Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região

terça-feira, outubro 31, 2006

Sinto que começar um exercício de análise pelo fim não é um bom augúrio

"Em termos da literatura em estratégia, o debate centra-se numa abordagem processual, não no conteúdo, não na essência da estratégia da organização. Está em causa a elaboração de um relatório, quiçá o ponto de partida para um outro relatório, plano ou coisa parecida. Pouco mais. Os prazos são apertados e é necessário dar contributos para o relatório. Noto uma grande preocupação com análises SWOT para isto, análises SWOT para aquilo, e análises SWOT para aqueloutro. Sinto que começar um exercício de análise pelo fim – que é o que está em causa numa SWOT – não é um bom augúrio, mas também não me parece que haja tempo para mais."
Vasco Eiriz
(extracto de mensagem, intitulada "Episódios da vida académica 5", publicada pelo autor no seu blogue - Empreender -, em 06/10/31)

O processo de Bolonha pode não ser totalmente benéfico

"Concordo com a minha colega em tudo já que muitas pessoas não aprofundam a sua formação por falta de apoios financeiros. Ainda está em face de transição e integração mas o processo de Bolonha, na minha opinião, pode não ser totalmente benéfico, neste ponto, para muitos alunos. Uma vez terminada a licenciatura (3 anos) vão para o mercado de trabalho mais cedo e até podem retomar mais precocemente o investimento que fizeram ao longo do curso, no entanto num mercado de trabalho competitivo como o nosso, haverá necessidade de ter mais conhecimento para se poder destacar e não correr o risco de ser ultrapassado."

Patricia Silva

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Outubro 2006)

Do CAc da UMinho - II

Em sua opinião, quais têm sido, nos últimos cinco anos, os aspectos positivos e os aspectos negativos da acção do Conselho Académico na formulação das linhas gerais de política da Universidade em matéria de desenvolvimento e planeamento da investigação científica?

A UMinho tem um modelo de gestão hipercentralizado na figura do seu reitor. Nem no passado, nem agora (diria: muito menos agora, que a reitoria é particularmente insegura e, por isso, fechada) o reitor delegou capacidade de decisão estratégica no CAc. Aliás, retenha-se que o reitor é, estatutariamente e de facto, o presidente do órgão. Haverá, também, que manter presente que, existindo o Senado e a Assembleia da Universidade, percebe-se mal como é que aqueles órgãos superiores da Instituição poderiam conviver com um outro órgão que lhes disputasse o seu espaço natural de intervenção, se o pudessem e pretendessem exercer.
As grandes iniciativas em matéria de planeamento da investigação cientifica na minha Escola (EEG), quando exerci as funções de presidente e, mesmo depois, ou foram tomadas a nível da Direcção da Escola ou pelas próprias unidades de investigação. Da minha vivência passada, recordo que aquele que foi o passo mais decisivo que foi dado em matéria de organização da investigação dentro da Escola confrontou-se com esperadas dificuldades no CAc, só ultrapassadas pela conjugação da determinação da Direcção da Escola e da boa vontade demonstrada pela reitoria de então.
J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, outubro 30, 2006

Do CAc da UMinho - I

Em sua opinião, quais têm sido, nos últimos cinco anos, os aspectos positivos e os aspectos negativos da acção do Conselho Académico ?

Há poucos aspectos positivos a destacar da acção do Conselho Académico (CAc) que, basicamente, é um equívoco. Sendo uma espécie de parlamento, onde cada membro tem um voto, pretendeu-se cometer-lhe responsabilidades de definição estratégica em matéria científica e pedagógica. Ora, quer pela sua composição, quer pela sua posição subsidiária da política da reitoria, não tem condições para fazer nem uma coisa nem outra. Além de que as grandes orientações estratégicas, quer das Escolas quer da Universidade do Minho (UMinho), não se tomam numa tal sede. Nem as decisões mais arrojadas são susceptíveis de reunir consensos de circunstância, nem o papel e as propostas de um presidente de Escola se equivalem às de um estudante de graduação. Acresce que, num contexto de grande transformação da missão e dos modelos de funcionamento e financiamento do ensino superior, nem sequer é garantido que o posicionamento das Escolas se paute pela convergência de estratégias, havendo que salvaguardar a necessária concertação de posições dentro da Instituição numa sede muito mais qualificada que o CAc.
Concluindo: o CAc é um equívoco e tem tido um papel muito negativo na UMinho; de positivo, haverá a reter a oportunidade que constitui para, regularmente, algumas pessoas se encontrarem e trocarem ideias. Ocasionalmente, o CAc tem podido contar com presidências bem intencionadas que têm procurado limitar os danos que, estruturalmente, tal estrutura é susceptível de causar à Universidade, em razão do seu carácter inibidor de estratégias mais ousadas de afirmação das Escolas e das suas Unidades de Investigação.
J. Cadima Ribeiro

É tempo que passe aos actos

"O SNESup tem tomado nota com muito agrado da maioria das declarações de intenção do Prof. José Mariano Gago, mas é tempo que passe aos actos. "

(extracto de mensagem de correio electrónico, intitulada "MESTRADO OBRIGATÓRIO PARA NOVOS PROFESSORES DO BÁSICO E DO SECUNDÁRIO. E NO SUPERIOR ? ", proveniente de A Direcção do SNESup, recebida em 30-10-2006)

domingo, outubro 29, 2006

“Efficiency and Equity of European Education and Training Policies”

“This paper reviews empirical evidence, especially from Europe, on how education and training policies can be designed to advance both efficiency and equity. Returns to educational investments tend to decrease over the life cycle. Moreover, they seem to be highest for children from disadvantaged families at early stages and for the well-off at late stages of the life cycle. This creates complementarities between efficiency and equity at early stages and trade-offs at late stages. The paper goes on to discuss specific policies for efficiency and equity at each educational stage, ranging from early childhood education and schools over vocational and higher education to training and lifelong learning. The available evidence suggests that both efficiency and equity can be enhanced by output-oriented reforms properly designed to each stage, where the state generally sets a regulatory framework that ensures accountability and funding and uses the forces of choice and competition to deliver best results. Designed this way, education and training systems can advance efficiency and equity at the same time.”

