-se a questão 1. do grupo II da prova, na qual a “alínea” 1.2 nada tem a ver com o corpo da questão . O corpo da dita questão 1. tem só a ver com 1.1 e nada a ver com 1.2 que, para mais é pergunta do tipo “charadístico”, onde um aluno, mesmo sabendo bem a radiciação de complexos, pode não “matar” a charada. Outro exº. é a questão 6. do grupo II. Esta questão é uma “salsichada” onde se mistura geometria elementar com manipulação de funções trigonométricas, com derivadas de expressões polinomiais de funções trigonométricas, e por fim uma enorme rasteira manda o aluno calcular a derivada de P(teta) sendo tg(teta)= - raíz quadrada de 8. Sendo teta uma constante do intervalo Pi/2 a Pi, segue-se que P(teta) é uma constante e a sua derivada é nula…. (mais uma vez uma a charada a “matar”).

Uma forma de sair do Martírio
O senhor Ministro da Educação e Ciência deveria nomear secretamente duas comissões nacionais independentes e de cidades bem distintas que incluiriam professores de Matemática do Secundário e professores do Ensino superior para os pontos de Matemática do 12º ano. Cada comissão elaboraria um ponto. Haveria 2 pontos A e B que seriam entregues no gabinete do Ministro. O Chefe de gabinete tiraria um ponto à sorte e mandaria imprimir o necessário nº de exemplares que seriam transportados e distribuídos pelas Escolas do País, mantendo-se a costumada forma de manter a segurança. Já depois do 25 de Abril este procedimento foi adoptado. Os professores do Secundário teriam oportunidade de dialogar com os professores do Ensino superior num assunto que interessa a todos. Note-se que procedimentos deste tipo se deveriam adoptar para fixar os programas das disciplinas de Matemática e Físicas (pelo menos) do 10º ao 12º anos (pelo menos), programas esses que contêm inconsistências, lacunas, e sobreposições incríveis. Os programas devem conter os Fundamentos de cada Ciência na forma Clássica que é a que interessa aos futuros alunos de Engenharia, Ciências e Economia, com abundantes exemplos de aplicação e exercícios. Não devem ser programas “brincalhões” e fantasiosos tratando do buraco do ozono, do Big Bang e da propagação do campo electromagnético no espaço sideral, quando não foram antes ensinados os Princípios Fundamentais da Electricidade, Magnetismo e Electromagnetismo

23-06-12
JBM

domingo, junho 24, 2012

"Estamos a viver com um colete de forças imposto pelo Ministério das Finanças"

Notícia SOL
Fundação para a Ciência e Tecnologia com a corda no pescoço:
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=52691

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

sábado, junho 23, 2012

"Metade dos professores sofre de stress"

«Metade dos professores portugueses têm níveis de stress que afectam o seu relacionamento com os alunos, sendo mais vulgar encontrar casos entre os docentes do ensino secundário, com mais idade e mais experiência, revela um estudo nacional.
Estes são alguns dos resultados do estudo "Burnout em professores portugueses", que começou a ser desenvolvido em 2009 por Ivone Patrão e Joana Santos Rita, duas psicólogas e investigadoras da Unidade de Investigação em Psicologia e Saúde, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA).
As investigadoras entrevistaram 807 professores do ensino básico e secundário de todo o país. A maioria dos inquiridos era licenciada, dava aulas em escolas públicas a tempo inteiro e tinha, em média, 45 anos.
De acordo com o estudo, “20 por cento dos professores apresentam níveis médios de 'burnout' [uma espécie de esgotamento] e os outros 30 por cento têm níveis elevados, o que é preocupante", garantiu Joana Santos Rita, explicando que o 'burnout' se caracteriza por um tipo de stress ocupacional permanente, que afecta o relacionamento com as outras pessoas.
 “Se nós promovermos a saúde mental dos professores também estaremos a promover a saúde mental das crianças", defendeu a investigadora, lembrando que os elevados níveis de 'burnout' estão directamente associados a elevados níveis de ansiedade e depressão.
"São os professores mais velhos, efectivos, com mais anos de experiência e do ensino secundário os que têm níveis de 'burnout' superiores”, acrescentou.
Os professores do ensino secundário apresentam valores mais elevados de stress, exaustão emocional e maior falta de reconhecimento profissional. A dificuldade em gerir problemas de indisciplina na sala de aula, a percepção da desmotivação para o estudo por parte dos alunos e a pressão para o sucesso são algumas das razões que levam a elevados níveis de 'burnout'.
Já os professores do ensino básico têm mais preocupações profissionais, que passam pela maior dificuldade na gestão dos conflitos com os pais e com a escola, uma vez que são eles que assumem o papel central na aprendizagem e na gestão de uma turma.
Numa comparação entre sexos, as mulheres aparecem como sendo mais susceptíveis ao 'burnout', situação que as especialistas acreditam poder estar relacionada "com o efeito cumulativo inerente ao desempenho de diferentes papéis: são mulheres, mães e professoras", lembrou.
Para fugir aos problemas, alguns professores acabam por utilizar estratégias como a rotina ou mesmo o absentismo laboral, acabando por ser um "estímulo negativo" para os colegas, alertou Joana Santos Rita.
A investigadora contou à Lusa que o trabalho até agora desenvolvido vai continuar, com a realização de mais entrevistas e a tentativa de "perceber quais são os factores e as estratégias que facilitam a resiliência e o envolvimento dos professores que mantém níveis elevados de bem-estar".»
(reprodução de notícia Correio da Manhã online, de 22 de Junho de 2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quinta-feira, junho 21, 2012

