Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região

quarta-feira, agosto 30, 2006

O financiamento do Ensino Superior

A quem se interessa pelo tema do financiamento do ensino superior, recomendo a leitura dos textos recentemente produzidos a esse respeito por João Vasconcelos Costa, disponiveis em "blogue" ali ao lado (Reformar a Educação Superior).
Outras leituras interessantes sobre a Universidade existem ai.

J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, agosto 28, 2006

"Apprenticeship in Europe: fading or flourishing"

“This paper sets out the extent and defining characteristics of apprenticeship in Europe. Apprenticeship is then situated within the wider context of European provision for education and training of 16-19 year olds and a simple typology is proposed and explained. The German-speaking dual system countries are characterized as high employer commitment countries with minimal integration of apprenticeship into full-time 16-19 provision and weak links with tertiary education. The UK, the Netherlands and France are characterized as having relatively low levels of employer commitment but greater integration of apprenticeship into full-time provision and stronger links between apprenticeship and tertiary level provision. Recent evidence on the extent to which both apprenticeship models improve employment probabilities is reviewed and pressures on the two apprenticeship models resulting from increasingly competitive global markets and consequent changing skill needs are examined. A final section discusses whether apprenticeship in Europe can adapt to and survive these pressures.”

Hilary Steedman
Keywords: apprenticeship, dual system, school to work transition
Date: 2005-12
(resumo de “paper” disponível no sítio referenciado)

domingo, agosto 27, 2006

Familiaridades

Já numa ocasião tive oportunidade de comentar a “familiaridade” que este fórum propicia, sobretudo a coberto do anonimato. Comentando este aspecto com amigos, recebi deles a recomendação inequívoca de desincentivar, radicalmente, esse tipo de mensagens.
Não fui tão longe, ainda, i) por conhecer o condicionamento à expressão livre do pensamento que vinga, no momento, na UMinho – e não só – e, ii) por achar importante captar os sinais da comunidade humana que somos, com os seus espíritos brilhantes – que os há – e com as suas afirmações de pobreza de espírito e de má formação. Esta última faceta é, aliás, algo que me impressiona particularmente dada a natureza da Instituição e o farol de cultura cívica que deveria ser. Nesta postura, serei porventura informado pela inviesamento que me resulta da condição de cientista social, que procuro ser.
Contínuo, não obstante, a surpreender-me com certas mensagens que, ocasionalmente, recebo (e não são provenientes de estudantes, diga-se). Impressiona-me, particularmente, a familiaridade com que se me dirigem, parecendo ser que o anonimato nos torna a todos colegas de jardim-de-infância ou, talvez mais apropriadamente dito, bichos-do-mato. Este desconforto que sinto resulta-me maior de saber que, “à luz do dia”, são os mesmos que me tratam com as maiores deferências, que não reclamo, alias; reclamar, reclamo só correcção e cortesia pessoal, quanto baste.
Admito, obviamente, discordâncias de pontos de vistas. O enunciado de princípios deste jornal de parede expressa-o abertamente. Onde estão entretanto os argumentos próprios do contraditório que é possível e legítimo? As discordâncias de leitura de situação e de paradigma técnico-científico não têm espaço para manifestar-se, isto é, não deveriam reservar-lhes um cantinho nos vossos espíritos?
Por mim, fico com a máxima de Andrew Carnegie (SBANC Newsletter, August 22, 2006, Issue 435-2006, http://www.sbaer.uca.edu) de que "The men who have succeeded are men who have chosen one line and stuck to it."

J. Cadima Ribeiro

sábado, agosto 26, 2006

Only those...

“Only those who believe in themselves will achieve their goals. That calls for optimism and trust in the future. Founders must take on challenges and confront constant changes and should not be afraid of making mistakes.”

J.D. Ryan; and
Gail P. Hiduke.
Small Business - An Entrepreneurs Business Plan. Thompson Southwestern. 2006. Pages 15-16.

(citação extraída de SBANC Newsletter, August 22, 2006, Issue 435-2006, http://www.sbaer.uca.edu )

sexta-feira, agosto 25, 2006

"University-local industry linkages: the case of Tohoku University in the Sendai area of Japan"

“This paper focuses on Tohoku University in Sendai in the non metropolitan area of Japan. Both a long historical and comparative perspective and a spatial perspective are essential to discuss the relevance of university-local industry linkages to local regional economic development. The conjunction of these linkages and economic development has been affected by two evolutionary processes: institutional configurations and territorial dynamics in the national innovation system. In addition, university-local industry linkages have been complicated by top-down regionalization and bottom-up regionalism.”