Ludger Woessmann
Keywords: education, training, Europe, efficiency, equity, life cycle, trade-off
Date: 2006
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:ces:ceswps:_1779&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sábado, outubro 28, 2006

Os rituais académicos obedecem a uma lógica consumista

"Porém, enquanto até anos sessenta esta irreverência transportava em si uma cultura de dissensão, uma mistura de elementos de diversão e consumos culturais de vanguarda, onde a boémia se combinava com a consciência crítica e até com a acção política (como durante a crise de 1969), nos dias que correm as sociabilidades estudantis e os rituais académicos obedecem mais a uma lógica consumista e os excessos cometidos nas festividades académicas são, infelizmente, mais visíveis no abuso do álcool, nos comportamentos irracionais e na violência sobre os caloiros. O lado social e político da irreverência estudantil parecem irremediavelmente perdidos, pelo menos no contexto das festas académicas."
Elísio Estanque

(extracto de mensagem, intitulada "A praxe, a latada, e o machismo anacrónico", publicada pelo autor no seu blogue - BoaSociedade -, em 06/10/27)

“School Competition”

”This paper considers the influence of spatial competition on education and its effect on students' school choice and educational achievement by explicitely modeling educational production and the students' participation decision. Education at school is a function of teacher effort and class size. Students decide which school to attend on the basis of an assessment of the associated costs and prospective benefits from doing so. We analyze how competition between schools affects equilibrium resource spending and school diversity as well as the level and distribution of student attainment and welfare. The consideration of spatial aspects of school choice without recourse to vertical
differentiation is a unique contribution of this paper. We argue that schools in metropolitan areas with short ways to school and many potential students face fiercer competition which increases school productivity and student performance. This result confirms the findings in Hoxby (2000). Overall learning time in school is constant in the probability that students behave well if students are segregated by type. However, better behaved students have a higher achievement due to higher optimum resource spending. Finally, we support our argument by an empirical analysis of student performance in various matura schools in Switzerland.”

Jaag, Christian
Keywords: Schools; Education; Competition
Date: 2006
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:pra:mprapa:339&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sexta-feira, outubro 27, 2006

Um curso mais virado para a prática

"Concordo plenamente com o que o colega Miguel escreveu até porque acho que os cursos se tornariam muito mais atractivos com uma componente mais prática.... E inclusivé, após o tratado de Bolonha, quando confrontado com a reformulção do curso, o Prof. John Drifield (peço desculpa se o nome está mal escrito...) disse que mesmo assim achava que o curso ainda tinha disciplinas a mais, ou seja, muitas dessas disciplinas poderiam ser substituidas por confrontações com a realidade.... Nem que fosse simulações, via internet, negociações entre "empresas virtuais" mas nas quais cada um teria que atingir um determinado objectivo e seria também avaliado por isso. Seria uma forma de cativar os alunos pois estariam a competir entre eles e ao mesmo tempo a serem avaliados pelo professor.
Concordo sobretudo com a última parte do artigo pois penso que um curso mais virado para a parte prática (sem nunca deixar de lado a teoria) facilitaria a integração de muitos jovens no mercado de trabalho o que reduziria as taxas de desemprego e diminuiria os custos por parte das empresas já que estas não teriam que gastar tanto tempo em formações.
De referir que o curso de medicina assim como o de enfermagem são dois exemplos de cursos a seguir e não é por acaso que o curso de medicina da UM vem referenciado como o melhor a nível nacional e possui a média mais alta....
Penso que também seria posssível aplicar esta vertente mais prática no curso de Economia, citando o miguel, "estabelecendo parcerias com as empresas" pois elas poderiam escolher o melhor trabalhador para o perfil que procuram, já que nos iriam conhecer ao longo do ano e nós ficavamos sempre com uma experiência profissional no currículo. »

Carlos Barros

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Outubro 2006)

quinta-feira, outubro 26, 2006

Instituto Internacional de Investigação

«BRAGA CRIA CONDIÇÕES PARA INSTALAÇÃO DO INSTITUTO IBÉRICO DE INVESTIGAÇÃO
(Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Braga, reunidos em Santiago de Compostela com o Director do Instituto Internacional de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico)

Criar as condições para a instalação do “Instituto Internacional de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico”, um projecto luso-espanhol a desenvolver a partir de Braga, é um dos propósitos que a Câmara Municipal inscreve no seu plano de actividades para 2007 na área das Actividades Económicas.
Este centro ibérico de investigação, cuja instalação em Braga foi anunciada no decurso da última cimeira luso-espanhola, deverá evoluir estruturalmente a partir do próximo encontro dos dois governos peninsulares, a realizar em Novembro.
Tal como tornou público desde o início do processo, o Município de Braga mantém a sua disponibilidade para colaborar nesta instalação, tendo sempre em conta que tal facto é preponderante na atractividade que o concelho vai exercer sobre os “clusters” conectados com os ramos de investigação aí instalados.
A proposta de plano neste âmbito subscrita por Mesquita Machado reafirma igualmente a criação, no próximo ano, de um parque tecnológico, resultante das propostas do empresariado bracarense a investir do sector das novas tecnologias da comunicação.
"A aposta do Município de Braga é a de que este modelo empresarial emergente se torne um modelo predominante, a partir do qual se sustente um novo ciclo de crescimento económico, quer para o concelho, quer para o país", afirma-se.
A aposta nas novas tecnologias mantém-se, assim, uma prioridade municipal, o que implica um diálogo contínuo com as unidades de investigação e com o tecido empresarial.
Neste contexto recorda-se que Braga possui a maior rede de fibra óptica a nível nacional, "factor estratégico que potencia a sua competitividade". Recorda-se igualmente a Iniciativa “BragaDigital”, enquadrada nas “Cidades Digitais” e com vários projectos já em curso.
No que respeita aos parque industriais já existentes no concelho, este Pelouro, com competências delegadas na Vereadora Ana Paula Morais, propõe a requalificação da rede viária que os serve e, no caso de Celeirós, a reorganização do espaço público.
Em sede de revisão do “plano director municipal”, o Município de Braga propõe-se implementar a criação de “bolsas de terrenos”, onde possam vir a fixar-se pequenas e médias indústrias.»
[mensagem electrónica proveniente da Câmara Municipal de Braga (canal informativo - gabinete de comunicação), recebida hoje]
/...
Comentário: ? ? ?

