Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região

terça-feira, dezembro 30, 2008

"A Universidade está constituída em responsabilidade social"

"Como qualquer organização, a Universidade está constituída em responsabilidade social. Esta responsabilidade não deve ser entendida em sentido técnico-jurídico, no sentido da responsabilidade civil (patrimonial) [...]. Deve ser entendida num sentido muito mais amplo – porque não depende de outro requisito senão da existência de uma organização que utiliza recursos para levar a cabo a sua actividade – e simultaneamente positivo – na medida em que não é um instituto vocacionado para a resolução dos litígios em que participa a organização e sim um elemento integrante da sua actividade normal, um elemento essencial da – e para a – coexistência pacífica e produtiva da organização e da comunidade."
Catarina Serra
(excerto de texto intitulado "O que é uma Universidade?", a divulgar brevemente num sítio e num blogue "perto de si")

domingo, dezembro 28, 2008

"Uma universidade tem que ser construída por e para pessoas"

"A Universidade do Minho necessita de alterar muitos dos seus procedimentos. Os orgãos da Universidade do Minho devem orientar-se por princípios fundamentais para o sucesso da instituição, como legalidade, honestidade, transparência e competência. Para além disto, é importante ter uma visão humanista. Uma universidade tem que ser construída por e para pessoas."
José Barroso de Aguiar
*
(excerto de texto intitulado "Novos Desafios para a Universidade do Minho", a divulgar brevemente num sítio e num blogue "perto de si")

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Ecos da semana que se apresta para terminar

Notícia [SAPO TeK]
Emprego garantido no Técnico: http://tek.sapo.pt/noticias/computadores/emprego_garantido_nas_engenharias_do_tecnico_905536.html
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Artigo JN
Governo exige fim das lutas dos professores:
http://jn.sapo.pt/paginainicial/nacional/interior.aspx?content_id=1062860
-
Artigo JN
Universidade do Minho fechada duas semanas para reduzir custos:
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?distrito=braga&concelho=braga&option=interior&content_id=1062406

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

Comentário: "Governo exige..." - E que autoridade moral tem este governo para exigir o que quer que seja?

quinta-feira, dezembro 25, 2008

Notícias da UPorto

Notícia Diário Digital
Universidade do Porto vai ser transformada em fundação:
http://www.diariodigital.pt/news.asp?section_id=61&id_news=364788

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

quarta-feira, dezembro 24, 2008

"Escolher as mais lindas ´fitas` para os ´embrulhos` que obstinadamente nos remetem..."

Confusões de retrosaria

(título de mensagem, datada de Quarta-feira, 24 de Dezembro de 2008, disponível em Polikê ?)

Mais notícias do IPCB - II

Artigo Jornal Reconquista
Conselho Geral do IPCB: MAIA VENCE ELEIÇÕES:
http://www.reconquista.pt/index.asp?idEdicao=159&id=10868&idSeccao=1557&Action=noticia

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

terça-feira, dezembro 23, 2008

Mais notícias do IPCB

«Caro Colega,
No passado dia 18 de Dezembro realizaram-se eleições para o Conselho Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco, órgão que vai eleger o próximo Presidente daquela Instituição.
Concorreram 3 listas (A, B e C), sendo que a lista A é encabeçada pela actual Presidente do Politécnico, a Professora Coordenadora Ana Maria B. O. D. Malva Vaz, que era Vice do Valter Lemos e que uma das primeiras medidas que ela tomou quando o Valter Lemos foi para o Governo, foi dar o nome dele á Residência de estudantes, que agora se chama Residência Valter Lemos.
Hoje foram afixados os resultados provisórios dessa eleição (...).
A lista da actual Presidente (a Vice do Valter Lemos) teve somente 47 votos quase metade da lista mais votada, a lista B, pelo que é muito provável que ela perca as eleições. É preciso ter em conta que a eleição é feita por um colégio e não directamente, a Vice do Valter Lemos tem 4 delegados eleitos, a lista B tem 6 delegados e a lista C tem 3 delegados.

Saudações Sindicais»
*
(reprodução parcial de mensagem de correio electrónico entretanto recebida, com proveniência identificada)

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Défice de financiamento público e de autonomia das IES

"No próximo ano, a dotação final do Orçamento do Estado para o superior ascende a 1027 milhões de euros, mas a estimativa das despesas com pessoal é de 1282 milhões, o que significa que as escolas terão de recorrer a receitas próprias para suportar os custos. O défice de financiamento público e a falta de autonomia foram duas das deficiências detectadas pela Associação Europeia de Universidades numa avaliação, conhecido há um mês, feita a 13 instituições portuguesas."
(excerto de Notícia PÚBLICO - Última Hora, de hoje, intitulada "Universidades cortam verbas para professores e instalações")
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[cortesia de Nuno Soares da Silva]

Universidade do Futuro: Espaços e Lugares para Aprendizagem, Inovação e Transferência de Conhecimento

"A necessidade de implementar formas diferentes de ensino, com a crescente importância do ensino tutorial, o acolhimento de novos públicos e novos projectos de ensino implica a disponibilidade de espaços lectivos versáteis, polivalentes e flexíveis, o que requer abertura para a alteração, transformação e adaptação de espaços existentes."
José M. P. Vieira
*
(excerto de texto intitulado "Universidade do Futuro: Espaços e Lugares para Aprendizagem, Inovação e Transferência de Conhecimento", a divulgar brevemente num sítio e num blogue "perto de si")

sábado, dezembro 20, 2008

Responsabilidade Social: é preciso...