Jiang, Juan;
Harayama, Yuko;
Abe, Shiro.
Keywords: Tertiary Education, ICT Policy and Strategies, Agricultural Knowledge & Information Systems, Technology Industry, Rural Development Knowledge & Information Systems
Date: 2006-08-01
(resumo de “paper” disponível no sítio referenciado)

quinta-feira, agosto 24, 2006

Bolonha na periferia

“Noto dois problemas na recepção (tipicamente periférica) de Bolonha em Portugal: um é que a universidade não parece estar a tratar a questão da investigação avançada e dos correspondentes programas de doutoramento com a concentração estratégica que o assunto exige; o outro (o problema principal) é que, em matéria de primeiros ciclos, o que devia ser simples tornou-se opaco.”


José Reis

(extracto de artigo intitulado “Bolonha na periferia”, publicado no Diário Económico, em 23 de Agosto de 2006, e disponível na integra em http://www.ces.uc.pt )

Clear company structures

"A successful company has a clear structure. The employees are motivated and know exactly what their responsibilities are. The customers know who to contact.”

J.D. Ryan; and
Gail P. Hiduke.
Small Business - An Entrepreneurs Business Plan. Thompson Southwestern. 2006. Pages 15-16.

(citação extraída de SBANC Newsletter, August 22, 2006, Issue 435-2006, http://www.sbaer.uca.edu )

quarta-feira, agosto 23, 2006

Modelo matricial: o que é isso?

Num dos manifestos eleitorais divulgados por altura das últimas eleições para a reitoria da Universidade do Minho, a alturas tantas, podia ler-se o seguinte: “O modelo de organização claramente assumido pela presente candidatura é o modelo matricial”.
Confesso-vos que se trata de uma afirmação que me sugere pensamentos desencontrados, se bem que, tudo somado, me obrigue a questionar-me sobre o que pode levar alguém a produzir tal dito: se ignorância do significado do conceito, na sua leitura em termos de estruturação e de gestão de organizações; se falta de pudor, por perceber aí espaço para o exercício de um poder unipessoal e para o arbítrio; se, pura e simplesmente, incapacidade de perceber o que se passa à sua volta e retirar daí as necessárias consequências.
Sejamos claros, das poucas coisas em torno das quais é relativamente fácil constatar algum consenso na UMinho, quando se trata de considerar o seu momento actual, é a da ausência de um modelo de organização e funcionamento ou, se quiserem – o que vai dar ao mesmo – o convívio de múltiplos modelos. Esta ideia é partilhada mesmo por antigos reitores da Instituição, um pelo menos, a quem já ouvi por mais de uma vez, à mesa com outros colegas, admitir a necessidade de repensar a organização de uma Universidade que entretanto cresceu e se complexificou, para acomodar novas Escolas e funções e para procurar responder aos desafios dos tempos que correm.
Estas seriam razões bastantes para que o passo de repensar o funcionamento e organização da Instituição (o modelo) tivesse já sido dado, tanto mais que os estatutos que a enformam não são verdadeiramente revistos desde a sua criação, por força de lei, na segunda metade dos idos anos oitenta. Mas, pegando nas coisas pela raiz, é bom que se perceba o absurdo de continuar a pregar em favor de um modelo, dito matricial, que contraria princípios básicos de gestão, com expressão, entre outras coisas, nas ideias de clareza ou transparência da estrutura hierárquica e dos níveis de estruturação da organização, de delegação de competências ou subsidiariedade de poderes, e de responsabilidade.
Pegando exactamente por este último aspecto, diga-se que o que está em causa é visar e promover a eficiência e eficácia da organização, definindo competências e atribuindo responsabilidades na prossecução de metas estabelecidas, a cada nível. Daqui deriva que só se pode exigir responsabilidade por resultados (sobretudo, se insatisfatórios) se, previamente se conferiu competências (responsabilidades) claras e atribuiu recursos. De outro modo, ficamos no domínio do ilusionismo, do faz de conta, em que responsabilidades partilhadas resultam em responsabilidade de ninguém por fracassos óbvios da organização.
Isto dizendo, fica por outro lado claro que o poder numa organização deve ser delegado e exercido àquele nível que melhor se adeqúe à concretização bem sucedida dos resultados procurados. Na explicitação desta ideia faz, por isso, sentido invocar o conceito de subsidiariedade de poderes, querendo este dizer que o poder deve ser exercido àquele nível que, pela proximidade ao objecto da acção ou pela via da identificação com a natureza do problema, garante a melhor resposta, na perspectiva do interesse da organização.
Na medida em que a eficiência e eficácia sejam distintas para diferentes níveis de estruturação da organização, por razões de escala ou exigência de qualificação de recursos, nomeadamente, a instituição apresentar-se-á estruturada em diferentes níveis hierárquicos ou instâncias, importando assegurar que a cadeia de poder seja clara e as competências hierárquicas de cada nível estejam bem estabelecidas. Doutro modo, aparte o espaço para o surgimento de eventuais conflitos de poder, quebra-se a exigência de biunivicidade entre resultados e responsabilidades.
Por outras palavras, quer-se com o que se disse antes deixar claro que numa organização em que, supostamente, todos são responsáveis em nível idêntico pelos produtos e serviços oferecidos, por um lado, os seus insucessos correm o risco de permanecerem órfãos e, por outro lado, emerge como nível único de poder o da cúpula, seja ela unipessoal ou colectiva, criando espaço para o autoritarismo, o arbítrio e, muito provavelmente, a incompetência da gestão. Noutra dimensão, resulta evidente que o que se pretendia que emergisse como um modelo de organização e funcionamento moderno – diria mesmo, pós-moderno – acabe por não passar de um anacronismo medieval, ao recuperar para elemento informador do funcionamento de uma Universidade a distinção entre senhores (feudais ou dos paços) e servos.