The general who wins the battle

"The general who wins the battle makes many calculations in his temple before the battle is fought. The general who loses makes but few calculations beforehand."

Sun Tzu

(citação extraída de SBANC Newsletter, October 24, 2006, Issue 444-2006, http://www.sbaer.uca.edu/ )

quarta-feira, outubro 25, 2006

Quem gere não pode ser eleito por quem é gerido

"A proposta que estamos a preparar mantém o Reitor e a Equipa Reitoral e prevê um Conselho Geral onde têm assento pessoas de mérito intelectual ou científico inquestionáveis, conceituadas publicamente. Esse Conselho elegeria o Reitor, segundo modelos ainda a definir. É uma proposta ainda a afinar e a discutir. Entendo que quem gere não pode ser eleito por quem é gerido, porque quem gere pode ser obrigado a tomar decisões que podem contrariar os interesses de quem é gerido. É, portanto, errado gerir em subordinação aos interesses dos geridos. Por outro lado, se quem é gerido escolher os gestores, a tendência é para a escolha de um gestor que agrade sempre. Nas empresas, aliás, por norma, não se pode ser simultaneamente funcionário e membro do Conselho de Administração. A este nível, os princípios de gestão nos dois meios, no ensino superior e nas empresas, devem ser comuns."
Marques dos Santos (reitor da U. Porto)
[extracto de declarações do reitor da Universidade do Porto a boletim dos antigos alunos (UPorto, Set. 2006) e a jornal da academia (UUP, Outubro 2006), retidas por João Vasconcelos Costa, no seu blogue - Reformar a Educação Superior - em mensagem datada de 06/10/25, sob o titulo "Duas entrevistas a não perder"]

terça-feira, outubro 24, 2006

Competir consigo próprio

"O docente está na sala, não para debitar informação, mas para orientar o conhecimento. Responde a saudáveis provocações, curiosidades, orquestra reflexões e até aprende conjuntamente com os alunos. O curso de Medicina da Universidade do Minho afastou-se, desde o início, do sistema tradicional. É, reconhecidamente, vanguardista, mas recusa títulos porque, dizem os responsáveis, enforma de um vício de exigência o de competir consigo próprio."

Denisa Sousa

(extracto de notícia do Jornal de Notícias, de 2006-10-23, intitulada "Medicina da UM alcança prestígio além-fronteiras"; disponível na integra em http://www.plataformaminho.pt/index.php?id_categoria=5&id_item=1271)

“A Simple Model of Educational Production”

”There is a large body of literature on the effect of educational resources on student performance, such as teacher qualification, class size, and physical resources in school. It is dominated by empirical studies which often find ambiguous effects of resource spending on student outcomes. The unique contribution of this paper is the provision of a framework to study educational production with differentiated input factors, which allows for closedform solutions. We try to interpret the empirical findings on the basis of a simple theoretical model of educational production: Class size, employed school resources and student effort are endogenously determined in order to account for differences in educational achievement. We also discuss the choice of integrated vs. segregated classes. Optimum class size and school quality increase with higher discipline, while in equilibrium overall classroom disruption is equal in all classes.”

Jaag, Christian
Keywords: Schools; Education; Educational Production
Date: 2006
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:pra:mprapa:338&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

É uma vergonha!

É uma vergonha a demagogia com que o governo português está a gerir o dossiê do financiamento das instituições de ensino superior, enquanto fala de reforma do mesmo e de exigência de qualificação do seu desempenho.
É vergonhosa e demagógica a forma como o governo está a agitar a bandeira do reforço do financiamento da investigação. Basta dizer que, do financiamento FCT atribuído às unidades de investigação, muitas, se não todas, não receberam no presente ano, ainda, senão 10% da dotação total, apesar de estarmos a dois meses do final do ano financeiro e se multiplicarem as auditorias, conferindo a boa aplicação integral das verbas da dotação. Acresce que a dita dotação vai no 4º ano sem sofrer actualização.
É confrangedora a passividade com que as instituições e os seus principais intérpretes assistem a tudo isto, e profundamente desqualificada a forma como aquelas estão a reagir ao enquadramento em construção e às políticas nebulosas e autistas da tutela.
É absolutamente chocante que haja na UMinho quem prefira que não se dê expressão “pública” deste desconforto e deste protesto, como quem varre o lixo para debaixo do tapete, enquanto assobia para o lado.
É uma vergonha que professores universitários e técnicos superiores não sejam capazes de exprimir diferenças de opinião senão pela calada da noite e sob forma anónima.
É uma vergonha!

J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, outubro 23, 2006

A verba para júris ultrapassou já o orçamentado

"Caros colegas,
No seguimento da informação veículada na reunião de Conselho de Departamento do passado dia 13 de Setembro, a Direcção do Departamento de Economia vem comunicar a todos os membros do Departamento que a verba para júris ultrapassou já o orçamentado, não sendo por isso possível ao Departamento suportar as despesas de deslocação dos colegas a outras instituições.
Com os melhores cumprimentos,"
(mensagem de correio electrónico, assinada pelo Director do Departamento de Economia da EEG/UMinho, recebida hoje)
Comentário: assim vai a Universidade Portuguesa, por enquanto...

domingo, outubro 22, 2006

Um Portugal do 1º mundo

«Assim, será necessário, para obtermos um “Portugal do 1º mundo”, a introdução de planeamento a médio e longo prazo no Estado, com gestão por objectivos, incluindo indicadores de qualidade de serviço e benchmarking interno e externo.»