"É preciso adoptar politica de Responsabilidade Social e fazer dela promessa que a todos compromete na realização da universidade e do país."
Ivo Domingues
*
(excerto de texto intitulado "Desafio superior: a Responsabilidade Social", a divulgar brevemente num sítio e num blogue "perto de si")

Revista de imprensa do dia 20 de Dezembro

Notícia DN: DN_ONLINE
Suspeitas de fraude em concurso no Politécnico de Santarém:
http://dn.sapo.pt/2008/12/19/sociedade/suspeitas_fraude_concurso_politecnic.html
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Artigo JN
Reportagem: "Há facilitismo no ensino":
http://jn.sapo.pt/paginainicial/sociedade/interior.aspx?content_id=1061040

(cortesia de Nuno soares da Silva)

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Detalhes, alguns por esclarecer

Notícia Diário Digital
Menos 17% de unidades de I&D no final de 2008:
http://www.diariodigital.pt/news.asp?section_id=60&id_news=364161
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Artigo Diário Económico
Universidades e detalhes:
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnistas/pt/desarrollo/1193013.html
-
Artigo JN
75% dos professores mudavam de profissão se tivessem alternativa: http://jn.sapo.pt/paginainicial/nacional/interior.aspx?content_id=1060812

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

Abaixo-assinado que visa pôr «fim ao processo de Bolonha e das propinas»,

Notícia IOL Diário
Estudantes lançam abaixo-assinado contra Bolonha:
http://diario.iol.pt/noticia.html?id=1024299&div_id=4071

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Comunicado do SNESup: "Sem negociação não há revisão, sem revisão não há transição"

«Colegas Dado que até hoje não teve lugar o processo de negociação sobre transição de vínculos pedido por milhares de colegas na petição "É urgente negociar vínculos e remunerações", o SNESup vai adoptar como palavra de ordem "sem negociação não há revisão, sem revisão não há transição" apelando:
- aos órgãos de gestão das instituições, para que não procedam a qualquer enquadramento dos docentes e investigadores ao seu serviço no novo regime de vínculos enquanto não for aprovado o diploma legal que regule a transição;
- a todos os colegas, para que nos dêem conhecimento para snesup@snesup.pt do que se passa nas suas instituições.
Lutaremos pelo direito à negociação contra quaisquer discriminações e favorecimentos, lutaremos pela integral salvaguarda dos direitos e expectativas legítimas de todos os docentes e investigadores.
Saudações académicas e sindicais
A Direcção do SNESup
Em 17-12-2008»
(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de corrreio electrónico, com a proveniência que se identifica)

A avaliação dos professores universitários

Resposta a questões de Cidália Barros, redactora do jornal ComUM online, recebidas em 08/12/04
-----------
P: Concorda com a avaliação aos professores?
R: Concordo. Se se está a referir aos professores universitários, tenho que lhe dizer entretanto que são o corpo de agentes da administração pública que mais são sujeitos a processos de avaliação, situação que remonta há décadas. Note que ninguém progride na carreira, de um nível profissional para outro sem ser sujeito a um processo de avaliação rigoroso, público, em vários momentos.
Aparte a avaliação pelos “pares”, desde a década de noventa do século XX, os professores e investigadores universitários têm sido submetidos a processos de avaliação do respectivo desempenho docente, pelos alunos, e científico, por auditores da Fundação para a Ciência e Tecnologia, no quadro dos centros de investigação em que se integram. Isto para não mencionar a avaliação que lhes era feita pela via da avaliação dos cursos em que leccionavam, conduzida pelas Fundação das Universidades Portuguesas

P: O processo de avaliação pode prejudicar os alunos? Pode também diminuir a qualidade do ensino nas universidades portuguesas?
R: Do que diga antes, decorre que o que está em causa na reclamação tornada pública recentemente pelos sindicatos do sector não é a alteração do que se vem passando em termos de promoção na carreira mas a progressão em matéria salarial associada a escalões remuneratórios existentes, no quadro de um mesmo estatuto científico. Se o processo for informado pelas mesmas regras e não for pensado numa óptica estritamente burocrática (isto é, de preencher papéis e pôr avaliadores a ler relatórios sem fim), este processo não tem que ser nem moroso nem prejudicar o funcionamento normal das organizações. A questão da qualidade do ensino das universidades, no essencial, não releva daí.

