Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região

quinta-feira, novembro 30, 2006

Opportunity is…

"Opportunity is a haughty goddess who wastes no time with those who are unprepared."
George Clason

(citação extraída de SBANC Newsletter, November 28, 2006, Issue 449-2006; http://www.sbaer.uca.edu/ )

quarta-feira, novembro 29, 2006

"Universidades divulgam onde trabalham ex-alunos"

«As universidades portuguesas vão passar a disponibilizar ao público informação sobre o percurso profissional dos seus licenciados, com o objectivo de tornar mais clara aos futuros candidatos à entrada no estabelecimento de ensino quais as oportunidades de emprego e carreira que podem vir a ter com o seu diploma.

Esta é uma das medidas presentes no Simplex 2007 - a segunda edição do programa de simplificação dos procedimentos administrativos - e que foi ontem colocada para consulta pública pelo Governo. O documento foi publicado na página de Internet da Unidade de Coordenação da Modernização Administrativa (UCMA) e inclui medidas para 17 áreas na categoria da cidadania e 15 na categoria das actividades empresariais. O objectivo nesta fase é recolher sugestões, para que no início do próximo ano se apresentem as medidas de forma mais detalhada e com prazos de concretização definidos.

Esta medida, incluída na área "empregar e trabalhar", passa por "criar um sistema, comum a todos os estabelecimentos de ensino superior, de informação sobre o percurso profissional dos seus diplomados durante um período de cinco anos após a obtenção do grau". A informação será dada "de forma não personalizada" e terá como complemento "informação relevante sobre o desemprego de diplomados do ensino superior".»

(extracto de notícia do Diário de Notícias, de 2006-11-29, intitulada "Universidades divulgam onde trabalham ex-alunos")
Comentário: julgava eu que Simplex pretendia significar simples, rápido, cómodo; afinal, quer dizer, também, estabelecimento de novas burocracias e regulamentação pelo governo do que deveria ser o mercado a regular. Note-se que não se põe em causa a desejebilidade de transparência no funcionamento do Ensino Superior. Isso é outra coisa, no entanto.

“Trends in the distributions of income and human capital within metropolitan areas: 1980-2000”

”Human capital tends to have significant external effects within local markets, increasing the average income of individuals within the same metropolitan area. However, evidence on both human capital spillovers and peer effects in neighborhoods suggests that these effects may be confined to relatively small areas. Hence, the distribution of income gains from average levels of human capital should depend on how that human capital is distributed throughout a city. This paper explores this issue by documenting the extent to which college graduates are residentially segregated across more than 165000 block groups in 359 U.S. metropolitan areas over the period 1980-2000. Using three different metrics, we find that the segregation of college graduates rose between 1980 and 2000. We also find that cities which experienced larger increases in their levels of segregation also experienced larger increases in income inequality, although our results suggest that inequality and segregation likely influence each other.”

Christopher H. Wheeler
Elizabeth A. La Jeunesse
Keywords: Human capital ; Income distribution
Date: 2006
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:fip:fedlwp:2006-055&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

terça-feira, novembro 28, 2006

Não podemos ficar parados na "terrinha"

«É, sem dúvida, desmotivador e frustrante pensar que todo o esforço que ronda uma licenciatura não vai valer a pena!
Confesso que estou em Economia porque sempre o desejei, mas penso em muitos alunos que ingressam em cursos diferentes daqueles que realmente queriam, pelo simples facto de não possuírem grandes saídas profissionais. Não digo que o nosso curso as tenha. Pelo contrário, sinto grande receio do momento em que tiver que entrar no mercado de trabalho, porque tenho medo que todo este tempo tenha sido em vão.
Mas não vale a pena lamentarmo-nos. Temos que agir, que procurar…Não podemos ficar parados na “terrinha” à espera que o emprego que aspiramos chegue. Temos que ir atrás dele!»


Sónia Esteves

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

"Sr. Ministro, demita-se"

«Escrevi ontem um apontamento a dizer, afinal, "Sr. Ministro, demita-se". Julguei que era bomba, mas, comparado com o que é dito pelo reitor de uma das maiores universidades portuguesas, fica simples petardo. Creio que, para o telespectador comum, o que ficou foi "Sr. Ministro, o que fez até agora? Nada!".»

João Vasconcelos Costa

(extracto de mensagem, intitulada "Prós e Contras ", inserida pelo autor no seu blogue - Reformar a Educação Superior - em 06/11/28)

/...

«Acho que o ministro se enganou na bancada. Devia estar na da oposição. Esta ideia de usar um orçamento de Ciência para tapar buracos orçamentais relativos a despesas correntes é absolutamente brilhante. Não tinha ocorrido a mais ninguém. Cabecinha pensadora!»


MJMatos

(extracto de mensagem, intitulada "Prós e Contras 1", inserida pelo autor no seu blogue - Que Universidade ? - em 06/11/27)

/...

Comentário: alguns de nós, escudados na sua anterior passagem pelo governo, na pasta da Ciência, depositavam alguma esperança na capacidade reformadora e lucidez deste ministro, se bem que também houvesse quem não o achasse fadado para gerir os destinos do Ensino Superior (que terá aceite contrariado). Pura ilusão. Menos de dois anos passados, já só vive de malabarismos e demagogia. Exemplo bem ilustrativo disso é a "ameaça" que vem repetindo de reforçar a dotação da investigação científica. Nada mais fora da verdade. Quem tem a desdita de gerir uma unidade de investigação sedeada numa universidade confronta-se com um orçamento que não é actualizado vai para 4 anos e com atrasos sistemáticos, de muitos meses, nas transferências de verbas por parte da FCT. Perante tal gestão, até o reitor mais inábil (e há vários nas Universidades portuguesas) se sugere ser um sujeito capaz e bem intencionado.

segunda-feira, novembro 27, 2006

As propinas são cada vez mais altas

"Quando se diz que a educação é acessível a todos, será que se pode aplicar à realidade portuguesa?
Penso que não. De facto, em Portugal, deparamo-nos com um sistema educativo muito caro perante a realidade portuguesa. As propinas são cada vez mais altas, o que pode desincentivar os pais a apoiar os filhos nos estudos, mas não podemos olhar apenas para o lado das propinas. Muitos são os estudantes que devem viver fora do agregado familiar para poder frequentar uma universidade e, logo, devem ter um alojamento, o que é muito complicado sustentar para pais com baixos níveis de rendimentos. É verdade que existem bolsas de apoio para famílias mais carenciadas, mas serão estas suficientes? "

Sónia Caroline Mota

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

domingo, novembro 26, 2006

Ainda a propósito de "As teias do medo e a ausência do sujeito"

«Tive já oportunidade de, em jeito de desabafo, comentar com […] que já levo mais uns tempos de desmotivação acumulada que ele...
Tem sido muito desgastante perceber que, na escola, os mais surreais malabarismos são feitos, nos órgãos, com a concordância e a passividade de uma maioria que, a troco de favores ou de uma carreira sem problemas, pactua, cómoda e serenamente (e sem parecer ter problemas de consciência com isso), com todo o tipo de decisões injustas, arbitrárias e incoerentes....
Nos meus primeiros tempos de Conselho Científico as coisas eram bem diferentes.
[…]
Infelizmente, hoje os valores parecem ser outros....hoje ensinam-nos que ninguém deve dizer que "o rei vai nu" pois pagará caro por essa audácia...
Quando já estava a deixar de acreditar...é bom saber que há um grupo de pessoas que não se resignou ainda a "atirar a toalha ao chão"...»