"Professores vestidos de luto contra o corte dos subsídios"

«Esta tarde, os professores vestem-se de luto numa ação de protesto contra o desemprego e o corte do subsídio de férias
Faixas pretas vão ser colocadas nas escolas de todo o país.
Foi a forma escolhida pela Fenprof para assinalar um ano de Governo. Às 16h, junto à enorme bandeira nacional que se ergue no alto do Parque Eduardo VII, os professores - que foram chamados a vestir-se de preto - vão "mostrar ao mundo" a situação do desemprego em Portugal e, em particular, no sector docente.
Segundo dados da federação, o desemprego entre os professores subiu, este ano, 60% no ensino básico e 137% no secundário e superior. Números extraordinários que serão denunciados ao mundo, segundo a Fenprof, numa ação simbólica que será traduzida em inglês, alemão, espanhol, grego, russo, chinês, finlandês e esperanto.
O objetivo é criar uma nuvem negra do desemprego que "ensombre a bandeira portuguesa". Ainda hoje e até ao final da semana, os professores vão colocar faixas pretas em todos os estabelecimentos de ensino do País, como forma de protesto contra o corte do subsídio de férias dos funcionários públicos que, normalmente, seriam pagos nesta altura do ano.
Amanhã, sexta-feira, será a vez dos sindicatos da Função Pública afectos à CGTP organizarem uma manifestação. Em Lisboa, o protesto sairá da Praça do Príncipe Real em direção à residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.
No caminho, frente ao Tribunal Constitucional, os manifestantes farão uma paragem para protestarem igualmente contra o corte dos subsídios de férias e de Natal. Na altura, está previsto que os manifestantes desenrolem cachecois brancos, onde se pode ler "Devolvam-nos os subsídios".»
(reprodução de notícia EXPRESSO online, de 21 de Junho de 2012 - Rosa Pedroso Lima - www.expresso.pt)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, junho 20, 2012

"Ensino Superior. Ministro diz que sucesso escolar vai ser critério na atribuição de bolsas"

«O Ministério da Educação e Ciência vai introduzir o critério de sucesso escolar na atribuição de bolsas de estudo para o Ensino Superior, anunciou hoje o ministro da Educação, Nuno Crato.
"As condições são mais apertadas num aspeto, que é o da exigência do sucesso escolar. Nós queremos que os jovens que recebem essas bolsas se empenhem no estudo", afirmou o ministro em Castelo Branco, à margem de uma visita à Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental.
Segundo Nuno Crato, este ano será introduzido pela primeira vez o critério de sucesso, "que é de 50 por cento do sucesso do ano anterior".
No próximo ano essa percentagem subirá para os 60 por cento, reforçando assim a exigência de sucesso escolar na atribuição de bolsas de estudo.
O Ministério da Educação e Ciência estabeleceu que o próximo período de candidaturas decorre de 25 de junho, até final de setembro.
A informação sobre as candidaturas para o ano letivo 2012/2013 foi publicada na página de Internet da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), na sequência de "um conjunto de solicitações" para aperfeiçoar o regulamento.
De acordo com a informação publicada, foram tidas em conta recomendações formuladas pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), pela Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado (APESP) e por associações de estudantes.
Na informação publicada lê-se que foi revisto o regulamento, estando em fase de conclusão a audição das entidades envolvidas nesta matéria.»
(reprodução de notícia JORNAL i online, de 19 Jun 2012)
[cortesia de Nuno Soares  da Silva]

Ask five economists…

"Ask five economists and you'll get five different answers - six if one went to Harvard."
Edgar R. Fiedler


 (citação extraída de SBANC Newsletter, June 19, Issue 721 - 2012, http://www.sbaer.uca.edu)

sábado, junho 16, 2012

"Instituto Politécnico de Leiria baixa propinas dos mestrados até 25%"

