ClaustrUM
(título de mensagem, datada de 30 de Maio de 2010, disponível em Empreender)
Fórum de Discussão: o retorno a uma utopia realizável - a Universidade do Minho como projecto aberto, participado, ao serviço do engrandecimento dos seus agentes e do desenvolvimento da sua região
segunda-feira, maio 31, 2010
domingo, maio 30, 2010
"Façam fóruns que envolvam representantes das várias sensibilidades dentro da UM"
"Divulguem as notícias do Conselho Geral e do Senado que dizem respeito aos alunos em Fóruns do género do que deu origem a esta discussão, mas façam Fóruns que envolvam representantes das várias sensibilidades dentro da UM, para não cheirar a propaganda."
Jaime Rocha Gomes
(excerto de mensagem, datada de Domingo, 30 de Maio de 2010, intitulada A propósito do Fórum UMinho: algumas medidas relacionadas com alunos, disponível Prálem D`Azurém)
Jaime Rocha Gomes
(excerto de mensagem, datada de Domingo, 30 de Maio de 2010, intitulada A propósito do Fórum UMinho: algumas medidas relacionadas com alunos, disponível Prálem D`Azurém)
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UMinho
sexta-feira, maio 28, 2010
"Cada cavadela, cada minhoca"
«Mudando de assunto: Cada cavadela, cada minhoca
Falta injustificada
Conforme a notícia:
1- “... Fórum UMinho ... um verdadeiro fracasso em termos de participação dos estudantes ... convocados para discutir com o reitor ...”.
2- “...Esta falta dos alunos é injustificada ...”.
3- “... não chega berrar na rua contra o pagamento de propinas ...”.
Vejamos:
A- Deve concluir-se que o jornalista foi “convocado”, e que “cumpriu”. A sessão era para a comunicação social registar e publicitar.
B- Os estudantes não foram “convocados”. Foram “convidados”. Declinaram porque todos as questões em agenda já estavam anteriormente decididas em Conselho Geral. Não era uma oportunidade de debate consequente.
C- Não chega “berrar” a propaganda para intimidar os estudantes da “melhor academia do país”.»
*
(chamada à página de rosto de comentário que me caiu entretanto na caixa de comentários deste jornal de parede)
quinta-feira, maio 27, 2010
Mudando de assunto: "percepção por parte dos residentes de Guimarães dos benefícios do desenvolvimento turístico"
A cultura enquanto elemento básico de atracção é responsável por entre 35% e 70% de toda a actividade turística na Europa. Isto num contexto em que o turismo se tem constituído numa das actividades económicas que maior crescimento tem registado nas últimas décadas e é encarado como um dos sectores-chave do presente século. Dentro do sector, espera-se que o turismo cultural seja um dos segmentos mais dinâmicos. Tendo presente a importância económica da actividade e o crescimento acelerado que vem experimentando, os seus impactos precisam de ser antecipados, compreendidos, planeados e monitorizados, para que eventuais efeitos negativos possam ser evitados ou minimizados.
As preferências e comportamentos dos turistas têm vindo a alterar-se. Os turistas da actualidade são cada vez mais sofisticados e exigentes. A crescente valorização de destinos menos massificados, da qualidade do atendimento, de férias mais activas e personalizadas, de um contacto mais próximo com a natureza, da descoberta do desconhecido e da singularidade do produto turístico têm que ver com essa evolução da hierarquia das motivações dos turistas. Nesse contexto, a cultura, tradições e modos de vida constituem factores de atracção que assumem relevância incrementada.
O turismo actua como incentivo ao restauro e preservação do património histórico. Além disso, a actividade turística pode funcionar como um importante factor de valorização das práticas locais, do artesanato, e das festividades e cerimónias comunitárias, que, de outro modo, correriam o risco de desaparecer.
Na vertente oposta, o turismo pode ser um factor de marginalização da população e alimentar tensões sociais sempre que seja pensado sem levar em linha de conta os valores locais e não seja capaz de gerar benefício económico que possa ser apropriado pela comunidade local. Um perigo para a sustentabilidade a longo prazo de um destino turístico será também a adopção de manifestações culturais não autênticas, como festas e danças criadas em função dos turistas ou a banalização comercial das práticas culturais locais.
Do trabalho de inquirição dos residentes de Guimarães recentemente conduzido por Laurentina Vareiro, Paula Remoaldo, Vítor Marques e pelo signatário deste texto, no quadro de um projecto de investigação com maior fôlego, entre outros, obtiveram-se os resultados que passo a apresentar.
Uma questão central do inquérito aplicado respeitava à opinião que os residentes do município mantinham sobre o turismo, isto é, em que medida entendiam ser a actividade benéfica para o desenvolvimento de Guimarães. Daí pôde concluir-se que 98,2% dos inquiridos mantinha uma opinião favorável ao desenvolvimento do sector. De notar, ainda, que não se identificaram diferenças significativas de opinião consoante os respondentes eram do sexo masculino ou feminino.
Uma outra resposta a merecer destaque é a que se obteve para a pergunta sobre se, pessoalmente, o inquirido tirava benefício do turismo. Neste caso, a informação que resultou foi que a opinião esmagadoramente positiva que se refere no parágrafo precedente não era resultado das expectativas de benefício directo, sendo os residentes mais jovens (entre os 15 e os 24 anos) aqueles que revelavam uma maior expectativa nesse domínio. Isso poderá ter que ver com a respectiva antevisão de criação de empregos, de que possam aproveitar.
Mesmo se as opiniões favoráveis foram um denominador comum a todos os níveis educacionais, a pontuação da afirmação de que o turismo é bom para o município foi mais elevada entre os residentes detentores de maiores habilitações académicas.
Um resultado que também vale a pena analisar é o que se prende com os impactos da actividade turística. Neste âmbito, apareceu como mais valorizado o que se prende com o contacto que o turismo viabiliza com outras culturas, seguido pelo do encorajamento à preservação da cultura e do artesanato locais. As percepções de que o desenvolvimento da actividade permite a conservação e restauro de edifícios históricos, cria empregos e contribui para o aumento da oferta de serviços para os residentes surgem como 3º, 4º e 5º efeitos esperados.
