Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região

domingo, maio 31, 2009

O MCTES e os mal-entendidos

Sendo um episódio na sucessão de mal-entendidos que tem informado a actuação do ministério (MCTES), o caso que passo a invocar parece-me bem ilustrativo da visão de Mariano Gago. Invoco para este efeito uma conversa breve, mantida recentemente à margem da reunião do júri de um concurso para progressão na carreira em que participei.
Comentava-se a assinatura de um contrato entre o dito ministério e uma universidade americana, para efeito de oferta em Portugal de um curso de pós-graduação. Nesse contexto, alguém disse a certa altura que não haveria qualquer dificuldade de montar em Portugal um MBA ou um qualquer outro curso de pós-graduação de grande qualidade (sem a “chancela” de universidades americanas) desde que fosse posto ao dispor dos seus responsáveis os recursos financeiros necessários.
Alternativamente, o MCTES prefere contratar, bem pagas, universidades dos EUA. O empenho no projecto é tanto que os ditos americanos não se dão sequer ao trabalho de vir a Portugal.
Espero que o leitor consiga retirar da invocação que faço a dimensão de censura do provincianismo da postura política do ministro.
J. Cadima Ribeiro

sexta-feira, maio 29, 2009

Revisão dos estatutos da carreira docente

Conselho dos politécnicos satisfeito com abertura do ministério

(título de mensagem, datada de Quinta-feira, 28 de Maio de 2009, disponível em Porta do Cavalo)

quinta-feira, maio 28, 2009

"Numa altura em que tantas vezes se discute e fala na Estratégia de Lisboa"

«Os estudantes da Universidade de Coimbra colocaram hoje uma corda ao "pescoço" da estátua de D. Dinis, na "alta" da cidade, para demonstrar que os alunos e as universidades estão a asfixiar com falta de financiamento.
[...]
"O Ensino Superior em Portugal está a perder, numa altura em que tantas vezes se discute e fala na Estratégia de Lisboa e numa economia baseada no conhecimento. É uma falta de investimento crasso”, considerou.»

(excertos de Notícia PÚBLICO - Última Hora de 2009-05-27, com o título "D. Dinis com a corda na ´garganta` em Coimbra mostra ´asfixia financeira` das universidades)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, maio 27, 2009

"Viver em medo"

“Por termos sido educados a viver em medo, somos muito rápidos a formar opiniões, juízos e a tirar conclusões sobre os outros. É a forma que encontrámos para nos defendermos deles.”

José Micard Teixeira

[in “Aprenda a Viver sem Medo” - http://vivasemmedo.no.comunidades.net/; excerto de texto extraído de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, proveniente do respectivo autor]

terça-feira, maio 26, 2009

"Da enormidade da negação de nomeação definitiva a quem trabalha na academia há longos anos ..."

«Cara(o)s Colegas,
Na academia minhota vários são os colegas a quem se prepara a negação da almejada "nomeação definitiva". Alguns destes colegas entraram ao serviço na academia há largos anos, alguns mesmo ultrapassando a vintena. Iniciaram como monitores ou assistentes e foram progredindo nos degraus de uma putativa carreira que poderá terminará com o desemprego, e dada a idade de alguns, equivalerá a desgraça social.
Porque lhes é negada a "nomeação definitiva" ? Em geral porque se argumenta não terem atingido metas, ditas mínimas, de desempenho, donde se destacam, as científicas, mensuráveis em número de publicações, de projectos de investigação, de orientações de projectos de pós-graduação, etc.
Sem prejuízo de que cada caso é um caso diferente, porque se pode afirmar sem rodeios, que negar a nomeação definitiva é, em geral, uma enormidade?
Tão simplesmente porque exigindo-se o cumprimento de metas no final de um percurso, neste mesmo percurso, qual caminho pedregoso e tantas vezes íngreme, foram colocados percalços, alguns de difícil transposição, na forma de atribuição de responsabilidades de gestão, de missões administrativas, de injunções lectivas, de isolamentos e impedimentos de diversa índole, que aliados à inexperiência e falta de orientação ou mesmo a certa ingenuidade, resultou numa magra lista final de resultados.
Se considerarmos que a ambicionada "nomeação definitiva", com o cognome de "tenure" no novo ECDU, será apenas atribuível a professores catedráticos e associados, então é legítimo perguntar que sentido faz não nomear definitivamente um colega na categoria de professor auxiliar.
Não se lhe nega só o equivalente a um contrato por tempo indeterminado, que note-se pode ser cessado a qualquer momento, mas é-lhe sobretudo recusada a oportunidade de poder palmilhar um novo percurso, desejavelmente com regras mais claras e melhores condições de andamento.
Um interessante desafio para a academia, nestes tempos de transição e de lógicas de frio calculismo medido em índices ISI, é estabelecer uma trégua geral para todos aqueles que genuinamente deram e continuam a dar o seu melhor em prol da academia e que ambicionam apenas a oportunidade de provar que são capazes de fazer melhor, muito melhor. É a sua experiência de longos anos e o seu forte desejo de perseguir um melhor desempenho, que mais poderão beneficiar a academia.
Afinal não se atribui uma nomeação que é definitiva (como se houvesse algo definitivo .). Ao professor auxiliar apenas se concede um contrato que é por tempo indeterminado, determinável pelo melhor desempenho num tempo de trégua.
Vale a pena reflectir nisto.
Saudações amigas,

Adérito Fernandes Marcos»
*
(reprodução integral de mensagem distribuída universalmente na rede eletrónica da UMinho na manhã deste dia; reprodução formalmente autorizada pelo autor)

"É lamentável o que está a acontecer ao Ensino Superior"

"É lamentável o que está a acontecer ao Ensino Superior, nomeadamente o Universitário (por conhecer melhor). O ministro deve estar orgulhoso de ter conseguido manter os docentes do Ensino Superior, especialmente os universitários, quietinhos enquanto põe e dispõe das suas vidas profissionais."

