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sexta-feira, agosto 22, 2008

Reformar a Universidade do Minho. Desenvolver o País! (2)

Importando construir uma Visão para a Universidade do Minho, faça-se clara a distinção entre a Missão e a Visão da organização.
A Missão é a razão de ser de uma organização, aquilo que justifica a sua existência. Está directamente ligada aos seus objectivos, aos motivos pelos quais foi criada. Pretende dar resposta a questões como: quem somos? A que nos dedicamos? Em que nos diferenciamos? Porquê e para quê fazemos o que fazemos? Para quem o fazemos? Como o fazemos? Que valores respeitamos? Para cumprir a sua função de referencial estratégico, a Missão deve ser expressa de forma simples, clara, curta, consensual e mobilizadora. Simples e clara, para que seja facilmente interiorizada por todos (estudantes, docentes, investigadores e funcionários não-docentes). Mobilizadora, para que estes se empenhem no seu sucesso.
A Visão de uma organização exprime o que esta ambiciona ser e como pretende posicionar-se relativamente ao meio em que se integra. Descreve o que a organização quer realizar objectivamente no médio-longo prazo. A Visão deve responder às seguintes questões: o quê e como queremos ser dentro de um certo horizonte temporal? Em que nos queremos converter? Para quem trabalharemos? A Visão deve ser inspiradora, clara, concisa, coerente com a Missão, de modo a que todos a compreendam e sintam. A Visão deve, ainda, ser desafiadora – e, ao mesmo tempo, atingível – a ponto de motivar todos os colaboradores.
Confrontando o que antes se diz sobre a Missão e a Visão que devem informar uma Instituição com o que a esse respeito se escreve nos novos Estatutos da Universidade do Minho, facilmente se percebe o caminho que importa percorrer, a que o Conselho Geral não se pode furtar, desde os primeiros instantes da sua existência; a saber: primeiro, dar objectividade, clareza e transparência à definição de missão estatutariamente consagrada; depois, partir para a construção da visão, em défice na mesma sede. Não é tarefa simples nem que possa concretizar sozinho. Cumprindo o papel estratégico que lhe está reservado, não se poderá furtar a isso se da reforma e da viabilidade a longo-prazo da Instituição quiser cuidar.

J. Cadima Ribeiro

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro colega

Quero revelar-lhe que, se gostei do primeiro texto com que nos presenteou, ainda gostei mais deste, pelo simples facto de se perceber que sabe bem que questões devem ser colocadas quando se trata de encontrar um novo caminho para a nossa Universidade.
A julgar pelo número de pessoas/utilizadoras deste blogue, que tem vindo a elevar-se nas últimas semanas, não serei a única pessoa que assim pensa.
Boa sorte para as futuras investidas.