Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região

terça-feira, fevereiro 28, 2012

"Nova Universidade de Lisboa quer orçamento até 500 milhões"

«António Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa afirma que “este é um projecto único na história da universidade portuguesa.
A fusão da Técnica e da Clássica vai criar uma universidade que quer estar entre as 100 melhores do mundo.
A nova Universidade de Lisboa, que resultará da fusão da Técnica (UTL) e da Clássica (UL) deverá ter um orçamento de 400 a 500 milhões de euros. Um valor superior à soma do orçamento das duas instituições que ronda os 300 milhões. Essa é a expectativa dos actuais reitores Cruz Serra, da UTL, e António Nóvoa, da UL, que ontem apresentaram o que chamam "um projecto único na história da universidade portuguesa". Ganhando uma maior dimensão poderão captar mais receitas de diversas fontes.
A proposta de fusão prevê, ainda, a criação de um fundo público de 200 milhões de euros, nos próximos três anos, constituído por doações particulares ou empresas, verbas transferidas do Orçamento do Estado, do orçamento da própria universidade e proveitos de prestação de serviços ou alienação do património. Uma revolução no modelo de financiamento que aproximará esta instituição do modelo de ‘fundraising' existente nas melhores universidades norte-americanas. Só a Universidade de Harvard tem um orçamento anual de 2,8 mil milhões de euros, que é quase o triplo do orçamento de todas as universidades portuguesas.
Mas como conseguir convencer os privados a investir na nova instituição? António Nóvoa, reitor da UL, responde que "há que bater a novas portas" porque até aqui "batemos sempre às mesmas portas que estão sempre fechadas." E exemplifica com o caso recente do empresário Amadeu Dias que doou cerca de 150 mil euros, ano, à universidade.
Os dois reitores não pedem verbas ao Governo para avançar com o processo, embora em grande parte dos processos de fusão que acontecerem na Europa Ocidental tenha havido um apoio financeiro por parte do Estado. Em França, por exemplo, houve um reforço de 50 milhões de euros. Mas colocam condições.»
(reprodução de Notícia Económico online, de 28 de Fevereiro de  2012)
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(cortesia de Nuno Soares da Silva)

INTERNATIONAL CONFERENCE OF SOCIOCYBERNETICS - call for papers

«Dear All,

CALL FOR PAPERS for the INTERNATIONAL CONFERENCE OF SOCIOCYBERNETICS (ESA-RC 51) - Complexity and Social Action: Interaction and Multiple Systems - being held at University of Algarve, Portugal on the 2-6 July 2012.

This call is open until 15 March 2012.  Further details can be found at:

Best regards,

Julieta Rosa
Events & Communication
CIEO - Research Centre for Spatial and Organizational Dynamics
University of Algarve | Campus de Gambelas
FE | Building 9 | 8005-139 Faro | Portugal
Tel: +351 289 800 900 (ext. 7161)

(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

"Project: Cultural Heritage"

«Dear Sirs and Madame,
Our institution Centre of Hospitality and Tourism and the Association of Entrepreneurs in the Tourism and Commerce in the Valencian Community intends to organize several activities and events for the promotion of European regional culture through activation of universities and schools or educational centers.
We want to work and support their achievement and promotion of an institution for the dissemination of regional culture (gastronomy, art events, degustation of local products, folklore, music, etc.).
In the attached document, we are sending a brief statement of the project and its objectives that we offer to students and your institution. ( We will pay an accommodation for students and teachers from your institution and other cost related to your visit in Valencia ) .
If you are interested about this project, we can send you more information.
We are looking for your answer.
Best regards.
Mrs. Monika Kudyba
Association of Entrepreneurs in the Tourism and Commerce in the Valencian Community
C/ Corregeria nº 28
46001 Valencia (Spain)
web: www.aetcv.es  

(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

sábado, fevereiro 25, 2012

"Call for papers: Agália. Revista de Estudos na Cultura (vol. 105)"