Jaime Rocha Gomes

(excerto de mensagem, datada de 2009/05/25, intitulada O novo ECDU(3)-O peso do traje, disponível em Prálem D`Azurém)

segunda-feira, maio 25, 2009

Docentes de línguas estrangeiras contestam a proposta do Governo para a revisão do ECDU

«Lisboa, 25 Jun (Lusa) - Os docentes de línguas estrangeiras entregam terça-feira ao Presidente da República uma carta em que contestam a proposta do Governo para a revisão do Estatuto da Carreira Docente Universitária (ECDU).

"A realidade dos leitores não está contemplada e põe em risco os seus postos de trabalho", disse à agência Lusa Eduarda Cabrita, uma das professoras da Faculdade de Letras da Universidade Lisboa, que subscreve uma posição já entregue aos deputados, ao ministro do Ensino Superior, Mariano Gago e ao comissário europeu responsável pelo multilinguismo, com cópia para o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
Para estes profissionais, a proposta de ECDU "desvaloriza o ensino de línguas estrangeiras" e "ignora a realidade profissional dos docentes de línguas vivas, os leitores", reduzindo-os a "uma figura passageira nas instituições universitárias".
Segundo Eduarda Cabrita, existem cerca de cem leitores em todo o país, mas que abrangem um universo de milhares de alunos.
De acordo com um texto enviado à Lusa por um grupo de leitores da Faculdade de Letras de Lisboa, o ECDU em discussão atribui-lhes funções de ensino de línguas, mas exclui-os da carreira universitária, prevê a sua contratação por um período máximo de quatro anos e retira-lhes o direito à dedicação exclusiva.
"Atira para o desemprego, findos quatro anos, docentes que, na sua maioria, estão há entre 15 e 30 anos ao serviço das faculdades", lê-se no texto.
Os docentes estão a aguardar ainda um parecer jurídico por pensarem que pode haver matéria inconstitucional na proposta do Governo, quanto "à precarização da situação profissional dos leitores".
Entretanto, remeteram ao ministro as suas propostas para defender a estabilidade do corpo docente das línguas vivas e áreas afins, "a partir do seu reconhecimento como área científica, abrindo deste modo a possibilidade de inclusão desses docentes na carreira universitária, com os mesmos critérios de exigência que se aplicam aos demais docentes".
Sem prejuízo de um regime de transição, querem manter o estatuto de leitor para quem preste serviço no âmbito de acordos bilaterais.
Definir um regime de transição que garanta aos actuais leitores com doutoramento, ou aos que o venham a obter num prazo de seis anos, a passagem a professor auxiliar, "assegurando-se, aos que ainda que não têm aquele grau, o direito a dispensa do serviço docente, é outra proposta.
Os leitores pretendem também garantir a transição para o regime de contrato por tempo indeterminado aos profissionais que tenham contrato há pelo menos seis anos, independentemente da forma de vinculação vigente neste período.
Manter o direito à dedicação exclusiva, para os contratos a tempo integral, e novas contratações de docentes de línguas vivas e áreas afins idênticas às dos docentes das outras áreas científicas integradas nas universidades são outras reivindicações.
AH.
Lusa/fim»
(reprodução integral de notícia da Lusa, com o título e a data que se identificam)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

“Congestion in academic journals under an impartial selection process”

“This paper studies the publishing game played by researchers and editors when the editors adopt an impartial selection process. It analyzes the possibility of congestion in the editorial process and shows that, depending on the nature of the equilibrium, the rise of the rejection costs could be an inappropriate solution to avoid the congestion effect.”

Damien Besancenot (CEPN - Centre d'économie de l'Université de Paris Nord - CNRS : UMR7115 - Université Paris-Nord - Paris XIII);
João Faria (IPED - Institute for Policy and Economic Development - University of Texas-El Paso);
Kim Huynh (L.E.M. - Laboratoire d'Economie Moderne - Université Paris 2).

Date: 2009-05-07
Keywords: Publication market, Academic journals, Editors, Congestion
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:hal:wpaper:halshs-00382585_v1&r=edu

(resumo de “working paper”, disponível no sítio referenciado)

sábado, maio 23, 2009

A situação dos leitores

«Colegas
Chamamos a atenção para um conjunto de informação publicado no nosso site sobre a situação dos leitores
Saudações académicas e sindicais
A Direcção do SNESup
22-5-2009»
*
(reprodução integral de mensagem de correio eletrónico entretanto recebida, com a proveniência identificada)

sexta-feira, maio 22, 2009

Notícias da Universidade de Lisboa

Notícia Correio da Manhã
Reitor critica novo regime do Ensino Superior:
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?channelid=ED40E6C1-FF04-4FB3-A203-5B4BE438007E&contentid=E7DDF5F2-FC5C-4E8D-A10B-9B21DB51C5BD

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

Governo contrata Freitas do Amaral para elaborar a lei das fundações

Nada Que Não Se Tivesse Dito

(título de mensagem, datada de 22 de Maio de 2009, disponível em A Educação do meu Umbigo)

quinta-feira, maio 21, 2009

O ministro e o sistema de ensino superior que temos: revista de imprensa

Notícia Diário de Coimbra
Campos “irritado” com má vontade do Governo:
-
Artigo jornal Expresso
Ensino Superior: "Política medíocre" impede universidades de contribuir para progresso do país - reitor António da Nóvoa:

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

Magoa-me a nossa incapacidade de pôr cobro a este desvario

"O que tem vindo a ser produzido pelo ministério (MCTES) em matéria de legislação é completamente fora da realidade, nos objectivos, nos processos e nos calendários de execução. Não sei é como é que se pode pôr termo a este desvario.
Para cúmulo, só faltava que o ministro ficasse para a história como grande reformador do sistema de ensino superior. Eu tenho-o mais como coveiro."
J. Cadima Ribeiro
(excerto de mensagem de correio electrónico trocada com colega, a propósito da problemática que se deduz da leitura do texto)

terça-feira, maio 19, 2009

"Não me parece legítimo [...] que mude tudo na universidade, e a única coisa que não muda é o reitor"

Entrevista Diário Económico
Ensino Superior deveria voltar ao Ministério da Educação:
http://economico.sapo.pt/noticias/ensino-superior-deveria-voltar-ao-ministerio-da-educacao_9097.html

(cortesia de Joaquim E. Neves)

O Presidente do Conselho Geral: onde estava a novidade?

Pelas 15,15 horas de hoje (ontem), 2ª feira, Manuel Pinto anunciava-nos no blogue "Universidade Cidadã" a eleição, por "esmagadora maioria dos votos", de Luís Braga da Cruz para presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho. A questão que me ocorreu na altura foi: mas onde é que estava a novidade?
Novidade teria sido escolher para presidente do Conselho Geral alguém que não fosse um conhecido membro do "lobby" do Porto. Para tanto, haveria que tê-lo salvaguardado na própria cooptação dos elementos externos.
Conforme deixei dito no blogue do Movimento Novos Desafios, Novos Rumos, ontem (anteontem, Domingo), bom seria que viessem surpresas das reuniões de 2ª feira do Conselho Geral. Infelizmente, não parece ter sido o caso.

J. Cadima Ribeiro
-
Ps:
O que escrevi sobre a personalidade em questão não pretende projectar o futuro mas antes parte de uma leitura do respectivo percurso, na relação com este território e esta Universidade, que não tenho nenhuma dificuldade em substanciar. Ficarei feliz se o Eng. Braga da Cruz, na sua acção como presidente do CG da UMinho, for capaz de corresponder à expectativa nele colocada por pessoas bem intencionadas como há algumas no Conselho Geral, apesar de tudo.
Por outro lado, que haja debate na UMinho, ninguém o defende mais do que eu. Esta foi a razão que me levou a escrever esta nota que pode desconfortar alguns, a começar por mim que gostava de não ter tido a necessidade da produzir.
Que a Universidade do Minho tenha longa vida!

