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domingo, outubro 23, 2011

"Cortes ´vão colocar de joelhos` Universidade de Coimbra"

«O reitor da Universidade de Coimbra (UC), João Gabriel Silva, defendeu hoje que a redução de verbas para o ensino superior, prevista na proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2012, "vai colocar de joelhos" a instituição no próximo ano.
No entanto, João Gabriel Silva enfatizou que a qualidade é uma aposta "absolutamente central", em detrimento da qualidade, do ensino ministrado pela mais antiga universidade portuguesa.
O reitor disse que a UC não está interessada em aumentar o número de estudantes, que ronda actualmente os 22 mil, repartidos pelas várias faculdades.
"Mais qualidade é uma prioridade absolutamente central do que fazemos", acrescentou.
João Gabriel Silva falava na abertura de um debate subordinado ao tema "Um ensino superior para o século XXI: diferentes olhares", iniciativa conjunta da UC, Comissão Sectorial para a Educação e Formação do Instituto Português da Qualidade e Associação Nacional de Professores.
Na terça-feira, durante uma greve de zelo da academia, o presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), Eduardo Melo, realçou que as universidades e os institutos politécnicos irão sofrer um corte de 100 milhões de euros nas verbas do OE, uma redução que atinge os 7,6 milhões de euros no caso da UC.
Face a este cenário de penúria orçamental, as pessoas, segundo o reitor, são levadas "a concluir que algo correu com muita falta de qualidade nos últimos anos" ao nível da governação, mas também do papel que cabe aos cidadãos na sociedade.
Os portugueses têm geralmente "dificuldade em distinguir o que está certo do que está errado", uma "capacidade de destrinça que é pouco exercida em Portugal", disse.
"Estamos sempre disponíveis para compreender o vigarista e quase que olhamos o espertalhaço de baixo para cima. É uma questão cultural", lamentou, concluindo que é cada vez mais "necessário olhar para as coisas com mais qualidade".
João Gabriel Silva defendeu que o ensino superior "é completamente decisivo na sociedade", o que é demonstrado com o facto de a "troika" internacional ter "deixado este sector de fora" do memorando em que se baseiam algumas das principais medidas de austeridade tomadas em Portugal pelo Governo de Pedro Passos Coelho.»
(reprodução de notícia Correio da Manhã, de 20 de Outubro de 2011)
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[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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