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segunda-feira, dezembro 01, 2008

A participação de personalidades externas nos Conselhos Gerais: revisitação da problemática

«Valmind deixou um novo comentário na sua mensagem "Manifestando-me":
"Considera a criação do Conselho Geral, constituído em um terço por personalidades externas à instituição, um empobrecimento da capacidade de decisão e afirmação da sua Universidade?"
Sim.
Antes de poder responder a essa pergunta há que responder a outras.
O que move as empresas? O lucro.
O que esperam as empresas das universidades? Que formem capital humano. Não qualquer capital humano, mas sim capital humano que sirva os seus interesses.
Faz parte do interesse de uma empresa que, à excepção dos seus funcionários com funções intermédias e de topo, os funcionários tenham conhecimentos extensos, espírito crítico, sejam capazes de criar, inovar, etc.? Depende das pessoas responsáveis pela administração da empresa. É necessário que haja uma abertura dessas pessoas à inovação e que reconheçam os efeitos positivos destas qualidades. E nem sempre isso acontece.
Era necessário por a «faca e o queijo na mão» dos emrpesários relativamente às universidades, para que houvesse cooperação entre universidades e mercado de trabalho? Considero que não. E mais considero que emsmo que empresários não tivessem posições nos conselhos gerais das universidades, haveria a possibilidade dessa cooperação.
Em suma, considero-a uma medida radical e desnecessária. Sendo as universidades institutos públicos pertencentes à Administração Pública, haveria alternativas. Alternativas que salvaguardariam melhor o interesse comum.
Ao contrário do que o «zé povinho» imagina, as boas Universidades portuguesas (que as há) não pararam no tempo. Tem havido evolução, não ao ritmo que o comum português gostaria, mas ainda assim mais rápido do que noutras épocas.
Publicada por Valmind em Universidade alternativa a 4:11 PM»
(reprodução de comentário hoje recebido e publicado na "entrada" conveniente)
*
Comentário: nesta altura, depois da experiência das Assembleias Estatutárias (AEs), a problemátiva versada acima adquire nova actualidade e uma outra dimensão. É que o minímo que se pode afirmar da presença de personalidades externas nas AEs é que foi uma enorme frustração.

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