"O Instituto Politécnico de Leiria vai baixar a propinas dos mestrados até 25 por cento, no quadro das medidas de apoio aos estudantes que visam garantir a permanência destes nos cursos, anunciou hoje aquela instituição.
«O Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria) decidiu hoje, em Conselho Geral, baixar as propinas dos mestrados até 25 por cento, no âmbito das medidas de apoio destinadas a garantir o princípio de que nenhum estudante deixe de continuar estudos por falta de condições económicas», refere a instituição, num comunicado hoje divulgado.
No âmbito das mesmas medidas, refere ainda a nota, o IP Leiria «deliberou manter o valor das propinas das licenciaturas, que não sofrerão assim qualquer agravamento no ano letivo 2012/2013, mantendo também as atuais condições de pagamento faseado».
A instituição garante que «a política de apoio social, em conjunto com o esforço das famílias, tem permitido manter as taxas de incumprimento ao mesmo nível do ano anterior».
Os Serviços Académicos do IP Leiria identificaram 713 estudantes em situação de incumprimento (dados atualizados a 15 de junho de 2012), 653 no 1.º ciclo e 60 no 2.º ciclo, correspondente a 7,3 por cento dos estudantes inscritos 2011/2012.
«Existem ainda 504 estudantes com planos de pagamento especiais ativos, o que significa que renegociaram a forma de pagamento das suas propinas, e não estão, por isso, em incumprimento», assinala o comunicado.
Em Dezembro do ano passado, o IP Leiria formalizou o Fundo de Apoio Social ao Estudante (FASE), ao qual recorreram já 266 alunos, «mas este é um número com tendência crescente, tendo em conta o atual contexto»." 
(reprodução de notícia Lusa/SOL  online, de 15 de Junho de 2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quinta-feira, junho 14, 2012

Faculdade de Letras da UCoimbra: uma mensagem curiosa que me caiu entretanto na caixa de correio

«12/06/2012
1.º Fato: Três funcionários da Secretaria de Assuntos Académicos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra expulsaram violentamente uma aluna, seguindo ordens da direção da faculdade que mais uma vez não aceitou a reclamação desta aluna expulsa do Doutoramento em Turismo, Lazer e Cultura, nomeadamente no Livro de Reclamações / Livro Amarelo da mesma, apesar de a lei nacional o exigir!
2.º Fato: A Secretaria de Assuntos Académicos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra confirmou à PSP, que a aluna expulsa chamou, que se recusou a cumprir a lei!
3.º Fato: A ASAE vai ter que sancionar Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra com uma multa de até 30.000 Euros!
1.º Resultado: A cópia que a lei obriga a universidade a enviar para o gabinete do membro do Governo que a tutela foi enviada diretamente pela aluna: 1 a 0 para a aluna!
2.º Resultado: A cópia que a lei obriga a universidade a enviar para o membro do Governo que tutela a Administração Pública foi enviada diretamente pela aluna: 2 a 0 para a aluna!
3.º Resultado: A cópia que a lei obriga a universidade a entregar à aluna, a aluna já a tinha escrita no seu computador: 3 a 0 para a aluna!
4.º Resultado: A ASAE vai ter que sancionar a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra com uma coima até 30.000 Euros: 4 a 0 para a aluna!
5.º Resultado: Depois de ter causado a ida do reitor da Universidade de Coimbra ao DIAP agora aguarda-se que seja a vez do diretor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra: 5 a 0 para a aluna!
6.º Resultado: A aluna expulsa do Doutoramento em Turismo, Lazer e Cultura prova mais uma vez que a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra se considera acima da lei e se recusa a cumpri-la, e desta vez fica com um vídeo gravado e Agentes da PSP como testemunhas para usar nos vários processos que move contra a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra por a ter expulsado do Doutoramento em Turismo, Lazer e Cultura, e a aluna só gastou 20 Euros na viagem e algum tempo para conseguir tudo isto: 100 a 0 para a aluna!»

(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente de zecaafonsocoimbra@gmail.com)

"Presidente do CRUP considera despacho importante"

«O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas, considerou hoje que o despacho governamental sobre as vagas no Ensino Superior pode ser "importante como um...

Em declarações à Agência Lusa, indicou que o congelamento do número de vagas e cursos por instituição é o que tem sido feito nos últimos anos e destacou a "novidade" do fator da empregabilidade na concessão de vagas extraordinárias para certos cursos, frisando, no entanto, que para as universidades, o que mais importa é "a qualidade da formação".
"É essencial que seja de muita qualidade, isso é prioritário para as universidades", garantiu.
Quanto às recomendações feitas às universidades, para arranjarem dentro das vagas que já têm espaço para mais alunos em cursos de Ciências, Matemática, Informática e Engenharia e para reduzirem em pelo menos 20 por cento as vagas em educação de infância e professores do ensino básico, o reitor da Universidade Nova de Lisboa afirmou que as instituições estão à vontade para o fazer.
"É uma área onde temos capacidade de resposta e pode ser importante como um sinal para a reorganização da rede, que é evidente que tem que passar por muitas outras coisas", apontou.
Em relação à empregabilidade que tem que ser calculada com base nos números dos inscritos nos centros de emprego por curso/instituição, o presidente do CRUP afirmou que não é um método exaustivo, mas será o único possível de adotar em larga escala.
Referiu ainda que mais importante que as vagas é a qualidade dos cursos: "vai depender das instituições poderem valorizá-los".
António Rendas afirmou que no topo das preocupações dos reitores está o "financiamento", reiterando que "não será possível continuar a manter a qualidade do que as universidades fazem com cortes que se situam a níveis semelhantes" aos dos últimos anos letivos.
"O mais correto seria manter o mesmo nível de financiamento", referiu.»
(reprodução de notícia DIÁRIO DE NOTÍCIAS online, de 2012-06-14)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, junho 13, 2012