«AGÁLIA. REVISTA DE ESTUDOS NA CULTURA
RECEBE TRABALHOS PARA O SEU NÚMERO GERAL 105, CORRESPONDENTE AO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2012
Toda a informação em www.agalia.net e em www.facebook.com/agaliarec
Divulgue os call for papers da Agália. Revista de Estudos na Cultura na sua instituição e entre os seus contactos
A receção de trabalhos para a sua publicação na Agália. Revista de Estudos na Cultura encontra-se permanentemente aberta. Neste momento, os trabalhos enviados até 1 de abril de 2012 serão avaliados para a sua eventual inclusão no seguinte número regular da revista, o 105, correspondente ao primeiro semestre de 2012.
Publicado já o número 101 e no prelo o volume 102, está a ser concluído o processo de avaliação de materiais para o número regular 103 e o número monográfico 104 intitulado Línguas, Desigualdade e Formas de Hegemonia, correspondentes ambos ao ano 2011.
NOVIDADE: A Agália recebe também recensões de trabalhos científicos para a sua publicação já a partir do próximo número 105. Os textos críticos incluídos nesta secção deverão ser avaliados e aprovados previamente polo Conselho de Redação da nossa publicação internacional.

Após 25 anos de edição continuada da mão da Associaçom Galega da Língua, a Agália inicia em 2011 uma nova etapa como Revista de Estudos na Cultura com um projeto científico e editorial, de periodicidade semestral, que foca a publicação de trabalhos de investigações enquadráveis no alargado campo dos “Estudos na Cultura”. Neste espaço multidisciplinar estão referenciadas a totalidade das Ciências Sociais e Humanas e estão contemplados âmbitos de especialização tais como os estudos linguísticos e literários, a sociologia, a antropologia, a história, a geografia, a filosofia, as artes, a ciência política, as ciências da educação, o turismo, a economia, o direito, a comunicação ou a gestão e a planificação cultural.
Agália recebe trabalhos redigidos em (galego-)português, de preferência segundo o novo Acordo Ortográfico em vigor, e está submetida aos procedimentos e as normas de receção e avalização de trabalhos vigorantes no âmbito científico internacional (nomeadamente à dupla avaliação por pares cegos). Esta Revista de Estudos na Cultura é publicada duas vezes por ano (em junho e em dezembro) tanto em formato eletrónico como impresso, e poderá editar, para além de números gerais, volumes monográficos coordenados por investigadores convidados. Na atualidade, a revista recebeu no Brasil a máxima qualificação da CAPES (A1) na área de Letras/Linguística e de B2 na de Sociologia e está indexada na base de dados Dialnet»

(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada).

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Comunicado FENPROF: "Subidas de escalão em data anterior a 2011"

