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domingo, novembro 04, 2012

"Reprovação de 107 cursos pode implicar mais desemprego"

«O presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior admitiu este domingo que a perda de certificação de mais de uma centena de cursos do Ensino Superior poderá implicar mais desemprego no corpo docente, mas observou que muitos cursos já não funcionavam.
Em declarações à agência Lusa, António Vicente considerou que, "à partida", esta situação "poderá implicar redução do corpo docente" e mais desemprego entre os professores, o que "não deixa de ser preocupante", mas contrapôs que a "qualidade" dos cursos do Ensino Superior é um objetivo fundamental para o setor.
Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior avaliou 420 cursos não validando 107 cursos, entre licenciaturas, mestrados e doutoramentos de politécnicos privados e públicos, universidades públicas e privadas.
António Vicente salientou ainda que o facto de muitos dos cursos, que perderam a certificação pela Agência, já não estarem a funcionar há algum tempo poderá mitigar o problema do desemprego entre os docentes universitários.
Entretanto, o administrador da Universidade Lusófona, Manuel Damásio, disse este domingo à Lusa que muitos dos cursos que não foram acreditados pela Agência "já não funcionavam, na prática, há anos".
As notícias divulgadas este domingo afirmam que 25 dos cursos não acreditados pertencem ao Grupo Cofac, que detém a Universidade Lusófona.
Manuel Damásio, presidente do conselho de administração do grupo Cofac, precisou que, no caso do grupo Lusófona, a maioria dos cursos já não estava funcionar na prática. Dos cursos que estão a ser lecionados, apenas o doutoramento em Ciência Política e o curso de Ciências Aeronáuticas não foram acreditados.
O 'chumbo' de 107 cursos prende-se com motivos que vão desde a falta de qualificação do corpo docente para os graus concedidos até à inadequação de instalação e equipamentos para ministrar tais conhecimentos.
Grande parte dos cursos, que não cumprem as regras, dizem respeito a mestrados e a doutoramentos, sendo, por áreas, o ensino universitário privado o mais atingido.
Em causa estão cursos de politécnicos privados e públicos, universidades públicas e privadas, espalhados um pouco por todo o país.
Em declarações ao "Diário de Notícias", o presidente da Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior, Alberto do Amaral, explicou que os 420 cursos avaliados foram os que "ofereceram mais dúvidas" sendo natural que se "tenham confirmado numa parte significativa".»
(reprodução de notícia JORNAL DE NOTÍCIAS online, de   2012-11-04)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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