Mudando de assunto: perceber a economia e a sociedade em que vivemos

1. O Departamento onde trabalho (Depto. de Economia da Escola de Economia e Gestão, Universidade do Minho) organizou há dias uma conferência de que fui moderador, que teve como convidado principal Vítor Bento, economista e presidente da SIBS (Multibanco), e como comentador da intervenção do conferencista em causa Pedro Lains, historiador e investigador do Instituto de Ciências Sociais, Lisboa. O pretexto para o convite a Vítor Bento foi a apresentação do seu mais recente livro, intitulado “Perceber a crise para encontrar o caminho”. É um livro que vale a pena ler pela informação económica que aporta na sua primeira parte mas, igualmente, pela oportunidade que constituirá de trazer para primeiro plano alguma reflexão sobre os muitos erros acumulados em matéria de políticas económicas conduzidas em Portugal nos últimos 10 anos, e mesmo antes, e sobre os caminhos que o país precisa percorrer para se libertar do estado de letargia e desalento que vive.
2. A apresentação feita pelo autor foi muito rigorosa e didáctica e terá deixado bastante impressionada a plateia, maioritariamente constituída por estudantes de Economia mas também por alguns meus colegas, professores. Do que disse o comentador, reagindo à intervenção oral inicial mas, bem assim, ao que lera no livro, retenho a indicação que gostara de ler a primeira parte (analítica) mas que se reconhecia muito menos na segunda parte, que o autor da obra dedica a um conjunto de “Considerações sobre a envolvente político-social”, desembocando nas propostas de estratégia para a superação das graves dificuldades estruturais porque passa a economia portuguesa. Devo dizer que, nesta dimensão, me identifiquei algo com o que disse Pedro Laíns, isto é, a meu ver, o rigor técnico e a lucidez que informa a primeira parte do livro não tem contrapartida à medida na leitura feita dos enquadramentos político-sociais que ditaram o percurso desastroso da economia portuguesa nos últimos 10 anos e, sobretudo, dos derradeiros 7, e ainda menos em matéria de estratégia de política para resolver as múltiplas crises (desequilíbrios) que o país enfrenta. Os mais importantes desses desequilíbrios são, do meu ponto de vista: o desequilíbrio das contas externas e a dívida externa em crescimento acelerado; o desequilíbrio das contas públicas; a crise estrutural da economia nacional; a crise financeira (e económica) internacional; a crise de credibilidade do sistema político; e a crise de liderança da economia e da sociedade portuguesa.
3. Sobre a matéria antes referida, diz a dado o passo Vítor Bento (p.19): “[…] o deslumbramento da afluência adquirida levou-nos a descurar as virtudes da boa ´gestão caseira`, deixando acumular preocupantes desequilíbrios e criado vícios comportamentais que nos enfraqueceram. Ao nível estrutural, somos confrontados com o que impropriamente se tem designado por ´esgotamento do modelo` e que, recorrendo a um plebeísmo mais expressivo, prefiro classificar de ´entalanço` […]”. Não é igual a leitura que eu faço dos fundamentos e materialidade da “crise” mas não me custa subscrever a análise nesta passagem. Também não me custa subscrever a afirmação que produziu no contexto da sua intervenção na conferência que se invoca de que “O primeiro choque [reportava-se à adesão de país ao Euro (€)] que poderia ter sido minimizado, se houvesse gestão macroeconómica, foi o que andou associado ao equilíbrio orçamental”. O que me custa verdadeiramente aceitar é que Vítor Bento veja a saída para a superação deste beco a que chegámos: i) na redução dos salários; ii) na redução do preço dos bens e serviços não-transaccionáveis (um conceito muito na moda, que acaba por não se saber muito bem o que é, conforme o sublinhou Pedro Lains no seu comentário); iii) na redução dos custos parafiscais; iv) em medidas fiscais e sociais complementares; e v) na criação de um “alargado consenso político-social” (p. 21), que alguns interpretarão, porventura com razão, como reclamação da formação de um governo de “bloco central”, como se não fosse já suficientemente mau a alternância que temos tido entre dois desertos de ideias para o país.
4. Tem que se fazer entretanto justiça a Vítor Bento por, contraditoriamente com muito economista e ser supostamente pensante da nossa praça, pôr preto no branco “Que houve má gestão política das variáveis económicas manipuláveis pelo Estado” (p.29). Note-se que se está a referir ao conjunto dos dez anos que constituem o centro de análise do seu livro, juntando, daí, no mesmo saco Pina Moura, Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix e Teixeira dos Santos e, com eles, os governos de António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates, no seu todo. O que eu duvido seriamente é que nos seus escritos de há um par de anos mantivesse já essa leitura, que a mim me pareceu óbvia ao longo de todo esse tempo.
5. A expressão máxima da nossa diferença de leitura poderá talvez ser sintetizada nas duas questões/observações que fiz no contexto do debate que se sucedeu à intervenção inicial de Vítor Bento, às quais ele não reagiu. Foram elas as seguintes:
i) Conforme dito, Vítor Bento aposta na redução de salários para a saída da crise, assumindo e aceitando que isso conduza ao crescimento das desigualdades sociais. Pareceu-me entretanto surpreendido ou incomodado quando lhe fiz presente que Portugal apresenta o maior fosso em matéria de rendimentos no seio dos 27 países da União Europeia. A situação é tão chocante que, confrontado com o gráfico respectivo, alguém classificou de “pornográfica” a situação. Se ligarmos desenvolvimento e desigualdade social, não teremos aqui parte da explicação do nosso atraso e das nossas crises?
ii) É muito comum no Portugal dos últimos anos olhar-se para os ministros das finanças e classificar o seu desempenho de bom ou mau consoante estes se revelaram melhores “contabilistas”. Isso foi ainda assim até há poucos meses com Teixeira dos Santos. Mas pergunto: será que o ministro das finanças não precisa ser também “ministro” da economia, isto é, podem-se equacionar separadamente o equilíbrio do orçamento de Estado e o equilíbrio estrutural da economia (leia-se o crescimento do PIB do país)?
Repito: o livro de Vítor Bento é uma leitura que recomendo, não pelo que ele sugere como saída(s) para a crise(s) mas pela oportunidade de levar cada um dos leitores a fazerem a sua própria reflexão do que andou mal na economia e na política do país e dos caminhos que importa trilhar para que deixemos este beco de desgraça para onde nos deixámos conduzir.

J. Cadima Ribeiro

(uma versão deste artigo de opinião aparece publicada na edição de hoje do Suplemento de Economia do Diário do Minho, no âmbito de coluna regular intitulada "Desde a Gallaecia")

segunda-feira, maio 18, 2009

"UMAR questiona processo de nomeação dos membros externos do Conselho Geral da UMinho"

«CARTA ABERTA
NOMEAÇÃO DOS MEMBROS EXTERNOS PARA O CONSELHO GERAL DA UNIVERSIDADE DO MINHO

O Núcleo de Braga da União de Mulheres Alternativa Resposta (UMAR) vem por este meio manifestar a sua discordância relativamente ao processo de nomeação de elementos externos para o Conselho Geral da Universidade do Minho.
Esta instituição de ensino convidou, na verdade, seis membros externos para integrar este órgão: os ex-ministros Laborinho Lúcio, João Salgueiro e Luís Braga da Cruz, bem como o investigador de neurobiologia Alcino J. Silva, o empresário António Pacheco Murta, e o programador artístico e cultural, João Fernandes.
Não pretendendo colocar em causa o mérito dos nomeados, a UMAR questiona e contesta veementemente a ausência de nomeações de mulheres para o órgão colegial máximo de governo e de poder decisório da Universidade do Minho, o Conselho Geral. Não terão as mulheres mérito para ocupar tais posições na hierárquica institucional? Por que razão as nomeações incidiram somente em homens? Quais os critérios tomados em consideração?
Não obstante o crescente reconhecimento da inclusão da perspectiva de género na constituição de órgãos institucionais, a Universidade do Minho privilegiou exclusivamente homens, ignorando mulheres com mérito, reconhecimento nacional e idoneidade para exercer as suas incumbências. Esta visão androcêntrica é particularmente grave quando acontece numa universidade pública, que constitui um espaço de produção de conhecimentos e formação de mentalidades. Como instituição sem muros, a Universidade do Minho deveria ser pioneira na inclusão da perspectiva de género que, não colidindo com a meritocracia, contribui para uma instituição mais diversificada e igual.
Este último processo de nomeações mostra eximiamente a prevalência de um sexismo institucional que dá preferência aos homens, exclui as mulheres e favorece a perpetuação de relações de poder desiguais, cujos corolários tendem a reflectir-se na comunidade académica, nomeadamente nos/as estudantes.
Recusamos, deste modo, a conivência com:
a) A ausência de transparência no processo de nomeação, nomeadamente quanto aos critérios de selecção;
b) A inexistência de um júri moderador e supervisor que garantisse a imparcialidade, transparência e justeza;
c) O abuso de posições de dominância na nomeação de elementos externos;
d) A exclusão da perspectiva de género na composição do órgão, tendencialmente adoptada a nível institucional;
e) A incipiência da consciência social que tende considerar a inclusão da perspectiva de género como contrária à meritocracia.