(extractos de mensagem, recebida por via electrónica, de colega universitário a propósito de episódio recente passado na sua escola)

sábado, novembro 25, 2006

Mais importante que avaliar a qualidade é estimulá-la

"Para fomentar a redução da qualidade global das instituições de ensino superior já bastam os cortes orçamentais infligidos pelo MCTES às universidades e aos politécnicos. Mais importante que avaliar a qualidade é estimulá-la."

SNESup

(extracto de mensagem, intitulada " O futuro modelo de avaliação e de Acreditação do Ensino Superior, datada de 06/11/23, disponível no sítio do SNESup)

“A new social compact: how university engagement can fuel innovation”

"Richard K. Lester feels that colleges and universities, because they are immobile, can replace local institutions whose leadership has been eroded by globalization. However, university attempts to improve the regional economy must be well-planned. North Dakota clearly illustrates benefits of a strategic approach to university and college interaction with the economy. This paper examines the degree to which their Higher Education Roundtable fits into the specific model of engagement proposed by Lester. Much of the specificity of the North Dakota plan came in the implementation, which has been guided by specific accountability measures. Because such measures can not only reflect priorities but also set them, this paper evaluates the new initiatives in North Dakota with an independent set of metrics that assess university efforts to foster innovation. While the two sets of metrics are largely compatible, North Dakota University System does not evaluate qualitative goals throughout the university system. This paper argues that qualitative outputs from higher education are often under reported in assessments of economic and social benefits attributed to universities and colleges.”

Larry Isaac;
Rick Mattoon;
Laura Melle.

Date: 2006
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:fip:fedhwp:wp-06-08&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sexta-feira, novembro 24, 2006

Com isto se desperdiça o tal "potencial"

«Vinha para casa a pensar mesmo nisso. Bastam meia dúzia de reuniões para uma pessoa perder qualquer motivação ou vontade de querer intervir. Qualquer proposta/intervenção cai em saco roto, de tal forma as decisões e a condução das reuniões são arbitrárias, incoerentes, absurdas, manipuladas... E com isto se desperdiça o tal "potencial" de que tanto se fala...»
("desabafo" produzido, via electrónica, por um colega universitário a propósito de um episódio recente passado na sua escola)

quinta-feira, novembro 23, 2006

Há "fascimos sociais" que subsistem

«Há mentalidades anacrónicas e comportamentos anti-democráticos por todo o lado. Não só os défices de democracia e cidadania são preocupantes como em muitas dimensões da vida social se assiste ao recrudescer de práticas de cariz autoritário, controleirista ou caciquista. Vivemos em democracia e há liberdade formal, mas há “fascismos sociais” que subsistem na sociedade e até no seio das próprias instituições. A tradicional vocação tutelar, a doentia procura de “protecção”, a mentalidade da resignação e do conformismo devem-se, em larga medida, ao peso ancestral de uma moral católica altamente conservadora e à vivência de um largo período de estatismo autoritário (o salazarismo). A atitude submissa, quando combinada com a inveja, a ânsia de mando e de poder, dão lugar a relações promíscuas e a múltiplas dependências pessoais.
Esta realidade reflecte uma sociedade ainda amarrada a um conjunto de peias e de medos que, a meu ver, nos impede de alcançar padrões de desenvolvimento e formas democráticas de intervenção cívica nos quais há poucos anos atrás muitos de nós acreditámos (e continuamos a acreditar, apesar de tudo). Porque é que proliferam tantas atitudes bajuladoras do “chefe”, do “tutor”, do “orientador”, do “patrão”, etc? Porque na maioria dos contextos organizacionais se isso não acontecer o mais provável é que nos caiam em cima as mais diversas formas de retaliação, das mais perversas e subtis às mais arrogantes. Enquanto a cultura do mérito permanece incipiente, a cultura da mediocridade torna-se mais forte. Há uma pressão para os “alinhamentos” incondicionais com este ou com aquele, e se as expectativas de quem está na posição de poder não se confirmam é comum que a reacção autoritária se faça sentir sobre “elo mais fraco”.»


Elísio Estanque

(extracto de mensagem, intitulada "As teias do medo e a ausência do sujeito", inserida pelo autor no seu blogue - BoaSociedade - em 06/11/22)

Comentário: porque será que as palavras que se reproduzem acima me parecem um retrato a cores autênticas da minha Escola e da minha Universidade? Será que é porque sim, pura e simplesmente?

quarta-feira, novembro 22, 2006

"O relatório da ENQA "

"Toda essa documentação só me custa a assinatura da net, o tempo de "download" e a impressão, porque só gosto de ler em papel, anotando. Em contrapartida, Sr. Ministro, quanto pagou à ENQA? E quanto vai pagar à OCDE por outras que tais banalidades? Sobre isto, até vou fazer uma brincadeira, se tiver tempo: escrever a minha versão antecipada das recomendações da OCDE. Ponho-a na banca das apostas, duvido é que alguém aposte contra mim. "

João Vasconcelos Costa

(extracto de mensagem, intitulada "O relatório da ENQA", inserida pelo autor no seu blogue - Reformar a Educação Superior - em 06/11/22)

Um corte orçamental é um corte orçamental

«Claro que um corte orçamental é sempre um corte orçamental e, como corte, vem “perfurar” e afundar a situação em que se encontra o nosso sistema de ensino superior, que já por si é precário! Vejamos, um dos principais objectivos do Governo e das universidades quando adoptaram Bolonha, foi reduzir os custos, principalmente com os recursos humanos. Pensando eu que com isso pretendiam reduzir os custos que nós estudantes do ensino superior suportamos, como as propinas! Mas não! Estas aumentaram no último ano.
Não se percebe este tipo de atitudes; é bem visível o preocupante número de alunos que desistem de estudar por problemas financeiros. Não é a mão-de-obra qualificada a melhor riqueza de um país?
Eu penso que o esforço e a dedicação por parte dos nossos governantes à educação está muito aquém daquilo que se podiam realmente fazer no nosso país!»


João Araújo

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

O "part-time" começa a ser a solução

"Como grande parte de nós o sente na pele, o ensino superior é muito dispendioso, não estando desse modo ao alcance de todas as famílias.
Hoje em dia, como constato com colegas, o part-time começa a ser a solução para não se abandonar o "barco" da universidade. Como consequência disso, o aluno que trabalha durante o tempo de aulas demora normalmente mais anos a terminar o curso do que um estudante que não o faça. Ora, isto é um "preço" demasiado alto pago por um aluno trabalhador-estudante, uma vez que, a acrescentar às horas que têm que trabalhar para acarretar as despesas de estudo, ainda terão que andar mais anos com esse tipo de despesas do que um aluno não trabalhador estudante.
Provavelmente, se o tal sistema de atribuição de bolsas já falado em cima fosse perfeitamente justo, esse tipo de aluno carenciado veria as suas despesas "diminuirem" com a ajuda da acção social, o que já não o obrigava a dedicar-se tanto aos part-times e, ajudaria inclusivamente a diminuir a média de anos na universidade dos alunos portugueses. Contudo, e deixando aqui um caso para pensarmos, a justiça no ensino dificilmente será alcançada, quando, nestas questões de atribuição de bolsas se constata que até os alunos de universidades privadas têm bolsas, e altíssimas!!! Falo de alunos que, por não terem nota suficiente, entram em universidades privadas, pagam cerca de 300 euros mensais por lá andarem e recebem quantia idêntica de bolsa de estudo!
Concluindo, muitas vezes, sem grande esforço, se consegue andar num curso de uma privada (praticamente com tudo pago), e (nao sendo raro actualmente) com melhores colocações de emprego do que os que se formam no ensino público!!!"


