«O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), em Barcelos, criou um Fundo de Emergência para garantir que nenhum estudante abandonará os estudos por incapacidade financeira, foi hoje anunciado.
Em comunicado, o IPCA explica que se trata de um apoio a fundo perdido, em complemento aos apoios sociais já instituídos, "visando acorrer a situações emergentes, de grave carência económica de estudantes, suscetíveis de afetar o seu percurso escolar e até a sua subsistência".
O Fundo de Emergência visa o apoio a despesas dos estudantes com a alimentação na cantina, transportes, saúde, reprografia, papelaria e livraria.
O apoio abrange também os estudantes provenientes de programas de mobilidade e de cooperação.
A decisão de criar este fundo decorre do período difícil da vida social e económica portuguesa, bem como da identificação de situações que justificam a adoção de medidas urgentes que permitam aprofundar os mecanismos de apoio social escolar", acrescenta o comunicado.
O objetivo é minimizar as carências económicas sentidas pelos agregados familiares dos estudantes e permitir aos mais carenciados que prossigam e concluam os seus estudos de nível superior.
A criação do Fundo de Emergência junta-se a uma outra medida, aprovada pelo Conselho Geral do IPCA a 20 de abril, no sentido de não aumentar as propinas de licenciatura no próximo ano letivo.
Assim, no ano letivo 2012-2013 o valor da propina de licenciatura manter-se-á em 780 euros, "apesar da redução das transferências do Estado" para o IPCA.
Esta decisão foi justificada "pela crise económica que o país atravessa, tendo em conta, designadamente, o aumento do desemprego, as reduções dos rendimentos familiares e o consequente crescimento do número de desistências por parte dos estudantes, bem como dos pedidos de adiamento do pagamento das prestações de propinas".
"O IPCA continua, assim, a ser a instituição de ensino superior público da região norte com a propina mais baixa", refere o comunicado.
Por outro lado, foi, também, aprovada a possibilidade de os estudantes efetuarem o pagamento da propina em cinco ou 10 prestações, correspondendo esta última a um valor mensal de 78 euros, "atenuando o esforço dos encargos com os estudos".
O presidente da Associação de Estudantes, Mário Ferreira, já se congratulou com estas medidas, lembrando que "a zona do Cávado e do Ave é uma das mais pobres do país".
(reprodução de notícia Correio da Manhã, de 2012/04/30)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]
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