Sara Veloso

(extracto de mensagem, intitulada "Estado sim, mas em doses qb", datada de 06/10/21, disponível no blogue de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa - http://economiaportuguesa.blogspot.com -, da EEG/UMinho; doc. da série artigos de análise/opinião)

“The Effects of Accessibility to University Education on Enrollment Decisions, Geographical Mobility, and Social Recruitment “

“This paper focuses on how accessibility to higher education affects university enrollment decisions in Sweden. The analysis refers to the autumn semester of 1996 and is based on approximately 835,000 individuals aged 1929. The empirical results show that the probability of enrollment increases with accessibility to university education. The findings also reveal that accessibility adds to the likelihood of enrollment within the region of residence. Both these results are robust with regard to different specifications of accessibility. Moreover the empirical results indicate that the enrollment decisions of individuals with a less privileged background are more sensitive to accessibility to university education than those of individuals from a more advantageous background. The influence of accessibility on enrollment decreases significantly with individual ability, parental education, and parental earnings.”
Eliasson, Kent (National Institute for Working Life)
Keywords: University enrollment; accessibility; geographical mobility; social recruitment
Date: 2006-09-11
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:hhs:umnees:0690&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sábado, outubro 21, 2006

As universidades europeias devem ser capazes de definir uma estratégia própria

"Se o sucesso das universidades norte-americanas, e da sua inserção no respectivo sistema de inovação, deve sem dúvida ser inspirador para a Europa, as suas congéneres europeias devem ser capazes de definir uma estratégia própria, coerente com a Agenda de Lisboa, articulando o modelo social e competitividade, e dinamizando uma mudança da cultura do sistema, mais do que apenas seguir os passos ditados pelo exterior."

Tiago Santos Pereira

(extracto de artigo de opinião, intitulado "MIT - A nova universidade europeia", publicado no Diário Económico, em 06/10/18; disponível em http://www.ces.uc.pt/opiniao/investigacoes_debates/038.php)

sexta-feira, outubro 20, 2006

Panorâmica da educação em Portugal

“A verdade é que, embora com um progresso notório em termos de anos frequentados, os alunos portugueses vêem-se cada vez mais ameaçados ao pôr os olhos no mercado de trabalho! A mim, pessoalmente, assusta-me! Às vezes ponho-me a pensar…no tempo dos meus avós, apenas se tirava o 4º ano do ensino básico…talvez no tempo dos meus pais, o 12º ano do secundário…chego à minha vida universitária e já nem uma licenciatura me garante um emprego! Frustrante! Já penso num mestrado e quiçá num doutoramento! Por isso, não me admiro com o desânimo por parte dos futuros alunos no que diz respeito ao acesso ao ensino superior!!!!
No entanto, por muito poucos que os anos frequentados já sejam, cada vez reduzem mais os anos das licenciaturas. No nosso caso (economia) já vai em 3! (muito pouco, no meu entender!)”


Ana Caseiro

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Outubro 2006)

quinta-feira, outubro 19, 2006

E nós a vê-los passar

«Porto-Vigo deverá passar por Braga em 2015
A ligação ferroviária Porto-Vigo em alta velocidade vai ser feita em linhas com bitola ibérica e deverá passar por Braga em 2015, revelou ontem o ministro das Obras Públicas. Segundo Mário Linho, que falava em Lisboa num almoço da Câmara de Comércio Luso-Espanhola, a linha de Vigo até à fronteira, do lado espanhol, deverá estar concluída em 2011. O responsável - que não indicou datas para a ligação do Porto a Braga - sublinhou, contudo, que a calendarização e traçados definitivos estão em estudo. Por decidir está também se a linha será apenas de mercadorias, ou também de passageiros (mista).
Os estudos, disse, "parecem indicar" que a ligação do lado português será via Braga, estando a primeira fase concluída em 2015, devendo a calendarização e traçados definitivos ser fechados na Cimeira Ibérica, que decorre em Badajoz até ao fim do ano.
Em declarações aos jornalistas à margem do almoço, Lino explicou que a opção pela bitola ibérica se deve ao facto de Espanha ter decidido avançar nestes moldes, mas que está previsto fazer, depois, a migração de bitola. A ligação do Porto ao resto da Europa por esta linha não deverá acontecer antes de 2020, pois o plano ferroviário espanhol não prevê até lá qualquer linha entre a cidade galega e o resto da rede de alta velocidade para a Europa.
Braga e Barcelos "concorriam" na passagem desta linha. No passado dia 4, o "Diário do Minho", citando fonte não identificada da Rede de Alta Velocidade, revelava que a estação intermédia seria em Braga. A mesma fonte dizia que a localização da estação estava "em estudo", mas que deveria ficar o mais próximo possível da cidade, admitindo-se a hipótese de aproveitar a actual estação ferroviária, inaugurada em 2004 para o Campeonato Europeu de Futebol.»
Ricardo David Lopes

(notícia do Jornal de Notícias, de 2006-10-19)

Comentário: eis mais um exemplo de texto para ocupar espaço de jornal e, sobretudo, fazer de conta que se está a fazer alguma coisa (o governo, digo) neste dossiê. Serve também para contrariar a ideia instalada na mente de alguns que o Campeonato Europeu de Futebol não foi evento útil. No que se refere ao Minho, pelo menos, o evento ainda continua a render.

quarta-feira, outubro 18, 2006

"Bolonha segundo Marçal Grilo"

"O que aconteceu não teve nada a ver com o espírito do protocolo de Bolonha, que tive muita honra de assinar, enquanto ministro. A ideia era que as universidades se organizassem, se ligassem, criassem redes onde alunos e professores pudessem circular. Isso não aconteceu e caiu-se numa discussão normativa sobre se os cursos deviam ter três mais dois anos, ou quatro mais um, com os governos a acabarem por ter de tomar decisões."
(extracto de declarações de Marçal Grilo ao Público, em 06/10/16, retidas por João Vasconcelos Costa no seu blogue - Reformar a Educação Superior - em mensagem de ontem, intitulada "Bolonha segundo Marçal Grilo")

“How and Why has Teacher Quality Changed in Australia?”