J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, agosto 21, 2006

"New technology in schools: is there a payoff?"

“Despite its high relevance to current policy debates, estimating the causal effect of Information Communication Technology (ICT) investment on educational standards remains fraught with difficulties. In this paper, we exploit a change in the rules governing ICT funding across different school districts of England to devise an instrumental variable strategy to identify the causal impact of ICT expenditure on pupil outcomes. The approach identifies the effect of being a ´winner` or a ´loser` in the new system of ICT funding allocation to schools. Our findings suggest a positive impact on primary school performance in English and Science, though not for Mathematics.
We reconcile our positive results with others in the literature by arguing that it is the joint effect of large increases in ICT funding coupled with a fertile background for making an efficient use of it that led to positive effects of ICT expenditure on educational performance in English primary schools.”

Stephen Machin (University College London, CEE, CEP, London School of Economics and IZA Bonn)
Sandra McNally (CEE, CEP, London School of Economics and IZA Bonn)
Olmo Silva (CEE, CEP, London School of Economics, European University Institute and IZA Bonn)

Keywords: Information and Communication Technology (ICT), pupil achievement
Date: 2006-07
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:iza:izadps:dp2234&r=edu

(resumo de “paper” disponível no sítio referenciado)

sábado, agosto 19, 2006

When you innovate ...

"When you innovate, you’ve got to be prepared for everyone telling you you’re nuts."

Larry Allison

(citação extraída de SBANC Newsletter, September 20, 2005, Issue 390-2005, http://www.sbaer.uca.edu )

sexta-feira, agosto 18, 2006

"Enhancing Portugal`s Human Capital"

“The lack of human capital in Portugal has become a key obstacle to higher growth. This paper discusses the performance of education and training services in Portugal and shows that improvements are needed to narrow the significant human capital gap with other OECD countries. Despite progress in the past decades, Portuguese children spend comparatively few years in formal education, and they do not perform as well as children from other OECD countries. Adults, especially the least educated, do not participate enough in lifelong learning and training programs. This situation does not stem from a lack of resources devoted to education and training but from inefficiencies and misallocation of spending, and weaknesses in the quality of the services that compound the low starting point of Portugal regarding education.
Modernizing the Portuguese economy therefore requires a broad reform which increases human capital at all levels. The ongoing efforts of the authorities in the three areas - basic and upper secondary education, tertiary education and adult training - go in the right direction but implementation remains a challenge.”

Stéphanie Guichard
Bénédicte Larre
Keywords: human capital, education, Portugal, adult training.
Date: 2006-07-28
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:oec:ecoaaa:505-en&r=edu

(resumo de “paper” disponível no sítio referenciado)

quarta-feira, agosto 16, 2006

"The Bologna process in France. Origin, objectives and implementation"

“In this paper, we will try to show why the evolution of the French higher education system has led to a deadlock and a deteriorating ranking on the world scene, how the new scheme has been effectively and rapidly adopted, but, unfortunately, why this adoption has failed to achieve the initial objectives of transforming the French system into a more competitive one.”

