1. Cortes de cabos electrónicos, quadros eléctricos que disparam (isto é, que cortam o fornecimento de energia a certos corredores do edifício, controladores de aparelhos de ar condicionado que aparecem colados com colas rápidas, garrafas de água e de sumos espalhados pelos corredores do edifício, moedas de 5 cêntimos e papelinhos invocando certos direitos constitucionais atapetando corredores, portas que se fecham do exterior com professores dentro do gabinete e chaves mestras que desaparecem de portas onde ficaram esquecidas, funcionários que são atendidos de urgência no hospital apresentando quadros clínicos depressivos, bolas de vidro colorido que desaparecem de gabinetes de trabalho, pedaços enrolados de cabos electrónicos (recém-cortados de caixa multibanco instalada na instituição) que chegam a uma caixa de correio postal... Assim têm sido os derradeiros 15 dias numa Escola da UMinho bem perto de si. Que virá a seguir?
2. Numa semana em que a incompetência e o desnorte do governo foram assumidos publicamente pelos próprios, incluindo ministro das finanças e primeiro-ministro (o que já tardava), e onde se percebeu que os compromissos políticos e contratos laborais são uma coisa muito volúvel, ficou a saber-se, também, que leis como o ECDU são uma coisa que também não é para levar muito a sério: se houver que distribuir cargas horárias acima daquilo que a lei estabelece, que se faça, desde que tal não recaía sobre os nossos apaniguados; para mais quando os atingidos não seguem os “trâmites processuais curiais” no encaminhamento das suas reclamações. Fica a dúvida sobre se os tribunais serão instância legitima de reclamação de direitos legais. Aparentemente, o reitor da UMinho não o será ou não percebe que o deve ser.
3. A participação em e a constituição de entidades “empresariais” externas por parte das universidades públicas portuguesas são matéria que, de quando em quando, gera controvérsia. Adicionalmente, há instituições que fazem ponto de honra em tratá-las como matéria altamente reservada, tão reservada que se chega ao ponto de não haver registo do montante da respectiva participação no capital social, dos fins prosseguidos por essas entidades, dos resultados financeiros apurados anualmente, entre outras coisas básicas. No meio de tudo isso, o mais curioso é alguém constatar que integra os corpos sociais de uma entidade que desconhece. Pode parecer uma coisa do arco-da-velha, mas acontece.
J. Cadima Ribeiro
2. Numa semana em que a incompetência e o desnorte do governo foram assumidos publicamente pelos próprios, incluindo ministro das finanças e primeiro-ministro (o que já tardava), e onde se percebeu que os compromissos políticos e contratos laborais são uma coisa muito volúvel, ficou a saber-se, também, que leis como o ECDU são uma coisa que também não é para levar muito a sério: se houver que distribuir cargas horárias acima daquilo que a lei estabelece, que se faça, desde que tal não recaía sobre os nossos apaniguados; para mais quando os atingidos não seguem os “trâmites processuais curiais” no encaminhamento das suas reclamações. Fica a dúvida sobre se os tribunais serão instância legitima de reclamação de direitos legais. Aparentemente, o reitor da UMinho não o será ou não percebe que o deve ser.
3. A participação em e a constituição de entidades “empresariais” externas por parte das universidades públicas portuguesas são matéria que, de quando em quando, gera controvérsia. Adicionalmente, há instituições que fazem ponto de honra em tratá-las como matéria altamente reservada, tão reservada que se chega ao ponto de não haver registo do montante da respectiva participação no capital social, dos fins prosseguidos por essas entidades, dos resultados financeiros apurados anualmente, entre outras coisas básicas. No meio de tudo isso, o mais curioso é alguém constatar que integra os corpos sociais de uma entidade que desconhece. Pode parecer uma coisa do arco-da-velha, mas acontece.
J. Cadima Ribeiro
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