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quarta-feira, abril 22, 2009

"No processo não se toca e menos ainda no [...]"

«RE: Informação do Conselho Geral

O que acho mais interessante no debate que por aqui se gerou é o deslocamento do concreto para o abstracto. Dir-se-ia que os varões cooptados o foram por obra e graça do Altíssimo ou de alguma instância malévola, empenhada em gerar discórdia na pacata academia. Ou seja: no processo não se toca e menos ainda no Joaquim, no Manel, na Antónia ou na Francisca, estimados colegas que todos elegemos para o Conselho Geral. Se tivermos em conta que o órgão é bastante equilibrado no que diz respeito ao género, o espanto é ainda maior. Pode ser distracção minha, mas a verdade é que não me lembro de alguém se interrogar porque razão as colegas eleitas permitiram a escolha, tão politicamente incorrecta, daqueles membros externos. Julgo até que nenhuma das eleitas veio dizer de sua justiça. Alguma coisa disse o professor Licínio, em nome da plataforma que o elegeu. Fundamentalmente, evocou a complexidade do exercício de escolha e todos ficámos a perceber que deve ter sido por razões semelhantes que o senhor que agora é Papa o chegou a ser...
Da minha parte gostava de ver discutidos os nomes antes do género. Melhor: gostaria que se partisse de quem foi nomeado para uma discussão mais ampla do que é ser notável e, aí sim, o debate do género seria mais interessante. Olhem, o que vos digo é que os senhores do Conselho Geral devem estar de orelhas a arder, coisa bárbara e desagradável, sobretudo agora que o verão se anuncia. Não há que desanimar, porém. Eu vejo pelo menos uma forma de redenção: elejam uma reitora, carago!!

Luís Cunha»
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(reprodução integral de mensagem hoje distribuída universalmente na rede electrónica da UMinho pelo colega identificado, na sequência de um conjunto de comentários produzidos por diferentes pessoas, na mesma sede, sobre a matéria em epígrafe; reprodução formalmente autorizada pelo autor do comentário)
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Comentário: se a reprodução desta mensagem neste blogue não o torna explícito, deixem que vos digo que subscrevo o essencial do que aí se diz; e sobretudo deixem que diga que considero legítima e com toda a oportunidade a discussão suscitada; no meu entendimento, a cidadania não se esgota no acto de votação, nem os eleitos ficam isentos de um escrutínio continuado da sua acção; o contrário será outra coisa que não o exercício pleno do espírito democrático, por mais que a prática quotidiana nos dê indicação de sentido inverso.

1 comentário:

Anónimo disse...

... mas afinal que é isso de "... exercício pleno do espírito democrático" na Universidade do Minho?