"Vagas congeladas no Ensino Superior"

«Governo impõe às instituições a prova da empregabilidade dos cursos.

O Governo congelou o número de vagas para cursos do Ensino Superior para o próximo ano letivo, que não vão aumentar em relação a 2011-2012, a menos que as instituições consigam provar a empregabilidade dum curso.
O despacho que regulamenta a fixação das vagas para o Ensino Superior foi publicado terça-feira à noite na página da Direção-Geral de Ensino Superior (DGES) e determina que o número de vagas para cada universidade ou politécnico "não pode exceder a soma das vagas fixadas para essa instituição para o ano letivo de 2011-2012".
A DGES poderá autorizar mais vagas em "situações particulares": quando as instituições consigam provar que os alunos de um determinado curso têm menos probabilidades de ir parar ao desemprego.
O Governo recomenda às universidades e politécnicos que "redistribuam" as vagas que têm disponíveis para poderem aumentar o número de alunos nos cursos de "Ciências, Matemática, Informática e Engenharia".
"Excesso de oferta" nos cursos de professor do ensino básico e educação de infância
Por outro lado, impõe às universidades e politécnicos que reduzam em pelo menos 20% o número de vagas nos cursos de professor do ensino básico e educação de infância, onde identifica "excesso de oferta".
Devem também ser reduzidas as vagas nos mestrados de habilitação profissional para a docência. Nos cursos de Medicina, a oferta em 2012-2013 deve ser igual à deste ano letivo.
No despacho, o executivo diz ainda às instituições de ensino superior que não devem ter no próximo ano letivo mais cursos do que tiveram este ano, salvo um conjunto de exceções, como sejam cursos lecionados à distância.
O Governo decidiu também que não serão financiadas novas admissões em cursos que neste ano letivo tenham tido menos de 20 inscrições ou menos de 40 desde o ano letivo de 2009-2010.
Cálculo de empregabilidade 
O despacho impõe também que não podem ser abertos cursos com menos de 20 vagas, a não ser em cursos preparatórios de Artes, ou resultantes de protocolos internacionais, que não sejam financiados pelo Estado ou quando se prove a sua "especial relevância", entre outras exceções.
Para pedirem à DGES a apreciação do aumento de vagas num determinado curso, as instituições terão que provar primeiro que não têm vagas a libertar em cursos que não ficaram completamente preenchidos.
Para o cálculo da empregabilidade, devem usar como referência os números da Direção-Geral de Estatística e Ciência, que registam o número de desempregados por curso inscritos nos centros de emprego.
Deverão provar que "o nível de desemprego nesse curso é inferior ao nível médio de desemprego dos diplomados com um curso superior".
(reprodução de notícia EXPRESSO online, de Quarta feira, 13 de junho de 2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

Education is…

"Education is a better safeguard of liberty than a standing army."
Edward Everett

(citação extraída de SBANC Newsletter, June 12, Issue 720 - 2012, http://www.sbaer.uca.edu)

terça-feira, junho 12, 2012

"Universidades europeias preocupadas com impacto da crise no seu financiamento"

«A Associação Europeia das Universidades está preocupada com o impacto da crise económica no financiamento do ensino superior europeu.

Reunida na Universidade de Salzburgo, Áustria, desde segunda-feira, e em comunicado emitido esta manhã, a associação sublinha a preocupação quanto às divergências no financiamento às instituições em todo o continente europeu.
Desde 2008, ano em que a associação criou um observatório do financiamento às instituições de ensino superior, que se tem vindo a observar cortes por parte do financiamento público o que leva as universidades a "enfrentar uma série de pressões e desafios". Com menos alunos e menos financiamento, as escolas têm sentido dificuldades em atrair financiamento privado e receitas adicionais. Em Salzburgo discutem-se novas formas de financiamento.
Contudo, estes cortes podem criar profundas divisões em toda a Europa e “provocar a fuga de investigadores talentosos” para outras instituições, condicionando assim a participação das universidades europeias noutros programas de financiamento como os da União Europeia, alerta o observatório.
Helena Nazaré, ex-reitora da Universidade de Aveiro e actual e presidente da associação considera que “é absolutamente fundamental" que a crise económica não eclipse os desafios de longo prazo” e alertou os responsáveis políticos para a importância do financiamento público sustentável nas áreas do ensino superior da investigação. Esse não deve ser visto como despesa, mas como investimento, defende.»
(reprodução de notícia PÚBLICO, de 2012/06/12 -  Carla Romeiro)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"Metade dos professores portugueses sofre de stress, ansiedade e exaustão"