François Orivel
(IREDU - Institut de recherche sur l'éducation : Sociologie et Economie de l'Education - [CNRS : FRE5211] - [Université de Bourgogne])
Keywords: Bologna Process; Higher education
Date: 2006-07-19
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:hal:papers:halshs-00086796_v1&r=edu

(resumo de “paper” disponível no sítio referenciado)

segunda-feira, agosto 14, 2006

Elites fortes: algo inexistente em Portugal

“O sociólogo Manuel Villaverde Cabral considera que a sociedade portuguesa, como colectivo, tem dificuldades em responder a desafios porque estes exigem elites fortes, algo inexistente em Portugal. «A este êxito ´individual/familiar` corresponde o fracasso perante a maioria dos desafios colectivos. Estes exigem liderança, isto é, elites simultaneamente competentes e capazes de interpretar/interagir com as ´massas`, e é isto – elites dignas desse nome e capacidade de liderança – que falta em Portugal».
O investigador do Instituto de Ciências Sociais explica a ausência de elites competentes com a estratificação social muito acentuada, um centralismo administrativo virtualmente totalitário e um enorme distanciamento em relação ao poder simbólico, entre os quais o político e o cultural.”

(extracto de artigo intitulado “Uma questão de atitude”, publicado no Anuário da Revista Fórum Estudante, ano III, 2006, p.8.

sábado, agosto 12, 2006

"knowledge economy, learning society and lifelong learning: a review of the French literature"

“In this article, we propose the hypothesis that «the Learning society» is more a political slogan and prospect than a social reality (In France, as in most OECD countries, public investment in formal education and training has actually decreased since the OECD started talking about lifelong learning). And there is no agreement as to what a future «learning society» should be. Firstly, the framework of knowledge economy has not yet been defined and analysts remain divided on the issue: is it (or will be) an extension of a deregulated, market economy and society, or a more regulated capitalist economy? Should knowledge be considered as a public good or as a marketable one (section 1). Secondly, the consequences of the resulting economic changes for workers and for citizens are unclear.
Although most studies acknowledge the development of new (net)work organizations, of new skill requirements and of new opportunities for learning, some studies also emphasize new risks of economic and social exclusion (section 2). And the French specificities are particularly marked in terms of education and lifelong learning strategies. (section 3). Although lifelong learning strategies are sometimes explicitly (but more often implicitly) related to the prospect of a Knowledge Economy, part of the debate is purely endogenous to the educational sphere and initial education and further education remain separated.”

Philippe Méhaut
(LEST - Laboratoire d'économie et de sociologie du travail - [CNRS : UMR6123] - [Université de Provence - Aix-Marseille I] [Université de la Méditerranée - Aix-Marseille II])

Keywords: FPC - Formation professionnelle continue; Projet de formation; Politique de l'éducation; Accréditation; Formation tout au long de la vie; Economie de connaissance; France; Revue de la littérature
Date: 2006-07-17
URL: http://d.repec.org/n?u=RePEc:hal:papers:halshs-00085893_v1&r=edu

(resumo de "paper" disponível no sítio referenciado)

sexta-feira, agosto 11, 2006

Coisas simples e pequenas

Sou dos que mantém o ponto de vista que a qualidade de uma gestão também se revela nos pormenores. A ilustrar isso aí está o matagal em que se constituiu o espaço, até há pouco de pomar de laranjeiras e outras árvores de fruto, existente entre a vivenda Sameiro e o novo edifício dos Institutos de Educação e Psicologia e de Estudos da Criança (para não mencionar o espaço a norte, contíguo). Denuncia-se aí desleixo, falta de gosto e, mesmo, ausência de bom-senso, dado o tempo (de operação criminosa) que corre.
Dir-me-ão que se aguarda a disponibilização de recursos para proceder ao arranjo paisagístico da zona. Francamente, não aceito o argumento. O que se pede, neste caso, é só uma acção de limpeza e, para este efeito, não é necessário assegurar nenhum financiamento Comunitário mas, tão só, repito, alguma atenção às coisas simples e pequenas, e bom-senso.
Não seria necessário invocar este pormenor para denunciar a desqualificação da gestão universitária, a nível de topo, que temos. Aliás, desta leitura parece discordarem, por esta altura, quase só sessenta e tal membros desta academia; infelizmente, com assento na assembleia. As coisas mudam, entretanto.