«Caros colegas,
Na sequência da mensagem com o assunto: "Confirmado entendimento da FENPROF quanto à subida de escalões", que enviámos na semana passada, temos recebido muitas mensagens de colegas perguntando-nos se estariam nas condições necessárias à subida de escalão em data anterior a 2011. Para além das respostas individuais que estamos a enviar, convém esclarecer o seguinte relativamente às subidas de escalão que já deveriam ter ocorrido antes de 2011 e que não ocorreram por responsabilidades não imputáveis aos docentes.
1. A lei geral manda dar administrativamente um ponto por cada ano, no período de 2004 a 2007, desde que o docente tenha permanecido no mesmo escalão durante esse período (se assim não for serão em geral atribuídos menos de 4 pontos no total).
2. A lei geral afirma também que, em função da pontuação recebida em relação à avaliação desse período e independentemente de tal estar previsto orçamentalmente, é obrigatório subir de escalão, com efeitos a 1/1/2008, todos os docentes que consigam um mínimo de 10 pontos nesse período.
3. Como os pontos atribuídos administrativamente, naquele período, somam 4 no máximo, só pela via de uma avaliação por ponderação curricular desses anos, para os substituir por um valor superior (por essa via pode-se obter um máximo de 3 pontos por ano) é que um docente poderá vir a somar os 10 pontos necessários a obter uma subida de escalão obrigatória, com efeitos a 1/1/2008. No entanto, como neste período vigora a lei geral, só 5% dos docentes poderão almejar a 3 pontos por ano e 20% a 2 pontos por ano.
4. Para ser reclamada a avaliação por ponderação curricular é preciso primeiro que a instituição informe os docentes de quantos pontos lhes são atribuídos administrativamente naquele período e porquê. Depois de recebida a informação a lei geral dá 5 dias úteis para os docentes pedirem a avaliação por ponderação curricular de todos ou de parte dos anos incluídos naquele período, podendo este prazo ser superior se o regulamento da instituição assim o determinar.
5. Como quase todas as instituições, por várias razões, se atrasaram no processo, tendo algumas concluído a avaliação por ponderação curricular já em 2011, ano em que a lei do OE proibiu todas as valorizações salariais, houve algumas destas que entenderam a lei como inviabilizando as subidas de escalão a que estavam obrigadas a retroagir a 1/1/2008.
6. Ora, por intervenção do Provedor de Justiça e por pressão da FENPROF, o que a Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) acaba de reconhecer é que as subidas de escalão, cuja produção de efeitos é anterior a 2011, se podem fazer, porque a lei do OE não se pode aplicar a direitos que se constituíram antes da sua entrada em vigor. Isto é, os docentes não poderiam ser prejudicados por atrasos da administração que não lhe podem ser imputados.
7. A maioria das instituições ainda não procedeu à avaliação por ponderação curricular dos anos anteriores a 2008. Não sendo tais atrasos imputáveis aos docentes, as subidas de escalão continuam a dever ser efectuadas, assim que os processos de avaliação estejam concluídos, com efeitos retroactivos a Janeiro de 2008.
8. Para além das subidas de escalão decorrentes da avaliação de desempenho no período 2004 a 2007, outras situações de valorização salarial que devessem ter ocorrido antes de 1/1/2011 e que não o tenham sido, por razões não imputáveis aos docentes, continuam a dever ser efectuadas, com os respectivos efeitos retroactivos. Estão neste caso, por exemplo, as valorizações salariais decorrentes da aprovação em provas de agregação que tenham ocorrido em 2010 e que não tenham sido processadas em 2010.
9. Outros casos existem de não progressão salarial em data anterior a 2011 e sobre os quais subsistem diferenças de interpretação da lei, nomeadamente: a passagem, no ensino politécnico, dos assistentes do 1º triénio a assistentes do 2º triénio; e a contabilização dos efeitos da avaliação de desempenho nos anos 2008 e 2009. A serem resolvidas favoravelmente estas situações, as valorizações salariais daí decorrentes continuam a dever efectuar-se, com efeitos à data em que deveriam ter ocorrido (desde que anterior a 2011).
Estamos cientes de que este entendimento não resolve os graves problemas que defrontamos no ensino superior. Mas confirma que os docentes que reúnam as condições acima referidas têm o direito à subida de escalão e ao pagamento devido dos salários que lhes têm sido negados, desde a data em que adquiriram (ou deveriam ter adquirido) esse direito. Confirma também que é possível obter resultados não desistindo de lutar.
A FENPROF continuará a procurar informar, com rigor, todos os docentes e garante a todos os associados dos seus sindicatos o devido apoio jurídico.
A FENPROF mantém-se ainda ao dispor de todos os colegas para esclarecer as dúvidas que lhe queiram colocar.
O Departamento do Ensino Superior e Investigação da FENPROF – www.fenprof.pt/superior»

(reprodução de mensagem, distribuída universalmente na rede da UMinho, que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico)

An ant on the move...

"An ant on the move does more than a dozing ox."

Lao Tzu


 (citação extraída de SBANC Newsletter, Fevruary 21, Issue 706 - 2012, http://www.sbaer.uca.edu)

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

"A ´Roboparty` vai já na sexta edição"

Notícia Correio do Minho
Guimarães: 400 jovens constroem os seus robôs:
http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=59513

sábado, fevereiro 18, 2012

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

IEB: III WORKSHOP ON ECONOMICS OF EDUCATION

«Dear colleague:

The Barcelona Institute of Economics (IEB) is pleased to announce its III Workshop on Economics of Education which will be held in Barcelona from September 12 to 13, 2012.  For further information, see the attached file or visit our web-page (www.ieb.ub.edu / Events / Workshops).

Feel free to distribute this information among those colleagues you think might be interested.

We look forward to seeing you at the Workshop!