P: Os critérios de avaliação são: atitude perante o ensino; atitude perante a universidade; produção cientifica e investigação; esforço de progressão continua. Concorda com estes tópicos?
R: Os critérios que devem presidir à avaliação dos professores e dos investigadores universitários têm que decorrer da missão que está reservada às instituições em que trabalham, que devia ser clara e conhecida mas que nem sempre o é na devida medida. Se olharmos para as orientações que têm vindo da tutela governamental nos últimos anos e para os valores que se têm imposto na comunidade académica, a produção científica, expressa em publicações internacionais, e as patentes registadas têm emergido como os principais parâmetros de aferição de mérito dos professores e investigadores universitários. O esforço de progressão na carreira é balizado pela própria duração dos contratos e pelas exigências a que têm que sujeitar-se para progredirem para o patamar administrativo-científico seguinte. A atitude perante o ensino tem sido aproximada por diferentes vias, não se tendo libertado de grande dose de ambiguidade, nomeadamente quando se confunde com sucesso escolar dos alunos.
Querendo olhar para a missão das universidades, percebe-se facilmente que a extensão universitária e a pertinência da acção das instituições e dos seus agentes não têm sido convenientemente salvaguardados nas orientações de política conduzidas na última década.

Braga, 4 de Dezembro de 2008

J. Cadima Ribeiro

Da Universidade do Porto

Notícia Correio da Manhã
Porto pode ser fundação:
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?channelid=ED40E6C1-FF04-4FB3-A203-5B4BE438007E&contentid=6915322D-8DC1-4348-8D24-F636C611785B

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

terça-feira, dezembro 16, 2008

"Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal"

«Já está on-line o Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP). A plataforma vai permitir aos investigadores portugueses disponibilizar os seus resultados das investigações científicas.
O projecto, desenvolvido pela Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) e pela Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) em colaboração com a Universidade do Minho - "pioneira no movimento de Repositórios Científicos de Acesso Aberto", diz o comunicado da FCNN - é uma plataforma informática que vai agregar conteúdos científicos em regime de acesso aberto.
A informação será produzida pela "comunidade científica, nomeadamente pelas unidades de investigação e pelas universidades", diz Luís Magalhães, presidente do conselho executivo da UMIC. O objectivo é criar uma plataforma de informação científica nacional coerente, ao mesmo tempo mantendo a identidade corporativa. Actualmente, já integra as cinco bases de dados de instituições científicas e de ensino superior anteriormente existentes e espera a adesão de outras unidades de ensino.»
(reprodução parcial de Notícia do PÚBLICO - Público Digital -, intitulada "Investigadores já têm repositório científico de acesso aberto" e datada de 16.12.2008)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

segunda-feira, dezembro 15, 2008

"Dúvida (muito) pertinente sobre as eleições para o Conselho Geral da UM"

«Cara comunidada académica:
Com a publicação dos novos estatutos da UM e as eleições para os órgãos sociais da UM para breve, gostaria de colocar uma questão que penso ser muito pertinente, a quem me possa elucidar esta dúvida:
Onde é que se enquadram os novos Investigadores Auxiliares da UM nas candidaturas para as listas dos órgãos sociais???
De acordo com os novos estatutos da UM, está antecipada a participação de investigadores não docentes nos órgãos sociais da UM! Ora, quando para o conselho geral se pedem 12 representantes de docentes e investigadores, não está bem claro se se exige ou não a presença de investigadores!
Como certamente concordarão, as carreira de Investigador e Professor, embora tenham muitas semelhanças, também terão muitas diferenças, e por isso parece-me fundamental que estejam presentes nos órgãos sociais da UM investigadores auxiliares (na inexistência actual de outro escalão de investigadores). Mais ainda, quando os mandatos são para 4 anos, e quando os programas Ciência 2007/2008/2009 abrangem um prazo de 5 anos, parece-me urgente que já na primeira eleição sejam incluídos necessariamente alguns investigadores, pois 4 anos representa um periodo muito largo, onde certamente terão que ser tomadas decisões importantes que afectaram directamente a actividade profissional de todos os investigadores não docentes da UM!
Ora, não tem sido fácil nem claro compreender como é que os novos investigadores auxiliares podem participar neste acto eleitoral, uma vez que não temos propriamente uma estrutura politica implementada, onde poderia dirigir-me ou à sede do PS, PSD, CDS, BE, CDU e militar-me no determinado partido, para posteriormente fazer parte de uma lista.
Certamente as listas já estão a ser feitas tendo em base conhecimentos antigos, e aos novos investigadores auxiliares, que são na sua grande maioria desconhecidos, será talvez extremamente dificil fazer parte dessas listas, e em consequência directa, serem eleitos, o que me parece um grave défice democrático!
Não sei a opinião dos meus restantes colegas Investigadores Auxiliares, mas eu gostava de saber as respostas que a comunidade académica da UM poderá ter para estas minhas preocupações!

