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sexta-feira, junho 06, 2008

"Morra a Praxe! Morra! Pim"

"Estamos em Maio, o mês das rosas e o mês de Maria. O mês que também o é da Gata. O ano inteiro a praxe percorre a Universidade em devastação. E são meses e meses de cultura de caserna e de sarjeta. Meses e meses a parir abaixo de zero. Mas estamos em Maio, que é na Universidade um mês verdadeiramente esquizofrénico, um mês de apoteóticas paradas de estudantes, mobilizados e enquadrados por grunhos, que mais parecem celebrar um reinado das trevas, com as suas danças macabras de chacais. Vamos continuar a calar-nos diante do «sacrossanto Cabido», de «bispos, cardeais e papas», que hoje assola o campus universitário?
[...]
Interrogo-me, todavia, sem atinar com a resolução do enigma. Penso que seria muito interessante saber do Hospital de São Marcos o número de estudantes em coma alcoólico, registados nos serviços de urgência na semana da Gata. E, de igual modo, penso que seria de grande utilidade saber o número de agressões e de desacatos participados à Polícia nessa mesma semana. Mau grado o enigma permanecer inteiro. Por que razão abençoa a Reitoria esta estética fascista? E por que razão os estudantes se deixam comandar por este sub-mundo viscoso, onde, ufana, viceja a podridão? E, sobretudo, como pode a Academia estar por tudo, entretida, calada, pusilânime?"
Moisés de Lemos Martins
(excertos de artigo de opinião do colega referenciado, produzido e divulgado há algum tempo na imprensa, sob o título "Parir abaixo de zero. Morra a Praxe! Morra! Pim.", que ontem mão-amiga me fez chegar à caixa de correio electrónico; itálico/destaque meu)
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Comentário: a peça de opinião é magnifica, no seu estílo inconfundível; pena é que me tenha chegado um pouco fora de data e que, por razões formais e de ordem ética, me veja inibido da reproduzir integralmente; concluindo: o colega Moisés Martins parece-me em grande forma; será já resultado do seu estágio de preparação para o prelo eleitoral para o Conselho Geral que se avizinha? E os convivas que habitualmente o acompanham acompanhá-lo-ão também na boa-forma, depois da maratona estatutária que atravessaram (com resultados aparentemente medíocres)? A festa parece lançada. Vamos esperar que o baile esteja à altura da expectativa que fica gerada.
E o/a colega leitor/a (não confessado/a), dança?

1 comentário:

Anónimo disse...

Comentário infeliz, devemos manter tradições, estas dentro de certos limites claro! No entanto, podridão não é o mundo académico, mas sim o restante...podre e corrupto. Devemos manter tais festas e acontecimentos, tradições, por as nossas raizes nunca serão esquecidas e todos os ex universitários após percorrem toda a sua voda, chegam ao fim desta e lembram-se dos momentos vividos na vida académico, momentos de camaradas, marcantes. Para tudo deverá haver regras como ja citei! É trsite e infeliz o facto de certas pessoas quererem ou melhor serem da opinião de acabar com tais ilustres feitos! A praxe, especificamente, é voluntária! Assim como as restantes festas! Ninguém é obrigado a fazer o que não quer! Quanto aos disturbios provocados, são contratadas empresas para os controlar, evitar ou minimizar! Desacatos estes que acontecem diáriamente no futebol, por exemplo, mas que ninguém critica, e que ninguem e a favor de extinguir. Universidade é só uma a tradicional e não a alternativa ou melhor designando artificial, superficial.