Organizing Committee
PS: excuse us for "cross-posting".
-----
IEB
Universitat de Barcelona
Fac. d'Economia i Empresa
Espai de Recerca en Economia
Carrer del Tinent Coronel Valenzuela, 1-11
08034 Barcelona
Tel.: + 34 93 403 46 46
Fax: + 34 93 403 98 32
www.ieb.ub.edu»

(reprodução do corpo principal de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, proveniente da entidade identificada)

Comunicado da FENPROF: "Confirmado entendimento da FENPROF quanto à subida de escalões"

«VITÓRIA IMPORTANTE DA ACÇÃO DOS PROFESSORES E DA PRESSÃO DOS SEUS SINDICATOS – PROFESSORES VÊEM CONFIRMADO DIREITO À PROGRESSÃO A PARTIR DE 1 DE JANEIRO DE 2008
DEVEM SER PAGAS AS PROGRESSÕES, BEM COMO OS RETROACTIVOS A ELAS RESPEITANTES, A TODOS OS DOCENTES QUE REÚNAM AS CONDIÇÕES, POR PONDERAÇÃO CURRICULAR OU NÃO, PARA SUBIREM DE ESCALÃO, NALGUNS CASOS DESDE 1 DE JANEIRO DE 2008.
As dificuldades administrativas e funcionais das instituições de ensino superior não podem ser imputadas aos docentes, nem estes podem sofrer qualquer prejuízo por não terem sido objecto, em tempo útil, de avaliação do desempenho. Muitas instituições atrasaram o processo e aplicaram-no já após o término do ano 2010, tendo algumas justificado, com as Leis dos OE de 2011 e 2012, a não realização das subidas de escalão.
Porém, segundo a DGAEP, em nota de 10 de Janeiro do corrente ano, tratando-se “de casos em que a alteração de posição remuneratória era obrigatória à data da entrada em vigor do Orçamento de Estado para 2011, constituindo, portanto, nessa data um verdadeiro direito subjectivo, apenas se não tendo realizado por erro ou inércia da Administração”. “O final do n.º 4 do art.º 24.º (Lei 55-A/2010), constitui, como se infere da peça da Provedoria de Justiça, um afloramento de um princípio geral que deve ser aplicado a todas as situações similares”.
Confirma-se assim, o que a FENPROF tem defendido: todos os docentes que reúnam as condições necessárias à subida de escalão em data anterior a 2011 (avaliações correspondentes aos anos de 2004 a 2009) e não tenham sido objecto de progressão ou de alteração de posicionamento remuneratório devido a uma interpretação errada da lei, têm direito a uma mudança de posicionamento remuneratório que produza efeitos em data anterior a 1/1/2011. Os colegas que já reúnam essa condição, sem que tenham mudado de posicionamento remuneratório, deverão requerer de imediato, junto dos serviços competentes da instituição de ensino superior a que pertencem, a situação que lhe é devida. Uma minuta tipo para este efeito poderá ser solicitada para o endereço depsup@spn.pt.
Aqueles que tenham mudado de posicionamento remuneratório, mas a quem não tenha sido aplicada a correcta retroactividade, tal como os que se defrontem com atrasos injustificados por parte das suas instituições, no que respeita à conclusão dos processos de avaliação, deverão igualmente reclamar a aplicação da lei.
A FENPROF, através dos seus Sindicatos, encontra-se à disposição dos colegas para esclarecer quaisquer dúvidas sobre esta matéria, no endereço acima citado, e informa, ainda, que os associados dos seus Sindicatos podem recorrer a apoio jurídico, quer na interpretação da norma e da orientação agora produzida pela DGAEP, quer na resolução do problema em caso de eventual conflito.
VALE A PENA LUTAR! SINDICALIZA-TE NO SINDICATO QUE TE DEFENDE!
O Departamento de Ensino Superior e Investigação
Serviço de Apoio ao Departamento de Ensino Superior do SPN
E-mail: depsup@spn.pt
Tel.: 22 60 70 554 / 00
Fax: 22 60 70 595 / 6»

(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

The direction of the wind

"When you can't change the direction of the wind - adjust your sails."

H. Jackson Brown 

 (citação extraída de SBANC Newsletter, February 14, Issue 705-2012, http://www.sbaer.uca.edu)

domingo, fevereiro 12, 2012

Praxes: uma opinião que não custa subscrever

«Como é possível que milhares de jovens que entram anualmente no ensino superior, se sujeitem a semelhante humilhação?
"Bem vindo à Escola dos Líderes"
Por Manuel Loff, Pelo contrário
Público, 02/02/2012

Há dias participei no Porto num debate sobre o documentário Praxis que o realizador Bruno Cabral dedicou à observação da chamada "praxe académica", e que foi projetado por proposta da Associação Milímetro. O filme ganhou o prémio do DocLisboa para a melhor curta-metragem nacional, não está em circuito comercial, e foi apresentado apenas em debates, em universidades ou fora delas, e na própria Assembleia da República.