A UMAR considera importante a imparcialidade e transparência do processo de nomeação destes membros, bem como o estabelecimento de critérios rigorosamente definidos que permitam acesso igualitário aos cargos disponíveis.
Com este documento, a UMAR espera contribuir para a promoção de processos institucionais não-discriminatórios, tornando a Universidade do Minho uma instituição, de facto, sem muros.
A UMAR aproveita ainda para congratular as personalidades nomeadas, que pelo e com o seu mérito permitam uma realização plena e civicamente consciente das suas responsabilidades.

União de Mulheres Alternativa e Resposta Núcleo de Braga
Braga, 18 de Maio de 2009
--
UMAR-Braga
União de Mulheres Alternativa Resposta
Núcleo de Braga»
*
(reprodução integral de mensagem que acabou de me cair na caixa de correio eletrónico, com a proveniência que se identifica)

"Ensino_superior: O ECDU, se a revisão de Gago não sofrer alterações"

«Colegas
Como temos vindo a referir o MCTES encerrou de facto as negociações relativas à revisão do ECDU após apenas dois dias de negociações - 22 de Abril e 6 de Maio, estando já elaborado novo documento na altura em que decorreu o terceiro dia - 12 de Maio.
Em matéria de ECDU as contra-propostas do SNESup suscitaram na sua maioria recusas ou silêncios.
Desde já, as consequências desta recusas e destes silêncios são negativas.
Quanto ao âmbito do diploma, as universidades em regime fundacional deixam de poder contratar docentes em regime de contrato de trabalho em funções públicas, contra o que o SNESup, com espírito pragmático, mais uma vez propôs.
Quanto ao conteúdo, se a revisão de Gago não sofrer alterações, podem ser tiradas desde já algumas conclusões:
[...]
2. A categoria de professor auxiliar aparece fragilizada no desenho dos Estatutos - um "professor estagiário" sujeito a um período experimental de 5 anos que não dá acesso a um vínculo reforçado. Trata-se de uma opção do Ministro que quando muito aceita - o texto ainda não está redigido de forma satisfatória apesar da insistência do SNESup - alargar aos actuais professores auxiliares sem nomeação definitiva as garantias dos restantes professores auxiliares.
[...]
7. Comete-se às instituições a aprovação de regulamentos de avaliação de desempenho sem que o Ministro tenha a coragem de, na revisão do ECDU, esclarecer se a legislação sobre o SIADAP é ou não aplicável.
[..]
10. Não foi dada resposta às propostas relativas à situção dos leitores em que o SNESup continua a defender a possibilidade de contratação por tempo indeterminado, uma vez na sua maioria preenchem necessidades permanentes, bem como apoios à realização de doutoramento com os mesmos direitos que os actuais assistentes.
Saudamos a anunciada ampliação da resolução alternativa de litígios, que vimos propondo desde há uma década, esperando que a redacção reflicta a proposta que, com a colaboração do próprio CAAD - Centro de Arbitragem Administrativa apresentámos.
[...]
Saudações académicas e sindicais
A Direcção do SNESup
em 18-5-2009»
*
(reprodução de extractos de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a proveniência que se identifica)

domingo, maio 17, 2009

Notícias da Universidade Nova de Lisboa

Notícia Diário Digital
Universidade Nova de Lisboa: António Rendas reeleito reitor:
http://www.diariodigital.pt/news.asp?section_id=61&id_news=388372

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

sexta-feira, maio 15, 2009

"As universidades como pontes entre culturas"

Artigo Expresso
As universidades como pontes entre culturas:
http://aeiou.expresso.pt//as-universidades-como-pontes-entre-culturas=f513098

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

"Estou de volta, e ainda às voltas, das ´negociações da carreira`"

AUCTIONS - Bids CLOSED!

(título de mensagem, datada de Quinta-feira, 14 de Maio de 2009, disponível em Polikê?)

quinta-feira, maio 14, 2009

"Graças aos nossos gestos de firmeza [...] tudo continua em aberto" ?