“International research suggests that differences in teacher performance can explain a large portion of student achievement. Yet little is known about how the quality of the Australian teaching profession has changed over time. Using consistent data on the academic aptitude of new teachers, we compare those who have entered the teaching profession in Australia over the past two decades. We find that the aptitude of new teachers has fallen considerably. Between 1983 and 2003, the average percentile rank of those entering teacher education fell from 74 to 61, while the average rank of new teachers fell from 70 to 62. One factor that seems to have changed substantially over this period is average teacher pay. Compared to non-teachers with a degree, average teacher pay fell substantially over the period 1983-2003. Another factor is pay dispersion in alternative occupations. During the 1980s and 1990s, non-teacher earnings at the top of the distribution rose faster than earnings at the middle and bottom of the distribution. For an individual with the potential to earn a wage at the 90th percentile of the distribution, a non-teaching occupation looked much more attractive in the 2000s than it did in the 1980s. We believe that both the fall in average teacher pay, and the rise in pay differentials in non-teaching occupations are responsible for the decline in the academic aptitude of new teachers over the past two decades.”
Andrew Leigh;
Chris Ryan
Keywords: test scores, teacher salary, occupational choice
Date: 2006-09
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:auu:dpaper:534&r=edu


(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

segunda-feira, outubro 16, 2006

“Educational Qualifications and Wage Inequality: Evidence for Europe”

”This paper explores the connection between education and wage inequality in nine European countries. We exploit the quantile regression technique to calculate returns to lower secondary, upper secondary and tertiary education at different points of the wage distribution. We find that in most countries returns to tertiary education are highly increasing when moving from the lower to the upper quantiles. This finding suggests that an educational expansion towards tertiary education is expected to increase overall within-groups inequality in Europe. In turn, returns to secondary education are quite homogeneous across quantiles, suggesting that an educational expansion towards secondary education is expected to have only a limited impact on within-groups dispersion. Using data from the last decades, we describe changes in the conditional wage distribution of the surveyed countries. A common feature in Europe is that over the last years wage dispersion increased within the high educated.”

Budria, Santiago;
Telhado-Pereira, Pedro.
Keywords: Returns to education; Quantile regression; Wage inequality
Date: 2005
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:pra:mprapa:91&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

domingo, outubro 15, 2006

The most important thing

"Next to doing the right thing, the most important thing is to let people know you are doing the right thing."

John D. Rockefeller

(citação extraída de SBANC Newsletter, October 10, 2006, Issue 442-2006, http://www.sbaer.uca.edu/ )

sábado, outubro 14, 2006

Sairam hoje as colocações da 2ª fase

"Saíram hoje as colocações da segunda fase de acesso ao ES. Apesar do aumento de colocações globais nas duas fases do concurso, o panorama dos cursos em risco por terem menos de 20 alunos é negro: 228.
Na área das Ciências do sector universitário, para além de um panorama desolador nas Engenharias, temos 3 cursos de Física, 2 de Geologia, 7 de Matemática e 3 de Química. Para quem quiser fazer o exercício sem recorrer à extracção dos dados a partir do Gabinete de Acesso ao ES, deixo aqui a lista, por ordem alfabética do nome do curso:
Cursos em risco 2006 (Excel)
Uma outra referência, eventualmente útil apesar da incorrecção do número, é a do DN:
239 licenciaturas em risco de perder financiamento"

MJMatos

(extracto de mensagem, intitulada "Serviço público", datada de 06/10/14, disponível no blogue do seu autor - Que Universidade?)

Tradicionalmente, as nossas aulas seguem um modelo uniforme

"A temática da Educação e consequentemente do ensino em Portugal apresenta-nos variados aspectos dignos de discussão.
Em primeiro lugar gostaria de me debruçar sobre a forma como o nosso ensino está organizado, que no meu entender se relaciona com as elevadas taxas de abandono e insucesso escolar. Tradicionalmente as nossas aulas seguem um modelo uniforme, que encara os alunos, na maioria dos casos, como "sujeitos passivos", restringindo a autonomia e a criatividade, essenciais na formação de profissionais críticos e empreendedores.
No que diz respeito à taxa de licenciados em Portugal desempregados, preocupa-me sobretudo o facto de a maioria dos empresários portugueses não apostarem em recursos humanos qualificados, preferindo, pagar menos a profissionais com qualificações mais baixas."

Maria Costa

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia da EEG/UMinho; Outubro 2006)

sexta-feira, outubro 13, 2006

A presente gestão dita democrática

"A presente gestão dita democrática é uma paródia de democracia, porque os reitores nem sequer são eleitos pelo sufrágio universal e directo dos corpos de docentes, de funcionários e de estudantes, mas pelas oligarquias de interesses estabelecidas pelo não mérito, onde as fórmulas de gestão acabam por nem sequer serem profissionalizadas."
José Adelino Maltez
(extracto de mensagem, intitulada "Para que a universidade possa dar à luz, sem arder...", datada de 06/10/12, disponível no blogue do seu autor - Sobre o tempo que passa - http://tempoquepassa.blogspot.com/)

quinta-feira, outubro 12, 2006

"International Database on Human Capital Quality"

“In this research work, we have used a methodology which enables us to obtain qualitative indicators of human capital (QIHC) for 105 countries. This methodology relies on the potential to reconsider survey results comparatively by analyzing the results of countries which took part in at least two different surveys. This allowed us to build indicators of comparable data concerning the quality of human capital in numerous countries and between 1964-2005: our results represent a valuable comparison to what has been done so far.”

Nadir Altinok (IREDU - Institut de recherche sur l'éducation : Sociologie et Economie de l'Education - [CNRS : FRE5211] - [Université de Bourgogne])
Hatidje Murseli (IREDU - Institut de recherche sur l'éducation : Sociologie et Economie de l'Education - [CNRS : FRE5211] - [Université de Bourgogne])
Keywords: Macroeconomic Data ; Educational Quality ; Human Capital
Date: 2006-09-21
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:hal:papers:halshs-00097099_v1&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

quarta-feira, outubro 11, 2006

O desemprego é a consequência de uma escolha não ponderada

"Eu também vi a reportagem “Doutores e Desempregados”, transmitida pela SIC.
Confesso que não fiquei admirada com os números apresentados para o desemprego nos licenciados, uma vez que o desemprego é a consequência de uma escolha não ponderada por parte dos indivíduos. Por exemplo: apesar de, no início de todos os anos lectivos, se ouvirem noticias como “o número de professores no desemprego aumenta”, a verdade é que o número de colocações em cursos de Ensino não diminuiu assim tanto! Será isto normal?! Não deveriam os alunos, na altura da escolha do curso, terem em atenção este tipo de informações? É obvio que também têm de ter em consideração o que gostam, mas isso não basta!"