«Investigadoras do ISPA inquiriram mais de oitocentos docentes de todo o país. A indisciplina e o desinteresse dos alunos, o excesso de carga lectiva e a extrema burocracia nas escolas são os principais motivos apontados.
Luís e Catarina são professores do ensino básico e sentem frequentemente que não conseguem estar à altura do que a profissão lhes exige. Ambos sofrem da chamada síndrome de burnout, um estado físico, emocional e psicológico associado ao stress e à ansiedade que, nos casos mais graves, pode mesmo levar à depressão.
Os dois não estão sós. Segundo um novo estudo conduzido por duas investigadoras do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), metade dos professores portugueses sofre deste distúrbio, que se manifesta mesmo nos níveis mais elevados em 30% dos docentes. O estudo resultou de inquéritos a 807 professores de escolas públicas (a larga maioria) e privadas de Portugal continental e regiões autónomas.
Luís (nome fictício) tem 40 anos, 18 dos quais a dar aulas de Língua Portuguesa e Oficina de Teatro a alunos do 3º ciclo do ensino básico e a leccionar em Cursos de Educação e Formação, destinados a alunos com mais de 15 anos e com um historial de insucesso escolar. Catarina (que também pediu para não ser identificada pelo nome verdadeiro) tem 48 anos e é professora desde 1984. Dá aulas de Língua Portuguesa, Estudo Acompanhado e Formação Cívica no 2.º ciclo, apoia dois alunos com necessidades educativas especiais e é há vários anos correctora de exames nacionais, além de ser directora de turma e coordenadora de ciclo.
"Um grande vazio"
"O sentimento de ansiedade torna-se gradualmente presente, assim como as suas consequências, nomeadamente o recurso prolongado a ansiolíticos", sintetiza Luís, garantindo que há "muitos professores" que recorrem a ajudas de "carácter psicológico e psiquiátrico, que incluem medicação forte".
"Esta é uma realidade observável através dos comportamentos, da forma de andar e falar. As queixas habituais revelam o extremo cansaço e até mesmo um tom de desespero, justificados pelas situações crescentes de indisciplina e desinteresse dos alunos, o que gera um sentimento de impotência e inevitabilidade", explica o docente.
Catarina concorda: "Muitas vezes, a sala de professores parece o muro das lamentações", conta. "A diversidade de tarefas é uma evidência" e "a carga horária é cada vez maior", diz esta professora, que exemplifica ainda com as "as reuniões constantes e intermináveis", "os alunos mais agitados e sem regras" e "os pais e encarregados de educação que "entram" na escola de forma muito negativa". "Inicialmente senti-me angustiada por verificar que a minha verdadeira função estava a ser posta em causa", descreve a professora, salientando que procurou sempre adaptar-se ao que lhe foi sendo pedido. Mas hoje sente "um grande vazio".
De acordo com a investigação realizada por Ivone Patrão e Joana Santos Rita, são sobretudo os professores do sexo feminino, mais velhos e com vínculo profissional que apresentam níveis de burnout superiores. O primeiro aspecto apontado pelos docentes como causa para o distúrbio prende-se com a dificuldade de gestão dos problemas de indisciplina na sala de aula, com a percepção da desmotivação para o estudo por parte dos alunos e pela pressão para o sucesso. O segundo factor relaciona-se com a insatisfação com a carga lectiva que lhes é atribuída, por todas as responsabilidades não-educacionais e pela falta de trabalho em equipa e de suporte das chefias, além da pressão de supervisores no que toca à avaliação de desempenho.
Luís não tem mesmo dúvidas em afirmar que o actual sistema de avaliação de desempenho, que considera "desonesto e injusto", contribuiu decisivamente para o estado em que se encontra e que o leva a questionar cada vez mais o interesse que sente pelo ensino.
As duas investigadoras do ISPA concluíram ainda que os professores do ensino secundário apresentam valores mais elevados de stress e exaustão emocional, sendo também os que mais se queixam de falta de reconhecimento profissional. Além de se sentirem colocados perante níveis de exigência e expectativas superiores para a execução do seu papel, criticam a falta de condições organizacionais nas escolas e a muita burocracia associada à profissão.