De um modo geral, os resultados do inquérito confirmam o que a investigação empírica realizada internacionalmente vinha evidenciando sobre as atitudes e expectativas dos residentes de lugares turísticos.
No caso de Guimarães, é verdade que o município tem feito uma importante aposta no turismo, particularmente nos derradeiros dez anos, mas, se se pretende que o sector venha a constituir um dos motores do seu desenvolvimento, a percepção mantida pela comunidade local dos seus efeitos tem que estar bem presente nas estratégias que sejam definidas. Isso é necessário mesmo que, como foi evidenciado, os residentes mantenham uma percepção muito favorável dos benefícios que se podem gerar. É que, mesmo percebendo efeitos positivos importantes, não deixam também de enunciar preocupações e receios. A isso me referirei noutro texto, logo que surja a oportunidade de retomar os resultados do estudo que invoco acima.
As preferências e comportamentos dos turistas têm vindo a alterar-se. Os turistas da actualidade são cada vez mais sofisticados e exigentes. A crescente valorização de destinos menos massificados, da qualidade do atendimento, de férias mais activas e personalizadas, de um contacto mais próximo com a natureza, da descoberta do desconhecido e da singularidade do produto turístico têm que ver com essa evolução da hierarquia das motivações dos turistas. Nesse contexto, a cultura, tradições e modos de vida constituem factores de atracção que assumem relevância incrementada.
O turismo actua como incentivo ao restauro e preservação do património histórico. Além disso, a actividade turística pode funcionar como um importante factor de valorização das práticas locais, do artesanato, e das festividades e cerimónias comunitárias, que, de outro modo, correriam o risco de desaparecer.
Na vertente oposta, o turismo pode ser um factor de marginalização da população e alimentar tensões sociais sempre que seja pensado sem levar em linha de conta os valores locais e não seja capaz de gerar benefício económico que possa ser apropriado pela comunidade local. Um perigo para a sustentabilidade a longo prazo de um destino turístico será também a adopção de manifestações culturais não autênticas, como festas e danças criadas em função dos turistas ou a banalização comercial das práticas culturais locais.
Do trabalho de inquirição dos residentes de Guimarães recentemente conduzido por Laurentina Vareiro, Paula Remoaldo, Vítor Marques e pelo signatário deste texto, no quadro de um projecto de investigação com maior fôlego, entre outros, obtiveram-se os resultados que passo a apresentar.
Uma questão central do inquérito aplicado respeitava à opinião que os residentes do município mantinham sobre o turismo, isto é, em que medida entendiam ser a actividade benéfica para o desenvolvimento de Guimarães. Daí pôde concluir-se que 98,2% dos inquiridos mantinha uma opinião favorável ao desenvolvimento do sector. De notar, ainda, que não se identificaram diferenças significativas de opinião consoante os respondentes eram do sexo masculino ou feminino.
Uma outra resposta a merecer destaque é a que se obteve para a pergunta sobre se, pessoalmente, o inquirido tirava benefício do turismo. Neste caso, a informação que resultou foi que a opinião esmagadoramente positiva que se refere no parágrafo precedente não era resultado das expectativas de benefício directo, sendo os residentes mais jovens (entre os 15 e os 24 anos) aqueles que revelavam uma maior expectativa nesse domínio. Isso poderá ter que ver com a respectiva antevisão de criação de empregos, de que possam aproveitar.
Mesmo se as opiniões favoráveis foram um denominador comum a todos os níveis educacionais, a pontuação da afirmação de que o turismo é bom para o município foi mais elevada entre os residentes detentores de maiores habilitações académicas.
Um resultado que também vale a pena analisar é o que se prende com os impactos da actividade turística. Neste âmbito, apareceu como mais valorizado o que se prende com o contacto que o turismo viabiliza com outras culturas, seguido pelo do encorajamento à preservação da cultura e do artesanato locais. As percepções de que o desenvolvimento da actividade permite a conservação e restauro de edifícios históricos, cria empregos e contribui para o aumento da oferta de serviços para os residentes surgem como 3º, 4º e 5º efeitos esperados.
De um modo geral, os resultados do inquérito confirmam o que a investigação empírica realizada internacionalmente vinha evidenciando sobre as atitudes e expectativas dos residentes de lugares turísticos.
No caso de Guimarães, é verdade que o município tem feito uma importante aposta no turismo, particularmente nos derradeiros dez anos, mas, se se pretende que o sector venha a constituir um dos motores do seu desenvolvimento, a percepção mantida pela comunidade local dos seus efeitos tem que estar bem presente nas estratégias que sejam definidas. Isso é necessário mesmo que, como foi evidenciado, os residentes mantenham uma percepção muito favorável dos benefícios que se podem gerar. É que, mesmo percebendo efeitos positivos importantes, não deixam também de enunciar preocupações e receios. A isso me referirei noutro texto, logo que surja a oportunidade de retomar os resultados do estudo que invoco acima.
J. Cadima Ribeiro
(artigo de opinião publicado na edição de 2010/05/27 do Jornal de Leiria)
quarta-feira, maio 26, 2010
Brincando à gestão das Escolas/Faculdades
Numa escola universitária perto de si foi nos últimos (5-6) anos adoptado um modelo de afectação de recursos financeiros que dita que a estrutura central da Escola fique com 85% das verbas de gestão corrente disponíveis e os Departamentos respectivos com 15%, do que resulta para o Departamento X, no presente ano (com um corpo docente quase todo doutorado de cerca de 40 pessoas), que o orçamento que lhe calhou(vai calhar) foi(é) de 2 877,00 €.
