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terça-feira, fevereiro 28, 2012

"Nova Universidade de Lisboa quer orçamento até 500 milhões"

«António Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa afirma que “este é um projecto único na história da universidade portuguesa.
A fusão da Técnica e da Clássica vai criar uma universidade que quer estar entre as 100 melhores do mundo.
A nova Universidade de Lisboa, que resultará da fusão da Técnica (UTL) e da Clássica (UL) deverá ter um orçamento de 400 a 500 milhões de euros. Um valor superior à soma do orçamento das duas instituições que ronda os 300 milhões. Essa é a expectativa dos actuais reitores Cruz Serra, da UTL, e António Nóvoa, da UL, que ontem apresentaram o que chamam "um projecto único na história da universidade portuguesa". Ganhando uma maior dimensão poderão captar mais receitas de diversas fontes.
A proposta de fusão prevê, ainda, a criação de um fundo público de 200 milhões de euros, nos próximos três anos, constituído por doações particulares ou empresas, verbas transferidas do Orçamento do Estado, do orçamento da própria universidade e proveitos de prestação de serviços ou alienação do património. Uma revolução no modelo de financiamento que aproximará esta instituição do modelo de ‘fundraising' existente nas melhores universidades norte-americanas. Só a Universidade de Harvard tem um orçamento anual de 2,8 mil milhões de euros, que é quase o triplo do orçamento de todas as universidades portuguesas.
Mas como conseguir convencer os privados a investir na nova instituição? António Nóvoa, reitor da UL, responde que "há que bater a novas portas" porque até aqui "batemos sempre às mesmas portas que estão sempre fechadas." E exemplifica com o caso recente do empresário Amadeu Dias que doou cerca de 150 mil euros, ano, à universidade.
Os dois reitores não pedem verbas ao Governo para avançar com o processo, embora em grande parte dos processos de fusão que acontecerem na Europa Ocidental tenha havido um apoio financeiro por parte do Estado. Em França, por exemplo, houve um reforço de 50 milhões de euros. Mas colocam condições.»
(reprodução de Notícia Económico online, de 28 de Fevereiro de  2012)
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(cortesia de Nuno Soares da Silva)

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