“Para gerar inovação e criação de riqueza empresarial tem de haver uma forte componente de Investigação Aplicada (e desenvo0lvimento experimental), vocacionada para resultados práticos a curto prazo. Ora, em Portugal, as empresas pouco investem em I&D. É o Estado quem maioritariamente financia a Investigação, através do Ensino Superior e dos Laboratórios Públicos. Estes, por vocação académica, dedicam-se por norma à Investigação Fundamental, buscando respostas a longo prazo. Produzem publicações (papers) de inquestionável mérito, mas com um interesse muito circunscrito à Comunidade Científica – a mesma filosofia orienta os projectos financiados pelas Fundações privadas.
O cenário só mudará quando as empresas se mentalizarem que (para inovar e competir), têm de investir em I&D e quando as Universidades se flexibilizarem e aproximarem do País real, adoptando uma política de acordo com a urgente necessidade de criação de riqueza no sector empresarial e na economia Portuguesa.
«Numa análise geral, comparada com a média da União Europeia, o que se verifica é que o sector privado/empresarial em Portugal não tem o mesmo papel de estimulador e de executor da actividade de Investigação, relativamente ao que acontece lá fora. Na Europa e, sobretudo, nos EUA, dois terços da Investigação é feita nas empresas, apenas um terço é público – cá ainda estamos no inverso, embora se espere que no futuro o caminho seja outro», comenta o professor João Caraça (director do Serviço de Ciência da Fundação Gulbenkian e assessor do ex-presidente Jorge Sampaio para os assuntos científicos).”
(extracto de artigo intitulado “Investigar a Investigação”, publicado no Anuário da Revista Fórum Estudante, ano III, 2006, p.56.)
O cenário só mudará quando as empresas se mentalizarem que (para inovar e competir), têm de investir em I&D e quando as Universidades se flexibilizarem e aproximarem do País real, adoptando uma política de acordo com a urgente necessidade de criação de riqueza no sector empresarial e na economia Portuguesa.
«Numa análise geral, comparada com a média da União Europeia, o que se verifica é que o sector privado/empresarial em Portugal não tem o mesmo papel de estimulador e de executor da actividade de Investigação, relativamente ao que acontece lá fora. Na Europa e, sobretudo, nos EUA, dois terços da Investigação é feita nas empresas, apenas um terço é público – cá ainda estamos no inverso, embora se espere que no futuro o caminho seja outro», comenta o professor João Caraça (director do Serviço de Ciência da Fundação Gulbenkian e assessor do ex-presidente Jorge Sampaio para os assuntos científicos).”
(extracto de artigo intitulado “Investigar a Investigação”, publicado no Anuário da Revista Fórum Estudante, ano III, 2006, p.56.)
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