Mais intervenção
O estudo, iniciado em 2009, ainda está em curso, salientam ao PÚBLICO as autoras da investigação. "Vamos continuar a recolher dados", diz Ivone Patrão, explicando que falta avaliar, face aos dados já apurados, "quem recorre à medicação e quem está a realizar intervenção psicológica". Joana Santos Rita revela, por outro lado, que agora estão interessadas em perceber quais "os factores e as estratégias que facilitam a resiliência e o envolvimento dos professores que mantêm níveis elevados de bem-estar" profissional.
Apesar da falta de investimento nesta área e de terem consciência de que "é impossível ter um psicólogo em cada escola", as duas investigadoras defendem a necessidade de "dar o salto para a intervenção" através de "metodologias que partam das experiências boas e más dos professores".
Ivone Patrão salienta que os próprios professores inquiridos no estudo apontam "necessidades formativas": 53% querem formação em gestão de conflitos, 22% em competências comunicacionais e 19% em desenvolvimento pessoal. Embora em menor número, há quem também peça formação em actividades mais dirigidas para os alunos ou para a promoção da saúde física e mental dos estudantes.
Joana Santos Rita garante que "esta oferta formativa não existe", mas "cada escola pode definir as suas próprias intervenções". As comunidades de aprendizagem "podem ser o caminho" e "qualquer escola pode ganhar com uma intervenção em grupo", acrescenta Ivone Patrão.
Apesar da "descrença" e do "desânimo", Luís ainda não perdeu a esperança. Considera "que é fundamental continuar a acreditar" que as coisas vão mudar e que vai conseguir "manter interesses e actividades que compensem o sentimento de perda".
(reprodução de notícia PÚBLICO online, de 11.06.2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sábado, junho 09, 2012

Serviço público: "Avaliação de Competência Docente em Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC)"

«Muito te agradecia o preenchimento deste inquérito e também o seu encaminhamento para mais alguns colegas/amigos ligados ao Ensino Superior. Seguramente que chegarás a mais alguns colegas da Univ. do Minho e de outras Universidades…, em especial da área da Economia (setor da amostra em que temos mais dificuldade em chegar). Desde já muito obrigado! Para a próxima será a tua vez a pedir! Bom fim de semana. Abraço. Bento


Prezado/a Professor/a,
Estamos realizando o estudo "Avaliação de Competência Docente em Tecnologias da Informação e Comunicação: Um estudo Transcultural Brasil - Portugal", a fim de caracterizar o perfil do docente universitário Brasileiro e Português quanto ao uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), mais especificamente o uso do computador e Internet seja no processo de ensino e aprendizagem seja no quotidiano. Este é um projeto apoiado pelas agências CNPq (Brasil) e FCT (Portugal), promovido pela Universidade de São Francisco (USF, Brasil), Universidade Federal de Lavras (Brasil), e Universidade do Minho (UM, Portugal), e com coordenação da Prof. Doutora Maria Cristina Joly (USF, Brasil) e do Prof. Doutor Leandro S. Almeida (UM, Portugal). A sua participação será de extrema importância, e nesse sentido solicitamos que responda ao questionário que se segue. Dado que se trata de uma investigação, os resultados obtidos não serão considerados individualmente, mas sim de forma global. Os seus dados serão tratados de forma confidencial, protegendo assim o seu anonimato. Caso concorde em participar neste estudo por favor selecione a opção seguinte e forneça os seus dados de caracterização. Atenção: Este questionário requer cerca de 20 minutos. Verifique a sua disponibilidade de tempo antes de iniciar.
Foi convidado a preencher o formulário Avaliação de Competência Docente em Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC). Para o preencher, vá a:
http://tinyurl.com/ACTDIC »

(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente do colega identificado)

Comunicado FENPROF

"MEC verga-se ao diktat das Finanças que quer professores a receber como assistentes":

sexta-feira, junho 08, 2012

"Conf. Ibero Americana WWW/Internet 2011 em Madrid, Espanha (extensão): submissão até 29 Junho"

«-- Chamada de Trabalhos em Português ou Espanhol   
-- Data Limite para Submissão (extensão 1ª chamada) – 29 Junho 2012 --

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2012
18 a 20 Outubro 2012, Madrid, Espanha
(http://www.ciawi-conf.org/)

* Âmbito
A conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2012 pretende focar os principais aspectos relacionados com a WWW e a Internet. A WWW e a Internet tiveram um crescimento significativo nos últimos anos. As preocupações já não se centram apenas nos aspectos tecnológicos e torna-se notório o despertar para outros aspectos. Esta conferência pretende abordar ambos os aspectos, tecnológicos e não tecnológicos relacionados com este desenvolvimento.

* Formato da Conferência
A conferência incluirá sessões convidadas, apresentações orais e posters (avaliadas por membros do comité do programa). As actas da conferência serão publicadas em livro e em versão electrónica (CD-ROM) com ISBN.

* As contribuições podem ser do seguinte tipo:
Artigos Longos, Artigos Curtos, Artigos de Reflexão, Posters/Demonstrações, Tutoriais, Painéis e Consórcio Doutoral.

