Já numa ocasião tive oportunidade de comentar a “familiaridade” que este fórum propicia, sobretudo a coberto do anonimato. Comentando este aspecto com amigos, recebi deles a recomendação inequívoca de desincentivar, radicalmente, esse tipo de mensagens.
Não fui tão longe, ainda, i) por conhecer o condicionamento à expressão livre do pensamento que vinga, no momento, na UMinho – e não só – e, ii) por achar importante captar os sinais da comunidade humana que somos, com os seus espíritos brilhantes – que os há – e com as suas afirmações de pobreza de espírito e de má formação. Esta última faceta é, aliás, algo que me impressiona particularmente dada a natureza da Instituição e o farol de cultura cívica que deveria ser. Nesta postura, serei porventura informado pela inviesamento que me resulta da condição de cientista social, que procuro ser.
Contínuo, não obstante, a surpreender-me com certas mensagens que, ocasionalmente, recebo (e não são provenientes de estudantes, diga-se). Impressiona-me, particularmente, a familiaridade com que se me dirigem, parecendo ser que o anonimato nos torna a todos colegas de jardim-de-infância ou, talvez mais apropriadamente dito, bichos-do-mato. Este desconforto que sinto resulta-me maior de saber que, “à luz do dia”, são os mesmos que me tratam com as maiores deferências, que não reclamo, alias; reclamar, reclamo só correcção e cortesia pessoal, quanto baste.
Admito, obviamente, discordâncias de pontos de vistas. O enunciado de princípios deste jornal de parede expressa-o abertamente. Onde estão entretanto os argumentos próprios do contraditório que é possível e legítimo? As discordâncias de leitura de situação e de paradigma técnico-científico não têm espaço para manifestar-se, isto é, não deveriam reservar-lhes um cantinho nos vossos espíritos?
Por mim, fico com a máxima de Andrew Carnegie (SBANC Newsletter, August 22, 2006, Issue 435-2006, http://www.sbaer.uca.edu) de que "The men who have succeeded are men who have chosen one line and stuck to it."
J. Cadima Ribeiro
Não fui tão longe, ainda, i) por conhecer o condicionamento à expressão livre do pensamento que vinga, no momento, na UMinho – e não só – e, ii) por achar importante captar os sinais da comunidade humana que somos, com os seus espíritos brilhantes – que os há – e com as suas afirmações de pobreza de espírito e de má formação. Esta última faceta é, aliás, algo que me impressiona particularmente dada a natureza da Instituição e o farol de cultura cívica que deveria ser. Nesta postura, serei porventura informado pela inviesamento que me resulta da condição de cientista social, que procuro ser.
Contínuo, não obstante, a surpreender-me com certas mensagens que, ocasionalmente, recebo (e não são provenientes de estudantes, diga-se). Impressiona-me, particularmente, a familiaridade com que se me dirigem, parecendo ser que o anonimato nos torna a todos colegas de jardim-de-infância ou, talvez mais apropriadamente dito, bichos-do-mato. Este desconforto que sinto resulta-me maior de saber que, “à luz do dia”, são os mesmos que me tratam com as maiores deferências, que não reclamo, alias; reclamar, reclamo só correcção e cortesia pessoal, quanto baste.
Admito, obviamente, discordâncias de pontos de vistas. O enunciado de princípios deste jornal de parede expressa-o abertamente. Onde estão entretanto os argumentos próprios do contraditório que é possível e legítimo? As discordâncias de leitura de situação e de paradigma técnico-científico não têm espaço para manifestar-se, isto é, não deveriam reservar-lhes um cantinho nos vossos espíritos?
Por mim, fico com a máxima de Andrew Carnegie (SBANC Newsletter, August 22, 2006, Issue 435-2006, http://www.sbaer.uca.edu) de que "The men who have succeeded are men who have chosen one line and stuck to it."
J. Cadima Ribeiro
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