Helder Silva

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

terça-feira, novembro 21, 2006

Serviço público - "Manifesto Contra a Praxe Durante o Ano Lectivo"

Exmo. Senhor Reitor,

Somos um grupo de docentes preocupados com o desempenho académico dos alunos da nossa academia e com o nosso próprio desempenho enquanto docentes e investigadores. É por considerarmos a praxe, nesta altura do ano lectivo, como um abuso de privilégio e boa-vontade, que perturba o funcionamento do ano lectivo, que nos dirigimos a V.ª Ex.ª.
Antes de elaborarmos sobre o motivo pelo qual pensamos que a praxe está a prejudicar o desempenho de todos os membros da academia, manifestamos o nosso apreço e respeito pela manutenção das tradições académicas, e reconhecemos à praxe o mérito de ajudar à integração dos alunos num ambiente em que espaço e colegas lhes são estranhos. A praxe faz parte da identidade académica, é esperada com entusiasmo pelos praxantes e sofrida com algum regozijo pelos praxados. Apesar de alguns exageros ocasionais, pensamos que a praxe é uma tradição das instituições do ensino superior em geral, e da nossa academia em particular, que deve ser acarinhada e respeitada pela comunidade académica.
E é pelo respeito à tradição e caráter de integração da praxe que, na semana de recepção ao caloiro, somos complacentes com ausências nas aulas de praxantes e praxados, e somos coniventes com atitudes ditatoriais e insultuosas à dignidade dos mais recentes membros do corpo de alunos. À luz do respeito pela tradição, tudo isso aceitamos.
Todavia, não podemos mais ser coniventes com o facto de a praxe não se circunscrever ao período de boas-vindas e se estender pelo ano académico. Assistimos todos os dias, das oito da manhã às altas horas da noite, a cortejos de alunos que, entre berros e manifestações de boa forma física (corridas, flexões, abdominais...), impedem o trabalho e concentração de quem se encontra no campus. Poderá verificar que têm sido vários os pedidos aos seguranças para que afastem a praxe dos edifícios das escolas e complexos pedagógicos. Naturalmente isto transfere o ónus da perturbação para outros colegas que se encontrem na zona do campus para a qual a praxe é movida.
Consideramos que a praxe a meio do ano lectivo é um abuso particularmente contraproducente à luz do Acordo de Bolonha. Num cenário em que o método de avaliação foi revisto para melhorar as competências dos alunos, tornam-se mutuamente exclusivos a intromissão das actividades de praxe no tempo disponível dos alunos (i.e., fora de aulas) e o bom desempenho académico: não é possível a caloiros e praxantes acompanharem a matéria das aulas, realizar trabalhos de casa e testes e, simultaneamente, terem a sua atenção constantemente dispersa em actividades de praxe. O esforço que lhes é exigido não é compatível com o serem praxados constantemente, por vezes por períodos de 24 horas ininterruptas.
Em simultâneo, as actividades de praxe que se realizam no campus são um atentado à concentração dos que tentam trabalhar, desde o fazer pesquisa à própria actividade lectiva. É virtualmente impossível aprender e ensinar quando a escassos metros o barulho é ensurdecedor.
Manifestado pois o nosso respeito pela tradição que é a praxe, e tendo reconhecido o seu carácter de integração no meio académico, vimos pedir-lhe que circunscreva temporalmente a duração da praxe ao período de boas-vindas dos novos alunos, para que não entre em conflito com o objectivo de excelência da instituição. Os alunos vêm para a universidade para aprender primeiro, vindo a praxe em segundo lugar. Não o inverso.
Pensamos que os benefícios da praxe foram há muito esgotados, e que as actividades correntes não são mais do que um atentado ao bom desempenho académico dos novos e antigos alunos, e ao nosso desempenho enquanto professores e investigadores.
Pedimos-lhe que intervenha em defesa dos interesses dos alunos, que proteja o seu direito a um ensino competente e a uma aprendizagem calma e eficiente. Por favor limite a praxe à semana de recepção ao caloiro e termine com os excessos que só prejudicam os membros da academia.

Braga, 21 de Novembro de 2006

Joana Girante
(1ª subscritora)

“The role of Entrepreneurial Universities in interfacing Competitive Advantages: The Case of Beira Interior region (Portugal)”

“This paper reveals the importance of a local entrepreneurial university in interfacing competitive advantages, by assuming the condition of most influent and dynamic engine of regional development. The strategic diagnosis provides the identification of a dominant quadrant in the TOWS matrix application to the Beira Interior region, which is dominated by Mini-Maxi strategies. For improving the competitive positioning of that region, the transition from the dominant quadrant (Mini-Maxi) to the most desirable quadrant (Maxi-Maxi) is also proposed. In this sense, the University assumes a fundamental role in the design and in the promotion of the proposed set of strategic actions, which should be implemented in two critical areas: traditional activities and tourism; and entrepreneurship and innovation. In terms of future research, the same analytical tool could be applied to other regions with a similar competitive profile, in order to obtain comparative analyses and to better calibrate the TOWS Matrix.”

Ferreira, João;
Leitão, João;
Raposo, Mário.
Keywords: Entrepreneurship; Regional Development; Strategy.
Date: 2006-10-10
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:pra:mprapa:486&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

segunda-feira, novembro 20, 2006

Muitos estudantes não se preocupam com o seu futuro

"A verdade é que muitos estudantes, durante a vida académica, não se preocupam realmente com o seu futuro, com o mercado de trabalho, estando à espera que no último ano possam conseguir ter um CV suficientemente bom para ingressar neste novo mundo.
É verdade que o Estado e as Universidades deveriam dar mais apoios mas, na falta deles, os estudantes deveriam procurar preparar-se ao máximo para o mercado de trabalho, por conta própria.
Quanto aos estágios curriculares, não é assim tão dramática a situação pois os jovens estudantes interessados podem fazê-los, nem que seja no período de férias. O problema é que muitos dos estudantes, como não são obrigados a fazê-los nem pensam no assunto. Muitos estudantes nem tomam conhecimento das oportunidades que têm no país para se instruirem cada vez mais aumentando a probabilidade de conseguirem emprego, como é o caso do PEJENE.
[...]
Para sintetizar, na minha opinião, o Estado, as empresas e as universidades erram mas perante isso os estudantes devem ter uma atitude activa em vez de ficar à espera que alguém lhes resolva o problema ou de alguém a quem culpar."


