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quarta-feira, outubro 17, 2007

Manifestando-me

Concorda com a ideia que, mesmo que no caso da Universidade Portuguesa não se acumulassem sinais de perda de eficácia em matéria de resposta aos desafios da economia e da sociedade e de cristalização de lógicas de poder e de governação preocupantes no contexto de uma sociedade plural e democrática, ainda assim se impunha a reforma da mesma?
Eu responderia: estou totalmente de acordo. Na verdade, em relatório de 1998 (“Higher Education in the Twenty-first Century: Challenges and Tasks Viewed in the Light of the Regional Conferences”), a UNESCO dizia já o seguinte: “o acelerar do avanço tecnológico, a obsolescência de algum conhecimento e o aparecimento de novas áreas de conhecimento e novas sínteses conduzem a um processo que, por sua vez, requer mudanças na educação superior”. Entendendo a necessidade da reforma, não quero, no entanto, afirmar que o enquadramento legal entretanto criado (Lei nº 62/20007) seja a resposta que o sistema educativo superior reclamava, para lhe dar eficácia e para o modernizar. Muito provavelmente, não será mesmo, até pelo modo como foi gizado, com pouco debate e pouca atenção à cultura institucional pré-existente.
Repito a pergunta: concorda que a reforma da Universidade Portuguesa se impunha, mesmo que se não acumulassem sinais de cristalização de lógicas de poder e de governação preocupantes?
J. Cadima Ribeiro

1 comentário:

Virgílio A. P. Machado disse...

Credo! Claro que sim! O que é verdadeiramente medonho é a incapacidade de a reformar: alguns porque não querem, outros porque não conseguem e ainda outros que, se dependesse da sua vontade, a fariam retroceder à Idade Média.