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sábado, agosto 16, 2008

Reformar a Universidade do Minho. Desenvolver o País! (1)

Se a elaboração dos estatutos era um momento de capital importância na história da Universidade do Minho e exigia a implicação generalizada dos membros da academia no processo, muito mais o exige o processo de reforma da Instituição que se desencadeará com a instalação dos novos órgãos e do novo modelo de governação, no topo do qual está o Conselho Geral. Isso é tanto mais crucial quanto a academia permaneceu relativamente alheada do processo de elaboração dos Estatutos e quanto estes se saldaram por uma relativa consagração de uma inércia passadista.
Embora seja um lugar comum, nunca é demais afirmar que a reforma da organização só poderá constituir um êxito se houver um verdadeiro interesse nela e uma grande dedicação por parte de toda a comunidade académica. O envolvimento e consequente participação de todos significam um claro benefício para a Instituição, derivado da própria reflexão, do contraste de opiniões e do trabalho em equipa que sempre requererão.Tendo falhado essa dimensão na fase precedente de repensar a Universidade, importa que esse tempo perdido se recupere agora, em sede de funcionamento do Conselho Geral e em sede de cada estrutura de poder doravante implementada, importando, para o efeito, que a mudança seja convenientemente informada e conduzida.
O desafio aqui fica lançado, com a chamada de atenção para o pequeno detalhe de o começo do processo a que se alude ser a apresentação de listas e a correspondente eleição do Conselho Geral.
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J. Cadima Ribeiro

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro colega

Li com atenção a sua mensagem, cujo título apelativo me convenceu a lê-la na íntegra.
Felicito-o pelo esforço que está a realizar em pleno período de férias. Felizmente, o tempo chuvoso e pouco convidativo à praia, em pleno mês de Agosto, poderá ajudar-nos a reflectir sobre a mensagem que nos deixa.
Infelizmente, eu assumo-me como um dos casos que não teve coragem de participar na discussão que ocorreu nos últimos meses na nossa Universidade. Os motivos que poderia evocar são vários e comuns.
Sei que o sentimento era outro, mas... E o mais provável será continuar a pertencer ao grupo dos "muito pouco corajosos".
Gostaria de lhe dar os parabéns pelo texto com que nos presenteou, a que se seguirão mais, com toda a certeza.
Parece-me estar subjacente à mensagem um pensamento convicto e transparente e penso que é particularmente feliz a afirmação "(...)O envolvimento e consequente participação de todos significam um claro benefício para a Instituição, derivado da própria reflexão, do contraste de opiniões e do trabalho em equipa que sempre requererão."
Esta afirmação contém elementos importantes para a satisfação de qualquer ser humano no seu local de trabalho e que têm sido esquecidos um pouco por todo o lado. A começar pela nossa Universidade...

J. Cadima Ribeiro disse...

Caro(a) colega,
Agradeço as suas palavras de estímulo. No que estiver ao meu alcance, farei o possível por oferecer à UMinho o espaço de reflexão e de comunicação interna que não tem tido, e para viabilizar um modelo de estar e de agir diferente, isto é, que rompa com lógicas de poder baseadas em oligarquias e na exclusão da Comunidade Académica da decisão de para onde quer ir.
A mudança não se fará, no entanto, sem um muito maior envolvimento empenho da dita Comunidade. As próximas eleições para o Conselho Geral serão um teste decisivo à vontade da Academia de romper com a inércia a que me reporto e, daí, ao respectivo empenho na reforma da Universidade.
Não deixe de dar o seu contributo para este processo. Saberá como contactar-me por via alternativa.
Um abraço,