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sexta-feira, novembro 16, 2007

Manifestando-me

O que pode entender-se por autonomia orgânica das escolas? É de rejeitar a possibilidade do director da faculdade ser um professor de fora da universidade?
Eu responderia: com a reclamação da autonomia das Escolas que faço, quero deixar claro que, sem estruturas universitárias de base leves, com definição clara de missões e capacidade de decisão, suportadas por recursos financeiros e humanos próprios adequados, não será possível ter instituições competitivas e ágeis. Isto é o rigoroso contraponto de modelos, chamem-lhe matriciais ou outra coisa qualquer, mastodônticos e hipercentralizados, em que tudo fica dependente da clarividência de burocracias (e eventuais lideranças) centrais.
Por princípio, não recuso que o director da faculdade venha de fora. Não acho é que estejamos em condições de dar esse passo agora. Mesmo o que proponho já levantará muitas resistências dentro das academias. Veja-se o que se passou com a designação dos reitores, no contexto da aprovação da lei 62/2007. Como me dizia um colega há não muito tempo, esta lei vai necessitar de ser revista a curto-prazo, para ultrapassar inconsistências decorrentes da negociação a que, apesar de tudo, esteve sujeita e para se adequar à realidade (universitária e social) que é a nossa.
Repito a(s) pergunta(s) [deixada(s) por colega que teve a simpatia de ma(s) endereçar a título de comentária à minha mensagem precedente]: o que pode entender-se por autonomia orgânica das escolas? É de rejeitar a possibilidade do director da faculdade ser um professor de fora da universidade?
J. Cadima Ribeiro

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