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segunda-feira, março 26, 2007

MBAs e enigmas

Numa altura em que está na berra a discussão sobre entendimentos e desendimentos de escolas lisboetas em torno da oferta, futura, de um MBA comum, patrocinado pelo MCTES e pelo MIT, cada um a seu modo, e em que se anuncia que Belmiro de Azevedo prossegue diligências para a criação de um projecto similar "a norte", aparece nos jornais - ou, pelo menos, no blogue de um jornal (Jornal de Negócios), hoje - um artigo de promoção do MBA da EGP (cf. Blog de Campus: "Quebrar as regras", por António Portela).
Não é uma coincidência extraordinária? Com um projecto tão extraordinário em plena execução, que justificação fica para gerar um projecto alternativo ou diluí-lo num outro, nebuloso, como são todos os projectos que ainda não sairam da mente dos seus promotores? Terá sido Belmiro de Azevedo a projectar a campanha ou anda alguém a sabotar-lhe o terreno?
Se os meus caros colegas não tiverem mais nada com que se ocuparem, podem sempre dedicar-se a deslindar o enigma que vos trago.
Para vos aguçar o apetite para a leitura do texto promocional em causa, deixo-vos um pequeno extracto de abertura. Então, é assim:

«Por António Portela, aluno do MBA Executivo da Escola de Gestão do Porto: “How much change are you prepared to embrace?”, questionava-nos Steven Sonsino, perante o olhar atento do Professor Daniel Bessa, depois de observar os cerca de 60 alunos da sua turma do MBA Executivo a lançar aviões de papel feitos pelos próprios. Era a nossa segunda tentativa e todos os aviões voaram bem mais longe que da primeira vez. O Professor Sonsino acabava de mostrar a importância de uma boa liderança, sem recorrer a nenhuma teoria explicativa de um manual de liderança.»

Aprendam!

J. Cadima Ribeiro

1 comentário:

Anónimo disse...

Agora é que nos faz falta animar a malta.
O Portela veio à janela e disse o que lhe ia na alma. Obviamente, não nos disse qual a mudança a que ia deitar mãos. Falou-nos do seu entusiasmo de levar o saco de dormir para a sala de aula, o que qualquer escuteiro de boa praça corroboraria se tivesse euros para pagar o MBA da EGP. Falou-nos dos aviões de papel que à segunda voam sempre mais do que à primeira, mas isso o Fernando Pinto da TAP consegue teorizar sem grande esforço. Tem graça e que o Portela me perdoe, mas eu já ouvi contar esta história antes… fico com a pulga atrás da orelha.

Entretanto e sobre os MBAs start-up e spin-offs que buzinam na nossa aldeia, estou vacinado e penso que até contra a raiva, uma vez que amigos meus, empresários de sucesso (do ensino) me deixam ficar noticias frescas na caixa do correio, mesmo estando lá colada a célebre etiqueta: «Mais MBAs? Não, obrigado!»
Eu só queria um! Um e mais nenhum! Pelo menos enquanto tivermos os tais onze milhões de habitantes.