Atenciosamente,
Nuno Cerca

PS- aproveito a ocasião para deixar votos a todos de um Feliz Natal e que 2009 não seja tão mau como se ouve dizer em alguns sectores da nossa sociedade!
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Nuno Cerca
IBB-CEB
Minho University
Campus de Gualtar
4700 Braga - Portugal
http://nunocerca.pt.vu/»
*
(reprodução integral de mensagem que me caiu esta tarde na caixa de correio electrónico, com a proveniência e com o título que se identificam)

domingo, dezembro 14, 2008

Mal-entendidos

Artigo IOL Diário
«Isto mata a universidade»:
http://diario.iol.pt/noticia.html?id=1023133&div_id=4071
-
Artigo JN
Processo de Bolonha nas universidades portuguesas quase a 100%:
http://jn.sapo.pt/paginainicial/sociedade/interior.aspx?content_id=1058432
-
Artigo TSF
Presidente do Instituto Superior Técnico quer esclarecimento do Governo:
http://tsf.sapo.pt/paginainicial/portugal/interior.aspx?content_id=1058584

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

sábado, dezembro 13, 2008

Residência de estudantes Valter Lemos

«Caro Colega,
no próximo dia 18 de Novembro (Quinta-Feira) realizam-se eleições para o Conselho Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco, orgão que depois irá eleger o próximo Presidente daquela Instituição.
Concorrem 3 listas (A, B e C), sendo que a lista A é a lista encabeçada pela actual Presidente e antiga braço direito do Valter Lemos. Uma das primeiras medidas que ela tomou quando o Valter Lemos foi para o Governo foi dar o nome dele á Residência de estudantes, que agora se chama Residência Valter Lemos. Se a lista A perder isso significa a queda do Valter Lemos e da sua ascendência naquela zona, já que ele é também e ainda Presidente da Assembleia Municipal de Castelo Branco. Se pensarmos que Castelo Branco é o distrito onde foi eleito o Socrates, fácilmente se percebe a importância de naquele distrito as coisas começarem a descambar para aqueles dirigentes.
Saudações sindicais»
*
(reprodução de mensagem que me caiu na caixa de correio electrónico em 08/12/12, proveniente de autor identificado)

quinta-feira, dezembro 11, 2008

"As eleições para o Conselho Geral da UM: em defesa de um processo eleitoral justo"

«No passado dia 5 de Dezembro foram publicados em Diário da República os novos Estatutos da UM, conforme a informação do Gabinete do Reitor, nesse mesmo dia, a toda a Academia. A partir daí desencadeiam-se os processos conducentes à eleição dos novos órgãos da UM, designadamente do Conselho Geral.

Este novo órgão colegial reveste-se de uma importância fundamental no futuro, sendo dotado das competências, entre outras, de eleger o Reitor, de apreciar a acção do Reitor, bem como do Conselho de Gestão e tomar iniciativas com vista ao bom funcionamento da Universidade. Impõe-se pois que as eleições para o Conselho Geral decorram de forma absolutamente transparente e em conformidade com os princípios da participação democrática e do pluralismo de opiniões e de orientações, nos termos do artigo 3.º dos Estatutos da Universidade do Minho.

Ora, o Projecto de Regulamento Eleitoral para o Conselho Geral, divulgado pela Reitoria da Universidade do Minho no passado dia 5/12/08, a ser apreciado em reunião do Senado no dia 15/12/08, suscita-nos sérias reservas quanto à garantia dos princípios enunciados.

1. O artigo 7.º, n.º 1, do Projecto de Regulamento Eleitoral para o Conselho Geral determina que as listas respeitantes aos professores e investigadores devem conter “a identificação de doze candidatos efectivos e de doze suplentes, subscritas [propostas] por um mínimo de 40 [50/60] membros do respectivo corpo eleitoral”. Significa isto que a viabilização de uma candidatura pressupõe a necessidade de 64 professores.

1.1. Afigura-se-nos manifestamente desproporcionado o requisito de que o número de candidatos suplentes seja igual ao número de candidatos efectivos (doze). Atente-se no facto de que nas eleições para um órgão de soberania - a Assembleia da República -, prevê-se que o número de candidatos suplentes em cada círculo eleitoral não seja inferior a dois nem superior a cinco (cfr. artigo 15.º da Lei Eleitoral da Assembleia da República). Note-se ainda que, nas eleições para os órgãos das autarquias locais, se prevê que o número de candidatos suplentes seja igual a um terço do número de candidatos efectivos (cfr. artigo 23.º da Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais).

