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terça-feira, agosto 08, 2006

Eu, aluno trabalhador-estudante ...

Se é professor, saiba que, mesmo estando oficialmente de férias, não se liberta de receber mensagens do tipo da que reproduzo abaixo, parcialmente, e, ainda por cima, sob forma, mais ou menos, de carta aberta.
Não sei se ajuda a dar inteligibilidade à mensagem, mas talvez valha a pena acrescentar que foi escrita por um aluno do 1º ano de Direito, da Escola de Direito da UMinho, com o estatuto formal de trabalhador-estudante, ao que informa.

“ […]
- Eu, enquanto aluno trabalhador-estudante, acima identificado tenho que, para além das dificuldades inerentes á condição de estudante, gerir de forma muito pragmática e racional todas as condicionantes que envolvem a minha prestação profissional uma que o estatuto de trabalhador-estudante e a sua vigência por si só plasmada no Código do Trabalho não é garante do que aí se encontra estatuído, o que naturalmente acrescenta um esforço extra às pessoas, neste caso a mim, que se encontram nessa situação;
- Acontece que, não bastando as dificuldades inerentes à condição de trabalhador, que tem que desempenhar a tarefa com se de um estudante-trabalhador não se tratasse, como ainda por cima tem que responder da mesma forma que de um estudante a tempo inteiro de tratasse;
- Obviamente que esta situação acarreta duas facetas, qual delas a mais nefasta, para a pessoa em causa:
- a 1ª situação prende-se com a pressão, que sobre o trabalhador é exercida, no sentido de mesmo que não esteja a cumprir o horário por completo de ter um desempenho profissional como se cumprisse o horário normal;
- a 2ª situação, de igual modo, exige que o trabalhador que estude tenha, enquanto estudante, um desempenho nas mesmas circunstâncias e em igualdade com os outros estudantes;
- Claro está que, numa situação de equidade, isto até seria exequível, o que neste momento nesta instituição de ensino superior não acontece […]”

(extracto de mensagem de correio electrónico recebida em 06/08/07)

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