Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região

sábado, setembro 13, 2008

Reformar a Universidade do Minho. Desenvolver o país! (4)

Em texto prévio, dizíamos não rejeitar a história da UMinho mas, em nome do futuro, acrescentávamos considerar que estava há muito ultrapassada a ideia de que a Universidade pudesse fugir a dar a devida atenção à realidade do presente e aos desafios do futuro. Por contraponto, diga-se que vemos a Universidade do Minho como uma instituição pública de ensino superior, de criação e difusão de conhecimento e de cultura, apostada na promoção da formação integral dos cidadãos, através de um ensino de qualidade e da promoção de valores de cidadania, e no desenvolvimento da investigação, da transferência de conhecimentos e no empreendorismo. Vemo-la, ainda, como uma Instituição que deve prosseguir um claro compromisso com o desenvolvimento regional e nacional e com a cooperação internacional.
Acresce que queremo-la uma instituição muito mais aberta, coesa, plural, inclusiva e reconhecida pela qualidade e relevância dos serviços que presta. Queremos, também, vê-la assumir-se como factor de coesão e dinamização da identidade e do desenvolvimento regional, actuando como parceiro dos agentes sociais, económicos e culturais. Nesse projecto, deverá:
i) visar a igualdade de oportunidades e a formação integral dos seus estudantes e apoiar a respectiva inserção na vida activa e acompanhar o seu percurso profissional;
ii) dispor de unidades de investigação e desenvolvimento com projectos de elevada relevância e qualidade, dotadas de infra-estruturas adequadas, com capacidade de atrair investigadores externos e capazes de manter um forte envolvimento na transferência de conhecimento e de tecnologia para o exterior.
Queremo-la, ainda, organizada segundo uma estrutura clara, ágil e eficaz, baseada numa gestão orientada por objectivos e sustentada num sistema de informação fiável, que aposte na racionalização dos recursos e na transparência da actividade. Finalmente, queremos vê-la assumir um forte compromisso com os Espaços Europeu e Lusófono de Ensino Superior e promover activamente a mobilidade e a cooperação, e participar em redes de conhecimento e de formação de âmbito nacional e internacional.
Será ambicionar demais? Não, se olharmos para o potencial de recursos e capacidades de que se apresenta dotada e a pensarmos como um projecto colectivo.

J. Cadima Ribeiro

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