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quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Cursos públicos que revelem desemprego estrutural poderão ser fechados

«Serviço Social da Universidade Católica é o curso do ensino superior que, de acordo com o ministro da Ciência e Ensino Superior, Mariano Gago tem a maior percentagem de desempregados inscritos nos Centros de Emprego. Segue-se o curso de Sociologia da Universidade do Minho.
Se olharmos para o número de diplomados inscritos nos centros de emprego, ponderando com o número de licenciados que saem todos os anos (o critério que para o ministro permite aferir a empregabilidade) em terceiro lugar surge o curso de Filosofia também da Universidade Católica.
O Observatório da Ciência e Ensino Superior (OCES) analisou o percurso de 26 mil dos 34 mil licenciados inscritos nos Centros de Emprego por área de formação e ordenou os cursos com maior desemprego. Licenciaturas que o Diário Económico revela hoje.
Se o retrato for feito com base, apenas, no número absoluto de inscritos nos centros de emprego: Serviço Social do Instituto Miguel Torga é o curso com maior número de licenciados à procura do primeiro emprego. Segue-se, de acordo com este critério, o curso de Psicologia da Universidade Lusófona e o de Serviço Social, do Instituto Superior de Serviço Social. A licenciatura de Design da Escola Superior de Arte e Design de Matosinhos é o quarta na lista.
As recentes revelações de Mariano Gago no Parlamento provocaram uma onda de contestação por parte das escolas (...) mencionadas, sendo que estes são apenas os primeiros dados de um estudo global que o Governo divulgará em breve. Estes primeiros dados revelam que são as licenciaturas que têm no sector Estado a sua principal saída profissional as que estão no topo do 'ranking' dos cursos com maior número de licenciados desempregados. Uma realidade explicada pela "contracção no recrutamento das áreas de emprego público", explica Natália Alves da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação.
Cursos com desemprego podem fechar
O ministro da Ciência já avisou que os cursos públicos que revelem desemprego estrutural poderão ser fechadas ou ver o número de vagas diminuir. Cada ano que passa cerca de 70 mil diplomados saem das faculdades existindo neste momento 34 mil diplomados no desemprego. Feitas as contas, sublinha Mariano Gago, "são muito poucos" os licenciados que, um ano depois de terminarem o curso, ainda não conseguiram emprego.
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(reprodução parcial de notícia datada de ontem e intitulada "Conheça os quatro cursos com mais desemprego", publicada pelo Diário Económico)
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Obs: o destaque é meu

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