«O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), João Sobrinho Teixeira, disse hoje esperar que o Governo recue no corte adicional de 8,5 por cento no orçamento das instituições para 2013, anunciado na última semana.
"Com toda a sinceridade, isto não se faz, nem se pode pedir", referiu, ao intervir na cerimónia do 32.º aniversário do Instituto Politécnico de Castelo Branco.
O presidente do CCISP criticou o facto de o corte ter sido anunciado depois de os politécnicos já terem assinado contratos para o próximo ano com base num corte de 3,2 por cento acordado com a tutela, tendo agora que acomodar uma redução adicional de 8,5 por cento.
João Sobrinho Teixeira destacou o facto de, assim, já não ser possível pagar os compromissos assumidos e alertou para os custos com a eventual rescisão de contratos.
Chegou mesmo a ilustrar a situação de forma irónica, dizendo que, nesta altura, nem fechando todos os politécnicos haveria poupança, a não ser "na água, luz e reagentes".
Sobrinho Teixeira, que preside também ao Instituto Politécnico de Bragança, acredita que, "dadas as contingências com que o Orçamento de Estado teve que ser elaborado, esta situação possa ser reposta e não se peça aquilo que é impossível".
O presidente do CCISP realçou também que os líderes dos politécnicos estarão "sempre disponíveis para reduzir a despesa", mas "as coisas têm que ser planeadas com instrumentos de gestão que sejam exequíveis".
João Sobrinho Teixeira sublinha que o conselho coordenador e todos os presidentes dos politécnicos "estão ativos"para encontrar soluções para a execução orçamental em 2013.
O CCISP solicitou audiências à tutela, aos grupos parlamentares e às comissões de Finanças e Educação para debater o assunto.
Durante a intervenção de hoje em Castelo Branco, João Sobrinho Teixeira classificou a rede de ensino superior como "a maior obra do pós-25 de Abril" ao contribuir para a "democratização" do acesso aos mais elevados níveis de ensino.
Considerou ainda a rede de politécnicos como uma peça importante no futuro para "ajudar cada região a encontrar as áreas em que se podem tornar competitivas a nível europeu".»
(reprodução de notícia i online, por Agência Lusa, publicado em 31 Out. 201)
[cortesia de Nuno soares da Silva]
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