Aquilo a que se tem chamado "praxe" é essa série de práticas mais ou menos ritualizadas de que são alvo (para não dizer diretamente "vítima") os estudantes recém-entrados nas escolas de ensino superior, antes mais ou menos restritas a Coimbra, mas que hoje, 30-40 anos passados sobre o seu desaparecimento, em plena contestação da ditadura e durante o processo revolucionário, se generalizaram a um conjunto de escolas e de cidades incomparavelmente mais diverso do que no passado.

A filosofia do documentário (de que Carlos Isaac é diretor de fotografia) é mesmo a de mostrar, cruamente, com o cuidado de não recorrer a qualquer discurso interpretativo. O que nos permite, aliás, obriga, a tomar partido. A câmara mostra-nos práticas de gosto completamente duvidoso (obrigar estudantes a comer alho até ao vómito, para conseguir, na linguagem dos "veteranos" que organizam e supervisionam a cena, a sua "desparasitação"; despejar garrafões de vinho sobre estudantes seminus; enfarinhá-los; vendá-los; obrigá-los a demonstrar a sua maturidade através da ingestão de álcool; ...) que estão muito longe de nos surpreenderem. O mais revoltante, contudo, é toda a representação de um ambiente de caserna que transforma uma experiência tão entusiasmante quanto deveria ser a dos primeiros meses de entrada na universidade numa simulação reles de uma recruta de tropa especial, integrando o pior, o mais violento, o mais indignante, da cultura militar. Grita-se permanentemente ao "caloiro" que ele não pode "olhar nos olhos dos veteranos"; reúnem-se centenas de estudantes num "juramento de praxe" no qual se exige aos "caloiros" declarações solenes de obediência a outros estudantes que, um/dois anos mais velhos, se tanto, por terem passado pelas mesmas experiências humilhantes, pensam ter ganho o direito de as infligir a outros recém-chegados. Entoam-se refrões com que se pretende sublinhar a "superioridade" de uma determinada escola/curso, que podem chegar a impronunciáveis grosserias que, permitam-me, fazem rimar a sigla ISCTE com órgãos sexuais masculinos sempre em pé...

Sucedem-se exercícios a que se obriga os recém-entrados, repetidos até à náusea, numa auto-humilhação que os torna terrivelmente constrangedores, quase todos centrados numa paródia psicótica da sexualidade: forçam-se estudantes a repetir, um a um, perante os seus colegas, em cima de uma mesa, quadras grosseiras sobre o seu pretenso gosto em práticas homossexuais; simulam-se em público, perante centenas de colegas, atos sexuais, enquanto os "caloiros" verbalizam expressões de prazer que lhes são impostas; num caso, um "caloiro" deve esfregar terra e bosta húmidas no cabelo de uma colega sua e simular que a penetra analmente...

O filme deixa-nos incrédulos. Como é possível que milhares de jovens que entram anualmente no ensino superior, se sujeitem a semelhante humilhação psicológica, afetiva, física?! E como é possível que banais estudantes universitários (que não são propriamente membros de seitas neonazis ou de claques de futebol) a pratiquem, em Portugal, no séc. XXI? É um jogo, dizem-me, uma "brincadeira". Na qual, para espanto meu (ou talvez não...), não há um sorriso, uma gargalhada da parte das vítimas/protagonistas deste disparate todo, o que é parte intrínseca do ritual! Grita-se, insulta-se, suja-se, magoa-se... Um teatro da provação, da submissão do dominado a quem se exige que a aceite, e da tortura sádica da parte do que representa o papel do dominador. Digam-nos o que disserem, é inaceitável não se perceber as consequências psicológicas e morais de semelhantes rituais.

A grande maioria destes rituais foram filmados (e são realizados) dentro das faculdades, ou no perímetro imediatamente exterior, o que incumpre abertamente a lei. Não há como evitar perceber que eles se fazem. Desolador é ver, por exemplo, um padre que fala a "caloiros", sentados no chão, vestidos de forma absurda e vigiados pelos "veteranos", de pé. O sacerdote repete-lhes que "praxe tem uma dimensão de integração" (tese atrás da qual se protege quem a organiza) e perora sobre a distinção entre a "verdadeira" e a "falsa alegria" naquela que se designa a "bênção ao caloiro"...