* Tópicos de Interesse
Tópicos de interesse relacionados com a WWW e a Internet. Destaca-se, não estando limitado a estes tópicos:

Web 2.0
- Sistemas Colaborativos
- Redes Sociais
- Folksonomias
- Wikis e Blogs Empresariais
- Mashups e Programação Web
- Tags e Sistemas de Categorização do Utilizador
- Jornalismo cidadão 

Web Semântica e XML
- Arquitecturas da Web Semântica
- Middleware da Web Semântica
- Serviços da Web Semântica
- Agentes da Web Semântica
- Ontologias
- Aplicações da Web Semântica
- Gestão de dados da Web Semântica
- Recuperação de informação na Web Semântica

Aplicações e Utilizações
- e-learning
- e-Commerce / e-Business
- e-Government
- e-Health
- e-Procurement
- e-Society
- Bibliotecas Digitais
- Serviços Web/ Software como Serviço
- Interoperabilidade de Aplicações
- Tecnologias Multimedia para a Web

Serviços, Arquiteturas e Desenvolvimento da Web
- Internet Wireless
- Internet Móvel
- Computação em Cloud/Grid
- Métricas Web
- Web Standards
- Arquiteturas da Web
- Algoritmos de Rede
- Arquiteturas de Rede
- Computação em Rede
- Gestão de Redes
- Performance de Rede
- Tecnologias de Distribuição de Conteúdos
- Protocolos e standards
- Modelos de Tráfego

Questões de Investigação
- Ciência Web
- Gestão de Direitos Digitais
- Bioinformática
- Usabilidade e Interação Humano-Computador
- Segurança e Privacidade na Web
- Sistemas de Confiança e Reputação Online
- Data Mining
- Recuperação de Informação
- Optimização de Motores de Busca

Prática e Experiência Industrial
- Aplicações Empresariais
- Casos de Estudo de Empresas
- Sistemas de Informação Empresariais

* Datas Importantes:
Limite para Submissão (extensão 1ª chamada) – 29 Junho 2012
Notificação aos Autores (extensão 1ª chamada) - 30 Julho 2012
Submissão de Versões Finais e Inscrições (extensão 1ª chamada) - Até 5 Setembro 2012
Inscrições Tardias (extensão 1ª chamada) - Depois de 5 Setembro 2012

* Localização
A conferência realizar-se-á no Madrid, Espanha, de 18 a 20 Outubro 2012.

* Secretariado
Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2012 
Rua S. Sebastiao da Pedreira, 100, 3
1050-209 Lisboa, Portugal
E-mail: secretariat@ciawi-conf.org
Web site: http://www.ciawi-conf.org/

* Comité Científico
Co-Chairs:
José María Gutiérrez, Escuela Politécnica de la Universidad de Alcalá, España
Flávia Maria Santoro, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Brasil
Pedro Isaías, Universidade Aberta, Portugal

Membros do Comité:

(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

Notícias da UAveiro e não só

"Não é das Universidades que vem o défice das contas públicas":

quinta-feira, junho 07, 2012

"Cada aluno do Ensino Superior custou 5841 euros no ano 2010/2011"

«O custo total por aluno no Ensino Superior Público foi de 5.841 euros em 2010/2011, sendo o esforço das famílias superior ao investimento público em 60%, segundo um estudo.
"O contributo privado (estudantes e famílias) foi significativamente mais elevado do que o esforço público (+60%), revela o estudo "Quanto Custa Estudar no Ensino Superior Português", coordenado pela investigadora da Universidade de Lisboa (UL) Luísa Cerdeira.
O estudo, a apresentar, esta quarta-feira, durante um seminário no Instituto de Educação, revela ainda que o custo total por aluno no Ensino Superior Público em 2010/2011 representa mais 10% do que em 2004/05.
A análise mostra também que para um universo de 314032 alunos, se destinou um valor do Orçamento do Estado por estudante de 3601 euros.
"Este valor é menos 13% da despesa por aluno de 2005, no valor de 4151 euros", lê-se no documento, que traça o perfil do estudante português.
Os autores do estudo salientam que o valor da bolsa média cobre cerca de um quarto dos custos totais dos alunos.
Se no ensino público cobre os custos de educação (propinas e livros), no privado fica "muito aquém" - 44% em 2005 e 37% em 2010.
De fora ficam os custos de vida (alimentação, alojamento, transporte e gastos pessoais).
Os estudantes da área de Educação são os que indicam em maior percentagem (30% pertencer ao nível de rendimento mais baixo (inferior a 870 euros).
"No total, os estudantes do politécnico são os que evidenciam um agregado com maiores dificuldades económicas", refere-se no estudo.»
(reprodução de notícia JN online, de 6 de Junho de 2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

terça-feira, junho 05, 2012

"Alunos de Direito preocupados com acesso à advocacia"

