As condições que facilitem a reunião de massas críticas a nível de ensino, de investigação e de prestação de serviços não serão suficientes para ter uma universidade capaz de trilhar o percurso que a afirme como uma “universidade do século XXI”, quer dizer, dinâmica, ousada e flexível. Um outro requisito será o modelo de governação, que terá que ser, ele próprio, flexível, dotado de eficácia, capaz de comunicar com a sociedade, as empresas e as demais organizações relevantes para a prossecução dos objectivos traçados. Desse ponto de vista, modelos pesados, burocráticos, mesmo que aparentemente democráticos, têm conduzido a práticas de gestão que não têm contribuído para gerar soluções de desenvolvimento sustentado. A representação da comunidade académica deve andar a par de fórmulas de gestão que aliem sentido estratégico, operacionalidade e eficácia. A mobilização da comunidade académica tem que fazer-se em torno de metas que sejam entendidas, adoptadas e perseguidas por todos e que sejam comunicadas à sociedade.
Assim sendo, porque nos assiste a dúvida sobre as soluções encontradas em sede de revisão estatutária, deverá o Conselho Geral, no âmbito das suas competências e informado pelo propósito de catapultar a Universidade do Minho para patamares mais elevados de desempenho e de afirmação no contexto do sistema universitário nacional e europeu, retomar o debate sobre as soluções encontradas em matéria de estatuto jurídico-formal da Instituição e de autonomia e competências das suas unidades orgânicas. Deverá, aliás, fazê-lo sem tabus, atento à dinâmica do sistema de ensino superior nacional e aprendendo com as melhores práticas internacionais. Assumir o estatuto de fundação ou manter-se como instituto público deverá ser o resultado dessa análise e ponderação. Dentro da figura do instituto público há também distintos modelos de organização e são possíveis diferentes níveis de autonomia das unidades orgânicas. Assiste-nos, legitimamente, em razão de vivências passadas, forte dúvida sobre a solução agora encontrada (mantida). Fazendo o Conselho Geral esse trabalho, assumirá, então sim, o desígnio de reforma para que a lei 62/2007 apontava e que o desenvolvimento da sociedade portuguesa reclama.
Não rejeitamos a história da UMinho mas entendemos, em nome do futuro, que não faz sentido que a Universidade se assuma como ilha, procurando fugir a dar a devida atenção à realidade do presente e aos desafios do futuro. Fazendo-o, além de hipotecar o presente, corre sério risco de não ter futuro e, desse modo, falhar no cumprimento da missão que lhe está reservada, com expressão na respectiva acção social, nas distintas dimensões que a configuram - oferta formativa, produção de conhecimento, prestação de serviços. Também não alcançará esse desiderato sem o estabelecimento de uma relação renovada com a envolvente externa, nas dimensões extensão universitária e animação cultural.
J. Cadima Ribeiro
Assim sendo, porque nos assiste a dúvida sobre as soluções encontradas em sede de revisão estatutária, deverá o Conselho Geral, no âmbito das suas competências e informado pelo propósito de catapultar a Universidade do Minho para patamares mais elevados de desempenho e de afirmação no contexto do sistema universitário nacional e europeu, retomar o debate sobre as soluções encontradas em matéria de estatuto jurídico-formal da Instituição e de autonomia e competências das suas unidades orgânicas. Deverá, aliás, fazê-lo sem tabus, atento à dinâmica do sistema de ensino superior nacional e aprendendo com as melhores práticas internacionais. Assumir o estatuto de fundação ou manter-se como instituto público deverá ser o resultado dessa análise e ponderação. Dentro da figura do instituto público há também distintos modelos de organização e são possíveis diferentes níveis de autonomia das unidades orgânicas. Assiste-nos, legitimamente, em razão de vivências passadas, forte dúvida sobre a solução agora encontrada (mantida). Fazendo o Conselho Geral esse trabalho, assumirá, então sim, o desígnio de reforma para que a lei 62/2007 apontava e que o desenvolvimento da sociedade portuguesa reclama.
Não rejeitamos a história da UMinho mas entendemos, em nome do futuro, que não faz sentido que a Universidade se assuma como ilha, procurando fugir a dar a devida atenção à realidade do presente e aos desafios do futuro. Fazendo-o, além de hipotecar o presente, corre sério risco de não ter futuro e, desse modo, falhar no cumprimento da missão que lhe está reservada, com expressão na respectiva acção social, nas distintas dimensões que a configuram - oferta formativa, produção de conhecimento, prestação de serviços. Também não alcançará esse desiderato sem o estabelecimento de uma relação renovada com a envolvente externa, nas dimensões extensão universitária e animação cultural.
J. Cadima Ribeiro
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