Rituais de iniciação a que se submeteram, e submetem, aprendizes e todo o tipo de recém-chegados a profissões, ciclos de estudo e de formação militar ou outra, existiram ao longo dos tempos e dispersos por modelos de sociedade muito diversos. Tal não as faz mais aceitáveis. Sempre produziram violência, física e psicológica, ferimentos, mortes. Nas universidades, são erroneamente descritas como produto de uma pretensa "tradição académica" que não passa de uma adaptação a cada momento histórico da aplicação prática de valores e princípios mais ou menos dominantes em determinada comunidade. É arrepiante perceber que aqui esses valores são os da legitimidade e bondade de uma humilhação que permite à vítima poder sentir-se parte do grupo, da confusão entre "integração" e "submissão" a uma autoridade absurda. De uma "praxe incutidora de valores", que "nos ajuda nesta grande escola de vida que é a Universidade", fala uma caloira, que agradece, de joelhos e autodescrevendo-se como "reles bicho", aquilo por que a tinham feito passar.

Num átrio em que se realizam algumas destas práticas, em letras garrafais, alguém escreveu: "Bem vindo à Escola dos Líderes". É o ISCTE. Por acaso. Podia ser qualquer outra... Historiador (a pedido do autor, este artigo respeita as normas do acordo ortográfico)»

(reprodução de texto que encontrei, por mero acaso, ao percorrer o Facebook, na página de Artur Cristóvão) 

sábado, fevereiro 11, 2012

XXI Jornadas da Associação de Economia da Educação

«Estimado colega,

Em nome do Comité Organizador das XXI Jornadas da Associação de Economia da Educação, que se realizarão no Porto, nos próximos dias 5 e 6 de Julho de 2012, informo que o prazo para o envio dos resumos das comunicações será alargado até ao próximo dia 15 de Fevereiro.

O resumo que se envia através da plataforma do congresso (Envio de comunicações: http://economicsofeducation.com/user ) deve ter uma extensão máxima de 300 palavras, com o objectivo de que o Comité Cientifico possa ter informação suficiente para decidir com rigor nos processos de selecção de trabalhos. 

A decisão relativa à admissão dos resumos será comunicada antes do dia 1 de Março.

Relativamente à atribuição do prémio à melhor comunicação, outorgado pelo Comité Cientifico da Conferência, a solicitação de participação poderá ser efectuada por qualquer uma das seguintes formas:

- Breve referência no inicio ou final do documento submetido;

E / OU
- Envio de correio electrónico para info@economicsofeducation.com com referência à candidiatura e indicação do nome do autor e titulo do trabalho.

O referido prémio conta com uma dotação de 500 euros, para cobrir custos de assistência ao Congresso. Destina-se a autores até 40 anos de idade (todos os signatários).

Na página web do evento http://www.economicsofeducation.com  encontra-se toda a informação necessária actualizada de todos os aspectos relacionados com as Jornadas.

Esperamos contar com a sua presença no Porto.

Com os melhores cumprimentos,

-- 

Elvira Vieira
Coordinadora del Comité Local / Coordenadora do Comité Local / Coordinator of the Local Committee 
XXI Jornadas de la Asociación de Economía de la Educación 
XXI Meeting of the Economics of Education Association


(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Comunicado da FENPROF: "Manifestação Nacional"

«Em 11 de fevereiro,
Vamos dar uma grande resposta ao ataque a que estamos sujeitos! Manifestemos a nossa indignação, o nosso protesto, as nossas exigências!
Neste dia tu és insubstituível!