Perante o exposto, os signatários entendem que não há nenhuma razão plausível que sustente a necessidade de 12 candidatos suplentes, sendo doze os candidatos efectivos. É nossa convicção de que o Regulamento Eleitoral para o Conselho Geral, para ser um regulamento eleitoral justo, deve determinar que o número de candidatos suplentes requeridos para a apresentação de uma lista seja de um terço ou – quando muito – de metade do número de candidatos efectivos.

1.2. É também manifestamente desproporcionado o requisito de que o número de subscritores ou de proponentes de cada lista seja de quarenta – deixando-se em aberto a possibilidade de que seja de cinquenta ou de sessenta (!). A este propósito lembramos que na mais recente eleição para a Assembleia Estatutária da UM, as duas listas candidatas apresentaram-se a eleições sem quaisquer proponentes, o que torna mais incompreensível que se pretenda agora regulamentar um número de proponentes tão elevado.

Os signatários exprimem a sua convicção de que o Regulamento Eleitoral para o Conselho Geral, não deve fixar um número mínimo de proponentes ou de subscritores para cada lista, de forma a salvaguardar o princípio do pluralismo de opiniões e de orientações.

2. O artigo 17.º, n.º 3, do Projecto de Regulamento Eleitoral dispõe que “[h] havendo divergência entre o número de votantes e o número dos boletins de voto, prevalecerá, para efeitos de apuramento, o segundo”. Os signatários consideram estranho que se admita um cenário em que o número de votantes não seja igual ao número de boletins de voto entrados nas urnas.

Independentemente de quais sejam as suas opiniões ou orientações, todos concordarão que um Regulamento Eleitoral não pode conter uma regra de teor semelhante ao do art. 17.º, n.º 3. Os signatários propõem que a regra em causa seja, pura e simplesmente, suprimida.

3. As reservas dos signatários quanto à justiça do Regulamento Eleitoral para o Conselho Geral são extensíveis aos Regulamentos Eleitorais para as Assembleias Estatutárias das Escolas, devendo sublinhar-se que, a aplicarem-se as regras propostas, haverá Escolas em que será de todo inviável a constituição de duas listas.


Braga e Guimarães, Universidade do Minho, 11 de Dezembro de 2008

Subscrevem os professores:

Fernando António Portela Sousa Castro
José António Cadima Ribeiro
José Manuel Pereira Vieira
Maria Eduarda Ferreira Coquet
Nuno Manuel Pinto Oliveira»
*
(reprodução integral de mensagem distribuída universalmente na rede electrónica da UMinho no final da tarde de hoje)

A propósito de Bolonha e de outras vivências

1. Na minha condição de cidadão e de trabalhador do mundo, desloquei-me há poucos dias à Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade de Vigo para assegurar uma aula a um mestrado no âmbito das políticas comunitárias e da cooperação territorial. Esse curso é oferecido, desde este ano lectivo, em parceria com três Escolas da Universidade do Minho. Já me havia deslocado variadas vezes ao magnífico campus da Universidade de Vigo, em Vigo, mas a experiência a que agora me reporto foi muito singular. A singularidade residiu na circunstância de encontrar todos os corredores da faculdade atapetados com pedaços de papel e folhas secas, o que, convenhamos, não terá sido tarefa simples de concretizar, pela quantidade de papel requerido e pela extensão dos espaços interiores comuns da instituição. Algures, li escrito num pedaço de papel colado numa porta que os estudantes se recusavam a ter aulas enquanto o edifício não fosse convenientemente limpo. Não me tendo cruzado com nenhum colega conhecido, não me atrevi a inquirir de quem tinha sido o trabalho e as razões daquela inusitada situação.
2. Pese embora o que se anota antes, a aula que me propunha leccionar teve mesmo lugar, porventura por se tratar de um curso de mestrado e por caber no conceito de serviços mínimos que a Faculdade estava a assegurar. Por me parecer oportuno e por conter matéria relevante, no essencial, estive a apresentar alguns dados disponíveis numa “revista” que me chegou às mãos não há muito tempo, intitulada “Estudos Territoriais da OCDE: Portugal”, formalmente produzida pela instituição que aparece referenciada no título da obra, e editada pelo Instituto Financeiro para o Desenvolvimento regional, IP., antiga Direcção-Geral de Desenvolvimento Regional. Surpreendentemente, tem bastante informação tratada a nível de unidades estatísticas de nível III (NUTs III), o que permite traçar um retrato bastante fidedigno da realidade do país, o que de maneira nenhuma se consegue usando NUTs II, quer dizer, os territórios de intervenção das chamadas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional. Pena é que nem todos os dados tenham a actualidade que seria recomendável.
3. Enquanto esperava a hora da aula, dei uma vista de olhos ao material de divulgação por lá existente, tendo encontrado um jornal de âmbito estudantil, com circulação em toda a Espanha (intitulado ECCUS), datado de 24 de Novembro pp., que, entre outras matérias, se referia a “Bolonha”, com o sugestivo título: “Contra Bolonia somos muchos protestando y no podrán ignorarnos eternamente”. Surpreendeu-me não tanto o título do artigo mas a circunstância de, ao que parece, o assunto aí, em Espanha, permanecer vivo, morto que está em Portugal. Digo morto, no sentido de que há muito que dele não ouço falar. Terá, talvez, tido o encaminhamento que se costuma dar àquelas reformas nascidas de “mentes brilhantes” que são incapazes de pôr os pés no terreno para aquilatar da necessidade e da viabilidade de reformar o que quer que seja que se ache que se deve reformar. O encurtamento da duração dos cursos e dos recursos financeiros votadas à educação superior, esse, tornou-se efectivo, sem dúvida.
4. Não havendo espaço neste texto para muito mais, extraio do mencionado artigo as passagens seguintes (com tradução minha):
i) «[…] A 13 Novembro, tal como sucedeu no passado dia 22 de Outubro, milhares de estudantes (mais de 100.000, segundo fontes da Associação de Estudantes) fizeram-se de novo às ruas de Espanha com um grito na boca: “Defender a Educação Pública”»;
ii) «Uma das chaves de todo este processo está na informação ou, melhor, na desinformação, como apontam os estudantes deste movimento contra Bolonha: “É vergonhoso que só depois de nos termos mobilizado é que os Centros tenham começado a informar ´bem` os alunos. Até agora éramos nós próprios quem explicava aos nossos companheiros o que era e o que traria Bolonha”.»
São, obviamente, formas de ver e fazer as coisas que têm que ser olhadas à luz dos respectivos contextos e motivações. Nalgumas dimensões, dizem-nos, talvez, que as limitações que nos tolhem não são, afinal, tão singulares quanto, por vezes, as julgamos.
5. Ser cidadão e trabalhador do mundo é uma coisa boa. Há ocasiões, todavia, que preferia ser cidadão longe do mundo, isto é, longe de todas as desgraças de que a comunicação social e os nossos olhos, eles próprios, nos vão dando notícia. Nalguns casos, os porta-vozes da desgraça são até aqueles que anunciam que nos vêm trazer “a boa nova”.