Numa altura em que tanto se fala de "excelência", diga-me(nos) se considera que isto são verbas que permitam propor o que quer que seja em termos de gestão financeira do dito Departamento. Terei todo o gosto em transmitir ao director do Departamento em causa todas as boas ideias sobre esta matéria que me façam chegar. Estou certo que ele vos ficará eternamente reconhecido.
J. Cadima Ribeiro
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segunda-feira, maio 24, 2010
"Consta que em algumas Escolas a classificação de excelente [...] foi quase toda para os dirigentes, técnicos superiores e chefes"
«Consta que em algumas Escolas a classificação de excelente, que permite a promoção, foi quase toda para os dirigentes, técnicos superiores e chefes de serviços, quase todos eles afectos ao "aparelho" por via de anos e anos de promoções e concursos que se não foram manipulados foram pelo menos influenciados pelas ligações familiares ou de amizade do concorrente com o topo da hierarquia do passado. Sabemos que até alguns técnicos superiores são familiares de pessoas que estiveram no passado no topo da hierarquia. Posto isto, que podem os funcionários esperar? Diria que é melhor não terem muitas expectativas nos próximos anos.»
Jaime Rocha Gomes
*
(excerto de mensagem, datada de Domingo, 23 de Maio de 2010, intitulada O que mudou na UM com o RJIES?, disponível em Prálem d`Azurém)
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EEG/UMinho,
Reforma da Gestão das Escolas,
UMinho
domingo, maio 23, 2010
Vuelvo porque aprendi muchas cosas
«Vuelvo porque me gustó la ciudad.
Vuelvo porque aprendi muchas cosas.
Vuelvo porque todavia me quedan cosas por aprender.
Vuelvo porque creci.»
José Pedro Cadima
(terça-feira, 15 de Dezembro de 2009)
Vuelvo porque aprendi muchas cosas.
Vuelvo porque todavia me quedan cosas por aprender.
Vuelvo porque creci.»
José Pedro Cadima
(terça-feira, 15 de Dezembro de 2009)
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sexta-feira, maio 21, 2010
Fórum Emprego 2010: VIII Jornadas Universitárias de Emprego
«Fórum Emprego 2010: VIII Jornadas Universitárias de Emprego
No quadro institucional do programa EURES Transfronteiriço Norte de Portugal – Galiza, a Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, através do Núcleo de Investigação em Políticas Económicas, promove a realização do Fórum Emprego 2010: VIII Jornadas Universitárias de Emprego norte de Portugal – Galiza.
Tendo em conta que se trata de uma iniciativa que facilita e agiliza o processo de inserção dos estudantes no mercado de trabalho, tanto a nível local, como transfronteiriço e europeu, entendemos ser de utilidade a Vossa presença no evento. O programa centra-se na divulgação de técnicas de procura de emprego, objectivos e funcionalidade do programa de emprego da União Europeia EURES e, ainda, a situação actual do mercado de trabalho. O tema da edição de 2010 é “O sector bancário: uma bacia permanente de oportunidades de emprego”, e terá lugar na tarde do dia 21 de Maio de 2010 com início às 14h15, no auditório 1.01 da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, Campus de Gualtar – Braga.
Segue, a seguir o programa
PROGRAMA
14:15h - Inscrições.
14:30h - Abertura. Professor Francisco Carballo-Cruz, Escola de Economia e Gestão, Universidade do Minho.
15:00h - Rede EURES e EURES Transfronteiriço – Objectivos, Funcionalidades e Ferramentas. Dra. Cármen Lopes, Conselheira EURES do Centro de Emprego de Braga.
15:45h - Debate.
16:00h - Pausa para café.
16:20h - O sector bancário: uma bacia permanente de oportunidades de emprego.
16:20h - Caixa Geral de Depósitos. Dra. Maria Felicidade Brito, Coordenadora da Área de Recrutamento e Gestão de Competências da Direcção de Pessoal da Caixa Geral de Depósitos.
16:50h - Barclays Bank. Dra. Teresa Relvas, Directora do Departamento. de Recursos Humanos do Barclays Bank.
7:20h - Debate e encerramento.»
*
(reprodução de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, originária de rbranca@eeg.uminho.pt e especialmente dirigida aos alunos do curso de Economia, 1º ciclo)
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EEG/UMinho,
Notícia
quinta-feira, maio 20, 2010
"O Ensino Superior em Transição - a Auto-Reflexão de 2008/2009 das Universidades e Politécnicos"
«Exmos Senhores
Durante o III Congresso do SNESUP foi lançado o livro "O Ensino Superior em Transição - a Auto-Reflexão de 2008/2009 das Universidades e Politécnicos", analisando o processo de implementação do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES), de que é autor José Manuel Matos Pereira, Doutor em Direito e Professor Coordenador da Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal.
Segundo a editora, o livro "O Ensino Superior em Transição" está disponível para compra através do sítio web da MediaXXI em versão de papel
(http://www.mediaxxi.com/index.php?page=shop.product_details&flypage=flypage.tpl&product_id=281&category_id=2&option=com_virtuemart&Itemid=119〈=pt ), pelo preço de 19 euros,
e em versão electrónica PDF
(http://www.mediaxxi.com/index.php?page=shop.product_details%26flypage=flypage.tpl%26product_id=276%26category_id=13%26option=com_virtuemart%26Itemid=119%26lang=pt ), pelo preço de 9,99 euros.
As encomendas poderão ser realizadas mediante registo na livraria online da MediaXXI. Aos preços indicados acrescem os custos de envio.
Com os melhores cumprimentos,
A Direcção do SNESup
19-5-2010»
*
(reprodução de mensagem que me caiu ontem na caixa de correio electrónico, com a proveniência identificada)
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Acção Sindical,
Notícia,
Reforma do Ensino Superior - Fórum
quarta-feira, maio 19, 2010
International Symposium on University Rankings in Europe
«International Symposium on University Rankings in Europe - 29th June 2010, Brussels
Dear Colleague,
I enclose details of the forthcoming International Symposium, entitled Universities Challenged: Better Higher Education through a Better Ranking System in Europe?, which will take place on Tuesday 29th June 2010 at The Silken Hotel, Brussels.