«As restrições impostas no acesso à profissão de advogado, como forma de limitar a concorrência, foram hoje discutidas e criticadas durante a reunião entre a Associação Académica da Faculdade de Direito...
No final do encontro, em Lisboa, Afonso Scarpa, vice-presidente da direção da Associação Académica da FDL, disse à Agência Lusa que a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, partilhou da ideia de que "não é possível limitar o acesso à profissão de advogado, por forma a limitar a concorrência".
Afonso Scarpa disse que os estudantes estão convictos de que essa tem sido a intenção de algumas medidas adoptadas pelo atual bastonário, António Marinho Pinto, e que levaram muitos dos licenciados em Direito a contestar, junto dos tribunais, as limitações criadas no acesso ao estágio e à profissão.
Numa altura em que se diz haver excessos de advogados em Portugal e em que as saídas profissionais escasseiam, Scarpa comunicou à ministra a preocupação dos estudantes em que haja um ensino de qualidade do Direito, tendo Paula Teixeira da Cruz dito que a credibilidade das profissões jurídicas passa pela qualidade e pela formação desses profissionais.
Segundo Afonso Scarpa, a ministra da Justiça reconheceu que a formação e o acesso às profissões jurídicas têm de ser "repensadas" e "estudadas", de maneira a encontrar uma resposta que assegure a dignidade das atividades jurídicas.
Em análise esteve também o acesso dos licenciados em Direito a uma carreira nas magistraturas, designadamente ao Centro de Estudos Judiciários (CEJ).
Os estudantes aproveitaram para convidar Paula Teixeira da Cruz para estar presente no Ciclo de Conferências sobre as Reformas da Justiça (Penal e Civil) que a associação académica pretende realizar na FDL, em setembro ou outubro, após as férias judiciais de Verão.
António Scarpa admitiu que o bastonário Marinho Pinto também possa vir a ser convidado, porque o ensino do Direito e o acesso às profissões jurídicas são temas que também serão abordados na iniciativa.»
(reprodução de notícia Diário de Notícias online, de 5 de Junho de 2012)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

Azeituna

Notícia Correio do Minho

Concerto celebra 20 anos de Azeituna:

sexta-feira, junho 01, 2012

"Universidades estão a perder professores

«Quebra no financiamento não deixa margem financeira às instituições para contratações.
As universidades estão a perder cada vez mais professores e o corpo docente está a envelhecer de ano para ano. Esta, defendem os reitores, é outra das consequências dos cortes no financiamento do sector, que estrangula a margem financeira das instituições para fazerem contratações.
Um cenário que os responsáveis pelas instituições dizem ser "dramático", deixando o aviso de que vai criar problemas se "prolongar por mais dois anos", como assegura ao Diário Económico o vice-reitor da Universidade de Lisboa, António Vasconcelos Tavares.
Segundo um documento do Conselho de Reitores, a que o Económico teve acesso, entre Julho de 2010 e Junho de 2011, cinco universidades (Aveiro, Coimbra, Évora, Madeira, Nova e a Técnica) perderam professores. No caso da UTL, saíram 125 activos do corpo docente e entraram apenas 76. São menos 49 professores na instituição. Já na Universidade de Coimbra, a perda foi de 13 docentes durante aquele período.
Tendência que os reitores dizem que se vem a agravar desde o ano passado. Isto porque as instituições "têm vindo a admitir menos professores convidados, através de contratos e porque tem vindo a aumentar o número de aposentações antecipadas", explica ao Económico João Cunha Serra, dirigente da Fenprof.
Na UTL, garante o reitor António Cruz Serra, há "um rácio 20% inferior ao estipulado em 2006" - segundo a portaria nº 231/2006 do Ministério das Finanças, que estipula um número limite de docentes em razão do número de alunos. É o caso do Técnico, onde "o número de docentes foi sempre 50 a 100 docentes abaixo do valor padrão, por razões relacionadas com o sub-financiamento crónico", sustenta Cruz Serra. Mas a pró-reitora da Universidade de Lisboa Luísa Cerdeira, especialista nas questões de financiamento, garante que "todas as instituições estão bem abaixo dos rácio padrão".
As razões, garantem, são fáceis de identificar. Além do aumento de aposentações, "não houve abertura de concursos para substituir os docentes que se reformaram, lembra Cruz Serra". E isto, conclui o reitor da Universidade do Algarve, João Guerreiro, por causa das "regras da gestão orçamental das universidades", que apesar de terem a excepção no OE/2012 para poderem fazer contratações, são obrigadas por lei a "chegar a 31 de Dezembro com um nível de despesa em pessoal igual à despesa realizada um ano antes."
Como consequência deste congelamento dos concursos de admissão de novos professores, conclui também o reitor do Algarve, há um aumento da média de idade do corpo docente. João Guerreiro, diz que "o envelhecimento do corpo docente é um problema, julgo que de todas as universidades". A título de exemplo, este ano na Universidade de Lisboa a idade média de idades dos professores está nos 47 anos e na UTL é de 50
(reprodução de notícia ECONÓMICO online, de  01/06/12 . Ana Petronilho)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]