"As funções do Conselho Geral são muito importantes e não se esgotam com a eleição do Reitor ou Presidente e com a aprovação rápida de algumas propostas que lhe sejam apresentadas. A sua função de supervisão tem de ser bem desenhada para ser eficaz sem interferir nas competências executivas dos outros órgãos. No desenho deste equilíbrio delicado, a experiência da governação das empresas, especialmente das empresas cotadas poderá ser usada naquilo que é relevante.
1. Compete ao Conselho Geral assumir como sua a missão da instituição e construir uma estratégia de longo prazo da instituição que seja compatível com a legislação nacional e os anseios dos portugueses.
2. [...]"
José Ferreira Gomes
(extracto de texto de opinião, datado de 07/08/02 e intitulado "Boas Práticas de Governação nas Instituições de Educação Superior: Constituição e funcionamento do Conselho Geral", disponível em Reformar a Educação Superior)
4 comentários:
Ora mais isso é incorrer numa prática altamente danosa, "economicista", "gerencialista" e de todas as demais "doenças" associadas. Convenhamos que tal é demasiado "avançado" para a nossa cultura e nunca será proposto pelos trabalhadores de uma organização. Não tivesse o ministro cedido às pressões do partido, dos reitores e dos sindicatos e teríamos a única via possível para implementar um bom modelo de governação: a via "exógena", porque "endogenamente" a universidade não se consegue reformar. Por isso teremos, temo, mais do mesmo no final deste processo: multiplicidade de órgãos, eleições a rodos e todas os demais obstáculos a uma boa gestão de uma organização, seja pública, privada ou fundacional.
Ainda dizem que o dito "Leitor de Textos" está já em campanha eleitoral para a futura eleição (no Conselho Geral) para Reitor.
Para probreza de ideias, já nos chegou os últimos cincos anos.
Outro tecnocrate incompetente?
O DEBATE DE ONTEM
O debate de ontem, se outra virtualidade não tivesse, serviu para mostrar a abismal diferença intelectual entre os dois cabeças de listas.
Mais do que saber da autoria dos textos difundidos pelas listas, é importante confrontar, ao vivo e na prática, os conhecimentos e preparação teórica e intelectual daqueles que serão incumbidos de elaborar os futuros Estatutos da Universidade.
E aí, o que se viu, de um dos lados, foi uma prestação constrangedora, pela sua debilidade conceptual, suportada num discurso de “cassete”, sem a dinâmica e a dialéctica que o debate exigia.
Contrariamente a uma ideia preconcebida, que corre por aí, esta eleição não é para escolher gestores e tecnocratas, mas os colegas mais aptos, preparados e abertos às ideias da comunidade universitária na feitura dos novos Estatutos.
Já assim foi pobre mas se tivessemos as "listas" na totalidade a pobreza ainda era maior. Alguns esconde-se atrás desta figuras cuja a diferença abismal será entre a realidade e o andar nas nuvens.
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