Concentração, iniciativa inédita no SNESup

(título de mensagem, datada de 2009/05/14, disponível em Fórum SNESup)

Precalços da vida "académica": ainda a propósito de canalhices e de outros actos indignos

Por puro acaso, chegou-me a informação de que deu sarilho a 3ª reunião do júri de umas provas de agregação a que aqui me referi há uns meses, que ficaram marcadas por uma sucessão de episódios pouco edificantes protagonizados pelos membros do respectivo júri, obviamente muito "qualificado" e magistralmente presidido. Ao que parece, alguém não terá gostado de ver-se "contrangido" a justificar a respectiva votação.
Obviamente, com as bolinhas era tudo muito mais cómodo. Precalços ...
J. Cadima Ribeiro

quarta-feira, maio 13, 2009

"Negociações sobre Carreiras - Ponto da situação"

«Boa tarde [...]
Dirijo-me particularmente a vocês para agradecer o trabalho desenvolvido na defesa dos interesses dos professores Universitários (e não só), mas também, para manifestar a seguinte inquietação: Começa a pairar a suspeita que os sindicatos estão a defender, sobretudo, os interesses dos colegas do Politécnico e a descurar os dos leitores, assistentes e professores universitários. Podem dar à academia, em prol da necessária transparência, informações (o temor é forte mas não me ocorre outro) sobre quem integra a equipa negocial com o MCTES? (se não quiserem referir nomes, pedia-vos apenas o grau académico e o local de trabalho).
Não interpretem mal, mas sabemos que ao longo da história o movimento sindical foi alvo de muitos aproveitamentos e manipulações. Estes movimentos independentes, estão para coadjuvar os sindicatos, formar sinergias, mas temos que saber com o que podemos contar.
Aproveito esta ocasião para vos pedir que transmitissem aos membros do sindicato que estão nas negociações com o MCTES que os colegas, ontem reunidos na UMINHO, exigem (não pedem) o respeito do MCTES, por todos aqueles que fizeram uma licenciatura, provas de aptidão científico-pedagógica ou mestrado, doutoramento, cinco anos de provação com currículo avaliado...e que abnegadamente deram o melhor para que a instituição UMinho, seja uma referência.
É por isso inaceitável que a única recompensa que o MCTES lhes queira dar, seja a precariedade. Neste momento não devemos pedir nada. Exigimos respeito e consideração. O que se aplica aos professores auxiliares com nomeação definitiva, deve aplicar-se a todos os investigadores, leitores, professores auxiliares sem nomeação definitiva: cumprimento das promessas, das expectativas criadas e garantias de estabilidade laboral.
Um abraço e bom trabalho a todos.
Precioso

Nota: Vamos regressar ao trabalho de preparação de aulas e da investigação, que a vida tem muitas frentes. No entanto, temos que estar cada vez mais atentos. Já nos distraímos demasiadamente.
[...] Está também a ser constituído um grupo inter-universitário para levar o nosso descontentamento ao parlamento
*
(reprodução parcial de mensagem de correio distribuída universalmente na rede da UMinho que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico; a origem é a que aparece indicada)
Nota do editor do blogue: a iniciativa enunciada nas últimas linhas da mensagem que se reproduzo (e que destaco), para ser materializada, supõe a mobilização e articulação de esforços por parte de colegas de diferentes Escolas (Universidades/Politécnicos). O primeiro passo para a respectiva efectivação é pôr em comunicação "representantes" de diversas instituições; o endereço electrónico (activado) do colega consitui, desde já, um apelo à voluntariação dos eventuais leitores deste blogue que estejam identificados com e sintam o problema.

"RE: Impasse nas negociações MCTES/Sindicatos - Protesto na UM"

«Caro José Precioso e demais colegas presentes na reunião na UM,
Tendo estado ontem e hoje em reuniões de negociação com o Ministro e de avaliação na Comissão Coordenadora do Departamento do Ensino Superior da FENPROF não pude ontem estar presente, mas não posso deixar de manfestar o meu apreço e solidariedade por esta acção espontânea e justa em defesa dos professores universitários e do ensino superior público. Embora tenhamos feito um resumo da reunião em comunicado enviado, hoje teremos a nota por escrito do Ministro, o que nos deve voltar a reunir, avaliar e agir.
Saudações colegiais e sindicais
Manuel Carlos Silva»
-
Ps: «Caros colegas,
No email de felicitação que enviei sobre a jornada de ontem, esqueci-me de dar conta de um blog relativo aos professores auxiliares promovido por alguns colegas:

Saudações colegiais e sindicais
Manuel Carlos Silva»
*
(reprodução integral de mensagens distribuídas universalmente na rede da UMinho que me cairam entretanto na caixa de correio electrónico; a origem é a que se identifica)

"Docentes manifestam-se contra a precariedade laboral"

Notícia Correio do Minho
Docentes manifestam-se contra a precariedade laboral:
http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=6937

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

terça-feira, maio 12, 2009

Precaridade laboral e sub-financiamento das instituições do ensino superior

«No discurso que fez durante a cerimónia de consignação da obra das futuras instalações da ESDRM, a presidente do Instituto Politécnico de Santarém, Maria de Lourdes Asseiro, mostrou preocupação quanto aos efeitos das medidas actualmente em negociação na estabilidade das escolas, do corpo docente e da qualidade da formação.
Lourdes Asseiro referiu ainda a questão do sub-financiamento das instituições do ensino superior, defendendo a necessidade de haver um “ajuste aos resultados e actividades desenvolvidas”.»

(excerto de Notícia PÚBLICO - Última Hora, datada de ontem e intitulada "Professores equiparados terão tempo para se qualificarem, garante ministro")

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"Impasse nas negociações MCTES/Sindicatos - Protesto na UM"

«Caro/as colegas.
Obrigado pela vossa presença no Prometeu. Não querendo ser juiz em causa própria, acho que correu bem. Amanhã, quando lermos as notícias é que poderemos fazer uma avaliação mais séria, da eficácia da iniciativa. O meu compromisso agora, é reunir com os deputados distritais dos partidos com assento na assembleia da República e transmitir-lhes as nossas preocupações e reivindicações. Agradeço que me enviem sugestões para dar continuidade a este movimento. Renovo os agradecimentos aos presentes, e aos ausentes que não “justificaram” (nem tinham obviamente que o fazer) desejo que a vida lhes continue a correr bem.
Um abraço e um bom resto de dia.