Apelo aos Professores, Educadores e Investigadores

O tempo que vivemos é de grande ataque a quem trabalha e aos direitos de todos os cidadãos. Interesses alheios aos dos trabalhadores têm levado à imposição de políticas que originam a redução dos salários, a desregulamentação dos horários de trabalho, o despedimento fácil e sem regras e a quebra de apoios sociais essenciais em momentos de fragilidade pessoal (na juventude, no desemprego, na doença, na velhice…).
Simultaneamente, serviços públicos fundamentais, como o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública, Transportes Públicos a Segurança Social Pública ou a Rede Energética Nacional, entre outros, são desvalorizados, deixados degradar e, no momento seguinte, vendidos ao desbarato a interesses económicos e financeiros nacionais e estrangeiros.
Este é um caminho que apresenta grandes perigos e, sabemos por experiência própria e por exemplos que chegam de fora, os sacrifícios a que estamos sujeitos não conduzem a qualquer saída. Pelo contrário, desencadeiam novos problemas, acrescentam crise à crise e fazem disparar uma espiral de situações que tornam a vida ainda mais difícil e desumanizada.
Esperarmos que as soluções cheguem do exterior seria um engano. O que nos chega da União Europeia e do FMI são “apoios” interessados de agiotas que ganham com as crises que provocam, com os resgates que propõem e com as medidas que impõem. A sua ingerência atinge níveis nunca antes imaginados. Exemplos disso são a proposta alemã que pretende que a Grécia prescinda da sua soberania orçamental e a designada “regra de ouro”, que deverá ser inscrita na Constituição de cada país, na qual se prevêem sanções automáticas para quem não apresentar um défice praticamente residual. Ou seja, uma regra cega, porque automática, que penalizará ainda mais os países com economias mais frágeis e, consequentemente, os cidadãos.
Os docentes e investigadores têm sido dos grupos profissionais mais sacrificados em nome da crise. Caso não assumam, de uma vez por todas, um forte protesto, continuarão a ser das principais vítimas das medidas impostas!
Colega,
Dia 11 de fevereiro será um dia muito importante de protesto e luta contra a situação que estamos a viver e os sacrifícios crescentes impostos por planos de austeridade que esmagam cada um de nós e, de uma forma geral, o povo português.
Contrariamente ao que nos repetem insistentemente, não estamos perante qualquer tipo de inevitabilidade, mas uma óbvia opção política dos governantes nacionais e europeus!
Apelamos a um envolvimento muito empenhado e ativo da tua parte. Ativo porque, para além da tua presença, é necessário que cada um de nós esclareça, mobilize e ganhe outros para, neste dia, enchermos de Povo o Terreiro do Paço.
Serão quatro as grandes Manifestações que nele convergirão, saindo de locais diferentes, conforme referido nos materiais de divulgação. Empenhemo-nos o mais possível para conseguirmos uma enorme mobilização e participação. A força de cada um de nós será uma mais-valia para a força coletiva que, neste dia, estará na rua.
Marca a tua presença e traz, contigo, outros Amigos também.
O Secretariado Nacional da Federação Nacional dos Professores

Serviço de Apoio ao Departamento de Ensino Superior do SPN
www.spn.pt/superior
E-mail: depsup@spn.pt
Tel.: 22 60 70 554 / 00
Fax: 22 60 70 595 / 6»

(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

"Missão Cavaco Silva"

Notícia ComUM 
Aluno da UM cria jogo sobre a reforma de Cavaco! 
http://www.comumonline.com/sociedade/item/635-aluno-da-um-cria-jogo-sobre-a-reforma-de-cavaco

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Success is…

"Success is a prize given to those who try and fail willingly."

Jeffrey Bryant

 (citação extraída de SBANC Newsletter, Fevruary 7, Issue 704 - 2012, http://www.sbaer.uca.edu)

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

sábado, fevereiro 04, 2012

You must do…

"You must do the things you think you cannot do."

Eleanor Roosevelt


 (citação extraída de SBANC Newsletter, January 31, Issue 703 - 2012, http://www.sbaer.uca.edu)

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

"Education for Sustainability | International Greening Education Event 2012"

«A three-day International Greening Education Event will be held from 10th to 12th of October 2012 in Karlsruhe, Germany. This event will bring together academia, policy makers, representatives of government and international development agencies, senior members of academic institutions, school administrators and teachers, sustainable development practitioners, environmental management professionals and other stakeholders from around the world.
The event provides an exclusive forum to: examine how climate change, depleting natural resources, loss of biodiversity and other environmental threats are affecting education sector; deliberate on why and how to embed sustainability in curricula, courses and teaching material; debate on the ways to make educational institutions a part of the solution to address the evolving environmental, social and economic issues; discuss success stories, challenges and best practices for greening education; and get insights on how education is being reshaped to meet the requirements of the 21st century.

Further to knowledge sharing, the upcoming event also provides an excellent networking opportunity with academia, sustainable development practitioners, members of government agencies and development organisations and other stakeholders in Europe and beyond. An excursion (optional) on Saturday the 13th of October, 2012 is planned which will also provide an additional and informal networking opportunity.

You are cordially invited to attend this international event and/ or nominate the member(s) of your institution.

For further information, please see the event details.
Or contact via email: mail@etechgermany.com

Sincerely,
Organizing Committee»

(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente da entidade identificada)