Elisa Martins

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia da EEG/UMinho; Outubro de 2006)

terça-feira, outubro 10, 2006

Mercado de trabalho europeu disponível em novo sítio

"Mercado de trabalho europeu disponível em novo site
Tendo em conta a necessidade de incrementar a mobilidade de académicos e investigadores entre universidades europeias como condição essencial para a concretização de um espaço europeu de ensino superior, a European Academy of Management (EURAM), em colaboração com o European Institute for Advanced Studies in Management (EIASM) colocou à disposição de instituições e de académicos ou investigadores da área de Gestão um mercado de trabalho a nível europeu, onde instituições e indivíduos podem colocar as suas ofertas de trabalho. "

(notícia disponível em http://www.cienciapt.net/noticiasdesc.asp?id=12916, divulgada na UMinho pelo CDEUMinho, em 06/10/10, por via electrónica)

Aí vai mais um(a)

"Isabel Silva Martins é administradora do IPCA
Maria Isabel Neves Gonçalves da Silva Martins tomou ontem posse como administradora do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA).
Esta mestre foi nomeada para o cargo em regime de comissão de serviço, por Despacho da Presidência de 6 de Outubro de 2006. Actualmente residente em Barcelos, Isabel Silva Martins é licenciada em Gestão de Empresas pela Universidade do Minho e tem o grau de Mestre em Gestão pela Universidade Técnica de Lisboa, com especialização em Estratégia e Marketing.
Exerceu funções docentes na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho desde 1989, tendo leccionado disciplinas na área do Marketing e da Gestão Estratégica. Tem desenvolvido trabalho de investigação na área da Gestão das Reclamações."

(notícia do Diário do Minho, de 2006-10-10)

Comentário: depois do Banco Mundial, do Governo (secretaria de estado e assessoria técnica de ministério), de instituto de investigação internacional, é agora a vez dos institutos politécnicos reclamarem a contribuição de docentes da EEG/UMinho - são já dois no prazo de poucas semanas (presidente e administrador) ; embora no caso desta notícia do Diário do Minho se trate de uma docente convidada, fica-me a questão sobre se vai restar alguém na Escola para assegurar as aulas e outro serviço cometido a docentes e investigadores. Restará? Até quando?

“More management concepts in the academy: internationalization as an organizational change process”

“The purpose of this paper is to elaborate on the internationalization process in higher education as an organizational level managerial issue. This approach brings a new perspective to internationalization in higher education. This is believed to be a necessary step toward filling a gap in the internationalization of higher education discussions. Nevertheless, the purpose of the study is not to falsify the dominant discussion in the literature. Rather, adopting the organizational change process conceptualization, this paper aims to fill a gap in the ongoing discussion on internationalization in the literature. To do this, the authors adopted the commonly accepted organizational change model of Burke and Litwin (1992) and made a comprehensive discussion on both transformational (external environment, mission and strategy, leadership, and organizational culture) and transactional (structure, task requirements and individual skills, individual needs and values, motivation, management practices, systems, climate) domains of the model from the perspective of internationalization in higher education. This approach is expected to clarify process, content, and context aspects of internationalization, which is essential for successful internationalization implementation.”

Kondakci, Y.;
Van den Broecke, H.;
Devos, G.
Date: 2006-09-21
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:vlg:vlgwps:2006-28&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

domingo, outubro 08, 2006

“Brain Drain from Turkey: An Investigation of Students` Return Intentions”

“The emigration of skilled individuals from Turkey attracted greater media attention and the interest of policymakers in Turkey, particularly after the experience of recurrent economic crises that have led to an increase in unemployment among the highly educated young. This study estimates a model of return intentions using a dataset compiled from an Internet survey of Turkish students residing abroad. The findings of this study indicate that, as expected, higher salaries offered in the host country and lifestyle preferences, including a more organized environment in the host country, increase the probability of student non-return. However, the analysis also points to the importance of prior return intentions and the role of the family in the decision to return to Turkey or stay overseas. It is also found that the compulsory service requirement attached to government scholarships increases the probability of student return. Turkish Student Association membership also increases return intentions. Longer stay durations, on the other hand, decrease the probability of return. These findings have important policy implications.”

Nil Demet Güngör (Atilim University)
Aysit Tansel (Middle East Technical University and IZA Bonn)
Keywords: student non-return, brain drain, return intentions, Turkey
Date: 2006-09
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:iza:izadps:dp2287&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

sábado, outubro 07, 2006

Olha o MIT! Olha o MIT! Quem quer comprar?

MIT terá como parceiras Coimbra, Porto e Minho
As Universidades de Coimbra, Minho e Porto e o Instituto Superior Técnico (IST) são quatro das instituições de Ensino Superior envolvidas no acordo que o Governo assina na próxima quarta-feira com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), segundo um documento a que a Lusa teve acesso. As Universidades de Lisboa e Nova de Lisboa e o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) são os outros institutos que perfazem as sete universidades escolhidas para estabelecer uma parceira com o MIT.
Além das universidades, assinam também o acordo de colaboração o Centro de Neurociências e Biologia Celular, de Coimbra, o Instituto de Biologia Molecular e Celular e o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, ambos do Porto. Os outros organismos envolvidos no protocolo são os institutos de Química Verde, de Sistemas e Robótica e de Tecnologia Química e Bioquímica.
O Governo e o instituto norte-americano assinam dia 11 um acordo de parceria que envolve centros de investigação, docentes, investigadores e alunos na forma de consórcios entre escolas de engenharia, faculdades de ciências e tecnologia e escolas de economia e gestão em sete universidades portuguesas, incluindo empresas, laboratórios associados e estatais.
Recorde-se que o Governo assinou, a 25 de Fevereiro, um acordo de colaboração com aquele instituto que, segundo declarações do primeiro-ministro, na altura, visa a internacionalização do conhecimento português e pô-lo ao serviço do crescimento económico do país. Este acordo insere-se no âmbito das novas parcerias internacionais em ciência, tecnologia e Ensino Superior, que estão incluídas nas metas do Plano Tecnológico.”