Liliana Silva

(extractos de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

Contra o nosso modelo corporativo-colegial

"Muito tenho escrito sobre a governação, contra o nosso modelo corporativo-colegial e defendendo um modelo de governação estratégica, profissionalizada e com grande influência do meio extra-universitário. Como adivinham, recebo críticas ferozes. No entanto, se me colocar no papel do advogado do diabo, estranho sempre nunca receber a crítica de mais difícil resposta, a governação das duas melhores universidades europeias, Oxford e Cambridge."
João Vasconcelos Costa

(extracto de mensagem, intitulada "Oxford em polvora", inserida pelo autor no seu blogue - Reformar a Educação Superior - em 06/11/20)

domingo, novembro 19, 2006

Instituto Ibérico de Investigação em Braga

"O Ministro Português da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago e o Presidente da Câmara Municipal, Mesquita Machado, subscreveram hoje (17 de Novembro) um protocolo de cedência ao Estado dos terrenos municipais situados junto do Parque Desportivo da Rodovia para a instalação, nesta cidade, do Instituto Internacional de Investigação Cientifica e Desenvolvimento Tecnológico.
No acto público, que decorreu pelas 11h30, no Salão Nobre dos Paços do Concelho esteve também presente, entre outras entidades, o já indigitado director daquele pólo de investigação, José Ribas Rey, catedrático da Universidade de Santiago de Compostela.
Consciente da importância que o projecto em causa representa para a cidade, Mesquita Machado aproveitou a circunstância para destacar a mais-valia que o Instituto Ibérico de Investigação e Desenvolvimento representa igualmente para a região e para o país, constituindo-se acima de tudo como um «pólo de atracção para o desenvolvimento do sector empresarial, nomeadamente para as empresas de altas tecnologias».
A instalação da unidade de investigação, gerida conjuntamente por Espanha e Portugal, concretiza o Memorando de Entendimento que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior português e o Ministério da Educação e Ciência do país vizinho assinaram a 19 de Dezembro de 2005 para a criação e operação conjunta de um Instituto de Investigação e Desenvolvimento.
Visando constituir-se, de acordo com Mariano Gago «como um pólo internacional de excelência», o laboratório assume como principio basilar a abertura à participação de instituições e especialistas de todo o mundo.
Assumindo como prioridades as nanotecnologias e a computação avançada, o Instituto Ibérico de Investigação e Desenvolvimento, para o qual está previsto um investimento inicial de 30 milhões de euros, pretende constituir-se como um pólo de investigação com igual intervenção em áreas relacionadas com as ciências biológicas e matemáticas.
Também entendida como a engenharia à escala atómica e molecular, a nanotecnologia lida com objectos da dimensão de nanometros, o equivalente a 100 mil vezes mais pequenos do que a espessura de um cabelo humano. No que respeita às suas aplicações concretas, Mariano Gago destaca a capacidade que a nanotecnologia tem de «influenciar praticamente todos os sectores tecnológicos, o que pode conduzir a importantes inovações». Em causa estão áreas tão importantes para a sociedade como aplicações médicas de diagnóstico e de aplicação de fármacos, tecnologias da informação com muito mais elevadas capacidades de processamento e armazenamento de dados, novas formas de produção e armazenamento de energia e a qualidade e segurança alimentar.
Do Concelho Cientifico Internacional do Laboratório de Nanotecnologia do Instituto Ibérico fazem parte nomes como Thomas Jovin, do Instituto Max-Plank para Química Biofísica de Gottingen (Alemanha); Emílio Mendez, do Departamento de Física e Astronomia da State University of New York at Stony Brook (EUA); e Heinrich Rohrer (Suíça), prémio Nobel da Física 1986, pela invenção do Microscópio de Varrimento de Efeito de Túnel, entre outros investigadores de reconhecimento internacional."

(comunicado do Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Braga, datado de 06/11/17, intitulado "Instituto Ibérico para a Investigação e Desenvolvimento já está instalado em Braga"; expedido por via electrónica)
Comentário: mais de um ano depois do anúncio público da sua criação, parece que o Instituto de Investigação Ibérico sempre se vai materializar (anote-se as vantagens em termos de marketing político da gestão destes dossiês: faz-se uma festa no momento do anúncio; faz-se outra festa um ano depois; e se a coisa vier a efectivar-se háde fazer-se mais uma festa, pelo menos, aquando da criação de facto da estrutura) ; louve-se o empenho da Câmara Municipal de Braga em que este projecto tomasse forma substantiva, se bem que depois do anúncio da designação pelo governo português de Guimarães para capital europeia da cultura, em 2012, tudo ficasse mais fácil. Anote-se, finalmente, que quem esteve em Braga, na Câmara Municipal, foi o Ministro da Ciência e da Tecnologia. O do Ensino Superior não parece ter podido ou querido acompanhá-lo nesta visita.

sábado, novembro 18, 2006

"A ameaça dos cortes orçamentais no Ensino Superior Público"

"O Governo, mais propriamente o Ministério Ciência, Tecnologia e Ensino Superior anunciou que todas as instituições públicas de Ensino Superior poderão sofrer um corte para 2007 de pelo menos 5% nos seus orçamentos de funcionamento, relativamente aos iniciais de 2006. Esta decisão, se vier a concretizar-se, pode comprometer, a meu ver, o desenvolvimento do Ensino Superior em Portugal o qual pode arrastar-se no desenvolvimento económico Português, uma vez que uma das bases para uma alta competitividade é a qualidade da mão-de-obra.
Ou seja, esta politica ao ser aprovada vai fazer reduzir os recursos necessários para manter e desenvolver uma formação adequada às exigências do mercado de trabalho actual e futuro. Por outro lado, uma diminuição da ajuda do Estado no Ensino Superior poderá fazer com que os Estabelecimentos de Ensino usem as receitas das propinas como se fossem transferências do O.E., comprometendo-as, ainda mais com despesas do Pessoal em vez de canaliza-las para aumentar a qualidade de ensino.
Mesmo assim, os críticos dizem que esta politica poderá comprometer os meios financeiros de várias Universidades e Politécnicos podendo levar a despedimentos no sector do Ensino Público. Assim, muitas destas instituições poderão recorrer ao aumento das propinas, cuja situação já se vem verificando há alguns anos, contribuindo ainda mais para o aumento do número de alunos que abandonam o ensino superior sem completar o seu curso. Tudo isto pode pôr em causa a qualidade e quantidade de mão-de-obra em Portugal.
Acompanhando este pensamento, a FENPROF alerta para o facto que Portugal continua a despender por aluno, no Ensino Superior, menos de 2/3 do que a média da OCDE, o que torna esta politica ainda mais absurda e despropositada. Por outro lado, a FENPROF vem criticar esta politica argumentando para o facto que vai pôr em causa os objectivos pretendidos pelo processo de Bolonha recentemente aprovado, tais como o aumento das competências dos alunos acompanhado um estudo mais continuado e aprofundado, o qual não se consegue sem um aumento da qualidade do ensino.
Esta possível decisão pode não surpreender, pois mais uma vez o nosso querido Governo continua a concentrar a sua atenção nos “números” e tentando passar despercebido pelas consequências futuras das suas decisões na situação do pais, neste caso no futuro do Ensino Português. Contudo, não podemos deixar passar em claro este constante pensamento em diminuir o investimento no ensino, como forma de equilibrar as contas do estado, comprometendo o objectivo em assegurar as mesmas oportunidades no acesso ao Ensino Superior e afastando-nos do objectivo de aproximarmo-nos dos melhores da Europa, no que toca a qualidade de formação, tendo em conta o facto de que muitos países que entraram recentemente na U.E., apresentam uma mão-de-obra com um elevado nível de qualificação a um custo bastante baixo.
Logo, é fundamental apostar na formação dos jovens Portugueses, reforçando a nossa posição na Europa no que toca a competitividade, eficiência, produtividade e custo de oportunidade, dizendo não a medidas que poderão resolver alguns problemas a curto prazo mas que põem em causa o futuro do pais."