A decade after the Bologna Declaration, an intense debate is still raging about the actual and comparative value of higher education in Europe.
Recognising the need for clarity to address the growing number of university ranking systems, the European Commission launched an initiative "for the design and testing of a new multi-dimensional university ranking system with global outreach" that is also independent from public authorities and universities. This special International Symposium provides a timely opportunity for universities and other stakeholders across Europe to examine the overhaul of the university ranking system within the context of the wider HE reform process.
I am pleased to advise you that confirmed speakers now include:
Mr. Robin van IJperen, Policy Officer, DG Education and Culture, European Commission
Mr. Noël Vercruysse, Head of the Department of Higher Education, Flemish Ministry, Belgium
Prof. Chris Brink PhD, Vice-Chancellor, Newcastle University, UK
The Centre for Parliamentary Studies welcomes the participation of all key partners, responsible authorities and stakeholders. The Symposium will support the exchange of ideas and encourage delegates to engage in thought-provoking topical debate.
For further details, please see the attached programme or visit our website. Do feel free to circulate this information to relevant colleagues within your organisation.
In the meantime, should you/your colleagues wish to attend, please complete and return the enclosed registration form at your earliest convenience in order to secure your delegate place(s).
Kind regards,
Jessie Punia
Dear Colleague,
I enclose details of the forthcoming International Symposium, entitled Universities Challenged: Better Higher Education through a Better Ranking System in Europe?, which will take place on Tuesday 29th June 2010 at The Silken Hotel, Brussels.
A decade after the Bologna Declaration, an intense debate is still raging about the actual and comparative value of higher education in Europe.
Recognising the need for clarity to address the growing number of university ranking systems, the European Commission launched an initiative "for the design and testing of a new multi-dimensional university ranking system with global outreach" that is also independent from public authorities and universities. This special International Symposium provides a timely opportunity for universities and other stakeholders across Europe to examine the overhaul of the university ranking system within the context of the wider HE reform process.
I am pleased to advise you that confirmed speakers now include:
Mr. Robin van IJperen, Policy Officer, DG Education and Culture, European Commission
Mr. Noël Vercruysse, Head of the Department of Higher Education, Flemish Ministry, Belgium
Prof. Chris Brink PhD, Vice-Chancellor, Newcastle University, UK
The Centre for Parliamentary Studies welcomes the participation of all key partners, responsible authorities and stakeholders. The Symposium will support the exchange of ideas and encourage delegates to engage in thought-provoking topical debate.
For further details, please see the attached programme or visit our website. Do feel free to circulate this information to relevant colleagues within your organisation.
In the meantime, should you/your colleagues wish to attend, please complete and return the enclosed registration form at your earliest convenience in order to secure your delegate place(s).
Kind regards,
Jessie Punia
Public Policy Exchange
Tel: +44 (0) 845 606 1537
Fax: +44 (0) 845 606 1539
*
(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico, distribuída por jess.punia@publicpolicyexchange.co.uk)
terça-feira, maio 18, 2010
Mudando de assunto ou talvez nem tanto
Gestos e obscenidades
1. Num gesto de grande magnanimidade, Pedro Passos Coelho, PC para os amigos, deu o seu assentimento à subida de impostos e redução de benefícios sociais recentemente decididos pelo (des)governo de José Sócrates, consequência directa do desastre que foram as políticas governamentais conduzidas nos últimos 10 anos da vida do país, quase metade dos quais tendo o dito ao leme. Foi um gesto bonito, de solidariedade para com um rival caído em desgraça, mesmo se maior desgraça é a do país que tem por primeiro-ministro tal personagem. Não falo dos restantes ministros para que não me acusem de usar este fórum público para veicular conteúdos de natureza obscena.
1. Num gesto de grande magnanimidade, Pedro Passos Coelho, PC para os amigos, deu o seu assentimento à subida de impostos e redução de benefícios sociais recentemente decididos pelo (des)governo de José Sócrates, consequência directa do desastre que foram as políticas governamentais conduzidas nos últimos 10 anos da vida do país, quase metade dos quais tendo o dito ao leme. Foi um gesto bonito, de solidariedade para com um rival caído em desgraça, mesmo se maior desgraça é a do país que tem por primeiro-ministro tal personagem. Não falo dos restantes ministros para que não me acusem de usar este fórum público para veicular conteúdos de natureza obscena.
2. O que me deixou intrigado foi PC ter tido necessidade de, logo de seguida, ter ido para a comunicação social pedir perdão aos portugueses. Quererá isso dizer que a sua atitude resultou de uma decisão irreflectida? Mas, assim sendo, não questiona isso o carácter solidário do seu gesto? Ou quererá tal dizer, afinal, que o nosso amigo PC aceita que, da sua condição de político da boa cepa portuguesa, os cidadãos nacionais não devem esperar senão mais do mesmo, mais uma vez? Percebe-se que não convenha a Pedro Passos Coelho que o poder lhe caia no colo numa altura destas mas, se fosse verdadeiramente bom cristão, aceitaria carregar a cruz desde a viela onde a encontrou depositada e não apenas quando ela estiver junto ao altar. É que, deste modo, quem vai que ter que continuar a carregá-la são os portugueses, e não só os que votaram/votam em José Sócrates.
3. Por acaso ou por força do destino, os factos a que aludo coincidiram no tempo com a visita a Portugal do papa, um tal Bento XVI, que um meu amigo insiste em chamar de papa cestos, porventura em memória da passagem por Portugal de um outro papa, que era Paulo mas que também já era dos cestos, embora contando no seu rol com menos dez que o actual. Desse tempo, existem por aí estátuas e confrarias com o seu nome em número que mais nenhum repetiu. Talvez num futuro não distante isso deixe de ser verdade. Basta para tanto que o futuro beato impropriamente apelidado de Cónego Melo acabe por ver transformadas em estátuas as obras de que fez merecimento em vida.