J. Cadima Ribeiro

(artigo de opinião publicado na edição de hoje do Jornal de Leiria)

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Regulamentos eleitorais: para que vos quero?

Caros(as) colegas,
Conforme pretendi chamar à atenção via divulgação de mensagem inserida pelo colega Jaime Rocha Gomes no seu blogue (cf. mensagem abaixo - "Não podem estes subscritores ser considerados votos antecipados? E se são votos antecipados não será anti-constituicional?"), o regulamento eleitoral para o Conselho Geral da UMinho entretanto divulgado dá expressão de grande “criatividade” e de um enorme “apreço” pela democraticidade do processo eleitoral que visa regular. No contexto de tomada de posição colectiva a ser a breve prazo divulgada, emergirão algumas dessas dimensões de criatividade e singularidade que, mesmo assim, não esgotarão o rol do que daí se pode retirar.
Para já, sublinhe-se o seguinte:
o artigo 7.º, n.º 1, do Projecto de Regulamento Eleitoral para o Conselho Geral, divulgado pela Reitoria da Universidade do Minho no passado dia 5 de Dezembro, determina que as listas respeitantes aos professores e investigadores devem conter “a identificação de doze candidatos efectivos e de doze suplentes, subscritas [propostas] por um mínimo de 40 [50/60] membros, do respectivo corpo eleitoral”.
Esta disposição é particularmente curiosa olhada à luz do que a lei e a prática eleitoral nacional estabelecem. Tenha-se presente, por exemplo, que no artigo 15.º da Lei Eleitoral da Assembleia da República, prevê-se que o número de candidatos suplentes em cada círculo eleitoral não seja inferior a dois nem superior a cinco. Por sua vez, no artigo 23.º da Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais prevê-se que o número de candidatos suplentes seja igual a um terço do número de candidatos efectivos.
Então, a questão do número mínimo de subscritores brada aos céus. Curiosamente, nada se diz sobre o número máximo. Porventura, visar-se-á que seja toda a comunidade universitária.
Interpreto esta diferença como dando expressão da singularidade da Universidade do Minho que muitos dos seus dirigentes insistem em sublinhar. Acontece, entretanto, que nem sempre a diferença é sinal de boas práticas e/ou deverá ser motivo de orgulho, isto é, há diferenças que é melhor não cultivar. A meu ver, este é um bom exemplo.

J. Cadima Ribeiro

terça-feira, dezembro 09, 2008

A frase do dia

«É muito provável que esta seja uma manobra do “bloco central” para eliminar os pequenos partidos…
Concordo com a Clara que no Senado esta questão deve ser levantada, em nome da democracia, mas duvido que não esteja já tudo acordado entre as duas listas já no terreno.»