(notícia do Jornal de Notícias, de 06/10/07)

Comentário: aqui está um caso exemplar de como se podem escrever tantas linhas para dizer nada. Melhor do que o JN só mesmo o Expresso de hoje, que dedicou uma página inteira a este tema, sem acrescentar nada ao que aqui se diz. É verdade que alguém (o Governo, presume-se) pode estar a querer fazer render o peixe, mas os jornais não são obrigados a comprar.
Já agora, a talho de foice, o que quererá significar “gestão” na UMinho? Será a gestão de que a “casa” gasta, na reitoria?

Matéria de reflexão

"De 1998 a 2002 usei as palavras que me eram ditadas por mentes brilhantes sem pensar muito nelas de forma a conseguir chegar ao objectivo daquele período: concluir com sucesso um grau de licenciatura garantindo a independência económica. Tive sucesso mas fracassei na aprendizagem. Na altura tinha tempo e nao me preocupei em conhecer verdadeiramente. Hoje reingressada na realidade estudantil, não tenho o tempo que gostaria para me dedicar mas tenho a consciência do erro cometido, e tendo a independência económica, agarro-me à vontade de conhecer e de desta vez não levar apenas palavras que se esquecem, mas sim exercícios de pensamento de maneira a não me sentir como programa mas sim como programador."

(comentário de um leitor de MJMatos, retida numa mensagem do seu blogue - Que Universidade? -, intitulada "Mensagem importante", datada de 06/10/09)

sexta-feira, outubro 06, 2006

Learn about money

"Financial education needs to become a part of our national curriculum and scoring systems so that it’s not just the rich kids that learn about money. It’s all of us."

David Bach

(citação extraída de SBANC Newsletter, October 3, 2006, Issue 441-2006, http://www.sbaer.uca.edu )

quinta-feira, outubro 05, 2006

Mensagens pirata

Depois das mensagens anónimas, chegou a vez das mensagens pirata, como a que aqui esteve visível durante parte desta tarde (um "Aviso", com assinatura minha e tudo).
Se este "jornal de parede" tivesse leitores, sentir-me-ia na obrigação de lhes apresentar públicas desculpas. Como escrevo só para mim, fico dispensado desse gesto de redenção. Safa!

J. Cadima Ribeiro

“How Robust is the Evidence on the Returns to College Choice? Results Using Swedish Administrative Data”

“We estimate the causal effect on earnings of graduating from old universities rather than new universities/university colleges. The study is based on Swedish administrative data that is comparatively rich in terms of school grades` parental characteristics and other attributes. Despite the more favorable conditions at old universities in terms of factors related to college quality, we find no significant difference in estimated earnings between graduates from the two groups of colleges. This finding holds for male and female sub-samples covering all majors, as well as male and female sub-samples covering two broad fields of education. The results are robust with regard to different methods of propensity score matching and regression adjustment. The results furthermore indicate little sensitivity with regard to the empirical support in the data and alternative model specifications.”

Eliasson, Kent (National Institute for Working Life)
Keywords: College choice; earnings; propensity score matching
Date: 2006-09-11
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:hhs:umnees:0692&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

As universidades têm assistido a uma redução gradual do financiamento

"Ano após ano, as universidades têm assistido a uma redução gradual do financiamento público. Na generalidade, o financiamento proveniente do Orçamento de Estado mal cobre as despesas anuais com salários de docentes. Este contexto, modelado pela reestruturação no âmbito do processo de Bolonha e pela avaliação internacional do sistema de ensino superior, configura uma situação de corrosão e de segmentação das instituições de ensino superior. Os contornos da racionalização do sistema, a intensificar no corrente ano lectivo, fundamentados no relatório que a OCDE produzirá proximamente, evidenciarão ainda mais, como facilmente se adivinha, o processo de erosão e de fragmentação das instituições de ensino superior."

Paulo Peixoto


(extracto de mensagem, intitulada "Corrosão da Universidade", datada de 06/09/25, disponível no sítio do SNESup; ligação ao lado)

quarta-feira, outubro 04, 2006

Sem comentários !

"Boa tarde!
Devido a um erro na moderação, a mensagem abaixo seguiu indevidamente para todas as mailboxes dos membros desta lista. Serve o presente e-Mail para esclarecer que a responsabilidade deste erro é única e exclusivamente do moderador desta lista e não da sua autora nem da instituição a que pertence (TecMinho).
Aguardando a melhor compreensão da vossa parte,
o moderador da lista UM-Net "

(mensagem recebida esta tarde, via um-net - Lista UM-NET -, assinada pelo seu autor, conforme se identifica)

O circo chegou à cidade e por cá vai permanecendo

O circo chegou à cidade há quase duas semanas e por cá vai estando. Isso é certo e seguro. Menos certo é quanto tempo por cá vai permanecer, mesmo se o espectáculo perde qualidade de dia para dia e já nem se percebe a que espectadores se dirige. Também não admira que assim seja dada a qualidade dos palhaços. Aliás, será seguramente limitação minha, mas sempre estranhei palhaços de negro e ar sério.
Face ao arrastar penoso do espectáculo, questiono-me se terão sido bem investidos os recursos usados pela associação académica e pela reitoria da UMinho na formação dos actores. Quiçá se não teria sido melhor investi-lo na formação do pessoal administrativo e aparentado que cuida da elaboração dos horários e da atribuição de salas. Talvez assim se prevenisse que alunos e professores tivessem que confrontar-se com situações em que as salas de aula que lhes estão atribuídas mudam de um momento para o outro, sem que se perceba porquê e sem que lhes seja dada qualquer explicação ou fornecido sinal de alerta mínimo.
O circo chegou à cidade e por cá permanece, ainda.

