“Conforme o afirma a UNESCO, em documento de trabalho datado de 1998: «o acelerar do avanço tecnológico, a obsolescência de algum conhecimento e o aparecimento de novas áreas de conhecimento e novas sínteses conduzem a um processo que, por sua vez, requer mudanças na educação superior. O avanço do conhecimento está crescentemente a provocar inovações tecnológicas que, muitas vezes, se oferecem revolucionárias» (UNESCO, 1998 p.26).
Sendo este um modelo emergente (sobretudo, quando tomamos o estádio de desenvolvimento da Universidade Portuguesa, aliás, em relação estreita com o próprio nível relativo de imaturidade da sociedade e da economia do país), parece oferecer-se incontornável por força das suas determinantes substantivas: a complexidade económica e tecnológica da realidade do presente e do futuro que se adivinha; a velocidade a que a mudança ocorre; e, obviamente, também por força dos enquadramentos políticos e institucionais que o país mantém.
Perante esta realidade, presente ou configurada, a capacidade de uma organização ou de um território depende, cada vez mais, do acesso aos conhecimentos de que ela/ele dispõe e cada vez em menor medida de conhecimentos que se possam obter em bibliotecas ou através de consulta de documentação. Diferentemente, o conhecimento deve desenvolver-se no contexto em que emergem as próprias necessidades, dando-lhes respostas (UNESCO, 1998, p.p. 9 e 18). Acresce que, à luz deste modelo societário e deste ritmo de transformação económico-tecnológico, os saberes dos técnicos (isto é, dos especialistas) esgotam-se rapidamente se não puderem integrar-se em equipas e em redes de criação e divulgação do conhecimento de que carecem.
Para as Universidades e para os territórios, este é um desafio de grande exigência. É, adicionalmente, pela natureza do projecto de construção social entrevisto, um desafio que se vence através de uma estreita congregação de esforços com os demais parceiros do projecto colectivo de desenvolvimento de cada espaço concreto.
Sabendo-se isto, não deve ser por défice de contributo da Universidade para a parceria que o projecto de desenvolvimento de um certo território seja hipotecado. Tratando-se do Minho, recuso-me a admitir que a Universidade do Minho possa faltar à chamada.”
J. Cadima Ribeiro
Sendo este um modelo emergente (sobretudo, quando tomamos o estádio de desenvolvimento da Universidade Portuguesa, aliás, em relação estreita com o próprio nível relativo de imaturidade da sociedade e da economia do país), parece oferecer-se incontornável por força das suas determinantes substantivas: a complexidade económica e tecnológica da realidade do presente e do futuro que se adivinha; a velocidade a que a mudança ocorre; e, obviamente, também por força dos enquadramentos políticos e institucionais que o país mantém.
Perante esta realidade, presente ou configurada, a capacidade de uma organização ou de um território depende, cada vez mais, do acesso aos conhecimentos de que ela/ele dispõe e cada vez em menor medida de conhecimentos que se possam obter em bibliotecas ou através de consulta de documentação. Diferentemente, o conhecimento deve desenvolver-se no contexto em que emergem as próprias necessidades, dando-lhes respostas (UNESCO, 1998, p.p. 9 e 18). Acresce que, à luz deste modelo societário e deste ritmo de transformação económico-tecnológico, os saberes dos técnicos (isto é, dos especialistas) esgotam-se rapidamente se não puderem integrar-se em equipas e em redes de criação e divulgação do conhecimento de que carecem.
Para as Universidades e para os territórios, este é um desafio de grande exigência. É, adicionalmente, pela natureza do projecto de construção social entrevisto, um desafio que se vence através de uma estreita congregação de esforços com os demais parceiros do projecto colectivo de desenvolvimento de cada espaço concreto.
Sabendo-se isto, não deve ser por défice de contributo da Universidade para a parceria que o projecto de desenvolvimento de um certo território seja hipotecado. Tratando-se do Minho, recuso-me a admitir que a Universidade do Minho possa faltar à chamada.”
J. Cadima Ribeiro
(extraído de “O Minho faz sentido. E a Universidade também!”, Área – Revista dos Alunos de Geografia e Planeamento da Universidade do Minho, nº 4, 2004, págs. 17-28)
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