Nos "debates" sobre a matéria referida em epígrafe em que participei ontem na UMinho foi feita menção a uma proposta de reorganização das unidades orgânicas entretanto produzida por Óscar F. Gonçalves, que terá sido remetida para a Assembleia Estatutária ou para o Senado. Tendo tipo oportunidade da ler entretanto, como contributo para a reflexão que importa fazer, não resisto a deixar aqui umas notas resultantes da respectiva (primeira) leitura; a saber:
O texto deixa-me sentimentos contraditórios:
i) por um lado, subscrevo as preocupações de eficácia, de coerência científica, de responsabilização e de pertinência da oferta de ensino e de serviços à sociedade que se enunciam;
ii) por outro lado, não percebo a razão da insistência (fora de moda na UMinho) nos conceitos de matricialidade e congéres, para além de achar incoerente que, simultaneamente, se reclame a existência de pequenas unidadades orgânicas e a existência de macro-estruturas de coordenação, o que me parece contraditório.
A ser pertinente estruturas melhor dimensionadas, o que defendo, melhor será que sejam unidades orgânicas e que tenham coerência científica e de projecto, o que não é o caso, conforme se ilustra com a sugestão de voltar a juntar a EEG e o Direito. Anote-se, por outro lado, que em relação à Engenharia e às Ciências, a proposta deixa ficar tudo na mesma, como se as coisas estivessem bem nessas áreas.
A meu ver, aparte alguns mal-entendidos em matéria organizacional e de gestão, o documento parece refletir leituras de dentro de casa que não são facilmente entendíveis pelos de fora.
A meu ver, aparte alguns mal-entendidos em matéria organizacional e de gestão, o documento parece refletir leituras de dentro de casa que não são facilmente entendíveis pelos de fora.
Divergindo da leitura do colega do IEP, saudo, ainda assim, o seu contributo para o debate. Aliás, tanto mais pertinente quando endereça questões de estratégia (leia-se: de projecto de universidade) que parecem ser matéria tabu em sede estatutária, pelo menos para a tendência A´ da dita Assembleia.
J. Cadima Ribeiro
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