J. Cadima Ribeiro

terça-feira, outubro 03, 2006

“Improving Education Achievement and Attainment in Luxembourg”

“Improving education achievement in Luxembourg is a priority for strengthening productivity growth and enhancing residents` employment prospects in the private sector, where employers mainly hire cross-border workers. Student achievement in Luxembourg is below the OECD average according to the 2003 OECD PISA study, with the performance gap between immigrant and native students being above average. A factor that makes learning more difficult in Luxembourg than in other countries is the use of three languages of instruction (Lëtzebuergesch, German and French). New empirical evidence presented in this paper based on the PISA tests suggests that the reforms over the past decade or so to attenuate these difficulties have had considerable success: the adverse impact of immigrant status on PISA test scores is around the OECD average. The fact that the performance gap between immigrant and native students is nevertheless greater than average reflects other factors, notably the relatively large difference in socio-economic background between immigrant and native students. The paper also discusses further reforms that are underway or planned to improve achievement of immigrant students. Another feature of Luxembourg’s education system is that it is highly stratified, with children being sorted into a large number of parallel tracks at an early stage and there being a high rate of grade repetition. International evidence suggests that stratification increases the impact of socio-economic background on student achievement. Reforms to reduce stratification are discussed in the remainder of the paper, together with reforms to enhance achievement more generally by improving teaching skills and basing school programmes on key competences. This paper relates to the 2006 Economic Survey of Luxembourg (www.oecd.org/eco/surveys/luxembourg).”

David Carey;
Ekkehard Ernst
Keywords: PISA, survey data analysis, secondary education, attainment, school system, stratification, tracking, streaming, teachers' skills, trilingual education, pre-school education, immigration and socio-economic background, general education, key competences,
Date: 2006-09-04
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:oec:ecoaaa:508-en&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)

segunda-feira, outubro 02, 2006

Braga é uma das cidades menos competitivas entre todas as capitais de distrito de Portugal

«Braga é uma das cidades menos competitivas entre todas as capitais de distrito de Portugal continental, num “ranking” em que é acompanhada no fundo da tabela por cidades como Setúbal, Faro, Viana do Castelo e o Porto, considerada a menos competitiva, em contraponto com Évora, a mais competitiva, que é seguida por Lisboa, Coimbra, Beja e Leiria. No geral, Braga soma quatro pontos contra 7,29 de Évora, numa escala de 0 a 10.
O estudo foi elaborado em co-autoria por Paulo Mourão, professor do Departamento de Economia da Universidade do Minho, e pelo economista Júlio Miguel Barbosa, e aplicou às capitais de distrito portuguesas o mesmo método que o Fórum Económico Mundial utiliza para elaborar anualmente o ‘ranking’ da competitividade mundial.
Para compor o Índice de Competitividade das Cidades Capitais de Distrito (ICC), os autores utilizaram quatro sub-índices, que medem a competitividade laboral, empresarial, demográfica e de conforto e basearam os cálculos no Atlas das Cidades de Portugal, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística em 2002.
O trabalho permitiu concluir que o desenvolvimento económico destas cidades em termos de Produto Interno Bruto (PIB) "não é premissa" para um ICC elevado, pois "o que está aqui em análise não é o nível de riqueza, mas as oportunidades de crescimento e de expansão de recursos", explicou ao DM Paulo Mourão, considerando que a cidade de Braga evidencia "pontos de saturação de crescimento", face a outras que apresentam ainda muitos recursos inexplorados. Porto (18.º), Faro (16.º) e Braga (15.º) contrastam, assim, com Évora (1.º), Beja (4.º) e Castelo Branco (6.º), o que, segundo o estudo, permite provar que as disparidades tradicionais ao nível do desenvolvimento económico podem ser esbatidas por melhorias actuais do nível de competitividade dos espaços historicamente menos reconhecidos, como é o caso do “interior” português.
Os autores notam os valores «extremamente modestos de cidades historicamente relevantes», como o Porto, Braga e Faro e explicam-nos com "perdas sucessivas de competitividade devidas sobretudo às variantes taxa de mortalidade infantil, esperança média de vida e alojamentos familiares vagos".»


(extracto de notícia, intitulada “Estudo da Universidade do Minho aponta Évora como a mais competitiva", publicada no Diário do Minho, em 2006-10-01)

"A entidade reguladora"

"Desde há muito que defendo a criação de uma Agência Reguladora da Educação Superior (ARES). Há actividades muito complexas que beneficiam de regulação por agências independentes, como é norma da Nova Administração Pública. Já as temos, em muitos sectores, como a saúde, a concorrência, as comunicações. São também uma forma de solidificar a confiança dos utentes, sem suspeitas de instrumentalização governamental."
João Vasconcelos Costa
(extracto de mensagem datada de hoje, intitulada "A entidade reguladora", disponível no blogue do seu autor (Reformar a Educação Superior)

domingo, outubro 01, 2006

“ICT Adoption and Productivity in Developing Countries: New Firm Level Evidence from Brazil and India”

“This paper uses a unique new data set on nearly a thousand manufacturing firms in Brazil and India to investigate the determinants of ICT adoption and its impact on performance in both countries. The descriptive evidence shows that Brazilian firms on average use ICT more intensively than their Indian counterparts but changes over time have been rather similar in both places. Within countries ICT intensity is strongly related to size, ownership structure, share of administrative workers and education. The econometric evidence documents a strong relationship between ICT capital and productivity in both countries, even after controlling for several other factors, including firm-specific fixed-effects. The rate of return of ICT investment seems to be much larger than usually found in more developed countries. Specific types of organisational changes matter for the return of ICT, but only for high adopters. Firms report several constraints to ICT investment in both countries and power disruption seems to significantly depress adoption and returns to ICT expenditures in India. This may be indicative of the impact of a cluster of poor institutions and/or infrastructure on performance.”

Rakesh Basant (Indian Institute of Management Ahmedabad)
Simon Commander (London Business School and IZA Bonn)
Rupert Harrison (Institute for Fiscal Studies, London)
Naercio Menezes-Filho (Universidade de São Paulo)
Keywords: ICT, productivity
Date: 2006-09
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:iza:izadps:dp2294&r=edu

(resumo de “paper”, disponível no sítio referenciado)