Jaime Rocha Gomes

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Novas, umas mais que outras

Artigo JN
Politécnicos: Estatuto da carreira depende do empenho dos docentes:
http://jn.sapo.pt/paginainicial/nacional/interior.aspx?content_id=1055189
-
Artigo JN
"Sociedade civil deve discutir Ensino Superior":
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?distrito=coimbra&concelho=coimbra&option=interior&content_id=1054934
-
Artigo ComUM - Jornal dos alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho
"Reitoria tem uma atitude passiva na defesa dos estudantes”:
http://www.comumonline.com/index.php?option=com_content&task=view&id=1459&Itemid=78
-
Artigo IOL Diário
Governo adia respostas sobre revisão da carreira de docentes universitários:
http://diario.iol.pt/noticia.html?id=1020748&div_id=4071

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

domingo, dezembro 07, 2008

"Não podem estes subscritores ser considerados votos antecipados? E se são votos antecipados não será anti-constituicional?"

As regras do jogo eleitoral na UM são constituicionais?
*
(título de mensagem, datada de Domingo, 7 de Dezembro de 2008, disponível em Prálem D`Azurém)

sábado, dezembro 06, 2008

De luta e de apelos a favor de uma cultura democrática se tece o dia-a-dia da UMinho

«Caros(as) Colegas,
Escrevo-vos desta forma aberta atendendo à forma frontal e transparente como gosto de lidar com os assuntos da instituição, não aguardando necessariamente uma resposta positiva mesmo daqueles com quem me relaciono comummente no dia-a-dia.
Optei por divulgar a mensagem a todos os membros da EEG, embora saiba que há quem esteja comprometido com outros projectos para a Universidade do Minho e com outras candidaturas. Os ditos colegas não me levarão a mal esta iniciava se tiverem presente a postura e princípios que assinálo antes.
Como sabem, foram publicados os novos Estatutos da UMinho e daí decorre que se vão realizar a breve prazo diversos processos eleitorais.
Neste momento, estou envolvido e solidário com um conjunto de colegas de diversas Escolas da UMinho com vista à constituição de uma lista a candidatar ao Conselho Geral. Contudo, a referida lista só será aceite se tiver um número mínimo de subscritores, que não podem ser em simultâneo candidatos ou subscritores de outras listas. Esse número será definido em próxima reunião do Senado, mas será previsivelmente elevado.
Assim, gostaria desde já de vos solicitar que não subscrevam qualquer outra lista sem que eu vos contacte novamente informando qual a composição da lista de candidatos e quais os princípios orientadores da candidatura na qual estou envolvido. Como referi anteriormente, apenas busco a vossa solidariedade (em nome de princípios democráticos básicos) para o movimento que levará à viabilização da candidatura da lista que temos em preparação, deixando naturalmente ao vosso critério a opção de a subscreverem ou não.
Desde já posso referir que a lista não é liderada por nenhum dos grupos que estiveram na génese da elaboração dos estatutos acabados de publicar em Diário da Républica.
Para informações complementares sobre o processo em curso podem consultar os documentos disponíveis nos seguintes “links”:

http://www.uminho.pt/Default.aspx?tabid=25&pageid=972&lang=pt-PT

http://www.uminho.pt/Default.aspx?tabid=25&pageid=974&lang=pt-PT

Desejo-vos um bom fim-de-semana.
Cordiais cumprimentos,

J. Cadima Ribeiro»
(reprodução integral de mensagem entretanto distribuída universalmente na rede electrónica da EEG/UMinho)
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Nota: endereçada especificamente à EEG, esta mensagem vale, de facto, para a comunidade académica da Universidade do Minho, no seu todo; ( a mensagem que se reproduz segue de perto outra da autoria de Rui Ramos, difundida em circulo restrito).

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Universidade do Minho: serviço público

Caros(as) colegas,
Foram hoje publicados oficialmente os Estatutos da Universidade do Minho. A referência respectiva é:
pp. 49234-..., Diário da República, 2.ª série — N.º 236 — 5 de Dezembro de 2008:
Despacho normativo n.º 61/2008.
A esta luz, não há mais tempo para hesitações, isto é, chegou mesmo a hora de decidirmos se queremos ser actores ou espectadores do processo de recomposição dos orgãos de governo da instituição e do projecto de (re)afirmação da Universidade, se acharmos que isso ainda é possível.
Se puderem, não deixem de dizer presente!
Cordiais cumprimentos,

J. Cadima Ribeiro
(Universidade do Minho: novos desafios)

O gesto do Zé Povinho

"A ministra rodriguinha, que acabou de rebentar com os últimos restos de prestígio da ideia comunitária de professor, em nome de uma qualquer ficha avaliativa, tão estúpida como as da bolonhesa tecnocrática, ainda não percebeu só é vencido aquele que entrou no jogo do dizer em comunicado, nota de imprensa ou direito de resposta que já venceu o opositor, o dissidente ou quem lhe fez o gesto do Zé Povinho."
José Adelino Maltez
(excerto de texto datado de 08/12/05 e intitulado "Porque a esquerda governante perdeu o lume da prof...", disponível em Sobre o tempo que passa)

