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sexta-feira, outubro 20, 2006

Panorâmica da educação em Portugal

“A verdade é que, embora com um progresso notório em termos de anos frequentados, os alunos portugueses vêem-se cada vez mais ameaçados ao pôr os olhos no mercado de trabalho! A mim, pessoalmente, assusta-me! Às vezes ponho-me a pensar…no tempo dos meus avós, apenas se tirava o 4º ano do ensino básico…talvez no tempo dos meus pais, o 12º ano do secundário…chego à minha vida universitária e já nem uma licenciatura me garante um emprego! Frustrante! Já penso num mestrado e quiçá num doutoramento! Por isso, não me admiro com o desânimo por parte dos futuros alunos no que diz respeito ao acesso ao ensino superior!!!!
No entanto, por muito poucos que os anos frequentados já sejam, cada vez reduzem mais os anos das licenciaturas. No nosso caso (economia) já vai em 3! (muito pouco, no meu entender!)”


Ana Caseiro

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Outubro 2006)

1 comentário:

José Carrancudo disse...

A redução de empregabilidade vem da redução da qualidade de ensino, e esta resulta dos defeitos metódicos fundamentais do sistema escolar.

O País está em crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola. Com efeito, 80% dos nossos alunos abandonam a Escola ou recebem notas negativas nos Exames Nacionais de Português e Matemática. Disto, os culpados são os educadores oficiosos que promoveram políticas educativas desastrosas, e não os alunos e professores. Os problemas da Educação não se prendem com os conteúdos programáticos ou com o desempenho dos professores, mas sim com as bases metódicas cientificamente inválidas.

Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua íntegra, e não apenas para assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola. Recomendamos vivamente a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares. Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão. No seu estado corrente, o Ensino apenas reproduz a Ignorância, numa escala alargada.

Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo.