Há um bom par de meses, por força do meu estatuto profissional e enquadramento orgânico, estive directamente envolvido na tomada de posição sobre um pedido de nomeação definitiva como professor do quadro de professores da UMinho. Cumpri o que legalmente estava estabelecido e fiquei a aguardar que outros o fizessem, igualmente, e que o processo seguisse a tramitação conveniente, sem percalços de maior. Havia todas as razões para presumir que assim viesse a suceder, por duas razões essenciais: primeiro, porque nunca na EEG havia sido recusada uma nomeação definitiva, independentemente da qualidade do CV. dos que passaram por esse processo; e, segundo, porque era inquestionável o mérito da requerente, atestado por dois pareceres que, fazendo embora leituras diferenciadas do relatório produzido pela candidata, concluíam ambos com a formulação de proposta de deferimento do requerimento de nomeação. De forma a ilustrar esse mérito, em breve invocação da conclusão do parecer que elaborei na ocasião, retenho as seguintes passagens:
“…no período a que reporta este documento, a docente/investigadora publicou ou viu aceites para publicação 5 artigos em revistas internacionais. Dada a qualidade das revistas, isso não pode ser visto senão como expressão da elevada qualidade da investigação produzida;
…a docente/investigadora tem em curso a orientação de duas teses de doutoramento […] e orientou no período três dissertações de mestrado, concluídas com sucesso;
…a Professora esteve associada à organização de diversas (os) Conferências e Seminários de natureza científica […]. Está também ligada a uma iniciativa […] a decorrer nos EUA, na qualidade de membro do comité científico, o que é, também, revelador do prestígio científico que entretanto granjeou.”
Pese o que digo antes, devo informar que o processo (que presumo formalmente concluído, nesta data) passou por diversas atribulações, que foram desde o arrastamento do agendamento do assunto para reunião do Conselho Científico até à produção de um parecer por parte da AJ da reitoria, na sequência de votação inválida naquele órgão, por não estar reunido o quórum necessário.
Todavia, o mais chocante foi constatar que as mais fortes objecções ao desfecho favorável do processo provieram de professores estranhos à área científica da candidata, que ignorando os pareceres científicos produzidos, tiveram a ousadia de questionar o mérito científico da candidata, equiparando-o a desempenhos banais de docentes da respectiva área, e chegaram mesmo a enunciar dúvida sobre a existência de contributo em matéria de orientação de teses e dissertações.
Conclui na ocasião, e afirmei-o em sede formal, que tudo seria muito mais simples se a colega se limitasse a ter o perfil e o desempenho académico/científico de muitos outros que conhecia, isto é, um desempenho científico medíocre e um perfil de “yes woman”.
As coisas tem o valor que têm e talvez não valesse a pena lembrar este assunto não fora a circunstância de se saber que este não é caso único na Universidade do Minho, e a situação relatada não ser uma idiossincrasia da minha Escola, infelizmente.
J. Cadima Ribeiro
“…no período a que reporta este documento, a docente/investigadora publicou ou viu aceites para publicação 5 artigos em revistas internacionais. Dada a qualidade das revistas, isso não pode ser visto senão como expressão da elevada qualidade da investigação produzida;
…a docente/investigadora tem em curso a orientação de duas teses de doutoramento […] e orientou no período três dissertações de mestrado, concluídas com sucesso;
…a Professora esteve associada à organização de diversas (os) Conferências e Seminários de natureza científica […]. Está também ligada a uma iniciativa […] a decorrer nos EUA, na qualidade de membro do comité científico, o que é, também, revelador do prestígio científico que entretanto granjeou.”
Pese o que digo antes, devo informar que o processo (que presumo formalmente concluído, nesta data) passou por diversas atribulações, que foram desde o arrastamento do agendamento do assunto para reunião do Conselho Científico até à produção de um parecer por parte da AJ da reitoria, na sequência de votação inválida naquele órgão, por não estar reunido o quórum necessário.
Todavia, o mais chocante foi constatar que as mais fortes objecções ao desfecho favorável do processo provieram de professores estranhos à área científica da candidata, que ignorando os pareceres científicos produzidos, tiveram a ousadia de questionar o mérito científico da candidata, equiparando-o a desempenhos banais de docentes da respectiva área, e chegaram mesmo a enunciar dúvida sobre a existência de contributo em matéria de orientação de teses e dissertações.
Conclui na ocasião, e afirmei-o em sede formal, que tudo seria muito mais simples se a colega se limitasse a ter o perfil e o desempenho académico/científico de muitos outros que conhecia, isto é, um desempenho científico medíocre e um perfil de “yes woman”.
As coisas tem o valor que têm e talvez não valesse a pena lembrar este assunto não fora a circunstância de se saber que este não é caso único na Universidade do Minho, e a situação relatada não ser uma idiossincrasia da minha Escola, infelizmente.
J. Cadima Ribeiro
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