J. Cadima Ribeiro

quinta-feira, agosto 10, 2006

"Getting education right for long-term growth in the Czech Republic"

“The Czech education system is performing reasonably well. Secondary-school participation and completion rates have traditionally been high, and continue to be so. PISA results are above average, with Czech students performing among the best in the OECD in problem-solving abilities, particularly for mathematics and science.
Though tertiary attainment is low in the population as a whole, the enrolment rate is increasing rapidly. At just a little below 5% of GDP, total education spending is low compared with other OECD countries."

Alessandro Goglio
Date: 2006-07-17
(resumo de "paper" disponível no sítio identificado)

quarta-feira, agosto 09, 2006

Young Economist Essay Awards 2006

Young Economist Essay Awards 2006
Amesterdam, 25-27/08/2006

Rosa Branca Esteves, professora do Departamento de Economia da Escola de Economia e Gestão, Universidade do Minho, e investigadora do NIPE, foi uma das vencedoras do Young Economist Essay Awards 2006, atribuído pela European Association For Research in Industrial Economics.

Este prémio distingue artigos de "qualidade excepcionalmente elevada" na área da Economia Industrial, produzidos por jovens investigadores, e será entregue no jantar de gala da conferência da EARIE 2006, que decorrerá em Amesterdão, entre 25 e 27 de Agosto pf.

(Fonte: http://www.earie2006.org/essayaward.php)

terça-feira, agosto 08, 2006

Eu, aluno trabalhador-estudante ...

Se é professor, saiba que, mesmo estando oficialmente de férias, não se liberta de receber mensagens do tipo da que reproduzo abaixo, parcialmente, e, ainda por cima, sob forma, mais ou menos, de carta aberta.
Não sei se ajuda a dar inteligibilidade à mensagem, mas talvez valha a pena acrescentar que foi escrita por um aluno do 1º ano de Direito, da Escola de Direito da UMinho, com o estatuto formal de trabalhador-estudante, ao que informa.

“ […]
- Eu, enquanto aluno trabalhador-estudante, acima identificado tenho que, para além das dificuldades inerentes á condição de estudante, gerir de forma muito pragmática e racional todas as condicionantes que envolvem a minha prestação profissional uma que o estatuto de trabalhador-estudante e a sua vigência por si só plasmada no Código do Trabalho não é garante do que aí se encontra estatuído, o que naturalmente acrescenta um esforço extra às pessoas, neste caso a mim, que se encontram nessa situação;
- Acontece que, não bastando as dificuldades inerentes à condição de trabalhador, que tem que desempenhar a tarefa com se de um estudante-trabalhador não se tratasse, como ainda por cima tem que responder da mesma forma que de um estudante a tempo inteiro de tratasse;
- Obviamente que esta situação acarreta duas facetas, qual delas a mais nefasta, para a pessoa em causa:
- a 1ª situação prende-se com a pressão, que sobre o trabalhador é exercida, no sentido de mesmo que não esteja a cumprir o horário por completo de ter um desempenho profissional como se cumprisse o horário normal;
- a 2ª situação, de igual modo, exige que o trabalhador que estude tenha, enquanto estudante, um desempenho nas mesmas circunstâncias e em igualdade com os outros estudantes;
- Claro está que, numa situação de equidade, isto até seria exequível, o que neste momento nesta instituição de ensino superior não acontece […]”

(extracto de mensagem de correio electrónico recebida em 06/08/07)

segunda-feira, agosto 07, 2006

Satisfação Docente

1. Olho para a mensagem que reproduzo abaixo, parcialmente, proveniente do Gabinete de Avaliação e Qualidade do Ensino, e não percebo. Faltaria alegria no trabalho na UMinho? Estariam os docentes de férias, já? Falharia o espírito de colaboração esperado?

«Convite à participação
Tendo recebido até ao momento um número ainda pouco significativo de respostas ao Questionário de Satisfação Docente (QSD) face ao universo de docentes da UMinho, e para que seja possível retirar conclusões mais fundamentadas acerca dos níveis de satisfação/insatisfação, solicitamos mais uma vez, a colaboração dos docentes para o preenchimento do referido questionário, disponível na Intranet […] até ao próximo dia 4 de Agosto, através do item "questionário de satisfação docente".» {Gabinete de Avaliação e Qualidade do Ensino (GAQE) - extracto de mensagem electrónica recebida via um-net@uminho.pt, em 06/07/26}.

Mais: perante tamanha desfaçatez, tratando-se de um caso ou de outro, perguntava-me se não seria de tomar, desde logo, medidas drásticas. E mais me perguntava porque não se tornara o questionário de resposta obrigatória. De que estaria o Sr. reitor à espera?