Precioso»
*
(reprodução integral de mensagem distribuída universalmente na rede da UMinho que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, com a proveniência identificada - José Alberto Gomes Precioso)

segunda-feira, maio 11, 2009

"Revisão do ECDU - Concentração"

«Colegas
Sem prejuízo de continuarmos a apelar à participação dos colegas que tiverem disponibilidade para se deslocar a Lisboa na concentração que iremos realizar nesta terça -feira, 12 de Maio, no MCTES, não queremos deixar de apelar aos nossos associados que não se venham a deslocar para que participem na concentração convocada pelo colega José Precioso na UM, junto à estátua do Prometeu, pelas 14.30.
Estamos entretanto a ponderar a realização de concentrações em todas as instituições de ensino superior do país no próximo dia 20 de Maio,último dia do processo negocial "normal" que, a não haver acordo, será seguido de negociação suplementar.
Saudações académicas e sindicais
A Direcção do SNESup
11-5-2009»
(reprodução integral de mensagem que acabou de me cair na caixa de correio electrónico, com a origem que se identifica)

" Ensino_Superior: Promover mesas conjuntas para maior transparência do processo negocial"

«Colegas
O processo negocial relativo à revisão dos Estatutos de Carreira está a caracterizar-se por uma acentuada falta de clareza que deriva da forma como o MCTES tem gerido as várias mesas negociais com as associações sindicais, nem sequer se sabendo se são três ou quatro mesas que estão a funcionar em paralelo. Por outro lado corre ainda um processo de diálogo entre o Ministério e outras entidades com influência no sistema.
Vem-se tornando quase impossível, pelo menos ao SNESup, que apresentou propostas sob a forma de articulado, as quais actualizou tendo em conta os contributos e críticas entretanto recebidos, obter posições definidas do MCTES quanto a essas propostas e por maioria de razão, contra-propostas. A justificação é que, estando a dialogar com quatro estruturas sindicais, o Ministério não pode elaborar "quatro estatutos". Poderíamos compreender o argumento se o Governo se comprometesse com uma data para enviar nova proposta todos os interlocutores, incorporando as reformulações já aceites. No entanto o Ministro recusou-se liminarmente a fazê-lo.
A situação descrita pode levar a que Mariano Gago "feche acordo" sobretudo em matéria de disposições transitórias, numa base insatisfatória para a maioria dos colegas abrangidos, com quem quiser sobre si os holofotes da comunicação social, ou que acabe por pressionar cada uma das organizações sindicais a assiná-lo com o argumento de que as restantes estão à beira de o aceitar.
O que está em jogo é demasiado importante para que o SNESup se abstenha de questionar a metodologia seguida.
Na reunião do passado dia 6 de Maio o Ministro referiu-se à possibilidade de, em relação a uma questão muito específica focada nas suas propostas de revisão, vir a promover no futuro uma mesa conjunta de todas as organizações sindicais.
O SNESup, ao ver aproximar-se o final da reunião sem avanços significativos, propôs ao Ministro que promovesse uma mesa conjunta de todas as organizações com que vem mantendo diálogo para discussão das disposições transitórias.
O Ministro não respondeu na altura à proposta de realização de uma mesa conjunta para esse ponto das negociações mas, pela nossa parte, a proposta continua em aberto.
Saudações académicas e sindicais
A Direcção do SNESup
em 11-5-2009»
(reprodução integral de mensagem que me caiu esta manhã na caixa de correio electrónico, com a origem que se identifica)

domingo, maio 10, 2009

Teremos boas novas para o Verão?

Caros(as) colegas,
Nalguns circulos da UMinho parece constar que o reitor em funções está a preparar a respectiva saída no próximo Verão? Será?
A ser assim, evitar-se-ia o prolongamento deste estado de agonia por mais um ano. A ser assim, digo, a UMinho teria condições para iniciar efectivamente um novo ciclo (que reclamámos -NDNR - a seu tempo), mesmo que coxa, em expressão dos resultados das eleições para o Conselho Geral.
Vou aguardar com serenidade as novidades que nos trarão os próximos capítulos desta saga.
J. Cadima Ribeiro

sexta-feira, maio 08, 2009

"Manifestarmos a nossa indignação"

"Colegas.
Eu acho importante manifestarmos a nossa indignação contra a proposta de revisão do EDU feita pelo MCTES, e o seu autismo (eufemismo de arrogância).
A estratégia de uma concentração em Lisboa parece-me bem, pois é lá (na capital) que as coisas (infelizmente) se decidem. No entanto, para os que não possam estar presentes, renovo a sugestão feita anteriormente, de uma concentração por Universidades. No contexto do exposto, proponho aos colegas da UM que se concentrem no dia 12 de Maio, pelas 14 30 H, junto da estátua do Prometeu, (para darem visibilidade ao seu desagrado). Se não tornarmos público o nosso descontentamento, jamais veremos os nossos problemas resolvidos.
Estarei presente, se receber garantias que pelos menos mais alguns colegas o irão fazer. A unidade faz a força. Agradeço que quem estiver de acordo com esta proposta me comunique por esta via.
Um abraço e bom fim de semana.
Precioso

Nota: Chega de brandos costumes. Este MCTES já fez muitas malfeitorias ao ensino em geral, e à UMinho em particular. Já basta."
(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, com origem em José Alberto Gomes Precioso, UMinho)

quarta-feira, maio 06, 2009

"Sindicatos temem pelo futuro de quatro mil professores"

"Apesar de não haver dados oficiais conhecidos, os sindicatos estimam que existam cerca de sete mil professores equiparados no politécnico, o que corresponde a 70 por cento dos docentes com um vínculo precário. Destes, quatro mil estão em dedicação exclusiva. São estes que correm o risco de não entrar nos quadros das instituições onde trabalham."
*
(excerto de Notícia PÚBLICO - Última Hora, de hoje, intitulada "Negociações com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - Sindicatos temem pelo futuro de quatro mil professores)
[cortesia de Nuno Soares da Silva)

"Projecto inovador de aproveitamento de biogás"

UM desenvolve tecnologia de ponta na área do biogás

(título de mensagem, datada de 09/05/05, disponível em ComUM)

terça-feira, maio 05, 2009

A mudança tarda na UMinho!

