Sei, de múltiplas conversas que tenho mantido com colegas de diferentes sensibilidades e formações; sei, do culto do poder que, desde meninos, nos foi incutido; sei, de vivências multifacetadas que fui experimentando em meio século de existência, que questionar um poder acabado de referendar suscita inibições e questionamento. É assim mesmo que ao poder instituído falte a legitimidade de uma eleição democrática representativa; é assim mesmo que convirjamos no balanço negativo do exercício do poder formalmente confirmado.
Discordo, frontalmente, destas leituras e destas posturas que, no limite, nos conduzem a assumir que todo o poder é legítimo, enquanto for poder. Recuso a ideia que, depois de um exercício que fica a marcar com as cores mais sombrias a vida da UMinho, seja necessário dar uns anos, uns meses, uns dias mais de benefício da dúvida aos detentores desse poder. Pelo contrário, acho que cada dia que decorra é um dia a mais; acho até que, se as personagens instaladas no poder têm o carinho e o empenho no engrandecimento na Instituição que dizem ter, não têm melhor modo do demonstrar isso que não seja demitirem-se, com carácter de urgência.
Clarifico que, dizendo isto, estou a ser tão transparente e tão leal quanto gostaria que o poder instalado o fosse com cada um e todos os membros da nossa academia. Sei, entretanto, de experiência própria (que remonta aos primeiros dias do 1º mandato), que esses são valores que os ocupantes actuais do poder não cultivam.
É neste contexto de luta pelos valores com que me identifico e de reclamação de uma Universidade assaz diferente da presente que tomei a iniciativa de criar este blogue que, no essencial, visa ser um ponto de encontro. Dar-me-ei por satisfeito quando ele for percebido pela nossa comunidade universitária como isso mesmo, um ponto de encontro de gente livre, empenhada em continuar a sê-lo e em deixar um contributo para o desenvolvimento da sua comunidade humana, local, regional, nacional, europeia, global.
Fica dito!
J. Cadima Ribeiro
Discordo, frontalmente, destas leituras e destas posturas que, no limite, nos conduzem a assumir que todo o poder é legítimo, enquanto for poder. Recuso a ideia que, depois de um exercício que fica a marcar com as cores mais sombrias a vida da UMinho, seja necessário dar uns anos, uns meses, uns dias mais de benefício da dúvida aos detentores desse poder. Pelo contrário, acho que cada dia que decorra é um dia a mais; acho até que, se as personagens instaladas no poder têm o carinho e o empenho no engrandecimento na Instituição que dizem ter, não têm melhor modo do demonstrar isso que não seja demitirem-se, com carácter de urgência.
Clarifico que, dizendo isto, estou a ser tão transparente e tão leal quanto gostaria que o poder instalado o fosse com cada um e todos os membros da nossa academia. Sei, entretanto, de experiência própria (que remonta aos primeiros dias do 1º mandato), que esses são valores que os ocupantes actuais do poder não cultivam.
É neste contexto de luta pelos valores com que me identifico e de reclamação de uma Universidade assaz diferente da presente que tomei a iniciativa de criar este blogue que, no essencial, visa ser um ponto de encontro. Dar-me-ei por satisfeito quando ele for percebido pela nossa comunidade universitária como isso mesmo, um ponto de encontro de gente livre, empenhada em continuar a sê-lo e em deixar um contributo para o desenvolvimento da sua comunidade humana, local, regional, nacional, europeia, global.
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J. Cadima Ribeiro
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