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quinta-feira, agosto 25, 2011

"Politécnico de Portalegre admite dispensar pessoal devido a situação financeira ´difícil`”

«Devido a um corte de 8,5 por cento no Orçamento do Estado
O presidente do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) admitiu hoje que poderá haver dispensa de pessoal na instituição devido a um corte de 8,5 por cento no Orçamento do Estado (OE) para o Ensino Superior, em 2012.
“Provavelmente, para o próximo ano lectivo, teremos de não renovar alguns contratos a termo e rever a situação do pessoal”, disse Joaquim Mourato, em declarações à Agência Lusa.
O mesmo responsável sublinhou que, neste momento, o IPP tem “cerca de dois milhões de euros de despesa com pessoal”, o que, disse, “dá para perceber a gravidade da situação”.
Joaquim Mourato, que apelidou a situação do IPP de “difícil” e a entrar em situação de “ruptura” financeira, criticou o Ministério da Educação e Ciência por “ir cortar as verbas” para o sector. “É bastante difícil. No ano passado, tivemos um corte de cerca de 10 por cento e, este ano, com a redução dos 8,5 por cento no OE, isto vai para valores altos e é aqui que se dá o alarme”, sublinhou.
Com cerca de 450 funcionários (docentes e não docentes) e com três mil alunos, o presidente do IPP faz contas ao orçamento que possui e não descarta a hipótese de que alguns compromissos assumidos não sejam cumpridos. “Este ano, para pagar o subsídio de férias aos funcionários dos serviços de acção social, não tínhamos dinheiro. O IPP teve que fazer uma transferência para estes serviços para honrar esse compromisso, por isso, para o ano vai ser muito pior”, alertou.
“O nosso orçamento ronda os 13 milhões de euros, dos quais cerca de 9,9 milhões do OE e, neste momento, já tivemos um corte de 900 mil euros”, explicou, admitindo que, se avançarem “cortes nas verbas da reserva e cativação”, a situação ainda será “mais problemática”.
O responsável considerou ainda “grave” que os cortes financeiros para o Ensino Superior tenham ocorrido após as escolas terem preparado o ano lectivo, situação que vai provocar vários constrangimentos. “Em Junho foi estabelecida a oferta formativa, os estudantes candidataram-se, nós tivemos que preparar o ano lectivo com as contratações necessárias para responder a esse plano e agora vem o corte. Estamos muito preocupados, pois este corte pode provocar alterações durante o ano de 2012”, avisou.»

(reprodução de notícia Público online, de 22.08.2011)
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[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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