Pedro Miguel Alves Teixeira

(mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

“Optimal accumulation in an endogenous growth setting with human capital”

“This paper considers a three-overlapping-generations model of endogenous growth wherein human capital is the engine of growth. It first contrasts the «laissez-faire» and the optimal solutions. Three possible accumulation regimes are distinguished. Then it discusses a standard set of tax-transfer instruments that allow for decentralization of the social optimum. Within the limits of our model, the rationale for the standard pattern of intergenerational transfers (the working-aged financing the education of the young and the pension of the old) is seriously questioned. On pure efficiency grounds, the case for generous public pensions is rather weak.”

Frédéric DOCQUIER (UNIVERSITE CATHOLIQUE DE LOUVAIN, Department of Economics);
Oliver PADDISON,
Pirre PESTIEAU [UNIVERSITE CATHOLIQUE DE LOUVAIN, Center for Operations Research and Econometrics (CORE)]
Keywords: Endogenous growth, human capital, intergenerational transfers
Date: 2006-05-15
(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

quinta-feira, novembro 16, 2006

I've always worked very hard

"I've always worked very, very hard, and the harder I worked, the luckier I got."
Alan Bond

(citação extraída de SBANC Newsletter, November 14, 2006, Issue 447-2006; http://www.sbaer.uca.edu/ )

O instrumento mais poderoso para o desenvolvimento do País

"Universidades e Politécnicos sempre controlaram a despesa pública e muito têm contribuído para tapar os "buracos financeiros" de outros sectores. As instituições de ensino superior constituíram nos últimos anos o instrumento mais poderoso para o desenvolvimento do País e muito especialmente das zonas mais periféricas, contribuindo de forma evidente para a melhoria da competitividade baseada no conhecimento."

Adriano Pimpão

(citação retida por Regina Nabais, em mensagem inserida no seu blogue - POLIKÊ? -, datada de 06/11/12 e intitulada "Priiiii!!!....Priiiii!!!....")

Comentário: estando em causa o actual momento do ensino superior português e a respectiva gestão pela tutela, o título da mensagem de Regina Nabais parece-me particularmente sugestivo)

quarta-feira, novembro 15, 2006

Sugestão de leitura

"Bolonha: Novas formas pedagógicas?" - título de mensagem, datada de hoje, disponível no blogue Que Universidade?, remetendo, por sua vez, para artigo de opinião entretanto publicado por Walter Marques no Jornal de Negócios Online.
Aqui fica mais uma sugestão de leitura.

“Brain drain and human capital formation in developing countries: winners and losers “

“The brain drain has long been viewed as a serious constraint on poor countries development. However, recent theoretical literature suggests that emigration prospects can raise the expected return to human capital and foster investment in education at home. This paper takes advantage of a new dataset on emigration rates by education level (Docquier and Marfouk, 2006) to examine the impact of brain drain migration on human capital formation in developing countries. We find evidence of a positive effect of skilled migration prospects on gross human capital levels in a cross-section of 127 developing countries. For each country we then estimate the net effect of the brain drain using counterfactual simulations. We find that countries combining relatively low levels of human capital and low skilled emigration rates are likely to experience a net gain, and conversely. There appears to be more losers than winners, and in addition the former tend to lose relatively more than what the latter gain. At an aggregate level however, and given that the largest developing countries are all among the winners, brain drain migration may be seen not only as increasing the number of skilled workers worldwide but also the number of such workers living in developing countries.”

Michel BEINE;
Frédéric DOCQUIER;
Hillel RAPOPORT (UNIVERSITE CATHOLIQUE DE LOUVAIN, Department of Economics)
Keywords: Brain drain, skilled migration, human capital formation, immigration policy, developing countries
Date: 2006-05-15
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:ctl:louvec:2006023&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

terça-feira, novembro 14, 2006

Incoerência entre o discurso e a prática

"Uma das razões principais da incapacidade de orientar a economia para o conhecimento, resulta do facto de muitas vezes as políticas no que se refere à inovação, qualidade, produtividade e internacionalização não passarem dos discursos políticos, isto é, não têm tido consequência prática. Nesta incoerência entre o discurso e a prática, muitos recursos nacionais e comunitários terão sido desperdiçados por terem sido aplicados em iniciativas em que não se inovou, qualificou, internacionalizou."
Pedro Monteiro
(extracto de mensagem intitulada "Qualificar para a Sociedade do Conhecimento", datada de 06/11/14, disponível no blogue de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa, da EEG/UMinho - http://economiaportuguesa.blogspot.com)

Os cursos deixaram de ter estágios incluídos

"Apesar de concordar com o comentário, penso que uma das soluções para esse problema em relação aos estudantes será tentar no estrangeiro.
Mas, em relação às causas do desemprego dos licenciados penso que o problema tanto é causado pela falta de apoio das universidades, como pela falta de disponibilidade dos estudantes, como pelo sistema adoptado pelas empresas.
A falta de apoio por parte das universidades nota-se no sentido em que os cursos simplesmente deixaram de ter estágios incluídos no período da licenciatura do curso o que dificulta ainda mais a entrada nas empresas.
Em relação à falta de disponibilidade dos estudantes verifica-se quando muitas vezes há propostas de trabalho mas como se encontram em lugares que não se apreciam, que não se adequam aos “seus sonhos”, não se dão ao trabalho de irem para lá trabalhar…até porque muitas vezes esses locais se encontram longe do lar que sempre conheceram, luxo ao qual não se deviam de permitir.
Muitas vezes também é devido às famílias pois induzem os estudantes a irem para certas áreas que muitas vezes são cursos que estão sobrelotados e que não têm saídas profissionais. Ou até os pais muitas vezes não permitem que os filhos se desloquem para cidades que estejam afastadas do local em que se encontram a viver tendo assim um menor leque de escolha e fazendo com que estes se dirijam para cursos com uma menor taxa de empregabilidade.
Penso que esse sistema das empresas favorecerem os estagiários e as pessoas com menos qualificações não seja o mais acertado pois apesar de terem salários mais baixos isto vai afectar o nível de produção, e faz com que a empresa tenha um nível de rendimento muito inferior.
Defendendo o que disse no primeiro parágrafo acho que muitos estudantes em Portugal são demasiadamente comodistas e não se dão ao trabalho de procurar no estrangeiro! Penso que devíamo-nos sentir renegados pelo país visto que estudamos para arranjar trabalho e são os que têm menor nível de qualificações que se safam sempre. Apesar de haver dificuldades em arranjarmos emprego num outro país visto sermos estrangeiros, o Mundo é muito vasto e de certeza que há um lugarzinho que nos agrade e que precise de nós."