*
(título de mensagem, datada de Terça-feira, 5 de Maio de 2009, disponível em UMinho: Novos Desafios, Novos rumos)

segunda-feira, maio 04, 2009

"As diferenças de ´estilo`"

«Sim, há diferenças de estilo...
O estilo pode residir na forma do discurso para abordar os factos que são objecto do discurso (por exemplo, o recurso a metáforas). Pessolamente gosto mais de dar os nomes às coisas.
Outro estilo reside no discurso de uma sobranceira superioridade cívica e moral (o lado do BEM dentro da UM) para eclipsar factos incómodos, precipitados pelo afã do eleitoralismo.
Pessoalmente tenho dos Professores Unversitários em geral, a ideia de que na sua conduta não cabe a mentira fácil, afirmada com ênfase de forma pública. Por isso reajo com estranheza face à acusação e vê-se afinal, que apesar do "anexo", há alguma verdade na denúnicia feita.
A acusação leviana (com conhecimento da razão que assiste ao adversário), numa linguagem com expressões do género "afã maldicente", "fique com as suas mentiras", etc. é mais do que um estilo, é uma agenda política na academia. Esse estilo que tem feito caminho nos vários actos eleitorais, em que se pretende veicular a ideia de que "somos os melhores", "somos virtuosos e moralmente superiores", "o interesse da Instituição confunde-se connosco" é a tal agenda política que repudio.
Saudações.
Joaquim Sá»
*
[reprodução de mensagem de correio electrónico produzida pelo colega identificado, reaguindo a mensagem(ns) distribuída(s) universalmente na rede electrónica da UMinho em 09/04/30, sob o tema em epígrafe e no quadro de campanha eleitoral para o Senado da Universidade da Universidade do Minho]

sexta-feira, maio 01, 2009

"Do imenso vazio de ser invisível e não poder votar - leitores"

«Cara Colega,
Ignorava esta situação e obrigado por nos fazer tomar conhecimento dela.
Se são doutores deviam poder votar!
Apoiarei qualquer acção para alterar este estado de coisas, conte comigo.
Saudações amigas,

Adérito Marcos

De: [...]
Assunto: Do imenso vazio de ser invisível e não poder votar- leitores

Vemos, ouvimos e lemos não podemos ignorar!

Caro Precioso e caros colegas da Academia:
Os prof auxiliares estão em situação precária, concedo e é grave.
Pelos vistos ainda não viu a situação dos leitores! Essa sim é de mera existência virtual! E isso é grave, muito grave. Sem leitores não há ensino de línguas, sem competência em duas línguas estrangeiras não há igualdade de oportunidades em termos do mercado interno da UE.
Sem competência em trabalho em duas línguas estrangeiras não há promoção de carreira nos órgãos da Comissão Europeia. Isto já não é um memo interno, já vem inscrito nos critérios de progressão na carreira e concursos.
E os docentes sobre quem recai a responsabilidade de providenciar que os nossos licenciados tenham um diploma que prove pela sua inclusão no anexo ao diploma que reúnem as competências linguísticas de empregabilidade são tratados como coisa inexistente.
Não há outra figura tão precária no ECDU e contudo quase todos nós tivemos o privilégio de ser ensinados pelos nossos leitores de Alemão,Árabe, Catalão, Checo, Chinês, Espanhol, Francês, Galego, Inglês, Italiano, Japonês, Magiar, Neerlandês, Sueco e Russo.
Assim de repente estas foram as línguas que são/ foram ensinadas na UM a todo a Academia. É a riqueza e diversidade linguística que assegura por vezes a competitividade de um currículo para os nossos licenciados.
Cada um de nós sente os seus problemas, mas os destes colegas nem sequer são uma alínea da questão, estão sempre de fora.
Não há casos destes nas escolas e faculdades portuguesas não letras, isto é 85%? Como podemos esperar que eles sejam bem representados por escolas que ignoram a sua existência.
Não inscrevo este comentário em qualquer forma de apoio de lista, que estaria fora de tempo, e portanto abusiva ou ilegal.
Aproveito sim a oportunidade de presumir que hoje a maioria de nós lerá os mails circulares/ extra contactos pessoais com mais alguma atenção para vos passar esta informação que é útil a todos os que pensam continuar na Academia, e aos outros que sonham em sair para uma oportunidade extra-muros.
Muito cordialmente

Filomena Louro»

[reprodução de mensagem(ens) com distribuição universal na rede da UMinho que me caiu(cairam) em 09/04/30 na caixa de correio electrónico]

Mobilidade de estudantes

Notícia Correio da Manhã
Universidades não pagam mobilidade:
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?channelid=ED40E6C1-FF04-4FB3-A203-5B4BE438007E&contentid=D45D64EF-2CE3-4CBF-967B-0B524449C5B0

(cortesia de Nuno Soares da Silva)