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Greve dos professores

Artigo JN
Sindicatos apontam adesão à greve de 94%, Governo fica-se pelos 61:
http://jn.sapo.pt/paginainicial/nacional/interior.aspx?content_id=1053343

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

quarta-feira, dezembro 03, 2008

"Já vale tudo na UM"

«Assunto: Re: Encerramento dos Serviços dos SASUM (22 de Dezembro a 2 de Janeiro de 2008)
Já vale tudo na UM, até mentir!
Se querem fechar as instalações que o divulguem de forma aberta e pelos canais devidos.
Saudações a todos os interessados e que querem trabalhar num ambiente de respeito pelos outros.
Lamentavelmente esta mensagem não pode ser assinada!
Mas, é o País em que vivemos e à situação em que a nossa academia chegou!
Quem virá para mudar este estado a que chegámos?
Parece que a academia se encontra num estado agudo de surdez e de cegueira.
Afinal onde estão as vozes activas de outros tempos? Já não bastam os sussurros de corredor, é necessária acção.»
*
(reprodução integral de mensagem, de distribuição universal na rede da UMinho, que me caiu esta tarde na caixa de correio electrónico, proveniente de tobiasvaletudo@gmail.com, de resposta a mensagem com a mesma epígrafe, emitida por dirigente da entidade identificada na epígrafe da mesma)

terça-feira, dezembro 02, 2008

Das fundações: novidades fresquinhas, para dar com o tempo que faz

Notícia Diário Digital
ISCTE espera passagem a fundação a partir do próximo ano:
http://www.diariodigital.pt/news.asp?section_id=61&id_news=361805
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Notícia Diário Digital
Universidade do Porto prestes a passar a fundação:
http://www.diariodigital.pt/news.asp?section_id=61&id_news=361846

(cortesia de Nuno Soares da Silva)

segunda-feira, dezembro 01, 2008

A participação de personalidades externas nos Conselhos Gerais: revisitação da problemática

«Valmind deixou um novo comentário na sua mensagem "Manifestando-me":
"Considera a criação do Conselho Geral, constituído em um terço por personalidades externas à instituição, um empobrecimento da capacidade de decisão e afirmação da sua Universidade?"
Sim.
Antes de poder responder a essa pergunta há que responder a outras.
O que move as empresas? O lucro.
O que esperam as empresas das universidades? Que formem capital humano. Não qualquer capital humano, mas sim capital humano que sirva os seus interesses.
Faz parte do interesse de uma empresa que, à excepção dos seus funcionários com funções intermédias e de topo, os funcionários tenham conhecimentos extensos, espírito crítico, sejam capazes de criar, inovar, etc.? Depende das pessoas responsáveis pela administração da empresa. É necessário que haja uma abertura dessas pessoas à inovação e que reconheçam os efeitos positivos destas qualidades. E nem sempre isso acontece.
Era necessário por a «faca e o queijo na mão» dos emrpesários relativamente às universidades, para que houvesse cooperação entre universidades e mercado de trabalho? Considero que não. E mais considero que emsmo que empresários não tivessem posições nos conselhos gerais das universidades, haveria a possibilidade dessa cooperação.
Em suma, considero-a uma medida radical e desnecessária. Sendo as universidades institutos públicos pertencentes à Administração Pública, haveria alternativas. Alternativas que salvaguardariam melhor o interesse comum.
Ao contrário do que o «zé povinho» imagina, as boas Universidades portuguesas (que as há) não pararam no tempo. Tem havido evolução, não ao ritmo que o comum português gostaria, mas ainda assim mais rápido do que noutras épocas.
Publicada por Valmind em Universidade alternativa a 4:11 PM»
(reprodução de comentário hoje recebido e publicado na "entrada" conveniente)
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Comentário: nesta altura, depois da experiência das Assembleias Estatutárias (AEs), a problemátiva versada acima adquire nova actualidade e uma outra dimensão. É que o minímo que se pode afirmar da presença de personalidades externas nas AEs é que foi uma enorme frustração.

O que se vai "discutindo" por Braga e Guimarães: recuperação de um texto perdido

Artigo ComUM - Jornal dos alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho
O último que apague a luz:
(cortesia de Nuno Soares da Silva)
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Comentário: como deixei dito na altura, custa-me ver coragem no gesto folclórico da reitoria que se comenta no texto que se invoca; coragem seria reunir a academia em torno da defesa da Instituição e vir para a rua dizer publicamente quão danosa é a gestão da tutela; o problema é que danosa é igualmente a gestão da UMinho destes últimos 6 anos e meio, sendo que sobre a incapacidade desta reitoria de comunicar com a comunidade universitária já tudo foi dito, há muito tempo, nomeadamente neste "jornal de parede".