4. Há quem diga até que a visita do papa foi combinada com Sócrates para ocorrer nesta altura para que tão gravosas e socialmente injustas medidas políticas do (des)governo fossem percebidas pelos portugueses como penitência por pecados mortais cometidos. Outro tanto, em sentido diverso, embora, haverá que dizer da vitória do Benfica no campeonato nacional de futebol, sendo que, neste caso, os dirigentes do clube não se inibiram de desconfiar da virgem e, por causa das dúvidas, cedo trataram de constituir um segunda linha de segurança, mobilizando para o efeito uma boa meia dúzia de árbitros e dirigentes da liga de clubes e aparentados. Não admira, pois, que a festa tenha sido grande.
J. C.
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Culturas e Posturas,
Curiosidades
segunda-feira, maio 17, 2010
"Só se deveria construir o mundo a partir dos traços do novo"
"Em rigor, a história tem-nos ensinado que os movimentos inovadores, nascem das crises e acredito que só com novos valores teremos uma nova economia.
E ainda acrescento que só se deveria construir o mundo a partir dos traços do novo."
E ainda acrescento que só se deveria construir o mundo a partir dos traços do novo."
M. Teresa B. Vieira
*
(excerto de mensagem, datada de 2010/05/16 e intitulada Da crise a uma nova concepção de vida, disponível em Sobre o tempo que passa)
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Blogues,
Culturas e Posturas
sábado, maio 15, 2010
"A dimensão mediática de alguns intimida"
"Numa Escola em que a dimensão mediática de alguns intimida, condicionando (por omissão) até o que vem nos regulamentos, como foi o caso de no regulamento da Escola não constar quaisquer condicionalismos ao que qualquer Centro queira decretar nos seus regulamentos (...), não será de admirar que mais uma vez a vontade desses Centros mediáticos passar a ser uma ordem para ser seguida pelos demais membros do Conselho."
Jaime Rocha Gomes
(excerto de mensagem, datada de Sexta-feira, 14 de Maio de 2010 e intitulada "Quem tem medo do Departamento de Engenharia Têxtil?", disponível em Prálem d`Azurém)
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Culturas e Posturas,
UMinho
quinta-feira, maio 13, 2010
"Doutorandos anónimos: seminário, 6ª feira"
«Caros investigadores,
No âmbito do projecto "doutorandos anónimos", organizamos uma sessão informal de trabalho com o professor Barry Bozeman e a Professora Monica Gaughan, ambos investigadores na Universidade de Georgia (EUA), dedicados ao estudo das temporalidades de trajectória nas carreiras cientificas, com especial incidência sobre os factores de produtividade e de notoriedade.
Ambos os investigadores estão abertos a ouvir os estudantes de doutoramento sobre os seus projectos e dúvidas sobre escolhas de carreira na área da ciência e da investigação. Convidamos todos os que quiserem a participar a juntarem-se a nós no ICS, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, [amanhã, 6ª feira] às 17h . Haverá sempre alguém presente, no caso de dificuldades com o Inglês.
A organização
Doutorandos anónimos»
No âmbito do projecto "doutorandos anónimos", organizamos uma sessão informal de trabalho com o professor Barry Bozeman e a Professora Monica Gaughan, ambos investigadores na Universidade de Georgia (EUA), dedicados ao estudo das temporalidades de trajectória nas carreiras cientificas, com especial incidência sobre os factores de produtividade e de notoriedade.
Ambos os investigadores estão abertos a ouvir os estudantes de doutoramento sobre os seus projectos e dúvidas sobre escolhas de carreira na área da ciência e da investigação. Convidamos todos os que quiserem a participar a juntarem-se a nós no ICS, Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, [amanhã, 6ª feira] às 17h . Haverá sempre alguém presente, no caso de dificuldades com o Inglês.
A organização
Doutorandos anónimos»
*
(reprodução integral de mensagem que me caiu entretanto na caixa de correio eletrónico, com origem em: Rita Borges - ritaborges@aaum.pt)
Comentário: "anónimos" porquê?
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quarta-feira, maio 12, 2010
Desire
"Desire is the key to motivation, but it's determination and commitment to an unrelenting pursuit of your goal - a commitment to excellence - that will enable you to attain the success you seek."
Mario Andretti
*
(citação extraída de SBANC Newsletter, May 11, Issue 614 - 2010, http://www.sbaer.uca.edu/)
terça-feira, maio 11, 2010
"Chamam-lhe contrato de confiança"
"Existem directores de mestrado na minha escola que ficam a conhecer o número de vagas do curso que dirigem através ... dum suplemento comercial do Expresso. Assim mesmo: «nele [n.r.: no Expresso] pude finalmente confirmar informação que na EEG nunca consegui obter». Ficamos pois a saber que as «newsletters» da UM não resolveram de todo o problema de comunicação. E depois há quem queira que se faça um plano estratégico!"
Vasco Eiriz
*
(excerto de mensagem, intitulada "ClaustrUM" e datada de 11 de Maio de 2010, disponível em Empreender)
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Culturas e Posturas,
EEG/UMinho,
UMinho
segunda-feira, maio 10, 2010
Serviço público: "Portal do Ordenamento do Território e do Urbanismo"
«Exmo(a). Senhor(a)
O Portal do Ordenamento do Território e do Urbanismo
(http://www.territorioportugal.pt/), criado em Janeiro de 2008 para apoiar a política de divulgação e comunicação da DGOTDU, foi concebido com uma dupla finalidade:
Enquadrar a nova página institucional da DGOTDU na Web, o acesso público ao SNIT e a futura página institucional do Observatório do Ordenamento do Território e do Urbanismo;
Abrir um espaço de divulgação e debate, para utilização pela comunidade técnica e científica e por todos os interessados nestes temas.
Para concretizar melhor esta segunda finalidade, a DGOTDU preparou recentemente um interface que facilita o envio de notícias para publicação no Portal. Convidamo-lo a usá-lo, para divulgar novas publicações, seminários, conferências nacionais e internacionais, cursos, exposições ou outros eventos directamente relacionados com a temática do ordenamento doterritório e o desenvolvimento urbano. Consulte as instruções de utilização aqui.
Aproveito esta oportunidade para informar de que a DGOTDU concretizou recentemente um outro objectivo da sua política de divulgação técnica: a disponibilização da versão integral das suas publicações para leitura na Web. Encontram-se já disponíveis as publicações mais recentes. Estamos certos de que é uma boa notícia, em particular, para os alunos e docentes das nossas universidades.
Estamos a trabalhar para disponibilizar novas funcionalidades no Portal. Se tiver alguma sugestão que nos ajude a melhorar o seu desempenho como espaço de divulgação e discussão destas matérias não hesite em nos contactar (ddc@dgotdu.pt).
Maio de 2010
O Director-Geral
Vitor Campos»
*
(reprodução de mensagem de correio electrónico entretanto recebida; cortesia de Paula Cristina Remoaldo)
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Notícias de Portugal
sábado, maio 08, 2010
sexta-feira, maio 07, 2010
quinta-feira, maio 06, 2010
"O que é chato num estado de lenta asfixia, é que o ar vai faltando"
Foi você que pediu um plano tecnológico?
(título de mensagem, datada de 6 de Maio de 2010, disponível em Empreender)
(título de mensagem, datada de 6 de Maio de 2010, disponível em Empreender)
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Notícias de Portugal
terça-feira, maio 04, 2010
"É preciso acabar com o elitismo"
Artigo Expresso
"É preciso acabar com o elitismo":
http://aeiou.expresso.pt//e-preciso-acabar-com-o-elitismo=f580117
(cortesia de Nuno Soares da Silva)
"É preciso acabar com o elitismo":
http://aeiou.expresso.pt//e-preciso-acabar-com-o-elitismo=f580117
(cortesia de Nuno Soares da Silva)
Por uma discussão livre de ideias
"Hoje mais que nunca devemos prometer a nós próprios que, dentro do nosso pequeno universo, seja o nosso local de trabalho ou o nosso grupo de colegas, nos vamos esforçar para que haja uma discussão livre de ideias, sob pena de estarmos a permitir um retrocesso naquilo que tão penosamente foi alcançado no dia 25 de Abril de 1974."
Jaime Rocha Gomes
*
(excerto de mensagem, datada de Domingo, 25 de Abril de 2010 e intulada "O 25 de Abril e a discussão livre de ideias", disponível em Prálem d`Azurém)
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domingo, maio 02, 2010
“O GRITO”
[“O GRITO”
Mais um documento expressivo do actual panorama educativo. Sei que haverá logo professores – havia-os no meu tempo – que confirmam que as turmas são complicadas – não para eles, note-se, que “não têm razão de queixa” (dos alunos) - já não tinham no meu tempo - mas que é necessário “saber dar-lhes a volta” (aos alunos), forma pedante e cínica de admitir que eles sabem (dar a volta), o que geralmente é falso.
Os senhores ministros da Educação, o Primeiro, os seguintes, fecham os olhos e tapam os ouvidos, em frente com os seus projectos de modernização para a desconstrução, que a alguns deles convém, como forma de justificar os seus cursos de batota.
E o país suporta, um protesto ou outro vão pingando, mas são bolas de sebo escorregadias, que só têm utilidade para polir as botas da tropa, já quase desaparecida, requerendo, pois, menos sebo, inúteis também não só para os que comem da mesma gamela como para os que assistem na indiferença do futuro, atidos à máxima “quem cá ficar que se lixe”.
O documento exprime desespero, o desespero de alguém que foi sempre brioso, numa carreira feita de dedicação e amor, e que ultimamente tem visto o tapete a ser-lhe puxado de debaixo dos pés, com a eficácia própria do descrédito a que chegou a “Educação” neste país, na permissividade de leis astutas, que fingem dar força aos professores, mas que de facto lha negam, puxando-lhes conscienciosamente o tapete de debaixo dos pés. Professores periclitantes, na sequência da ausência do tapete, alunos dançarinos no seu tapete protector, governantes semelhantes a deficientes autistas, um povo participando, uns com receio e vergonha, outros sem uma coisa nem outra.
Uma “directora” de escola que desautoriza o professor queixoso, chamando “peixeirada”, diante do aluno, ao incidente ocorrido na aula, é bem a marca do universo “pedagógico” dos nossos tempos, fomentado na família, apoiado no governo, com os professores como caixote do lixo – e não digo a Escola, visto que existem os directores de Escola participantes no apoio do governo, para projecção pessoal, e desapoio aos professores não alinhados no laxismo – como caixote do lixo, repito, da miséria moral e mental que estamos a criar.
Daí, o meu grito, o grito da professora que escreveu o texto, ao qual foram retiradas as referências pessoais, naturalmente, para obstar a mesquinhas “revanches”. Não é “O Grito” tão conhecido do pintor norueguês Edvard Munch. Não é grito de angústia existencial. É grito de desespero, sim. Mas de asco. De terror também.
«À Direcção:
A aula de Português de 23 de Abril de 2010 de dois décimos anos (dados em conjunto por conta da crise) decorreu com os costumados contratempos: mandar calar, pedir atenção, que se concentrassem, que deixassem falar quem estava no momento a fazê-lo, ditar o sumário três vezes, pedir a um aluno que mudasse de lugar, recolher trabalhos, fazer o ponto da situação relativamente aos trabalhos que os alunos têm de apresentar não estando a cumprir os prazos, mandar calar outras vezes porque há sempre alguém a perturbar, a má disposição de um que fala com os colegas altiva e severamente, o que também causa mal-estar e faz perder tempo de aula, gente que atira borrachas para incomodar e que nunca assume nem se cansa (eu, que nunca apanho ninguém em flagrante e já peço aos alunos que denunciem os colegas, que o fazem, atitude que abomino, pois detesto denúncias), alguém que produz um ruído qualquer (pés, boca, canetas), outros que riem, comentários de cada vez que repreendo algum aluno (quer do próprio quer de outros), gente que tem sempre algo a criticar ou a dizer de sua justiça e não se contém, matéria a ser leccionada, esclarecimento de dúvidas, enfim, todo um ambiente propício à aprendizagem e um estendal de boas maneiras.
Às 13.20, um aluno de um dos décimos levantou-se sem pedir licença, ficámos todos a olhar e, em escassos segundos, deslocou-se para o fundo da sala e foi agredir um colega de outra turma, ao pé da janela. Este aluno, que normalmente é mal comportado, neste dia, por acaso, ainda não tinha perturbado ninguém, nem sido alvo de qualquer reparo da minha parte. Grupos de alunos seguraram os dois para não se envolverem à pancada, caíram mesas, cadeiras, o agressor foi levado para fora da sala e o agredido impedido de sair. Tentei acalmá-lo e fiz apelo para que desse o assunto por encerrado, mostrando-se superior à situação e evitando um processo de escalada de violência, até porque não era o agressor o verdadeiro responsável pela confusão a que se chegara. O aluno estava muito nervoso, vermelho e com um ritmo cardíaco elevado.
Tive ainda uma conversa com os alunos presentes em que lhes chamei, mais uma vez, a atenção para o clima que se criara ao longo do ano e permitira a ocorrência de um acontecimento desta natureza; falei-lhes igualmente do desequilíbrio emocional e de comportamento de vários jovens que integram a turma, incapazes de se modificar; referi ainda o facto de todos se permitirem falar e comentar, e nada fazerem para alterar os seus maus comportamentos. Dirigi-me então à Direcção com o agressor.
Quanto ao aluno que pretende ter sempre algo a dizer e para quem, no seu reino de fantasia, as palavras e os gestos têm sempre significados diferentes daqueles que os outros lhes atribuem, esse tem o vício de falar comigo, quando o repreendo ou sente alguma contrariedade, em voz alta e de dedo indicador esticado em direcção da minha cara, com o corpo a fazer um ângulo pois se acha muito alto. Já por inúmeras vezes lhe disse não lhe admitir tal atitude, pelo que hoje o encaminhei para a Direcção, por estar à porta do pavilhão A nestes preparos, acompanhado por outros alunos da outra turma que, mal comportados, naturalmente sentiam um peso na consciência.
Lamento que uma discussão com este jovem, após a cena havida em aula, seja caracterizada pela Directora, à frente do aluno, como «uma peixeirada» e me seja encomendada a devida participação escrita, modo pouco delicado de me convidar a sair do Gabinete. Realça-se a falta de sensibilidade para o desespero de alguém que, apesar de marés adversas, continua a tentar cumprir o seu papel, sem desistência ou pausas na sua actuação.»]
(reprodução integral de mensagem que me caiu na 6ª feira pp. na caixa de correio electrónico, com origem em Casimiro Rodrigues - casimiro@casimiro.info)
Mais um documento expressivo do actual panorama educativo. Sei que haverá logo professores – havia-os no meu tempo – que confirmam que as turmas são complicadas – não para eles, note-se, que “não têm razão de queixa” (dos alunos) - já não tinham no meu tempo - mas que é necessário “saber dar-lhes a volta” (aos alunos), forma pedante e cínica de admitir que eles sabem (dar a volta), o que geralmente é falso.
Os senhores ministros da Educação, o Primeiro, os seguintes, fecham os olhos e tapam os ouvidos, em frente com os seus projectos de modernização para a desconstrução, que a alguns deles convém, como forma de justificar os seus cursos de batota.
E o país suporta, um protesto ou outro vão pingando, mas são bolas de sebo escorregadias, que só têm utilidade para polir as botas da tropa, já quase desaparecida, requerendo, pois, menos sebo, inúteis também não só para os que comem da mesma gamela como para os que assistem na indiferença do futuro, atidos à máxima “quem cá ficar que se lixe”.
O documento exprime desespero, o desespero de alguém que foi sempre brioso, numa carreira feita de dedicação e amor, e que ultimamente tem visto o tapete a ser-lhe puxado de debaixo dos pés, com a eficácia própria do descrédito a que chegou a “Educação” neste país, na permissividade de leis astutas, que fingem dar força aos professores, mas que de facto lha negam, puxando-lhes conscienciosamente o tapete de debaixo dos pés. Professores periclitantes, na sequência da ausência do tapete, alunos dançarinos no seu tapete protector, governantes semelhantes a deficientes autistas, um povo participando, uns com receio e vergonha, outros sem uma coisa nem outra.
Uma “directora” de escola que desautoriza o professor queixoso, chamando “peixeirada”, diante do aluno, ao incidente ocorrido na aula, é bem a marca do universo “pedagógico” dos nossos tempos, fomentado na família, apoiado no governo, com os professores como caixote do lixo – e não digo a Escola, visto que existem os directores de Escola participantes no apoio do governo, para projecção pessoal, e desapoio aos professores não alinhados no laxismo – como caixote do lixo, repito, da miséria moral e mental que estamos a criar.
Daí, o meu grito, o grito da professora que escreveu o texto, ao qual foram retiradas as referências pessoais, naturalmente, para obstar a mesquinhas “revanches”. Não é “O Grito” tão conhecido do pintor norueguês Edvard Munch. Não é grito de angústia existencial. É grito de desespero, sim. Mas de asco. De terror também.
