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terça-feira, junho 20, 2006

O falhanço do Pacto de Desenvolvimento Regional foi uma oportunidade perdida?

“CM - No sentido da criação dessa liderança, o falhanço do Pacto de Desenvolvimento Regional foi uma oportunidade perdida?

CR - A afirmação de que o designado Pacto Regional falhou é sua. O reitor da Universidade do Minho em funções, seu principal promotor, ainda há meia dúzia de meses afirmava que não considerava esse assunto encerrado. Seja como for, até pelo tempo decorrido desde o anúncio público da iniciativa, tem razão para considerar que algo falhou.
Do que percebi da proposta, o ´pacto` pretendia ser uma plataforma de entendimento sobre o que deveriam ser os vectores de desenvolvimento do Minho e, consequentemente, também de quais seriam os investimentos prioritários para a região para a conduzir para e consolidar num patamar superior de competitividade e coesão social. Pareceu-me meritória. Para ser uma etapa nesse processo de criação de uma liderança, entendi, desde o princípio, que lhe faltavam o condimento institucional e uma percepção mais apurada dos mecanismos de negociação e coordenação dos actores do território. Essa percepção que tive suportava-se na vivência que mantinha do território e dos seus agentes enquanto técnico de planeamento regional, resultado de projectos em que estive envolvido que atravessavam todo o território”.

(extracto de entrevista a J. Cadima Ribeiro - então, Presidente da Direcção da Plataforma Minho, ADR -, conduzida pelo jornalista José Paulo Silva, publicada pelo Correio do Minho, em 05/11/10)

1 comentário:

J. Cadima Ribeiro disse...

Vista de fora,há quem imagine que a instituição universitária é impenetrável à mesquinhez e à mediocridade. Sei bem que não é assim.
Sei, também, que a frontalidade incomoda os espíritos turtosos e os medíocres, na universidade como na vida social, em geral.
Não compactuo com essa postura e esses valores. Disso direi aqui e onde mais seja preciso. Quatro anos "disto" são já bastante. Nem sequer se pode dizer que não lhes foi dado tempo para ir além desta "apagada e vil tristeza" em que transformaram a UMinho. Por mim, chega!
Kadima

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