"Hoje assiste-se a um "publicacionismo" e a um "citacionismo" que além de condicionarem o rumo da investigação científica, fazem com que se leia cada vez menos papers na íntegra e com que os papers não passem de meras mercadorias que em nada contribuem para o avanço do conhecimento. As conclusões são de Luís Castiel e de Javier Sanz-Valero."
(título e resumo de artigo, datado de 07-02-2008, disponível em Web - WebJornal - http://www.editonweb.com/Noticias/NoticiasDetalhe.aspx?nid=1533&editoria=2)
2 comentários:
Como as coisas estão é mais do estilo: Publicar e morrer!
A questão suscitada é muito relevante e bem oportuna a chamda de atenção.
Karl Popper, dirigindo-se aos estudantes, disse um dia:
"(...) penso que só há uma caminho para a ciência ou para a filosofia, (...): encontrar um problema, ver a sua beleza e apaixonar-se por ele; casar e viver feliz com ele até que a morte vos separe - a não ser que encontrem um outro problema ainda mais fascinante, ou, evidentemente, a não ser que obtenham uma solução. Mas mesmo que obtenham uma solução, poderão então descobrir, para vosso deleite, a existência de toda uma família de problemas-filhos, encantadores ainda que talvez difíceis, para cujo bem estar poderão trabalhar com um sentido, até ao fim dos vossos dias. (Popper, 1989, pg 219)."
Será a obsessão com a imensa lista de produtos compatível com uma genuína paixão por um problema? Quantas vezes tais papers são migalhas de informação, feitas para que "conste" como publicação e não tanto para sejam lidas.
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