«Na semana em que os conselhos gerais da "Clássica" e da Técnica aprovaram a fusão das duas universidade o reitor do Porto, que deixará se ser a maior do pais, diz que não está preocupado.
O Reitor da Universidade do Porto garante que não está minimamente preocupado com a eventual fusão da Universidade de Lisboa e da Universidade Técnica e diz mesmo que este processo estará ser conduzido de forma precipitada.
"A não ser que se trate apenas de uma fusão de reitorias, o calendário estabelecido revela alguma precipitação", disse ao Expresso José Marques dos Santos. E explicou porquê: "Quando era estudante de doutoramento, em 1977, em Manchester, as duas grandes universidades públicas desta cidade estavam em processo de fusão que levou quatro anos a estar concluído e implicou a junção de diversas faculdades."
Ora, a concretizar-se a fusão, o novo reitor de Lisboa deverá ser eleito e tomar posse dentro de oito meses, ou seja, em janeiro próximo.
Assim sendo, 2013 será o ano em que a Universidade do Porto, atualmente a maior do país com 31.900 alunos em todos os ciclos de ensino, perderá esse estatuto. Com efeito, a nova instituição de Lisboa terá um orçamento de quase 300 milhões de euros, quase três mil docentes e investigadores e mais de 46 mil estudantes não estando prevista a junção de um único instituto ou faculdade.
Conselhos gerais aprovam fusão
Esta semana, os conselhos gerais das duas universidades aprovaram a fusão, havendo a registar um único voto contra na Universidade de Lisboa: o do representante dos estudantes.
Antes de passar à fase seguinte - a negociação com o Governo - está agendada uma reunião para 30 de abril onde deverá ser aprovado o projeto final que será enviado ao ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.
Depois de ter defendido que o Governo terá "de assegurar um estatuto de autonomia, que atualmente não existe, para garantir que a nova universidade seja gerível e se torne numa grande universidade europeia", o reitor a Universidade Técnica, António Cruz Serra, reconheceu que o sucesso da fusão está "muito dependente" da forma como corram as negociações com o Executivo.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/fusao-
(reprodução de notícia Expresso)
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[cortesia de Nuno Soares da Silva]
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