«Nunca é de mais assinalar que, nas universidades como as empresas comuns, aparte a qualificação dos recursos humanos e a sofisticação das tecnologias que as servem, a motivação dos seus agentes (trabalhadores) é um aspecto crucial do seu desempenho. Isto sabe-o qualquer estudante recém-ingressado num curso de economia ou de gestão. Não o parece saber o reitor da Universidade do Minho e os que o assessoram, e deduzo-o não apenas pela situação chocante a que aludo no parágrafo precedente. Do que percebo do seu modelo de “gestão”, o reitor da UMinho convenceu-se que gerir a organização era informatizar serviços (o que, manifestamente, já tardava), criar e incrementar rotinas burocráticas, e criar e controlar um sistema de informação que, pelo que se deixou ilustrado nos primeiros parágrafos deste texto, se sugere mais um "SIS" que um sistema de apoio à gestão. Enganou-se. Gerir uma Universidade é muito mais que isso.
Quem me leia e esteja alheado do quotidiano da UMinho, questionar-se-á, porventura, se a situação que retrato é novidade; se estamos perante titulares em início de primeiro mandato. Tenho que esclarecer que não é o caso e, por isso, é mais penosa a situação e sai melhor ilustrado o quadro de afirmação de um cenário de “oligarquia de interesses estabelecida pelo não mérito” – como se pode dizer, adaptando as palavras escritas de José Adelino Maltez - subjacente à eleição do reitor da Universidade do Minho e à sua manutenção no poder após 4 anos de gestão danosa da imagem da Instituição e do interesse social que esta é suposto prosseguir. Obviamente, em sede de 2º mandato, o dislate ganha outro espaço de afirmação e os erros de gestão deixam de poder ser encobertos sob o “manto diáfono” da herança da gestão precedente. Pregando no deserto, a isso me referia em texto que produzi pouco após a recondução eleitoral da equipa reitoral em funções.»
J. Cadima Ribeiro
(extracto de artigo sobre a situação recente vivida na Universidade do Minho)
3 comentários:
e depois há os dirigentes de outras instituições que acriticamente (?) tentam macaquear o que de pior se faz por aí.
são arquitectos fariam melhor se tivessem formação em GESTÃO
São arquitectos...
São arquitectos da asneira, quer o(a) colega dizer!
Kadima
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