"O ministro Mariano Gago tentou fazer alguma coisa. É preciso dizê-lo. Tem uma proposta de mudança em cima da mesa: a passagem das universidades a fundações. O que falta saber é se é o caminho certo. O ministro do Ensino Superior quis aplicar o mecanismo dos incentivos. Desde 2005 que foi fechando a torneira das transferências do Orçamento. O objectivo era obrigar as universidades a queimar gorduras e a procurar financiamentos alternativos, nomeadamente obrigando-as a abrirem-se à sociedade civil e a procurarem apoios junto das empresas. Dito assim, nada a opor.
Contudo, o resultado real é bem diferente. Há um buraco de 88,5 milhões de euros no orçamento de 2008 das universidades e quatro delas, além de três politécnicos, declararam falência técnica. Não há dinheiro para pagar a professores e funcionários. Mesmo com as propinas a subir. E a OCDE avisa, num relatório sobre a realidade nacional, as propinas ainda vão ter de subir mais.
O que está em causa é o modelo."
Contudo, o resultado real é bem diferente. Há um buraco de 88,5 milhões de euros no orçamento de 2008 das universidades e quatro delas, além de três politécnicos, declararam falência técnica. Não há dinheiro para pagar a professores e funcionários. Mesmo com as propinas a subir. E a OCDE avisa, num relatório sobre a realidade nacional, as propinas ainda vão ter de subir mais.
O que está em causa é o modelo."
Bruno Proença
(excerto de artigo do Diário Económico de 09/09/25, intitulado " Ensino falido - ensino superior português está em falência técnica")
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[cortesia de Nuno Soares da Silva]
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