No dia que sucede ao da triste mas inevitável certificação da morte da um-net, deixo abaixo um trecho ainda não integralmente reproduzido neste jornal de parede de artigo de opinião oportunamente elaborado, intitulado "UMinho: exposição pública pelas piores razões", que é o 4º e último da série.
Apetecia-me dar aqui notícia de outras desgraças que, dia a dia, se sucedem ... Rejeitando, sem hesitação, os poderes que se afirmam sob o primado de que "a Universidade não discuta nem se discuta", temos, não obstante, que poupar-nos a cúmulos emocionais que nos esgotem irreparavelmente.
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Mas há mais, isto é, às práticas de cariz autoritário e de sonegação da informação e da liberdade de opinião, para que o ramalhete fique completo, soma-se a incompetência de gestão, o que tem ilustração fresquíssima na confiscação acabada de anunciar pela reitoria da UMinho do grosso das verbas disponíveis em contas afectas à prestação de serviços à comunidade, à gestão de cursos de pós-graduação e a projectos da mais variada índole, mantidos pela via da captação externa de recursos. É que, como é comum dizer-se "os erros de gestão pagam-se". Entretanto, ironicamente, na Universidade do Minho os erros de gestão de uns (a nomenclatura) são pagos por outros (aqueles que têm capacidade de gerar recursos e de fazer uma gestão rigorosa dos respectivos orçamentos). Será, porventura, como escreve um meu colega, “a estratégia de matar as (poucas) galinhas de ovos de ouro que ainda existem”, já que a mensagem que passa não pode ser mais clara: “mais vale ficarem parados...”. Não deixa de ser, no entanto, o triunfo do autismo, do arbítrio e da prepotência. A Universidade, com “U” maiúsculo, que lhe é conferido pela nobreza da sua missão e pela elevação de postura dos seus agentes, essa pode esperar (se é que pode).
A este propósito, nunca é demais assinalar que, nas universidades como nas empresas comuns, aparte a qualificação dos recursos humanos e a sofisticação das tecnologias que as servem, a motivação dos seus agentes (trabalhadores) é um aspecto crucial do seu desempenho. [...]"
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J. Cadima Ribeiro
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