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quarta-feira, novembro 22, 2006

O "part-time" começa a ser a solução

"Como grande parte de nós o sente na pele, o ensino superior é muito dispendioso, não estando desse modo ao alcance de todas as famílias.
Hoje em dia, como constato com colegas, o part-time começa a ser a solução para não se abandonar o "barco" da universidade. Como consequência disso, o aluno que trabalha durante o tempo de aulas demora normalmente mais anos a terminar o curso do que um estudante que não o faça. Ora, isto é um "preço" demasiado alto pago por um aluno trabalhador-estudante, uma vez que, a acrescentar às horas que têm que trabalhar para acarretar as despesas de estudo, ainda terão que andar mais anos com esse tipo de despesas do que um aluno não trabalhador estudante.
Provavelmente, se o tal sistema de atribuição de bolsas já falado em cima fosse perfeitamente justo, esse tipo de aluno carenciado veria as suas despesas "diminuirem" com a ajuda da acção social, o que já não o obrigava a dedicar-se tanto aos part-times e, ajudaria inclusivamente a diminuir a média de anos na universidade dos alunos portugueses. Contudo, e deixando aqui um caso para pensarmos, a justiça no ensino dificilmente será alcançada, quando, nestas questões de atribuição de bolsas se constata que até os alunos de universidades privadas têm bolsas, e altíssimas!!! Falo de alunos que, por não terem nota suficiente, entram em universidades privadas, pagam cerca de 300 euros mensais por lá andarem e recebem quantia idêntica de bolsa de estudo!
Concluindo, muitas vezes, sem grande esforço, se consegue andar num curso de uma privada (praticamente com tudo pago), e (nao sendo raro actualmente) com melhores colocações de emprego do que os que se formam no ensino público!!!"


Helder Silva

(extracto de mensagem disponível na entrada "fóruns" da plataforma electrónica de apoio à unidade curricular Economia Portuguesa e Europeia, da EEG/UMinho; Novembro de 2006)

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