2. Olho para a mensagem reproduzida abaixo, parcialmente, acabada de receber (06/08/07), da mesma proveniência e usando a mesma via, e fico um pouco mais descansado: afinal a situação não era tão preocupante quanto se insinuava a 26 de Julho, pp.; ainda há boas almas entre os docentes da UMinho.

«Informamos que embora já exista uma amostragem significativa de respostas ao Questionário de Satisfação Docente (QSD) foi decidido alargar o prazo do seu preenchimento até ao próximo dia 15 de Setembro. O questionário encontra-se disponível na Intranet, no endereço: http://intranet.uminho.pt/ <http://intranet.uminho.pt/> , através do item "questionário de satisfação docente".»
Não nos libertámos do sobressalto, no entanto.

J. Cadima Ribeiro

To make corporate philanthropy effective

"I've always said that the better off you are, the more responsibility you have for helping others. Just as I think it's important to run companies well, with a close eye to the bottom line, I think you have to use your entrepreneurial experience to make corporate philanthropy effective."

Carlos Slim Helu

(citação extraída de SBANC Newsletter, August 1, 2006, Issue 432-2006, http://www.sbaer.uca.edu )

sábado, agosto 05, 2006

Em Portugal, as empresas pouco investem em I&D

“Para gerar inovação e criação de riqueza empresarial tem de haver uma forte componente de Investigação Aplicada (e desenvo0lvimento experimental), vocacionada para resultados práticos a curto prazo. Ora, em Portugal, as empresas pouco investem em I&D. É o Estado quem maioritariamente financia a Investigação, através do Ensino Superior e dos Laboratórios Públicos. Estes, por vocação académica, dedicam-se por norma à Investigação Fundamental, buscando respostas a longo prazo. Produzem publicações (papers) de inquestionável mérito, mas com um interesse muito circunscrito à Comunidade Científica – a mesma filosofia orienta os projectos financiados pelas Fundações privadas.
O cenário só mudará quando as empresas se mentalizarem que (para inovar e competir), têm de investir em I&D e quando as Universidades se flexibilizarem e aproximarem do País real, adoptando uma política de acordo com a urgente necessidade de criação de riqueza no sector empresarial e na economia Portuguesa.
«Numa análise geral, comparada com a média da União Europeia, o que se verifica é que o sector privado/empresarial em Portugal não tem o mesmo papel de estimulador e de executor da actividade de Investigação, relativamente ao que acontece lá fora. Na Europa e, sobretudo, nos EUA, dois terços da Investigação é feita nas empresas, apenas um terço é público – cá ainda estamos no inverso, embora se espere que no futuro o caminho seja outro», comenta o professor João Caraça (director do Serviço de Ciência da Fundação Gulbenkian e assessor do ex-presidente Jorge Sampaio para os assuntos científicos).”

(extracto de artigo intitulado “Investigar a Investigação”, publicado no Anuário da Revista Fórum Estudante, ano III, 2006, p.56.)

sexta-feira, agosto 04, 2006

"Norberto Cunha demite-se da presidência do IPCA"

“O presidente do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) manifestou o desejo de se demitir do cargo de presidente da instituição. Segundo a edição de ontem do jornal “Público”, Norberto Cunha explica a decisão com o facto do ministro da Ciência e Ensino Superior não prolongar a sua comissão de serviço até Dezembro de 2007. «Não levo nenhuma mágoa ou revolta, mas apenas uma nostalgia por o senhor ministro não ter permitido terminar um trabalho de consolidação de um projecto que iniciei em 2003, que está em curso e que precisava de alguém que o conhecesse muito bem», disse ao “Público” o presidente demissionário.
Norberto Cunha adiantou que a demissão surge depois do ministro Mariano Gago não ter considerado de «interesse público» a sua continuidade. «Depois dessa posição e dos boatos da minha substituição anunciada pela não renovação da comissão, ficou criado um clima de inquietação e instabilidade que urge clarificar, quer para respeito para com as pessoas que trabalham no IPCA, quer para com a opinião pública», acrescentou.
De acordo com a notícia do “Público”, a demissão de Norberto Cunha é fundamentada por Mariano Gago com a necessidade de acabar com a acumulação de cargos na Função Pública.”

