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sábado, abril 14, 2012

"Fusão de universidades deve manter serviço público"

«O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou hoje ser fundamental que o processo de fusão das universidades Clássica e Técnica de Lisboa salvaguarde o "serviço público universitário" e evite despedimentos.
O líder comunista manifestou estas preocupações aos jornalistas, no final de um encontro em Lisboa com os reitores das duas universidades.
"Não temos ainda uma posição de fundo definitiva [sobre a fusão das duas universidades], mas de qualquer forma este encontro permitiu que da parte do PCP fossem colocadas questões que têm a ver, em primeiro lugar, com a necessidade de uma participação de grande envolvência, de professores, estudantes, trabalhadores não docentes terem opinião, de ser um processo participado", disse Jerónimo de Sousa no final da reunião com António Sampaio da Nóvoa (reitor da Clássica) e António Serra (reitor da Técnica).
"Em segundo lugar, também a necessidade da defesa do serviço público universitário e com a garantia da sua autonomia. E simultaneamente também a garantia de que qualquer processo de fusão, e um processo de grande complexidade, salvaguarde os direitos tanto da comunidade educativa, incluindo naturalmente os estudantes, evitando despedimentos ou quebra de direitos dos professores e dos trabalhadores não docentes. São parâmetros que nós consideramos fundamentais, é mediante esta evolução que tomaremos uma posição definitiva", acrescentou.
Segundo Jerónimo de Sousa, houve "grande identificação dos reitores com estas preocupações" do PCP e "também algumas garantias" de que no processo de negociação com o Governo para a fusão das duas universidades "se terão em conta esses parâmetros".
Também em declarações em jornalistas no final do encontro, António Serra explicou que os reitores das duas universidades estão a fazer reuniões com os partidos com assento parlamentar, para lhes apresentarem o projeto de fusão.
O objetivo é, afirmou, "a criação de uma grande universidade em Lisboa, de uma universidade de investigação, com uma grande capacidade de trabalho complementar entre áreas do saber que têm estado divididas entre as duas universidades, capaz de projetar a universidade portuguesa na Europa, no mundo, no mundo lusófono".
Após a discussão do projeto dentro das duas academias, segue-se, na próxima semana, "as decisões dos conselhos gerais das duas universidades, que depois serão formalizadas numa reunião, que devera ocorrer a 30 de abril, e que será uma reunião conjunta dos dois conselhos gerais", explicou António Serra.
"Aquilo que eu espero é que os dois conselhos gerais aprovem o início do processo de negociação com o Governo, que naturalmente será uma negociação que terá de levar o seu tempo e em que se discutirá a organização da nova universidade e a concessão de um estatuto de autonomia reforçada à universidade que vai ser criada pela fusão" da Técnica e da Clássica, acrescentou.
António Serra disse que até agora têm havido "feedback positivo" dos partidos, já que nenhum "manifestou oposição ao processo, pelo contrário".»
(reprodução de notícia Diário de Notícias online, de 13 de abril de 2012
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[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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