O actual Departamento de Psicologia do IEP pretende integrar uma escola autónoma, mas não ser integrado numa outra Escola. Está a ser pensada a fusão das duas escolas de Educação, dando origem a uma única Escola de (Ciências da) Educação.
Serão estas ideias o princípio de uma reestruturação da UMinho que urge fazer mas que corre o risco de ser remetida para as calendas gregas?
Se assim for, que espaço terá para vingar a criação de uma Escola de Artes? E será no futuro próximo que teremos uma Faculdade de Ciências e Tecnologia, em vez do "albergue espanhol" que é a actual Escola de Engenharia (e nalguma medida, também a Escola de Ciências)? Adicionalmente, será agora que vingará o sonho de Altamiro Machado (a quem depois da morte tantos adversários da sua acção em vida fizeram questão de homenagear) de ter os Sistemas de Informação dentro da Escola de Economia e Gestão, com este ou outro nome? E a História? Vai ter o seu lugar numa Escola de Letras? E...E...
"Há a ideia que se as Escolas nada quiserem propor, tudo ficará na mesma...". Mas pode ficar tudo na mesma, isto é, permacer a trapalhada actual? Quem ganha com isso? Os trapalhões que nos têm governado mas não liderado?
Agora que o cónego já não nos pode valer, quem poderá?
J. Cadima Ribeiro
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Ps: Notícias entretanto chegadas, avançam o seguinte:
i) a Arquitectura está muito inclinada à fusão com a Engenharia numa escola que tomará o dois nomes, Escola de Engenharia e Arquitectura;
ii) há a possibilidade Acílio Rocha conseguir levar a dele avante e as Artes ficarem com o ILCH numa Escola de Artes e Letras.
Concluindo: não está posta de lado a possibilidade do "albergue espanhol" que é a Escola de Engenharia se manter ou até intensificar-se; a ajuda, insuspeita, pode-lhe ser dada por Acílio Rocha e pela corporação de interesses em que se enredou definitivamente, em nome da intenção, louvável, de viabilizar as Letras que temos.
Permanece por esclarecer como se viabilizarão projectos de Escolas como são Direito e Psicologia, aparte a exigência de dar alguma estrutura à realidade orgânica amorfa que é o Instituto de Ciências Sociais.
Obviamente, quando se pega no assunto a partir da óptica da corporação de interesses tudo pode acontecer, incluindo ficar tudo na mesma, ainda que se mudem nomes e peões.