(extracto de notícia do Diário do Minho, de 2006-08-04)

Vale do Ave: tudo depende da ousadia e capacidade de gestão

“Fazendo um balanço do trabalho realizado, a principal ilacção a retirar é que a materialização e sucesso das oportunidades de investimento identificadas dependem da capacidade empreendedora e de inovação da região, já que esta possui potencialidades que lhe permitem assumir investimentos empresariais em áreas de actividade diversas.
Estas potencialidades resultam, em boa medida, do facto de haver uma qualificação de base e capacidade científica capaz de suportar a renovação do tecido produtivo, apostando em produtos e processos com uma forte componente tecnológica, e por isso mesmo geradores de maior valor acrescentado.
Por fim, refira-se que se constatou a existência de unidades produtivas de excelência que, mesmo quando enquadradas em grupos internacionais, se posicionam em lugares cimeiros na cadeia de valor dos grupos que integram. Tal revela que o Vale do Ave tem plenas condições para competir num contexto global, tudo dependendo da ousadia e capacidade de gestão, independentemente de outros factores (por exemplo, de ordem legal) por vezes apontados como limitadores da iniciativa empresarial.”

J. Cadima Ribeiro; e
Pedro Gomes

(extracto da “Conclusão” de relatório e brochura intitulados Potencialidades de Investimento no Vale do Ave / Potencialidades de Inversión en el Vale do Ave, ADRAVE - Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave S.A., Vila Nova de Famalicão, Junho de 2005, 2x55 págs.)

quinta-feira, agosto 03, 2006

"Braga vai ter centro da IBM"

«Braga vai ter um Centro de Serviços Partilhados da IBM, tornando-se assim o segundo centro do género em Portugal. O anúncio foi feito ontem pela empresa e o presidente da IBM em Portugal falou da mais-valia que o País representa na prestação de serviços multi-lingue.
A IBM anunciou ontem a expansão da sua capacidade nos serviços de transformação do negócio na Europa com o lançamento de um novo Centro de Serviços Partilhados em Braga integrado no seu modelo global de Business Transformation Outsourcing – BTO. O Centro de Braga, que vem contribuir para o desenvolvimento da rede global da IBM, com mais de três dezenas de centros de BTO, irá prestar serviços de transformação e de gestão de processos da área financeira e contabilística para clientes na Europa.
O centro, criado de raiz em Braga e lançado em Julho deste ano, pretende ajudar a dar resposta à grande procura de serviços multi-língua de apoio ao negócio e às tecnologias. A título de exemplo, a equipa de Braga irá fornecer serviços à Unilever com o objectivo de optimizar o desempenho de processos e de reduzir custos à multinacional, no âmbito de um acordo assinado com a IBM no final de 2005.
Este é o segundo centro da IBM em Portugal. O Centro de Serviços Partilhados de Lisboa suporta a operação e a gestão dos processos financeiros e administrativos da BP para quatro países: Portugal, Espanha, França e Reino Unido.
Gestão da relação com clientes
Enquadrado na estratégia da IBM, enquanto empresa globalmente integrada, o novo centro irá trabalhar de forma muito próxima com os centros de serviços da IBM em Cracóvia, na Polónia, e em Bangalore, na Índia. Os centros Europeus, de Braga e de Cracóvia, ficam responsáveis pela gestão da relação com os clientes e fornecedores da Unilever, ao passo que os serviços transaccionais serão geridos, sobretudo, pelo centro da IBM na Índia.
“A capacidade da IBM Portugal em proporcionar aos clientes, em toda a Europa, serviços multi-língua e de valor acrescentado ao nível do outsourcing de processos e de transformação do negócio, tem sido um elemento-chave para a nossa contínua expansão no país”, afirmou José Joaquim de Oliveira, Presidente da IBM Portugal. “Globalmente, a IBM procura reunir a experiência e as competências certas onde elas existem para oferecer os melhores serviços aos seus clientes.”
A IBM está a aplicar, no Centro de BTO de Braga, soluções inovadoras e melhores práticas para aumentar a eficiência dos processos e melhorar a produtividade.
Investimento
Mercados emergentes
O investimento em Portugal surge após outros recentes investimentos globais estratégicos da IBM focados na expansão de competências e de capacidades, sobretudo em mercados emergentes. Nos últimos meses, a IBM anunciou a abertura de diversas novas instalações internacionalmente. Entre elas incluem-se um laboratório de Tecnologia na Rússia, um Centro de Prestação de Serviços Integrados na África do Sul, um Centro para Gestão Remota de Infra-estruturas na República Checa e um Centro de Incubação de Negócios na Irlanda.»

