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quarta-feira, abril 29, 2009

"Vemos, ouvimos e lemos; não podemos ignorar!"

«Vemos, ouvimos e lemos; não podemos ignorar!

Caros/as colegas.
Aproveito a mensagem do Adérito Marcos, par honrar uma promessa que fiz na reunião promovida pelo sindicato, no final da semana passada, e que consistia em alertar os que estão em situação mais precária, para a necessidade de não meterem a cabeça debaixo da areia, não se acomodarem e lutarem pelos seus direitos.
Tudo o que tenho visto, ouvido e lido, sobre a revisão do ECDU, traduz-se nos seguintes termos:
1) Aumento da precariedade para a maioria das categorias profissionais (em particular para os professores auxiliares).
2) Discriminação (a tenure só se aplica aos professores catedráticos e associados com nomeação definitiva e não aos auxiliares. Porquê?).
3) Quebra unilateral dos vínculos contratuais (será constitucionalmente aceitável?).
4) Insegurança (como podem as pessoas ser livres de criar, se estão permanentemente com o futuro ameaçado e a pensar na subsistência?).
5) Confusão (a insegurança gera medo, o medo ansiedade e a ansiedade confusão).

Elencados os maiores problemas, sugiro o seguinte:
1) Que o sindicato transmita ao MCES o descontentamento que vai na academia.
2) Que consulte um constitucionalista, para saber se a alteração unilateral dos contratos que agora temos (sobretudo quem tem nomeação definitiva), é constitucional.
3) Que os professores catedráticos e associados da academia, assumam actos de solidariedade com os colegas mais “novos”, em prol da tão propalada coesão universitária. (É preciso lembrar que estamos todos no mesmo barco, e se as escolas forem comparadas a um navio, que acontecerá se este for ao fundo? Ou numa situação de “abate”, porque só devem ser “reciclados” os oficiais superiores?).
4) Que os mais directamente atingidos pela injustiça destas propostas, façam ouvir a sua voz e tornem visível o seu descontentamento. Proponho uma concentração de professores auxiliares a nível nacional, por universidade. A ideia seria parar durante uma hora, (no mesmo dia/hora), em todas as universidades. Podemos depois avançar para outras manifestações e até para greves.
5) Que os nossos “generais” pensem como podemos sair desta crise orçamental que está um pouco a condicionar tudo isto. Porque não se criam cursos no âmbito das energias renováveis? E outros com elevado potencial? Porque não investimos internamente nas energias renováveis? Porque se permite que outros façam aquilo que só as universidades deviam ter capacidade de fazer (por exemplo, formação contínua de professores). São exemplos do que faz falta fazer para se sair da crise e mostrar que estamos ao serviço da comunidade e que não somos uma instituição, onde o diletantismo, é a prática quotidiana.

Termino, dizendo que os problemas que nos afectam são graves, mas vulneráveis. Estive em Foz Côa a semana passada e fiquei admirado como um grupo de pessoas conseguiu travar a construção da barragem. Os rasgões na montanha, dão conta do adiantado estado d a obra. Serve esta metáfora para dizer que ainda podemos alterar estas medidas. Mas é preciso o empenhamento de todos/as. Não podemos esperar sentados que as coisas se resolvam por si…Isso será ficar á espera do comboio na paragem do autocarro (Sérgio Godinho).
Um abraço e um bom dia para todos/as.

Precioso»

(reprodução de mensagem, distribuída universalmente na rede da UMinho, emitida por José Alberto Gomes Precioso, que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico)

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