«À Direcção:
A aula de Português de 23 de Abril de 2010 de dois décimos anos (dados em conjunto por conta da crise) decorreu com os costumados contratempos: mandar calar, pedir atenção, que se concentrassem, que deixassem falar quem estava no momento a fazê-lo, ditar o sumário três vezes, pedir a um aluno que mudasse de lugar, recolher trabalhos, fazer o ponto da situação relativamente aos trabalhos que os alunos têm de apresentar não estando a cumprir os prazos, mandar calar outras vezes porque há sempre alguém a perturbar, a má disposição de um que fala com os colegas altiva e severamente, o que também causa mal-estar e faz perder tempo de aula, gente que atira borrachas para incomodar e que nunca assume nem se cansa (eu, que nunca apanho ninguém em flagrante e já peço aos alunos que denunciem os colegas, que o fazem, atitude que abomino, pois detesto denúncias), alguém que produz um ruído qualquer (pés, boca, canetas), outros que riem, comentários de cada vez que repreendo algum aluno (quer do próprio quer de outros), gente que tem sempre algo a criticar ou a dizer de sua justiça e não se contém, matéria a ser leccionada, esclarecimento de dúvidas, enfim, todo um ambiente propício à aprendizagem e um estendal de boas maneiras.
Às 13.20, um aluno de um dos décimos levantou-se sem pedir licença, ficámos todos a olhar e, em escassos segundos, deslocou-se para o fundo da sala e foi agredir um colega de outra turma, ao pé da janela. Este aluno, que normalmente é mal comportado, neste dia, por acaso, ainda não tinha perturbado ninguém, nem sido alvo de qualquer reparo da minha parte. Grupos de alunos seguraram os dois para não se envolverem à pancada, caíram mesas, cadeiras, o agressor foi levado para fora da sala e o agredido impedido de sair. Tentei acalmá-lo e fiz apelo para que desse o assunto por encerrado, mostrando-se superior à situação e evitando um processo de escalada de violência, até porque não era o agressor o verdadeiro responsável pela confusão a que se chegara. O aluno estava muito nervoso, vermelho e com um ritmo cardíaco elevado.
Tive ainda uma conversa com os alunos presentes em que lhes chamei, mais uma vez, a atenção para o clima que se criara ao longo do ano e permitira a ocorrência de um acontecimento desta natureza; falei-lhes igualmente do desequilíbrio emocional e de comportamento de vários jovens que integram a turma, incapazes de se modificar; referi ainda o facto de todos se permitirem falar e comentar, e nada fazerem para alterar os seus maus comportamentos. Dirigi-me então à Direcção com o agressor.
Quanto ao aluno que pretende ter sempre algo a dizer e para quem, no seu reino de fantasia, as palavras e os gestos têm sempre significados diferentes daqueles que os outros lhes atribuem, esse tem o vício de falar comigo, quando o repreendo ou sente alguma contrariedade, em voz alta e de dedo indicador esticado em direcção da minha cara, com o corpo a fazer um ângulo pois se acha muito alto. Já por inúmeras vezes lhe disse não lhe admitir tal atitude, pelo que hoje o encaminhei para a Direcção, por estar à porta do pavilhão A nestes preparos, acompanhado por outros alunos da outra turma que, mal comportados, naturalmente sentiam um peso na consciência.
Lamento que uma discussão com este jovem, após a cena havida em aula, seja caracterizada pela Directora, à frente do aluno, como «uma peixeirada» e me seja encomendada a devida participação escrita, modo pouco delicado de me convidar a sair do Gabinete. Realça-se a falta de sensibilidade para o desespero de alguém que, apesar de marés adversas, continua a tentar cumprir o seu papel, sem desistência ou pausas na sua actuação.»]
(reprodução integral de mensagem que me caiu na 6ª feira pp. na caixa de correio electrónico, com origem em Casimiro Rodrigues - casimiro@casimiro.info)
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sábado, maio 01, 2010
Finalistas de doutoramento e pós-docs.: simpósio
«Caros investigadores:
Não sei se já sabem do simpósio de 8 de Maio da Associação Nacional de Investigadores em Ciência e Tecnologia (ANICT), cujo programa se encontra disponível aqui: http://meeting2010.pt.vu/
Como devem saber, a ANICT nasceu na Universidade do Minho, pelo que seria interessante se estivessem vários investigadores da UM presentes em Lisboa, no próximo dia 8 de Maio.
Este simpósio pretende ser um fórum de discussão entre investigadores, políticos e outros responsáveis pela ciência em Portugal.
Alerto que este simpósio está pensado para todos os que pretendam fazer carreira em ciência em Portugal, independentemente da sua posição na carreira cientifica.
Será também discutido o futuro da ANICT, nomeadamente quem poderá ou não fazer parte desta organização.
A inscrição é grátis mas está limitada a 280 lugares, pelo que apenas temos mais 80 lugares livres.
Para se inscreverem cliquem aqui. (INSCRIÇÕES TERMINAM NA SEGUNDA FEIRA)
Atenciosamente,
Nuno Cerca
Visite o nosso web site em http://www.anict.pt.vu/»
Não sei se já sabem do simpósio de 8 de Maio da Associação Nacional de Investigadores em Ciência e Tecnologia (ANICT), cujo programa se encontra disponível aqui: http://meeting2010.pt.vu/
Como devem saber, a ANICT nasceu na Universidade do Minho, pelo que seria interessante se estivessem vários investigadores da UM presentes em Lisboa, no próximo dia 8 de Maio.
Este simpósio pretende ser um fórum de discussão entre investigadores, políticos e outros responsáveis pela ciência em Portugal.
Alerto que este simpósio está pensado para todos os que pretendam fazer carreira em ciência em Portugal, independentemente da sua posição na carreira cientifica.
Será também discutido o futuro da ANICT, nomeadamente quem poderá ou não fazer parte desta organização.
A inscrição é grátis mas está limitada a 280 lugares, pelo que apenas temos mais 80 lugares livres.
Para se inscreverem cliquem aqui. (INSCRIÇÕES TERMINAM NA SEGUNDA FEIRA)
Atenciosamente,
Nuno Cerca
Visite o nosso web site em http://www.anict.pt.vu/»
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(reprodução integral de mensagem de distribuição universal na rede da UMinho que me caiu entretanto na caixa de correio electrónico; a proveniência é a que se identifica)
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