Sandy Vital

(mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

segunda-feira, novembro 13, 2006

Acho que estudar está ao alcance de todos

"Sinceramente, [...] acho que estudar está ao alcance de todos os jovens. É certo que são muitas as despesas de uma vida universitária, e isso todos nós sabemos bem... começando pelas propinas que são altíssimas, seguindo para os livros de apoio e para as imensas fotocópias que se tem de ter sempre presentes como base para um bom estudo, não esquecendo as despesas de habitação (se for caso de estudante deslocado), de alimentação e transporte...e juntando tudo isto, o valor que se observa é elevadíssimo. Assim, não ponho de maneira alguma em questão a dificuldade que existe em frequentar o ensino superior, pelo contrário.
Contudo penso que se houver uma grande motivação e força de vontade por parte dos jovens, estarão reunidas as condições básicas para estes enveredarem pela vida académica. E como já referiram, para os mais desfavorecidos as bolsas e acesso às residências são garantidas, não esquecendo os novos programas de ajuda que os bancos oferecem aos estudantes...no entanto concordo plenamente que as injustiças existem no sector das bolsas; acho que deveriam distribuir melhor as quantias!
Quanto aos trabalhos em part-time, é verdade que os estudantes os procuram para ajudar a suportar as despesas, mas talvez se os não exercessem o rendimento escolar fosse maior.
Acho que o governo tem que medir melhor as consequências que um corte do investimento no ensino superior pode causar, porque o futuro do país está nas nossas mãos, jovens académicos!"


Sónia Esteves

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

Precisamos de reformas de fundo

«Precisamos de reformas de fundo [...]. Eu, tal como o escritor Mia Couto, também "sou do tempo em que o que éramos era medido pelo que faziamos" e não "pelo espectáculo que fazemos de nós mesmos".»

António Sampaio da Nóvoa

(extractos do discurso proferido pelo reitor da Universidade de Lisboa na Cerimónia de Abertura do Ano Académico; 2006/11/07)

domingo, novembro 12, 2006

“Close Neighbours Matter: Neighbourhood Effects on Early Performance at School”

“Children's outcomes are strongly correlated with those of their neighbours. The extent to which this is causal is the subject of an extensive literature. An identification problem exists because people with similar characteristics are observed to live in close proximity. Another major difficulty is that neighbourhoods measured in available data are often considerably larger than those which matter for outcomes (i.e. close neighbours). Several institutional features of France enable us to address these problems. We find that an adolescent's performance at the end of junior high-school are strongly influenced by the performance of other adolescents in the neighbourhood.”

Goux, Dominique
Maurin, Eric
Keywords: neighbourhood effects on education
Date: 2006-05
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:cpr:ceprdp:5682&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sábado, novembro 11, 2006

Tantos comentários e...

"Sinceramente, tantos comentários e apenas num se refere o crédito para financiar o ensino superior.
Justas ou não as bolsas, julgo que são como são porque nem todos declaram todo o rendimento; é assim que funciona o processo. Relativamente ao valor das propinas, também suponho que venha do mesmo motivo das bolsas, aliás como a maioria dos problemas (leia-se: cerne dos problemas) do Estado. É certo que as taxas de juros relativas a este tipo de crédito podem ser altas (ou tornarem-se altas), porém é justo. Desta forma, já não seria a família a suportar os custos de ter um membro a estudar no ensino superior. Todavia, seria o próprio a suportá-los num futuro mais ou menos próximo.
Já agora para apimentar um pouco a discussão, e se o valor das propinas fosse inteiramente justo? I.e., se o valor das propinas variasse de acordo com o custo de cada curso. Ou de acordo com a Lei da Oferta e da Procura?"

Pedro Marques

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

Poucas alterações são notadas

"De facto o ensino universitário não está no seu melhor e mesmo agora com a introdução do novo plano poucas alterações são notadas, não sei se por ainda estarmos numa fase transitória ou se por haver uma forte rejeição a esta mudança, que no meu ver só traz beneficios para os alunos. No presente artigo gostaria de ressaltar a relação entre a teoria e a prática. Todos os dias me deparo com a mesma questão enquanto estudo," mas para que serve esta matéria? Que contributo esta terá para o meu futuro?"...Penso que haveria de haver um maior equilibrio entre teoria e prática pois, muitas vezes, somos obrigados a estudar toneladas de matéria para um exame e quando este passa pouco fica. Deveriamos, sem dúvida, desde cedo, ser confrontados com situações reais da aplicação de certas disciplinas de forma a criar motivação e interesse por parte dos alunos e a diminuar a elevada taxa de abandono do ensino superior."


Paula Faria

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

sexta-feira, novembro 10, 2006

O governo indicou grupos e investigadores

"A leitura atenta dos relatórios produzidos pelo MIT e pela CMU revela que não houve qualquer avaliação científica (e, muito menos, independente). O Governo indicou grupos e investigadores com os quais as universidades norte-americanas se reuniram, procedendo a um «estudo de mercado» e de oportunidades de trabalho conjunto. São comportamentos que têm grande opacidade e que impedem, de facto, uma estratégia de desenvolvimento científico à altura das melhores práticas internacionais."

António Sampaio da Nóvoa

(extracto do discurso proferido pelo reitor da Universidade de Lisboa na Cerimónia de Abertura do Ano Académico; 2006/11/07)

Porque é que vais para o curso de...?

«Quanto à questão que colocou no comentario: "depois de um elevado esforço monetário e psicológico para adquirir um curso superior, não acha frustrante conseguir apenas um emprego numa área para a qual não tem a miníma formação? ". É obvio que é frustrante mas, às vezes, é o próprio ser humano ideológico que procura essa frustração. O que eu quero dizer com isto é que não consigo entender como é que ainda há pessoas que, sabendo que a área para a qual gostavam de trabalhar está saturada, continuam a entrar nos respectivos cursos!
No inicio de cada ano lectivo ouve-se sempre falar no desemprego que atinge milhares de professores; no entanto, os cursos associados a essa área continuam a ter a sua procura!
"- Porque é que vais para o Curso de Ensino de História?
- Poque eu gosto.
- Mas ja reparaste que há muitos professores no desemprego?
- Já! Mas eu gosto deste curso, por isso...!"
Deviamos ser mais realistas, não?»

Elisa Martins
(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

Os caloiros são cada vez em menor número

"De facto não acho que neste momento o nosso país tenha capacidades para absorver todos os cidadãos com um grau académico superior. Verifica-s que com a actual crise em que as empresas nacionais se encontram, estas adoptam uma politica de procura de mão de obra menos especializada, visto não terem capacidades monetárias para as renumerações desta. Mas também é verdade que cada vez mais os custos de oportunidade de seguir um ensino superior são cada vez mais elevados e mesmo impensáveis para alguns. Facilmente se verificam estas dificuldades com o número cada vez mais reduzido de alunos a entrar no ensino superior. Os nossos «caloiros» são cada vez em menor número, uma situação que acho muito preocupante pois todos deveriamos ter as mesmas oportunidades.
E por outro lado o nosso país precisa cada vez mais de mão de obra especializada, pois penso que é apostando nela que as nossas empresas podem optimizar a sua produtividade, aumentando a competitividade nos mercados internacionais. Sem especialização as empresas têm cada vez menos hipótses de sobrevivencia num mercado cada vez mais aberto à concorrência exterior."