(artigo publicado em O Primeiro de Janeiro, em 2006-08-01)

terça-feira, agosto 01, 2006

Cá fico a aguardar para ver concretizada a promessa

Quem entra nesta ocasião na intranet UMinho depara-se, logo na página de abertura, com a frase seguinte:

acerca deste site…
É intuito desta reitoria dedicar atenção especial ao desenvolvimento do Sistema de Informação (SI) da Universidade do Minho, em todas as suas vertentes.
O desenvolvimento do Sistema de Informação (e a inerente integração de informação) constitui vector estratégico para a nossa Universidade. Reduzir a burocracia, permitir uma maior transparência no acesso à informação e aumentar a eficácia dos processos. Em suma, permitir melhorar a qualidade dos serviços de apoio à comunidade.”

É uma frase curiosa – diga-se – de quem, nos últimos 4 anos, suportado nas tecnologias de informação e comunicação, multiplicou burocracias, gerou mecanismos de controle de informação e, com a ajuda de um certo numero de “boys”, abriu espaço para que se gerasse a suspeição sobre a existência de quebra de reserva de acesso ao correio electrónico pessoal de algumas pessoas menos bem-queridas do poder instalado (cf. abaixo mensagem intitulada “Recuso-me a acreditar que seja verdade!”). A meu ver, tratava-se de algo expectável em quem confunde gestão com rotinas administrativas, convive dificilmente com a crítica e o debate aberto sobre as vias de futuro para a Universidade, e prima pela falta de transparência da sua gestão.
Em todo caso, regozijo-mo de ver agora expressa tal intenção e cá fico a aguardar para ver concretizada a promessa. Este enunciado de intenções acaba, além disso, por ser um reconhecimento implícito de erros passados, o que também me apraz registar e só abona a favor de quem é capaz do fazer.

J. Cadima Ribeiro

Centro de Estudos Têxteis encerra

“O CENESTAP – Centro de Estudos Têxteis Aplicados, com sede em Famalicão, vai cessar as suas actividades. A decisão foi tomada pelos associados, em Assembleia Geral, com base em supostas «dificuldades em encontrar soluções de equilíbrio económico para a sua viabilização».
Constituído em 1993 (faria 13 anos no 11 de Outubro de 2006), o CENESTAP desempenhava um papel reconhecido no sector do têxtil e vestuário, ao nível da divulgação de dados, estatística, informação, estudos e recomendações.
O deputado do PCP Agostinho Lopes lamentou ontem o anúncio da dissolução do organismo, adiantando que já entregou na Assembleia da República um requerimento a fim de inquirir o Ministério da Economia sobre as razões que levam ao encerramento do Centro. Criticou o Governo por «deixar cair» este projecto, […]. «O fim deste organismo é incompreensível, é uma facada no sector do têxtil e vestuário», realçou, defendendo a constituição rapidamente de uma estrutura semelhante com a designação de Observatório Têxtil de Portugal
A dissolução do CENESTAP vem anunciada no sítio da instituição, através de um comunicado datado de 26 de Julho. O Centro é participado pelo CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxteis e do Vestuário de Portugal, Idite-Minho – Instituto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica do Minho, Universidade da Beira Interior, Universidade do Minho, IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento, ICEP – Investimento, Comércio e Turismo de Portugal, Associação Industrial do Minho, ATP – Associação Têxtil e de Vestuário de Portugal, ANIL – Associação Nacional das Indústrias de Lanifícios, ANIT-LAR – Associação Nacional das Indústrias Têxteis Lar, ANIVEC/APIV – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção e AICR – Associação dos Indústrias de Cordoaria e Redes.
Tinha por missão difundir informação relacionada com a evolução da conjuntura, estrutura industrial, mercados e posicionamento competitivo das indústrias têxtil e do vestuário (ITV), a nível doméstico e internacional, funcionando como uma unidade, por excelência, da inteligência estratégica do sector, orientando, dinamizando e integrando acções de promoção da competitividade internacional do mesmo. Contava com um observatório têxtil, um jornal de publicação mensal e um portal dedicado à indústria têxtil e do vestuário (Portugaltextil. com.).
O observatório tinha por objectivo recolher e analisar informação económica, estratégica e estatística de interesse para a ITV portuguesa, sendo frequentemente solicitado para fornecer dados e estudos (publicou cerca de 150 documentos), por parte, não só da Administração Pública, como também de universidades, organismos internacionais, além de empresas da indústria têxtil e do vestuário português e de empresas de consultoria.
[…].”

(extracto de notícia publicada no Diário do Minho, em 2006-07-31)