Alice Cristina Ferrreira Oliveira

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

quinta-feira, novembro 09, 2006

Tudo depende do que é que o trabalhador vai fazer

"Não podemos dizer que os jovens licenciados têm dificuldades em arranjar emprego devido ao facto de as empresas preferirem contratar pessoas com menos habilitações. Tudo depende do que é que o trabalhador vai fazer, pois para algumas tarefas as empresas acham que as pessoas não precisam de ter grandes habilitações. Não podemos esquecer que muitos jovens licenciados não estão disponíveis para fazer essas tarefas."


Mariana Pais

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

quarta-feira, novembro 08, 2006

“First and Second Generation Immigrant Educational Attainment and Labor Market Outcomes: A Comparison of the United States and Canada”

“The educational and labor market outcomes of the first, first-and-a-half, second and third generations of immigrants to the United States and Canada are compared. These countries` immigration flows have large differences in source countries, scale and timing, and Canada has a much larger policy emphasis on skilled workers. Following from these, the educational attainment of US immigrants is currently lower than that in Canada and the intergenerational transmission of education is expected to cause the gap to grow. This in turn influences earnings. Controlling only for age, the current US second generation has earnings comparable to those of the third, while earnings are higher for the second generation in Canada. Interestingly, the positive wage gap in favour of first-and-a-half and second generation immigrants in Canada is exceeded by the gap in educational attainment, but a lower immigrant rate of return attenuates education´ s impact. Moreover, observable characteristics explain little of the difference in earnings outcomes across generations in the US but their introduction into an earnings equation causes the Canadian second generation premium to switch signs and become negative relative to the third.”

Abdurrahman Aydemir (Statistics Canada)
Arthur Sweetman (Queen's University and IZA Bonn)
Keywords: immigration, second generation, Canada, United States, education Date: 2006-09 URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:iza:izadps:dp2298&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

O que tem acontecido nos últimos anos tem sido um "Outono" doloroso

«O que nos últimos [...] anos se passou […] ultrapassou todos os limites daquilo que os padrões de seriedade e ética académica permitem: foi uma presidência autocrática, centralizadora, que nunca exerceu o poder de forma democrática e transparente, que promoveu uma cultura de subserviência, de medo, de trocas de favores, do amiguismo, de perseguição e vingança aos que não se "vendem" ao sistema...Foi uma presidência que se prestou às maiores tropelias (e até ilegalidades)!»
[…]
«O que tem acontecido nos últimos anos tem sido um "Outono" doloroso...»

(extractos de mensagem de correio electrónico entretanto recebida)

Comentário:
pobre da Escola (Universidade ?) que tem tal presidência! Pobre da Escola (Universidade ?) que tem um corpo de professores que se reconhece em tal modelo de gestão! Afinal, “o sistema” não é uma singularidade do futebol nacional.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Uma fábrica de encher chouriços

"Portugal precisa, de facto, de um acesso democrático ao ensino superior e precisa - ao contrário do que muitos dizem - de muito mais gente com formação superior. O que está a ser feito não é isso, mas sim tornar o ensino superior, incluíndo o nível pós-graduado, numa fábrica de encher chouriços. Obter mais diplomados não tem que significar obter diplomados da treta."
(extracto de mensagem intitulada "a Universidade acabou", datada de 06/11/03, disponível na entrada Em destaque - Notícias do sítio electrónico do SNESup)

“Are Elite Universities Losing their Competitive Edge?”

“We study the location-specific component in research productivity of economics and finance faculty who have ever been affiliated with the top 25 universities in the last three decades. We find that there was a positive effect of being affiliated with an elite university in the 1970s; this effect weakened in the 1980s and disappeared in the 1990s. We decompose this university fixed effect and find that its decline is due to the reduced importance of physical access to productive research colleagues. We also find that salaries increased the most where the estimated externality dropped the most, consistent with the hypothesis that the de-localization of this externality makes it more difficult for universities to appropriate any rent. Our results shed some light on the potential effects of the internet revolution on knowledge-based industries.”

Han Kim, E;
Morse, Adair;
Zingales, Luigi.
Keywords: faculty productivity; firm boundaries; knowledge-based industries; theory of the firm
Date: 2006-05
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:cpr:ceprdp:5700&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

domingo, novembro 05, 2006

É crucial haver maiores apoios ao I&D

«É crucial haver maiores apoios ao investimento em I&D, mas penso que também necessário é o aumento do investimento e dos apoios em formação superior!
O ensino em Portugal é muito mais caro do que nos países da Europa desenvolvida! Basta pensar nas propinas que pagamos no ensino superior e comparar. Anualmente, a propina máxima, utilizada pala maioria das nossas universidades, ronda os 900 €. Em França, qualquer que seja o curso, não chega a 300 euros, para além de toda uma série de vantagens especiais atribuídas aos estudantes. Ora se falarmos de Mestrados e Doutoramentos, então aí sim, chegamos ao escândalo! Em França tanto o mestrado como o doutoramento custam o mesmo que a propina referida para uma licenciatura. E em Portugal? Mestrados de dois anos, com preços cada vez maiores, fixados entre 2000 e 5000 euros!![...]. A juntar a tudo isto, convém lembrar que os rendimentos dos portugueses não são comparáveis aos dos franceses.
Com discrepâncias destas a nível de financiamento para a formação académica, é mais que natural que haja a inevitável “fuga de cérebros”[...].
Torna-se portanto essencial o investimento do estado em I&D (e a estimulação das empresas para o mesmo) mas também, e primeiro que tudo, o investimento na formação e na manutenção dos nosso talentos!
Como diria a publicidade, “O que é nacional, é bom”!!»

Nelson Cerqueira
(extractos de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Outubro de 2006)

sábado, novembro 04, 2006

Os meus melhores cumprimentos

"Apresento os meus melhores cumprimentos.
Na sequência da minha nova admissão à Universidade do Minho para a licenciatura em Economia (já sou Licenciado [...]) e como requeri o estatuto de trabalhador-estudante [...], venho por este meio solicitar-lhe os melhores esclarecimentos acerca da disciplina de Economia Portuguesa e Europeia que terei que frequentar, nomeadamente:
- forma de avaliação;
- realização de trabalhos práticos ou a eventual dispensa;
- forma como vai ser leccionado o programa e a principal bibliografia a seguir;
- horário normal de atendimento.
Acrescento também que é minha pretensão fazer a disciplina neste ano lectivo, e, como tenho um número limitado de horas de dispensa do trabalho para frequentar as aulas e para estudar, venho solicitar a sua ajuda para este assunto."

(extractos de mensagem de correio electrónico recebida em 06/10/31)

Comentário: o semestre lectivo teve início em 06/09/11 !!!

A clear set of goals

"Unless you have a definite, precise, clearly set goals, you are not going to realize the maximum potential that lies within you."
Zig Ziglar

(citação extraída de SBANC Newsletter, October 31, 2006, Issue 445-2006, http://www.sbaer.uca.edu )

Para colher é necessário plantar

"Neste momento Portugal atravessa uma fase em que só se pensa em controlar os gastos. Esquecemo-nos, no entanto, que os gastos e investimentos de hoje serão os proveitos e ganhos de amanhã. É necessário relembrar a todos que para colher é necessário plantar. "

Cristela Mota
(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

sexta-feira, novembro 03, 2006

Do CAc da UMinho - IV

Em sua opinião, quais têm sido, nos últimos cinco anos, os aspectos positivos e os aspectos negativos da acção do Conselho Académico, na formulação dos princípios gerais que devem orientar a actividade das escolas, dos conselhos de cursos e dos centros de investigação?

A minha proposta, verbalizada há muito em todas as sedes de gestão da Instituição, é: acabe-se com o CAc. Crie-se uma comissão pedagógica no Senado e dê-se espaço para a coordenação da intervenção das Escolas ao nível onde esta pode ter lugar, isto é, a da direcção das Escolas e a reitoria. Os cursos têm que ser geridos pelos seus promotores, as Escolas e seus Departamentos. Só assim podem ser responsabilizadas(os) pelos seus insucessos e erros de estratégia em matéria de estrutura e promoção.
Os centros de investigação fizeram o seu percurso, até agora, por sua conta e risco (os que o fizeram), lutando contra a falta de recursos e regulamentos burocráticos, falhos de agilidade. Os que o souberam fazer, que continuem nessa senda. Há coordenação possível entre si, segundo áreas afins ou complementares. Deve ser de sua iniciativa eventuais parecerias a estabelecer. Neste como noutros casos, as parcerias só funcionem se forem voluntárias, isto é, assumidas pelos próprios. As Escolas podem ter um papel de estímulo no desenvolvimento dessas parcerias e no estabelecimento da coordenação de recursos. Mas só esses papéis.


Em sua opinião, quais têm sido, nos últimos cinco anos, os aspectos positivos e os aspectos negativos da acção do Conselho Académico, na formulação dos princípios gerais a que devem obedecer as propostas de criação, alteração, suspensão e extinção de cursos?

Deixe-se às Escolas e ao mercado esse papel. Desburocratize-se o sistema. Regulamentação, basta a que a tutela governamental produza. Cumpra-se com zelo aquela, que já obrigará a burocracias multiplicadas. O princípio é: deixe-se as Escolas definirem a sua estratégia nessas vertentes; responsabilize-se aquelas pelos seus insucessos.
Coordenação, faça-se onde ela tem que existir: ao nível dos recursos e da compatibilidade de estratégias; e no lugar onde as decisões de estratégia, já que é disso que se trata, têm que ser tomadas.

J. Cadima Ribeiro

“The Effects of Accessibility to University Education on Enrollment Decisions, Geographical Mobility, and Social Recruitment “

“This paper focuses on how accessibility to higher education affects university enrollment decisions in Sweden. The analysis refers to the autumn semester of 1996 and is based on approximately 835,000 individuals aged 1929. The empirical results show that the probability of enrollment increases with accessibility to university education. The findings also reveal that accessibility adds to the likelihood of enrollment within the region of residence. Both these results are robust with regard to different specifications of accessibility. Moreover the empirical results indicate that the enrollment decisions of individuals with a less privileged background are more sensitive to accessibility to university education than those of individuals from a more advantageous background. The influence of accessibility on enrollment decreases significantly with individual ability, parental education, and parental earnings.”
Eliasson, Kent (National Institute for Working Life)
Keywords: University enrollment; accessibility; geographical mobility; social recruitment
Date: 2006-09-11
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:hhs:umnees:0690&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

quinta-feira, novembro 02, 2006

Los ECTS del profesor

"[...] se percibe que las autoridades estatales y autonómicas presionan a favor del cambio para llegar a la convergencia en el 2010, pero con coste próximo a cero. Sin embargo, no se detecta que en paralelo se esté planteando una modificación en el cómputo de las horas de actividad docente del profesorado como consecuencia del nuevo cómputo horario de los estudiantes y los cambios que deberían producirse en la metodología docente, lo que podríamos llamar los ECTS del profesor."
/...
(citação disponível em mensagem de hoje, intitulada «Soa familiar ? ("Libro Blanco - Bioquímica y Biotecnología")», disponível no blogue Que Universidade?)

Do CAc da UMinho - III

Em sua opinião, quais têm sido, nos últimos cinco anos, os aspectos positivos e os aspectos negativos da acção do Conselho Académico na formulação das linhas gerais de política da Universidade em matéria de ensino, designadamente no que se refere à organização do calendário escolar, à avaliação e à melhoria do rendimento escolar?

Se se considerar a evolução ao longo dos anos das peças produzidas pelo CAc em matéria de calendário escolar, regulamento de avaliação de conhecimentos e acompanhamento feito a nível de rendimento escolar, e subjacente filosofia, rapidamente se detecta o carácter errante da orientação seguida, com sacrifício manifesto da estabilidade dos modelos de trabalho e da aposta na aproximação a quadros mais evoluídos de ensino/aprendizagem, que hoje assimilamos ao designado modelo de ensino regulado pela declaração de Bolonha. Isso foi fruto de leituras e procura de equilíbrios de curto-prazo e das limitações que decorrem da composição e natureza do órgão.
A opção por soluções unanimistas e “fatos” que sirvam todos, independentemente da natureza científica das matérias e do quadro mais ou menos aplicado do ensino visado, é também responsável por muitos erros cometidos.
J. Cadima Ribeiro

quarta-feira, novembro 01, 2006

Portugal gasta pouco em I&D em comparação com outros países da UE

"Olhando para Portugal e para os dados existentes sobre Investigação e Desenvolvimento, podemos notar que Portugal gasta pouco neste tema em comparação com os outros países da União Europeia. Assim, Portugal gasta 0.7% do PIB em Investigação em Desenvolvimento enquanto que países como a França, Alemanha, Finlândia, Noruega gastam para cima de 2% do PIB neste campo (Fonte: Eurostat - http://epp.eurostat.ec.europa.eu/)."
Samuel Cardoso
(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Outubro 2006)

“Attendance and Exam Performance at University”

”Marburger (2006) explored the link between absenteeism and exam performance by assessing the impact on absenteeism of removing a university wide policy of mandatory attendance for a single class. His results indicate that while an attendance policy has a strong impact on reducing absenteeism the link between absenteeism and exam performance is weak.This paper presents an alternative exploration into the link between absenteeism and exam performance by assessing the impact of implementing a module- specific attendance policy. Our results suggest the link between absenteeism and exam performance is strong, and that student-specific factors are important, including revision strategies and peer group effects. These results question the uniformity of the relationship between attendance and exam performance.”
David O. Allen (School of Economics, University of the West of England)
Don J. Webber (School of Economics, University of the West of England)
Keywords: absenteeism, attendance, exam performance, undergraduate, peer groups
Date: 2006-11
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:uwe:wpaper:0612&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)